domingo, setembro 29, 2002

Comprovado:

Putas de Itabuna é a combinação de palavras campeã deste blog que vos fala. Quase 90% das pessoas que cehgaram aqui entre ontem e hj procuravam por elas. Zente, eu não conheço putas em itabuna, minha atividade lá era bem menos rentável e pouquinha coisa menos divertida...

sábado, setembro 28, 2002

Eu tenho uma amiga. Não é uma amiga comum, daquelas que vc liga todo dia (mesmo pq amizade não se fundamenta nisso). É uma amiga especial. É uma amiga cujos emails espero com uma tremenda ansiedade. Não que os emails de amigos não me encontrem sempre ansiosa, mas é que esses emails vêm sempre de longe, trazendo notícias de uma amiga tão querida, que surgiu na minha vida de uma maneira tão inesperada.

É uma amiga com quem me preocupo. É uma amiga que me faz parar de ler os emails que escreve pq a garganta sempre se aperta. Desfeito o nó, volto a ler. Até a próxima parada. Mas não é só isso. Junto com o email vem sempre um monte de risadas, sorrisos, gargalhadas, histórias, experiências, conselhos, lágrimas, cumplicidade. É sempre um crescimento receber as cartas desta que mora na minha Pasárgada. Não são emails, simplesmente. São trocas, são mais pequenos nós que tornam mais estreito este laço.

Hj não foi diferente. Um email, algumas fotos, e plagiando a ela mesma, uma embalagem linda com um conteúdo mais lindo ainda. Sem protecionismos, viu??? Mas não só isso. Com o email vieram respostas para uma inquietação que tem me acompanhado.

Não me surpreendeu que uma luz ao problema fosse lançada por ela. Não é a primeira, não foi a última vez em que ela lançou o salva-vidas na minha direção. O que me surpreende é todo o carinho, toda a atenção, o cuidado, a paz que essa amiga de tão longe me doa. Tenho dessa amiga o que não recebo de alguns amigos mais próximos e mais antigos.

Àqueles que estão comigo sempre, de uma forma ou de outra, meu muito obrigada. Mas hoje... Hoje, minha amiga, como em tantas outras vezes, a minha estrela da sorte é você!

sexta-feira, setembro 27, 2002

Aquatemi Collection adiado. Nenhuma pauta no lugar. Um gosto amargo na boca.

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As coisas estão fugindo ao meu controle. Preciso parar de ler sites de oráculos...

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Ele vai sentir saudades. Ele já sentiu o soco de não me ver quando achava que ia. Ainda hj a gente se fala. Tenho certeza.


Eu não resisti... Eu achei que tinha passado pela fase dos testes, mas... Como ignorar o MEU FILME PREFERIDO???





Você é "Imensidão Azul" de Luc Besson. Você é sonhador, único. Muito sublime e encantador(a).

Mais um evento de moda. Jesus de Nazaré, pq todos os shoppings resolvem lançar suas coleções na mesma semana?
E U N Ã O A G U E N T O M A I S ir a desfiles!

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E do último ainda estou me recuperando. Iguatemi Collection de Feira de Santana (adendo: Feira é chamada a Princesinha do Sertão da Bahia. tem mais ou menos 500 mil habitantes e fica há 109 km de Salvador. Pronto: vc já sabe tudo o que é necessário sobre essa bela cidade.). Um banzé no velho oeste, coisa que muito me admira, se levar em conta que a assessoria de imprensa deles é conceituadíssima.

Acho que foi de tanto ver aquelas modelos anoréxicas (acho que a palavra está errada, mas adoro a sonoridade dela!) que resolvi voltar forte pro regime. Pq esse povo é magro desse jeito? Chega a ser injusto conosco, pobres seres humanos que tem cintura de ovo...

Pois bem. O evento foi bom, mas do segundo pro terceiro estilista o locutor oficial do rodeio, ops, desfile, deu boa noite pra todo mundo e enxotou o povo pra casa. Um minuto e meio depois ele volta pedindo desculpas e anunciando o último desfile, que era o da Levi's. Vexatório.

Não nos foi mandado material sobre quem estaria, sobre quem eram os estilistas, nada. Saí logo depois da primeira coleção pra fumar. Do lado de fora, linda, pensando que em menos de 5 horas eu estaria na minha caminha, vem a assessora atrás de mim.

— Estava te procurando para entrevistar o Fernando do Big Brother!

Vamos nós, né? Juntei a equipe, e lá fui eu ver o bonitão. Sim, a TV não faz justiça àquele homem. E simpático, sorri fácil mesmo quando não estamos gravando. Ponto pra ele, achei que era intragável!

Resumão da ópera:

.o assistente de câmera perdeu o celular e nos atrasamos para sair daquela balbúrdia
.esperamos uma hora e quinze para sair de Salvador
.chegamos quase atrasados no evento
.antes tivessemos conseguido nos atrasar mesmo
.a coxinha do cocktail da Ellus é um escândalo!!!
.Denilson é um excelente companheiro de trabalho
.o celular ainda não foi achado

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E dentro de poucas horas estarei no Iguatemi Collection Salvador, entrevistando Galisteu, Tony Garrido (meus sais!!!) e mais um bocado de gente que vai transformar a Praça da Sé num hospitiu a céu aberto.

