domingo, fevereiro 26, 2006

Amigo querido,

Tenho uma porrada de fotos suas tocando no trio em que você trabalhou... Saudades dessas suas mãos lindas, que hoje percebi com alguns anéis, mãos esguias como convém a um pianista...

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Reencontros deliciosos, seja em cima de trios, seja como companheiros de trabalhos, verdesolhos que não foram verdes na época da alcunha. Querido de olhos pintalgados, querido de digressões quase marítimas...

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Projeto VCO:

A P R O V A D O

Coloca uma caneca de água no feijão que eu estou chegando...

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A dona da bodega está enchendo o saco.

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Quer saber de uma coisa, bonito? MORRA!

sábado, fevereiro 25, 2006

Postando depois de váaaaaaaaaaaaaaaaaaarios Red Bull e um "visqui" com Red Bull — depois das oito da noite, que fique bem claro! — no trabalho. Trabalhar no Carnaval é a melhor e a pior coisa do mundo.

Estou num camarote bala, o que n~]ao me garante felicidade. Estou digitando num teclado moldado nos infernos, e que me garante momentos de irritação por causa da posição das teclas.

Buenas, paguei todos os meus pecados embaixo do sol hoje, e devo continuar a pagar amanhã, no re-credenciamento (isso tem hífen?). A pequena está meio doente e o carnaval nem começou direito.

Deixa eu fingir que trabalho e justificar esse cachê enoooooooooooooormne que recebo...

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Parafraseando um amigo meu, "eu pago o maior pau pro Armandinho!"

Ê, carnaval dos reencontros...

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Não me atire no mar de solidão
Você tem a faca, o queijo e meu coração nas mãos


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Esse é um daqueles dias em que sinto muito até pelos erros que não cometi.

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Estou cansada, sim, de brigar com moinhos de vento. Estou cansada de investir contra nuvens. Estou cansada de ouvir Rocinante relinhando nos meus ouvidos. Estou cansada de ser patética.

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Sim, aconteceu alguma coisa. Não, nada grave. Não, nenhuma novidade.

Não, não vou contar no blog.

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Eu vou acabar aparando mais esta porra desta franja, que entra nos olhos já tão maltratadinhos...

Dureza vai ser ficar a cara da Regina Duarte!

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Odeio gente que é (sic) 100% feliz. Ah, vai pro inferno, que histeria ser feliz o tempo todo! Dá caimbra nas bochechas, os dentes se desgastam com o contato excessivo com o ar, dá vinco entre as sobrancelhas e você ainda vira um bobo-alegre.

Aliás, odeio perfis alegrinhos no Orkut. Odeio pessoas que escrevem que nem oligofrênicas.

Eu vou é dormir, pra ver se esse azedume passa.

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Não me esqueça por tão pouco
Nem diga adeus por engano
Mas é sempre assim
A mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva
Faz do amor uma história triste


A PERUCA FICOU LIIIIINDA!!!

Agora eu tenho franja, tá?

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A pequena agora coloca a mão na orelha, em concha, e fala "Aô".

Ah, sócia da Telemar...

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Sua vida está por um triz de mudar quando você se programa pra comprar um secador de cabelos para fazer escovas dia sim, dia não.

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Eu não consigo comprar os quatro livros do Douglas Adams no site das Americanas. Nunca tem os quatro, e não quero pagar frete por um que esteja faltando. Desta vez só tem o "Até mais...".

As pessoas ficam muito angustiadas, tá?

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A supracitada acabou de chegar com os meus óculos escuros na mão, me entregou e deitou a cabeça no meu colo...
Retoques pré-carnavalescos (eu já disse o quanto odeio carnaval?), brincos novos, e não é que estou de saco cheio deste blog também?

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Bilhetinho

Amor meu, não sei se o nobilíssimo amigo casou. Acho difícil, porque até a última notícia que tive, ele estava solteiro. Mas em se tratando de quem se trata, a gente nunca sabe, né?

Saudade enorme, que dói, viu? Sonhei contigo esta noite!

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Eu cheguei apensar que seria muito bom se acontecesse alguma coisa que me fizesse não trabalhar no carnaval.

Não daria certo porque:

1. Cada vez que faço um pedido, ele se realiza de uma maneira muito canhestra.
2. Eu preciso de dinheiro.

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Vou ali cortar a peruca e volto.

domingo, fevereiro 19, 2006


Quando é que as pessoas vão aprender que o plural de fax é ... FAX???