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Céu aberto. Rá! Chove a cântaros!

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Tudo ao som de Space Between, do homem mais MAIS do mundo, meu Dave, e Black, do Pearl Jam.
Quarta foi Black na veia o tempo todo. Ele e eu temos a mesma leitura e fruição das músicas.

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I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star
In somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, why can't it be mine


Black - Pearl Jam

Passei horas tentando abrir o blogger. Nada. Abre agora, quando estou prestes a ir dormir.

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Da série Mente vazia, oficina do diabo

Dentro do ônibus da imprensa, indo pra Feira de Santana pra mais um evento de moda. Denilson dorme a sono solto do meu lado. Passamos na frente de um motel.

Tomo uma decisão. Saco o telefone:

—Alô, mãe? Estou ligando pra avisar que vou passar o final de semana fora com o Taurino no motel. Segunda cedo estou aí. Um beijo!
— (silêncio)


Daniela volta do sonho rindo, rindo da cara dos viventes de casa...

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Palavras de uma amiga que esteve comigo num dia desses em que estávamos, ela, ele e eu (ela o conhece muito bem e há muito tempo):

— Vinha atrás e ia falar contigo, mas vcs estavam tão lindos saindo abraçados, juntos, que fui só acompanhando até vcs chegarem no túnel de saída...

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Voltei pro remédio do regime. Amanhã volto no médico e exijo que ele me dê uma receita com antidepressivo.

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A ressaca moral passou. Tomorrow is another day!

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Cala a boca, Scarlet O'Hara!

quinta-feira, setembro 26, 2002

Eles nunca sentem o cheiro pq nunca chegam perto o suficiente.

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Mas eu sei. Eu sei e não estou nada contente comigo mesma. Eu sei que não deve nem ter tido importância, mas o problema é comigo. Vai ser mais difícil de me perdoar do que toda a situação ser esquecida.
Ao meu favor se diz que eu não sabia que o efeito ia ser tão retardado. Normalmente sinto o efeito muito rápido. Mas eu NUNCA mais vou passar pela situação que passei ontem.

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Beijar escondido faz toda a diferença. Aliás, um romance secreto e tórrido é absurdamente delicioso!

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Lacônica. Admito. Mas minha cabeça está assim mesmo: os pensamentos estão rasgados por uma série desconexa de sensações, de verdades que eu não qiero enxergar, de atitudes contraditórias, de dogmas questionados. Estou num vôo suicida.




terça-feira, setembro 24, 2002

À Flor da Pele - Zeca Baleiro

Ando tão à flor da pele
Que qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que o teu olhar
Flor na janela
Me faz sofrer
Ando tão à flor da pele
Que meu desejo se confunde com a vontade de...
Nem sei

Ando tão à flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final


Um barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras suicido
Não, não havia vestígios de que o dia ia acabar assim.

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Impressionante como algumas notícias nos abalam mais do que era de se esperar. Uma pessoa muito, muito querida mesmo foi baleada. Não somos amigos. Nutrimos uma admiração enorme um pelo outro. A notícia veio na mesma velocidade da bala:

— O. foi baleado!

Ninguém sabe onde, ninguém sabe aonde. A última informação dava conta de que foram duas balas. Uma no baço, outra ninguém sabe. A eterna ignorância dos não-geminianos, que não se preocupam em apurar os detalhes antes de satisfazer a curiosidade e a preocupação dos outros viventes.

Liguei para o lugar onde trabalhamos juntos, onde ele continua, ninguém sabia de nada lá.

Amanhã. Amanhã alguém vai me dizer que ele está bem, que foi um susto, que nada vital foi afetado. Amanhã.

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Não, não apaixonei. Ainda. Só que é muito bom ser mimada, ter alguém como ele do lado para fazer carinho, para dizer q eu sou linda. Mesmo que ele seja expert em dizer isso para absolutamente todas, e todas, no caso, não é um número desprezível. Mas quando está comigo, ele me faz sentir especial, querida. E eu andava precisando disso.

Não aposto ficha nenhuma nisso. Velhos hábitos (meus e dele) insistem em não morrer.

Mas podia dar um azarão nesse páreo, né?

sábado, setembro 21, 2002

E o amor nasceu assim: o corpo vagando num shopping center, os pensamentos soltos em qualquer outro lugar. Pensamentos presos num amor antigo, escondido nas dobras do tempo; cabeça pendurada na sala de outras ilusões, olhos semicerrados que vivem de enxergar outras histórias, como um lustre num quarto de dormir.
O amor veio como um tiro: entrou quente, rasgando a pele, doendo, inevitável. Fez do corpo e da alma suas vítimas, do pensamento, seu refém.
Não só o corpo, a alma e o pensamento eram doloridos. Também o era o amor, um quarto elemento que passou a compor aquela vida. E ela brigou consigo mesma: aquele novo amor não era bem vindo.
E amor proibido dói mais. Incomoda esse amor que não pode seguir adiante. Os olhares que se encontraram continuaram seguindo um ao outro. Hora ela, hora ele, mas sempre perseguindo uma ilusão. A ilusão de que dessa vez seria pra sempre.
Nunca seria. O pra sempre tinha data marcada pra acabar.
Ela, já tão flagelada por amores antigos, por outros amores-armadilhas, decidiu que não. Aquele amor não ia vingar. Ele nunca cogitou amar pra sempre. Ele só se propôs a amar.
E o amor começou assim: ela jurando que não ia amar, ele jurando que ia amar, mas que não por muito tempo. E o que se seguiu foi uma febre: bocas que se degustavam, mãos que viciaram no traçado do corpo do outro. Textos foram ditos com pressa; o amor, celebrado numa ânsia juscelínica: 50 anos em cinco anos-meses-semanas. O tempo era curto, e o tempo caminhava com a fria precisão de um relógio de sol.
Hoje é sábado. E ele ainda amarão por mais um domingo, por outra sexta-feira, uma quarta-feira, talvez. Se passar disso, a gente volta a conversar.
Acho, porém, que a nossa prosa termina aqui.

*Diálogo confuso de mim comigo mesma, narrado por mim. Me, myself and Daniela.


Fogo na torre! Alerta para bombeiros, amiguinhos e pessoas mais razoáveis do que eu!

Tenham medo de mim quando eu me resolver por alguma coisa. Eu consigo. Fiquei com o Taurino. Aliás, sejamos justos: ele ficou comigo.

Saca namoradinhos que ficam escondidos dos coleguinhas no pátio da escola? Que ficam de mãos dadas fingindo que não estão? Que aproveitam qualquer vacilo da professora pra fazer carinho, pra roubar beijinho, para degustar com os olhos o objeto da paixão juvenil? Tudo isso e mais um pouco.

Há tempos eu não sentia aquela doce agonia da antecipação do inevitável. Há tempos eu não passava pela situação de ser conquistada. Ficar de rostinho colado, deixar os cinco sentidos tomarem conta, transformando o que sempre me é racional numa experiência unicamente sinestésica. Numa festa de sentidos, de cheiros, de gostos, de músicas, de tato...

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Não, não vou me apaixonar. Complicado demais, arriscado demais. Não estou merecendo passar por uma bateria de problemas, de desgastes, de sofrimentos. Vou, sim, tocar meu barco para um porto seguro, não uma bóia de sinalização solta no mar, não um farol que ilumina fracamento o meu campo de visão e me atrai para uma perigosa formação de pedras. Ele seria o homem ideal se não fosse tão cercado de problemas. É o homem que pedi nas minhas orações, é o homem que estava na minha lista do homem ideal. De 40 itens, ele preenche 37. Mas esses 3 que faltam são determinantes...

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"É assim que se faz
É assim que se ama
Assim te quero tanto
Eu te quero bem..."


Luciana Mello

sexta-feira, setembro 20, 2002

Há dois dias estou num roller coaster emocional. Não estou sabendo lidar com a novidade do outro de volta à minha vida, não consigo definir qual vai ser meu real primeiro movimento. Real pq ontem, veja como é a vida, ontem eu abri a página inicial do Internet Explorer lá da produtora e a primeira notícia que vi foi de uma americana que vai correr a próxima temporada de Fórmula 1.

Ver aquilo não foi justo comigo. Há um tempinho, ganhei uma aposta feita com ELE sobre mulheres na F-1. ELE dizia que nunca uma mulher havia corrido, e eu tinha certeza de que sim. Giovanna Amatti, italiana que correu meia temporada, me fez ganhar o prêmio, seis caixas de cerveja. Claro que ELE nunca pagou, mas a história rendeu duas semanas.

Ontem, vendo a notícia da americana que vai pilotar ano que vem, não pensei duas vezes: mandei a matéria pra ele, com um bilhetinho:

Seis caixas de cerveja...
O núcleo de produção da Bahia
tem melhor memória que o núcleo
de produção de (fill the blank).
Dê notícias, tenho saudades...

Beijocas,

D.


Certo, foi um bilhete idiota, mas passei, acredite!!!, passei meia hora pra elaborar algo que não fosse bandeiroso, nada que fosse agressivo, nada que desse a entender que eu sabia de tudo. Consegui?

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Não queria aborrecer meus 10 leitores com letrinhas de música, mas o blog é meu e faço o que eu quiser (êeeeeee, garota sem-educação!!!).
Agora falando sério: Dave Matthews Bandsempre me leva pra um perigoso estado de sensibilidade, que normalmente faz com que eu veja o mundo através de uma grossa camada de lágrimas não caídas.