O mundo é bizarro!

Não bastando ter um site atualizadíssimo sobre as "novis" do (outro) mundo, a Funerária Online (FOL) ainda disponibiliza cartões para mandar, com motivos que vão do singelo pôr-do-sol a ponte do parque de Macuco.



Já pensou que legal receber um email da funerária online, dizendo que tem um cartão pra você? Tipo "obrigada e volte sempre"? Faça uma visita sem compromisso?

Tem também anúncio de caixão, urna de bronze, cursos de necromaquiagem e 10 dicas para elevar a auto-estima.
E onde vai ter telão para o show do U2?

Tem gente fadada ao fracasso. Conheço uma pessoa que vive de caminhar por sonhos e de empreendimentos frágeis. É casado com uma mulher linda, executiva com mão de Midas. Mas ele... que fiasco!

Tive notícias agora do seu último empreendimento. Tudo indica que foi o último mesmo. Naufragou. Mais um.

É capaz de agora ele pedir aposentadoria pelo Departamento de Ideinhas Novas.

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Uma das melhores aquisições dos últimos seis meses foi um livro do Mauro Rasi por 9,90. A melhor ainda fica sendo o livro do Brian Gallagher, irlnadês do balacobaco que escreve melhor que a Marian Keyes, comprado pelo mesmo valor. Fui pesquisar no Submarino esses dias e deu algo perto de 45 dinheiros.

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Zero grau em Barcelona, primeira nevasca em 23 anos em Lisboa... Ai, essa península ibérica que não me sai do pensamento, ai, ai...

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De que adianta ter canais fechados de TV, se a sua mãe descobre que tem a Record no meio do balaio, e deixa o canal criando limo lá?

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Aviões roxos como o Barney. Ser mãe e empreendedora dá nisso.

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Em ritmo de pré-trabalho carnavalesco — por conta própria, a bem da verdade —, já descobri três famosos que estarão no camarote onde vou trabalhar. Que tipo de trabalho é este cujo briefing vem das colunas sociais?

sábado, fevereiro 18, 2006

Alguém que vai trabalhar no carnaval poderia fazer a gentileza de dividir comigo as informações sobre o circuito do Campo Grande? Coisinhas beeeeem relevantes, do tipo "celebridades presentes", "quem é quem", "horário dos trios"...

Vai, sacana, estuda e vira repórter-produtora-diretora NO CARNAVAL! Se não tivesse estudado, tinha malhado horrores e hoje era morena do Tchan.

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Porque eu gosto do Gmail

Porque eu criei uma conta chamada arquivos de trabalho. Todos os modelos de cartas, planilhas, roteiros, listas, ordens do dia, absolutamente tudo que eu preciso pra trabalhar está lá. Inclusive a cópia da minha mega-power-vitaminada agenda de telefones.

E hoje me deu a idéia de arquivar lá músicas difíceis de serem achadas. Minhas pérolas do Vaya con Diós, RPM do segundo (e obscuro) CD... Posso fazer um arquivo de e-books...

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A moça é dona de 5 dentes a partir de hoje!

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Faz calor até cansar, até fazer a criatura perder a paciência. Aí chove. Chove para caramba. E abre o sol de novo.

Pronto: olha só para nós, cozidos ao bafo, qual cenouras.

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Celebridades instantanêas (MESMO!)

Eu odeio trabalhar com modelos. Odeio visceralmente, sinto tremores só de pensar num dia (ou vários) cercada por pessoas lindas e burras. Não, não me venha com a babaquice freudiana de que a gente só odeia nos outros o que não aceitamos em nós mesmos. Não sou bonita nem burra. Ponto.

Modelos só saem de casa pra trabalhar porque sabem que vai ter comida no set. Não pense em cachê, fama, nada disso. Modelo só trabalha por causa da comida. Já vi inúmeros motins, e no top 5 de motivos para quebrar o pau com o modelo, abandonar o set por causa de comida é o número um. Fora os idiotas que largam o trabalho no meio porque não podem deixar de vestir as sainhas tamanho band aid para distribuir santinhos de uma cachaça vagabunda pela noite afora. Isso sem avisar que fugiu, na mais patente prova de falta de caráter.

Por mim, vinham todos em pó, em embalagens de papel, como sopa Knorr. No lugar de informações nutricionais, altura, peso depois de pronto, cor dos olhos, indicação de consumo — se para editorial de moda, se para filmagens —, tempo de validade depois de aberto, com áudio ou sem.