Voltei a ser homo sapiens flicts (alguém se lembra do Flicts, cor que não se encontrava na Terra, que não tinha amigos, que não tinha definição?). Não consigo achar minha similar em confusão. Não consigo definir uma imagem que me traduza. Só o Dave conseguiu me alcançar hoje.


The Space Between - Dave Matthews Band

You cannot quit me so quickly
Is no hope in you for me

No corner you could squeeze me
But I’ve got all the time for you love

The space between
The tears we cry is the laughter that keeps us coming back for more
The space between
The wicked lies we tell to keep us safe from the pain

Will I hold you again

These fickle fuddled words confuse me
Like will it rain today

We waste the hours with talking talking
These twisted games we’re playing


We’re strange allies
With warring hearts
What a wild eyed beast you be

The space between
The wicked lies we tell that hope to keep us
safe from the pain

Look at us spinning out in the madness of a rollercoaster
You know you went off like the devil in the church
In the middle of a crowded room
All we can do my love
Is hope we don’t take this ship down

The space between
Where you smile and hide
That’s where you’ll find me if I get to go

The space between
The bullets in our fire fight
Is where I’ll be hiding waiting for you
The rain that falls
Splashed in your heart
Ran like sadness down the window into your room


The space between
Our wicked lies is
The hope to keep safe from pain

Take my hand
Cause we’re walking out of here
Right out of here
Is all we need dear

The space between
What’s wrong and right
Is where you’ll find me hiding
Waiting for you

The space between
Your heart and mind
Is the space we’ll fill with time

The space between
The tears we cry is the laughter keeps us
coming back for more
The space between
Our wicked lies where we hope to keep safe
from pain

The space between
The space between


quinta-feira, setembro 19, 2002

If you were in these arms tonight
I'd hold you
I'd need you
I'd get down on my knees for you
And make everything alright
If you were in these arms
I'd love you
I'd please you
I'd tell you that I'd never leave you
And love you till the end of time
If you were in these arms tonights


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É o meu homem. É o único homem com quem consigo pensar em criar seis filhos, em dividir contas, em dividir problemas. E ser feliz. Feliz, indecentemente feliz.

É o homem que me devolveu o prazer de ter o coração disparando, de sentir um fio na barriga a cada vez que penso nele. O homem que me faria cruzar as fronteiras (From Dusk Till Dawn fácil!), por quem eu deixaria absolutamente tudo.

Basta ele dizer:

— Eu preciso de você!
Nana, um amor que resiste às crises de falta de educação (DELA!!!)

Acabou. E eu sabia. Eu SABIA. Não me restava nenhuma dúvida.
ELE. ELE, que virou minha vida do avesso, um dos homens que mais amei na minha vida. ELE, que ainda hj tem o dom de bagunçar minha nova ordem. Daniela em estado de choque ainda.

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Uma vontade estranha de chorar. Um nó que está apertado, um punhado de lágrimas que se avolumam nas bordas dos olhos. Não sei. Não há motivos. Os dias têm sido doces, doces, doces.

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Pode ser isso: falta-me o hábito de ser feliz.

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Estou me apaixonando pelo novo trabalho. Não, não é dessa vez que vou enriquecer (pelo contrário, né, Zeba, vc agora vai pagar minhas Coca Colas Light. Relaxe: só vai durar 24 meses...), mas a equipe é genial, o diretor é o cara mais fera com quem já trabalhei. Há uma liberdade de procedimentos operacionais, e isso me estimula pra caramba.
Estou na fase de readaptação. É estranho não ser mais totalmente dona dos meus horários, ser freela é um vício bom. Stuffs... Se não pelo dinheiro, pelo prazer. Bom poder trabalhar assim.

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Há tempos vivi um amor. Foi uma entrega absoluta. Foi absoluto. Foi amor.
Quando a vida jogou cada um pra um lado diferente, eu jurei que nossas paralelas iam se encontrar no infinito. Se encontraram. A experiência foi um misto de dor e alegria, mas faria tudo, tudo de novo se me fosse dado o direito de escolher.

Kiss the rain - Billie Myers

"Hello
Can you hear me?
Am I gettin' through to you?
Hello
Is it late there?
There's a laughter on the line
Are you sure you're there alone?

Cause I'm
Trying to explain
Somethin's wrong
Ya just don't sound the same
Why don't you
Why don't you
Go outside
Go outside

Kiss the rain
Whenever you need me
Kiss the rain
Whenever I'm gone, too long

If your lips
Feel lonely and thirsty
Kiss the rain
And wait for the dawn
Keep in mind
We're under the same sky
And the nights
As empty for me, as for you

If ya feel
You can't wait till morning
Kiss the rain
Kiss the rain
Kiss the rain

Hello
Do you miss me?
I hear you say you do
But not the way I'm missing you
What's new?
How's the weather?
Is it stormy where you are?
Cause I'm so close but it feel like you're so far


Oh would it mean anything
If you Knew
What I'm left imagining
In my mind
In my mind
Would you go
Would you go

Kiss the rain
And you'd fall over me
Think of me
Think of me
Think of me
Only me


Kiss the rain
Whenever I'm gone too long
If your lips
Feel lonely And thirty
Kiss the rain
And wait for the dawn
Keep in mind
We're under the same sky
And the nights
As empty for me, as for you

IF you feel
You can't wait till morning
Kiss the rain
Kiss the rain

Hello
Can ya hear me?
Can ya hear me?
Can ya hear me?"