Fazer o casting ia ser lindo:entra-se no supermercado, escolhe-se pela cara impressa na embalagem, paga e leva. Mistura com água quente (ou joga num canto com uma camisa suada e cevada, haha) e em três minutos está pronto. Fotografa-se, filma-se, tudo isso no tempo regulado na embalagem. Quando acaba, é fácil descartar: coloca o modelo num canto e pergunta quanto dá dois mais dois. Acabou-se. O dito cujo evapora que nem naftalina. E ficamos sem saber da resposta da "equação".

quinta-feira, fevereiro 16, 2006


Neste filme da cerveja, conheci uma pessoa que há muitos anos faz parte da minha vida, desde a época do finado ICQ. Ele é uma autoridade quando o assunto é áudio, e foi o responsável pelo áudio direto deste comercial. O moço tem os olhos mais lindos da temporada, é simpatissímo e bonito que nem um pecado.

O engraçado é que ele me reconheceu pelo nome e sobrenome, enquanto eu o contratei sem nem lembrar que aquele nome pertencia ao meu amigo de tantos anos.

Onde eu quero chegar: no meio da conversa, ele me disse que por um tempo leu meu blog.

Conclusão: vez por outra eu encontro um Shaggareader, e fico sem-graça, porque muitas vezes já descrevi o interlocutor e suas peripécias.

Isso só fez germinar uma semente que há muito vinha brigando para nascer: a de um outro blog. Blog politicamente incorreto, sim, sem nomes — nem o meu —, com palavrões cabulosos, histórias azedas e cretinices daniélicas.

Não, não é hoje, ainda, mas está cada dia mais próximo.

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Por uma vida mais ordinária...

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Tenho várias coisas que quero fazer, e não tenho ânimo:

*Ir ao cinema para Brokeback Mountain
*Cortar as melenas
*Fazer um check up
*Sair para um drink com o Bruno, que me quebrou um galho monumental e que eu ainda não vi
*Checar minha conta no banco
*Mandar um email decisivo

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De quando em quando — e ultimamente com uma certa freqüência — a banca de livros das Americanas me dá umas boas surpresas. A melhor ainda é de um autor irlandês meio sádico, mas estou com um que fala sobre um julgamento que é saborosíssimo!

E pesquisando os meus Douglas Adams. Até agora, viva a FNAC!

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Será que eu aguento passar um mês longe da pequena? Mesmo que seja por uma boa causa?

Diz o meu amigo querido, meu braço direito no filme, que "o Departamento de Ideinhas Novas é o que mais funciona". De fato. Ideinha Nova no pedaço.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Eu me tornei persona non grata no Pestana por causa dele. E hoje, veja só a mudança!, já estava me dando conselhos sobre como lidar com filhas rebeldes.

(acrescente um sotaque paulistano)

— Dani, tem que ligar no 220 para elas entenderem. Eles ficam nos testando para saber até onde não é não.


Dele veio o melhor aprendizado sobre escolhas de profissões e como não nos queixarmos delas.

Em uma semana, ele saiu de meu herói para vilão e de novo para meu herói.

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E a paciência ainda pulsa.
Pulso.
Pulso.
Pulso.
Pulso.
Helena sempre foi uma criança ótima, sempre entendeu e obedeceu o "não", sempre comeu como estivadora. Como mágica, desde o aniversário ela está um Gremlin. Não quer comer senão sob tortura, acha que a palavra "não" significa "sorria" e dá chiliques de quatro em quatro minutos.

A honestidade me mata: EU NÃO SEI EDUCAR A HELENA!

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E não faltasse mais nada, não pude fechar o job da viagem. Já tinha outro trabalho para este período. Merda.

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Vou-me recolher ao meu silêncio e à minha insignificância, enquanto o azedume não passa.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Sabe Deus o motivo, sumiu este post da página do blog. Postado ontem, às 10:01

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Diz a lenda que tenho uma viagem marcada pra quarta-feira. Diz a mesma lenda que só volto dia 21.

Faz as contas aí, que eu estou com preguiça: dia 23 eu já tenho trabalho marcado. Dia 22 eu tenho que fechar a produção desse trabalho que começa amanhã. Caracoles, vou ter 12 minutos de descanso entre um batidão e outro!

Pra não falar do cansaço acumulado nessas quatro semanas sem folga.