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E ele ontem voltou oficialmente pra minha vida.



terça-feira, setembro 17, 2002

Sobrevivi.

Não dormi de sexta pra sábado, nem de sábado pra domingo. A viagem durou doze horas para ir, mais doze pra voltar. A cidade era tão seca que tinha medo de futucar o nariz e acabar com uma hemorragia. O show foi feito num caminhão (estava demorando, eu sabia que mais dia, menos dia, isso ainda ia acontecer.), muita desorganização, muito problema. Os músicos tocaram cada um de uma maneira diferente, com exceção do John, que passou a ser o sub do Samuel na bateria, e foi MARAVILHOSO, e do Márcio Telmo, que nunca vi errando um nada, que é sempre impecável. Um banzé. Mas sobrevivi.

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Nunca imaginei que fosse tão fácil pegar um hábito. Nunca imagineir que fosse ser tão difícil dormir sem ruído algum, sem nenhum barulho de respiração do lado, sem sentir uma textura macia de pele bem à mão, pra hora em que eu precisasse da minha dose, de hora em hora. Minha dose dele. Não podia imaginar que sem ele até a minha cama seria tão desconfortável. Não podia calcular que o ar sem o perfume da pele dele, com um traço do sabonete que ele usa, seria mais seco, mais difícil de respirar do que o ar de Caculé.
Custei a conciliar o sono ontem.

sexta-feira, setembro 13, 2002

EU TENHO UM WINAMP DO DEMO TB!!

Certo, o termo “winamp do demo” é dele. Mas cabe direitinho pra mim.

Como saber se vc tem um winamp do demo: basta programar as músicas em ordem randômica. Se as músicas foram condizentes com o que vc está passando, parabéns! Vc tem um winamp do demo! Impressionante como as músicas se adequam ao que vc está pensando, à situação que vc está vivendo.

Estou num dilema miserável, mas dilema do bem. Preciso decidir se cresço de vez ou não. Se entro no rol das pessoas categorizadas. Se começo a construir a minha vida.

Estou eu, jogando Freecell e debatendo fervorosamente comigo mesma sobre isso (Um aparte: Eu tive um gerente em Itabuna, depois que o Marcelo voltou pra Minas, que passava tardes e tardes jogando Freecell no computador pq dizia que fazia a cabeça funcionar. Hj, quase três anos depois, descubro que é verdade). Recitei a minha ladainha padrão:

—Deus, me dá um sinal, Deus, me manda um sinal qualquer de que eu devo fazer isso, de que vai dar certo.

Um segundo e meio depois o Winamp do demo começa a tocar “Bem vindo ao mundo adulto”.

Alguém dá mais? Alguém? Ouvi cinco e quinhentos? Não? Dou-lhe uma. Dou-lhe duas. Dou-lhe três, vendido para a senhorita de cabelos lisos e avermelhados ali no canto, com um sorriso matreiro na cara.

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Tarde de gravação. Roquinho me deu de presente Ricardo Pimenta, melhor cinegrafista da casa, na minha opinião. Vamos em busca de bizarrices pro tal programa.

Um cachorro que reza. Um senhor que assovia com um cigarro e um palito de fósforo na boca. Uma menina elástica. Um gari que faz malabarismo com o latão. Mas o que realmente pagou o meu dia foi o Mântrico Mantri Metrôn.

Mântrico é um louquinho que nos acompanha (a mim e à Marcela) desde 98, na Band. Não deu duas: preciso de alguém que faça bizarrices, liguei pra ele. Ele é todo metido a esotérico, usa umas botas de couro com um sol e uma lua desenhados, um em cada pé, uns óculos de madeira com uma lente verde, que ele mesmo entalhou. Uma ON-ÇA!

Lá foi ele. No início ele queria entrar com uma tanga tapa-sexo e um fiozinho só na bunda, tocando uma cítara. Alguém calcula o que é um ser humano que toca UMA CÍTARA DE TANGA? Eu, trabalhando deitada, com febrão, cheguei a piscar os olhos quando ele falou isso. “Delírios, Deus, a essa hora?” Mas era verdade.

— Não, Mântrico, não pode, são só 30 segundos.

Isso feito, perguntei qual era o número.

— Vc escolhe: eu passo uma fita de uma narina para a outra por dentro e enfio um lenço por dentro da boca e tiro pelo nariz.

Um minuto de silêncio. Estou realmente delirando?

Se estou, vamos nessa:

— Os dois, Mântrico, os dois.