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O notebook passou a ser necessidade, não luxo. Como vou fazer a pré do próximo trabalho sem um computador?

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In the end, it doesn't even matter.

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Gente, quanto tempo leva para compensar um cheque? Continuo a feliz proprietária de míseros 4 reais na conta.

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Eu preciso de um favor: alguém poderia mandar meu horóscopo do Guruweb pro meu celular enquanto eu estiver enfurnada na paisagem campestre?

É só clicar aqui!

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Wishlist *new*

*Um I Ching
*Os quatro livros do Douglas Adams
*Um palm
*Um IPod video
*Um notebook

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Ai, que saudade que eu tenho da aurora da minha vida...

Ouço Pedro e o Lobo, de Sergei Prokofiev, na versão da minha infância. Com todas as explicações sobre a história, a representação dos personagens por instrumentos e notas musicais. É uma peça lindíssima para sinfonia, e a narração é feita num português inpecável, sem gírias, mas de uma maneira bem lúdica.

Eu sabia que era sábio não deixar a pequena ouvir Xuxa.

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Ainda estou por aqui, trabalhando.
The war is over for me now.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Eu menti pro meu oftalmologista: tenho medo, sim, das seqüelas de um transplante.

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Eu ouvi errado, mas...

Ao final da terceira hora de põe e tira de lentes de contato (LENTES DE CONTATO, VIU?), examina, futuca, pinga colírio, sentei-me na sala de exames e fiquei esperando a próxima sessão. Uma estagiária atendia uma senhora. Examinou primeiro um olho, depois o outro. Aí vira pra supervisora e pergunta:

— São só esses dois?

De verdade, eu não sei o que ela perguntou, mas tive a nítida impressão que foi isso mesmo.

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Eu não respeito quem tem "miguxa", quem é "fofix", e se pedir "plix", toma um murro.

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Porque eu odeio aniversário de criança (por mais que ame a criança)

*Porque tem brigadeiro amassado no corredor do prédio
*Porque encontrei cachorros-quentes mordidos entre as poltronas
*Porque encontrei uma trombadinha — de vulgo ignorado — mexendo no meu celular

Mas...

Porque eu amo aniversário de criança

*Porque eu amo a dona da festa
*Porque vi meu genro conversando com o meu pai
*Porque as outras crianças, as que são muito queridas, vieram, e se comportaram muito bem

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Um trabalho que acaba leva um bom tempo para acabar mesmo. Doente terminal. Paciente querido em estágio terminal.

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Tenho sentido vontade de transcrever alguns trechos que leio, tenho sentido vontade de escrever para os colunistas de jornais e livros que frequento.

Sobretudo, tenho sentido vontade de chorar.

domingo, fevereiro 12, 2006

Vamos combinar uma coisa? Eu não entro em comunidades do Orkut que tenham erros de português já no título. Depõe contra mim.

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Cansada até o limite, e quando achei que teria uns dois dias de folga, eis-me conversando com um amigo de tempos outros, conversando na garagem da minha casa sobre vida espiritual, depois de uma maratona de trabalho voluntário em prol da satisfação da minha pequena.

Pequena, aliás, que ainda arde em febre em horários estranhos, pequena que vai ser acordada em mais alguns minutos para tomar mais uma batelada de remédios.

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Tem uma cabeça de Ursinho Puff de mais de 40 cm olhando pra mim e rindo. Tem chance de a semana começar errado?

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Desfeito o mistério do ponto. Grata surpresa.

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Sem coragem de ir ao site do meu banco para saber se o cheque caiu. Existe uma forte chance de começar a segunda-feira com míseros quatro reais para viver até a terça. Preciso ganhar melhor e saber administrar melhor o que ganho. Preciso aprender a cobrar.

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Terminar um trabalho é como acabar um casamento. Estava ruim, tinha que ir pro saco, mas até o próximo, a gente sente falta de vez em quando.

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Vou tirar as lentes e parar de embromar. Amanhã o dia é longo.

(E qual a novidade nisso? Não teria tido essa semana passada quatro quartas-feiras?)
Último segundo

*Recebi um email no parperfeito (uénnnn!) de um cara que aparentemente me conhece pessoalmente.
*A livraria da FNAC ainda é a melhor opção para os meus livros do Douglas Adams. Será que mandam pra Boa Terra?
*Preciso desenferrujar o inglês. Profissionamente vai, mas para paquera, deixa muito a desejar.
*A mocinha está sem febre e dorme a sono solto.

Tiquena ganhou de presente uma visita ao PS, nos últimos minutos do seu primeiro aniversário. Parece que o dispositivo de febre, que levou 11 meses pra ser ativado, entrou em funcionamento pleno. Ardeu, chorou, comeu mal, choramingou...

Infecção de ouvido. Um ouvido, apenas, uma porrada de remédios.

Se fossemos índias, era com raiz de whatever, aluá e banho de rio gelado ao primeiro raio de sol...

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Muito recentemente eu (re)descobri os prazeres de ser dura. Acho que começou com o esporro bíblico que dei na equipe de estiva daquele documentário que abriu minha temporada 2006 de trabalhos estranhos. Depois disso, alguma coisa mudou para melhor.

A verdade é que nasci azeda, sempre fui mal-humorada, dura e ranheta. Tentei domar essa besta-fera interior, e até que por uns tempos deu. Deu, mas tive gastrite, compressão na cervical e mais umas mazelas de um corpo rebelado. Agora eu estou de saco cheio de deixar os viventes subirem nas minhas costas. De motorista da equipe a produtor-chefe, digo pra todos, na mesma entonação em que recebi a porrada, que não gostei. E estou adorando, sabe, de não ser mais a produtora-fofinha-meiguinha-rabiscada-de-desenho-animado.

Agora eu sou a produtora que é bacana, mas você que não se atrase, não, porque ela é chata pra caralho. Sou tatuada com cartoons, sim, e aprenda que na minha época isso só se chamava desenho animado. E que sim, tenho idade para ter crescido vendo Pantera-Cor-de-Rosa, quando ainda era moda.

Eu sou o que sou, e sou várias (Legião?). Ninguém tem que gostar de mim. Se trabalha comigo, tem apenas que trabalhar bem. Se a relação for só pessoal, então... run, Lola, run!

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Aquele moço-ator bonito, cujo pai já foi meu (e dele) companheiro de algumas boas noites austríacas, casou no dia do aniversário da minha pequena. Toda felicidade do mundo para ele e pra mulher, tão bonita também.

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Em compensação, estou mais chorona, agora por motivos bestas e outros nem tanto.

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Pela primeira vez em quase dez anos nesta corrida de ratos, recebi o telefonema de um contratante pedindo o número da minha conta, porque ele não havia ficado satisfeito com o valor que me havia pago.

Este filme da cerveja foi, sem a menor dúvida, e em todos os aspectos, o mais peculiar de todos.

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Outra pérola que mudou minha vida foi um diálogo que presenciei entre o diretor de produção e a responsável pelo casting. Duas semanas para montar um casting de 35 modelos e dez músicos.

— E aí, Fulana, como estão as coisas?
— Estou aqui, resolvendo essa bomba que você me jogou...
— Ué, mas você não vive disso? Não escolheu fazer isso? Então não é bomba, é trabalho!

Caracoles, ele está certo. Depois disso, não me queixei mais uma única vez, nem quando pediram para enfiar um trailer no Pelourinho, área onde não se cirucla com outra coisa que não sejam os pés. Nem quando o planejamento de tempo do último dia me deixou com um pepino na mão.

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A frente fria está estacionada sobre São Paulo. Palavras do Instituto de Meteorologia. E eu aqui, derretendo o meu coração de saudade daquela terra onde canta o sábia (totalmente metafórico, vamos lembrar). Eu amo Salvador, mas um dia eu volto pra lá...

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Em algum momento eu vou comprar os livros do Douglas Adams. Em algum momento entre hoje e amanhã.

sábado, fevereiro 11, 2006

Email da irmã do FerVil (ou porque meus olhos marejaram)

Comunicado aos amigos,

O Juiz da Vara Criminal, encarregado de julgar o processo do caso do Fervil ,deu a sentença final condenando o Réu, a 25 (vinte e cinco) anos de prisão em regime fechado.

"Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça porque serão saciados"- (Mateus-5,7.A JUSTIÇA DOS HOMENS foi feita, devemos gritar sempre NÃO À IMPUNIDADE

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Minha pequena faz um ano hoje...

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Eu não sei como é que eu vivi e criei minha filha até hoje sem os conselhos e lembranças "imprescindíveis" que recebo de mamãe e vovó...

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Bem, amigos da Rede Globo, estamos de volta em definitivo.