E ele fez. Que coisa bizarra, Jesus! Junto com fita veio meleca, a fita veio molhada de coriza, uma nojeira sem fim. Tinha uma estagiária da TV que estava lá assistindo às gravações que nem conseguiu acompanhar o número dele. E ele, pra facilitar a passagem da fita, tirou e enfiou do nariz um sem-número de vezes. Na hora de gravar, ainda LAMBEU a fita pra amolecer mais.

Desculpa se vc estava jantando. Mas foi verdade.

O final foi anticlímax: correu tudo bem, fechei a gravação com um grupo que eu amo , a Banda de Boca, que faz os instrumentos da música com a boca. Eles são absolutamente fantásticos, eu os descobri na época do Arerê, e além de tudo são estupidamente simpáticos, competentes, responsáveis. Eles sim fazem todo o trabalho valer a pena.

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Sim, 5 barbies. Essa foi, sem sombra de dúvida, a viagem mais trabalhosa que eu já fiz com a banda. Dormoniiiiiiiiiiiid, meu bem, cadê vc?
Domingo eu tô de volta.

Say a little pray for me, please!

terça-feira, setembro 10, 2002

Viagem de novo. Caculé, 800 km de Salvador. Ainda não sei se as modelinhos vão junto.... Rezemos ao Senhor.

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Ainda não feri nada do lado direito do corpo. Como meus onze leitores sabem, tenho um ferimento do lado direito do corpo a cada viagem a trabalho que faço. Portanto, a viagem ainda não está confirmada.

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Relatos febris (e não é pornografia)

Zuiiiiiin. Tum, tum, tum, tum. Calor. Suor. Dor.

Onde havia lucidez, só a loucura. Onde havia o perfume francês, o suor. O que está havendo? Percorro o corpo todo com o dedo, sinto dor em todos os pontos. Descubro, no final, que o que dói é o dedo.

Febre, muita febre. A cabeça dói. Homenzinhos verdes tentam entrar no meu cérebro com picaretas e pás. Sacudo a dita cuja. A dor continua. Ergo os olho e vejo a causa de todo o mal: as Fofoletes que guardo ao pé da cama! Saiam, guardiãs do inferno, deixem meus pensamentos em paz! Esses pequenos cérberos fugidos se juntaram ao chaveiro de plumas pink e à garrafinha de coca-cola para tentar arrancar de mim, pelo meio mais dolorido, os segredos do universo. Não sei de nada, podem me torturar quanto quiserem.

Dor. Mais febre, muita febre. O corpo inteiro se rebela. Levanto os braços para me defender do ataque dos móbiles assassinos, mas a dor que sinto é insuportável. Estou delirando? Não tenho mais móbile no quarto! Deuses, as malditas fofoletes levaram minha sanidade! Ouço uma voz ao longe: "Dani, vem comer!" Nãooooooo, tudo menos comida!

O dedo frio do medo percorre minha espinha. Congelo toda, puxo o segundo cobertor por cima da cabeça e, logo após um acesso de tosse, tento dormir de novo. Em vão. Uma horda de hereges dança ao som tribal dos cavaquinhos, como que evocando algum deus pagão. Boteco na rua de trás. Droga, mamãe podia ter insistido naquela idéia de morar em Villas... Longe o suficiente desses adoradores do pagode, que o inferno lote com todos eles!

A febre aumenta. A consciência diminui. Deuses piedosos, pq ficar gripada desse jeito num dia como esses? Câmbio, desligo.

(totalmente atual, tendo em vista o meu estado, originalmente publicado em 08 de dezembro de 2000, no Crubinho. O que é Crubinho? Ah, uma sociedade secreta...)

sábado, setembro 07, 2002

Mente vazia, oficina do diabo

Academia. Noite. O novo instrutor da academia é um filé. Bonito? Não. Interessante.
Paro a seqüência na mesa abdutora, vou tomar uma água. Na volta, ele passa por mim e sorri. Eu devolvo o sorriso e digo:

—Que sorriso lindo vc tem!
—Ah, gostou? Toma pra vc!


E tira a dentadura, que sorri agora nas mãos dele.

Daniela acorda. Está parada no meio da sala de musculação com um sorriso idiota na cara, rindo de um sonho que só ela sonhou.

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Sexta-feira de glória. Fui contratada pela produtora que faz o programa que estreou na Band há duas semanas. Não contente com isso, saí de lá e fui direto pra minha TV querida, minha casa. Segundo freelancer pra empresa grande do Rio: selecionar pessoas que fazem coisas interessantes num curto intervalo de tempo.
E dessa vez fui chamada porque alguém lá em cima gosta de mim. Lá em cima no céu, lá em cima na TV. Não pq não existiam mais possibilidades. A primeira opção fui eu. Isso é que faz a vida valer a pena.

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Na hora exata em que resolvo parar a faculdade até o fim do semestre, acontecem essas viradas na minha carreira. Coisas que eu esperava há tempos, um reconhecimento de anos trabalhando a troco de pouca coisa, anos trabalhando em subcondições... Tá, o salário continua pouca coisa, mas é um caminho. O meu. O MEU caminho.