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Foram dias trabalhosos, que não vão me render nada do ponto de vista futuro. Acho que a coisa mais valiosa que recebi neste período foi a sabedoria em gotas.

.Combinado não sai caro. Já o não combinado, sai barato pra quem paga e caro pra quem recebe (vide meu cachê).
.Quem tem como me pagar, continua me devendo e assim permanecerá (vide meu cachê e minha conta de celular).
.Dinheiro muito, meu pirão em primeiro, em segundo e em terceiro. Depois o seu (vide meu cachê).

Só fiz aumentar sensivelmente o meu repertório de palavrões, resolver problemas e ganhar pouco.

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Cybercorno

Quando esses ouvidinhos acham que já ouviram tudo na vida, a gente se depara com isso.

Vou te deletar do meu Orkut!

Roubei de lá.

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Acabo de descobrir uma protuberância no osso da arcada dentária. É uma bola calcificada, que pode responder as dores atrozes que sinto vez por outra.

Porreta, cálcio nos dentes, que é bom, nada. Já no osso, um mondrongo.

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No fundo (e nem tão fundo assim, afinal), estou feliz demais pelo último mês, estou feliz por ter voltado ao meu meio, por estar em movimento. Perco algumas coisas, sim, como poder encontrar com ele no aeroporto ou a pequena andando sozinha (hoje ela oficialmente decidiu que não precisa mais de muita ajuda). Perco coisas importantes, mas ganho grana (pouca, vamos lá), trabalho, boto pra foder e volto pra casa.

Atendi a dois clientes da minha coordenadora Sem-Noção, e ambos saíram visivelmente satisfeitos com o meu trabalho. Dois clientes de grande porte, uma produção com mais de 150 pessoas envolvidas no set, outra com um faz-chover de uma grande emissora.

Minha vida voltou a andar pra frente, os planos de aquisição de bens de consumo mudaram um tanto (considerável), e foda-se: minha parte eu fiz.

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Pelo naipe dos homens com quem a mãe se envolve, a filha certamente permanecerá única.

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Falando nela...

A lourinha faz um ano no sábado. Eu sou mãe de uma toddler, alguém acredita nisso?

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Precisava dormir, mas quanto mais cansada, maior a dificuldade pra apagar.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Jornada de trabalho de exatas vinte horas. Comecei às 3:00, terminei às 23:00. Em algum momento vai ter que compensar.

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Eu não sei se eu boto pra foder, ou fodo o planejamento e armengo a execução.

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Game over. Amanhã tem fechamento da produção.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Em tempo:

Meu amor, se você lê isso aqui, queria te contar que amanhã eu filmo um mega comercial para Portugal. E que eu preciso de sorte. E que você esqueceu seus óculos escuros na minha bolsa, num agosto que o tempo engoliu.

E que amanhã eles vão gravar comigo. Meu amuleto.
Eu gostaria mesmo de saber o que estou fazendo acordada, se tenho que levantar às 3:50?

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(Aumente o volume da caixa de som)

EU BOTO PARA FODER!


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Banho e cama.

domingo, fevereiro 05, 2006

Se eu precisasse de alguma razão pra amar este homem...

"Sinto falta do por do sol no Porto da Barra. Das noites no Bistro. Das paradinhas nos postinhos da vida pra sacanear a galera superficial de Salvador. Saudade dos ensaios da KIH e dos planos para o futuro. Saudades da falencia da fabrica (acredite ou nao), quando podia ligar pra vc, Luna ou Zeba com uma desculpa esfarrapada pra tirar vcs de casa pra um drink no meio da noite. Saudade das minhas brigas com Carla pq isso sempre me levava a mais uma noite de bons papos, bons conselhos e boa bebedeira com amigos de verdade. Saudades de vc, meu amor.

Minha vida continua por ai, por Salvador, contigo, com Luna, com Zeba, com a minha melhor metade do que um dia fui...

Em Junho estarei voando pra SSA por 3 simples razoes; vc, Luna e Zeba.

Muito obrigado por tudo.

Beijos
Epilef"

... era esta.

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Mas não preciso. Amo este homem porque ele é a minha outra metade, é minha alma gêmea, é meu companheiro, é quem faz meus olhos brilharem, é a razão dos meus sorriso por entre lágrimas. Como este de agora. Amo este homem porque sou melhor com ele por perto, porque sem ele eu sou uma alma penada, uma forma de vida sem sentido, uma reles "sem-Felipe".