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Noite com Barata. Amigo antigo, da época da escola. Dez anos se passaram, ele casou, virou gerente de banco de investimentos, mas é impressionante como continua falando bobagens, como continua totalmente sem noção! Eu dobrei de rir com os capítulos “Barata instalando o ar condicionado”, “Barata na reunião de condomínio”, “Ketchup no moleton branco, dentro do avião” e outras pérolas do almanaque de histórias dele. Destaque para o momento "chic descontrol", com os dois comparando suas impressões de quando se hospedaram em resorts de luxo na Bahia. Ai, que saudade que eu tava!

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Gasolina do carro do Barata para rodar em busca de um bom bar:
R$ 20,00

Bolinho de queijo, duas Pepsis Light, uma cerveja, 10% do garçom:
R$ 14,00

Saber de um piti de ciuminho por minha causa:
NÃO HÁ NO MUNDO NADA QUE PAGUE!!!!

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Devoro todos os dias as letrinhas, o humor gostoso e o excelente texto do "Niguém lê essa porcaria". A autora, Fernanda, tem uma série de histórias de uma colega de trabalho muito justamente apelidada de Pinky (Pinky e Cérebro, manja, né?). Pois é. Hj me aproprio só um pouquinho do apelidinho pra minha colega de trabalho.

Na sala de trabalho, Pinky e o Lindinho Fashion.

— Eu não entendo esse negócio de gêmeo mais velho...
— Gêmeo mais velho é aquele que sai primeiro.
— Nãaaaaaaaao, gêmeo mais velho é aquele que é gerado primeiro!!!
— Pinky, se forem univitelinos, são gerados ao mesmo tempo!
— Eu aprendi na escola! Tem um negócio que o gêmeo vira na hora de sair!


A-hã...

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Aniversário do Guerreiro sempre rende boas histórias... Há muito não nos reuniamos, nós, parte da equipe do Arerê Geral, programa de auditório da TV Bahia que produzi por um ano. Regina, eu, Ed, Denise, Lucrécia, Possas, Xuxuca (vacilei, Negão, por não ter dito pra vc ir. Era pra ter chamado toda a equipe, e faltando vc e Lívia não foi a mesma coisa)... Brunch divino, daqueles que Danusa Leão (minha mestre, referência máxima do quesito "Estilo e Atitude") aprovaria sem ressalvas.

Surreal

Passa uma mulher grávida. Um querido amigo que encontrei lá, apresentador de TV, cumprimenta a moça:

— Que Nossa Senhora da Luz te dê um bom parto!

A moça grávida vai embora. Eu, baixinho no ouvido dele:

— Nossa Senhora do Bom Parto, né, Fulano?

Cai o pano. Próximo ato.

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Do mesmo amigo ainda.

Foi apresentar um festival de música de uma grande empresa. Lá pelas tantas, chegou para entrevistar um dos convidados, cantor famoso que mudou pra Bahia, defende fervorosamente a água do planeta e está careca que nem um ovo.

— E aí, Fulano, o que mudou do tempo daquela vasta cabeleira pra cá?

Diz a lenda que Fulano ainda não se refez.

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Um outro amigo que encontrei, ator, tem pavor de avião. Viajou pra não sei aonde, e lá pelas tantas, o medo lhe presenteou com um desarranjo intestinal. Foi ao banheiro, mas não travou a porta. Sentou no vaso sanitário, e como estava um barulho horrível, tapou os ouvidos com os dedos. A aeromoça abriu a porta por acidente, e vendo as mãos naquela posição berrou:

— Quer derrubar o avião, falando no celular aqui dentro???

Com as calças no joelho, esse amigo saiu atrás da aeromoça pra dar explicações. Ela apontava pra ele com as calças no joelho, e ele achando q estava sendo repreendido por estar " falando no celular".

Na viagem seguinte, todos foram de avião. Ele foi de ônibus. E aprendeu a travar a porta de qualquer banheiro.

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Acho que ganhei o meu intrutor na hora em que apertei a sua mão, disse meu nome e deixei meus olhos descobrindo os dele por mais tempo que o decoro permite.

quinta-feira, setembro 05, 2002

O sol só me fez sentir um frio na barriga até agora. Um antegozar das boas notícias.

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Bom... Deixei a faculdade neste semestre. Pela primeira vez (é a quinta) deixo a faculdade pra cuidar de mim, só de mim. Vou me dedicar à academia sem culpa, vou fazer meu tratamento com o psiquiatra, vou fazer todos os exames médicos que adiei, vou ao dentista. Vou mais ao Centro Espírita, vou visitar igrejas católicas, vou ao templo budista, vou conhecer a Catedral da Fé. Vou descobrir meu caminho, vou batalhar pra juntar dinheiro pra um intercâmbio no Alaska (sim, sou LOUCA pelo Alaska tb...), vou tirar carteira de motorista. Arrumar armário, arrumar a alma, o corpo, a vida, a conta bancária.