É o homem a quem eu sempre vou amar, pelos beijos, pelo gosto, pelo rosto, por tudo o que não me deixa em paz.

E quais são, meu amor, quais são as cores e as coisas pra te prender?

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Trabalhando pra caralho. Estou com uma equipe multilingue, porque além dos portugueses, tem um italiano. Ou seja, ouço em italiano, respondo em inglês e ainda decifro em português PT. E estou começando a pensar com mais Xs e letras engolidas do que o português BR convencionou...

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Aaaaaaaah! Eu vi o Eduardo Lyra!!!!!!!! E ele é mais interessante pessoalmente!!!

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Vou azucrinar a vida dos humanos pelo telefone, programar meu dia de amanhã.

sábado, fevereiro 04, 2006

Tenho pensado muito nele desde o seu aniversário. Muito mesmo, estou com uma saudade do caralho, estou com saudade de ouvir sua risada, suas piadas infâmes, saudade dos abraços dele, do cheiro, passar a mão pelo rosto dele e sentir a barba despontando. Sinto falta dele me ligando de madrugada para uma cerveja, e de mim mesma saindo depois de deixar um bilhete para os viventes de casa.

Se existe uma parte ruim de crescer, é ver que os que a gente mais ama vão embora.

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E eu vou acabar chorando se lembrar de mais alguma das coisas que sinto falta nele.

Para um dia que começou com um telefonema de trabalho às 6:20, e terminou à 00:30, nada mal.

ATUALIZAÇÃO

Terminou nada. Estou trabalhando no checking list. Eu devo ser boa mesmo...

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Ah, esses Nunos de terras além-mar, e seus sorrisos, seus cachos, seus olhos...

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Ouvindo Jorge da Capadócia.

--------> CENSURADO<--------

Porque eu não vou dar a cara a tapa e ouvir piadinhas até o dia do juízo final. Basta dizer que a combinação dear condicionado, a estrada escura e o ruído de dedos estalando foi explosiva...

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Eu acho que, como os viciados, sempre vou sofrer desta doença. Muitos anos empregando força e sentimento numa mesma causa, não deve ser à toa. Mas eu vou embora, é chegada a hora (alguém sabe quem cantou isso? Ganha uma jujuba.). Certamente ainda terei recaídas, o processo é longo e doloroso, e tenho não pensado nisso. Sinto uma falta do caralho, e não sei se já atingi aquele ponto que os aviadores determinam como "daqui não dá mais pra voltar".

Se não atingi este ponto, em algum momento o farei. Farei, neste dia vai ser fácil sentar naquele bar, e mesmo correndo o risco de encontrá-lo, pedir uma Guiness. Pois é, achei um bar em Salvador que vende Guiness (e uma Whatever Ale, cujo nome não lembro), e não sentei porque havia a possibilidade quase certeza de nos encontrarmos.

Mas isso um dia seca. E se não secar, pelo menos acalma, adormece, fica em estado latente.

Hoje eu me sinto livre pra andar sozinha. Sozinha, mas em busca de outra mão para colar a minha.

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O poder é realmente o maior afrodisíaco.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006


Eu estava pronta pra comprar um Ipod Vídeo.

Uma conversa com ele e a idéia foi por água abaixo.

Agora vou comprar um notebook.

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Claro que pelos próximos seis meses, não planejo fazer esta arte, mas espere o dia 16 de junho...

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Não todos, mas quero que alguns amigos ardam no fogo do inferno. Com um eqüino por trás. Sem camisinha.

Ha ha ha.

Traídores.

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Estou ouvindo Carlito Marrón. Tudo por causa de um maldito documentário pra qual ele fez a trilha sonora. Resultado: a trilha é linda e estou ouvindo o dito cd na Rádio Terra.

ATUALIZAÇÃO

Não deu pra continuar ouvindo. Estou estressada até os ossos, e aquela litania em espanhol estava me azucrinando. Deixo pra depois do dia 9.

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Visitante de número 25.000, identifique-se para ganhar vários brindes.

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Vou trabalhar, viu?

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

"É a última moda!"

E será mesmo. Depois disso, só o apocalipse.

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Herr Direktor é o cara! Este trabalho foi mais prazer do que problema, os cavalinhos foram domados, quem era rude ficou fofo, só para me contrariar.

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Mesmo quando dá errado, dá certo. Os deuses da produção devem estar todos reunidos na sala que leva o meu nome, lá no céu.