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Academia sem culpa. Eu vivia culpada por freqüentar o templo de culto ao corpo. Logo eu, ser humano criado entre prateleiras de livros enquanto os colegas corriam e suavam pelo pátio da escola... Mas dane-se! Eu malhei o cérebro por 26 anos, não pq resolvi malhar a bundinha agora que vou ficar fútil. Vou fazer isso por mim, não por ninguém. Continuo acreditando que quem gostar de mim vai gostar pelo que sou, não pelo que me reveste. Não pela casca.
Mas cansei da casca como está. Eu tenho que fazer por merecer esse corpo, e tenho que tratar bem dele. Cansei de me defender do mundo com uma grossa armadura de gordura.
Algumas decisões custam apenas um piscar deolhos, uma breve ponderação, um dia inteiro de arrependimento... e uma boa notícia no final da noite me fez agradecer o rumo q dei na minha vida.
Não sei por quanto tempo vou estar feliz: o sol é o juiz das atitudes impensadas. E juro q pensei muito pouco antes de aceitar esse desafio.
Stuffs... Ao invés de pensar em não decepcionar, vou pensar em me superar.

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Que seja doce, que seja doce, que seja doce.

quarta-feira, setembro 04, 2002

Roubado de um blog saborosíssimo: Kibe Loco

"O alerta vermelho está acesso no PT. Lula disse que iria ao barbeiro mudar o visual. Os assessores estão em pânico porque o candidato disse que vai tirar "só um dedinho". "Se ele perder mais dois dedos, vão começar a chamá-lo de 'Tartaruga Ninja'!" - alegava o publicitário Duda Mendonça."

terça-feira, setembro 03, 2002

Há dias vi alguns fragmentos desse texto e fiquei doidinha pra achar. Sou eu, dragão de fogo, que repete "que seja doce" um sem-número de vezes, evocando Dias Gomes todos os dias, que mantém a solidão depois da partida de alguns "eles" tão importantes, que vive de amores ilusórios só pra não cair no poço da solidão absoluta. E que entoa como mantra, não sete, apenas três vezes, "que seja doce, que seja doce, que seja doce".



os dragões não conhecem o paraíso
(Caio Fernando Abreu)

Tenho um dragão que mora comigo.
Não, isso não é verdade.
Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço - seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu.
Eles são solitários, os dragões. Quase tão solitários quanto eu, depois de sua partida. Digo quase porque, durante aquele tempo em que ele estava comigo, alimentei a ilusão de que meu isolamento para sempre tinha acabado. E digo ilusão porque, outro dia, numa dessas manhãs da ausência dele, pensei assim: os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderam no caos da desordem sem nexo.

Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.

Essa imagem me veio hoje pela manhã quando abri a janela e vi que não suportaria passar mais um dia sem contar essa história de dragões. Gosto de dizer, tenho um dragão que mora comigo, embora não seja verdade.

Como eu dizia, um dragão jamais pertence a nem mora com alguém. Seja uma pessoa banal igual a mim, seja um unicórnio, salamandra, elfo, sereia ou ogro. Eles não dividem seus hábitos. Ninguém é capaz de compreender um dragão. Quem poderia compreender, por exemplo, que logo ao despertar (e isso pode acontecer em qualquer horário, já que o dia e a noite deles acontecem para dentro) sempre batem a cauda três vezes, como se estivessem furiosos, soltando fogo pelas ventas e carbonizando qualquer coisa próxima num raio de mais de cinco metros? Hoje, pondero: talvez seja a sua maneira desajeitada de dizer: que seja doce.

(texto roubado num blog muito bacana: Afrodite, que pescou num outro blog que leio sempre: Gente)

Separados no nascimento


Primo Itt, da Família Adams e seu irmão Zakk Wylde, famoso guitarrista do Ozzy Osbourne



E o que era fogo agora é brasa. O que afogava apenas molha. O que doía agora só incomoda.
Welcome to the jungle, baby...

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O remédio está acabando comigo. As articulações da mandíbula estão incomodadas de tanto bocejar. e o pior é que não consigo dormir, por mais sono que tenha.
E as dores de cabeça? Parece que as bolinhas do olho vão saltar e que vou poder jogar ping pong com elas.

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I WANNA SEE THE LIGHT!!!!!!!!

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Sabe que eu gostei dessa paradinha que fica rodando na tela...

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Da série: Tomara que ninguém descubra!

O que é Zakk Wylde? Que homem é esse, que guitarra é essa, que músico da porra é ele??? Putz, por isso é que ainda vale a pena dar uma cavoucada nas novidades. Esse é mais um oferecimento do Álvaro Tatuador.

Toda as vezes que vou fazer uma tatuagem, o Álvaro tem alguma banda nova, algum lançamento de CD, algum desgarrado do rock and roll que está de volta. Dessa vez foi esse guitarrista do Ozzi Osbourne, com músicas surpreendentemente boas. Da penúltima foi o delicioso "Starkers in Tokio", um acústico do Whitesnake perfeito. Ah, a voz rouca do Dave Coverdale sussurando "so I can hold you in my arms" no meu ouvido...