segunda-feira, junho 30, 2008

Ensaio sobre a cegueira

De lentes, menos de meio período. De óculos, enxergo menos ainda, mas com alguma nitidez.

Sinto cheiro de transplante no ar. Sorocaba, aqui vou eu.

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Freela de 15 dias para a TV. Pela primeira vez em oito anos, terei ROTINA. Hora para entrar, hora para sair, hora de almoço, hora de voltar. E sabe de uma coisa?

ESTOU ADORANDO!

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Acabo de dar baixa num brigadeiro. Mais um, e esqueço aquele homem (mesmo porque, vamos combinar, já venceu o prazo de validade, né?).











Mentira. Prazo de validade indefinido. Chuif.

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Depois de uma tentativa frustrada de trocar a bateria, o iPod se recusa a funcionar. Eu sou viciada em música para caminhar pela cidade. Solução: levar na autorizada da Apple.

Problema 1: Fui proibida de levar na MacBahia. Minha amiga Doce M. foi ludibriada em último grau de sacanagem pela galera de lá, e me vetou a ida. "Vá na Macinrio."

Problema 2: A Macinrio fica na casa do cacete. Tá, Boca do Rio, mas não é lá a casa do cacete? Eu ia hoje, depois do trabalho. Aí saí da TV num horário proibitivo. "Bom, vou amanhã". Ah, vai? Amanhã de manhã estou com a Lourinha, e pela tarde tenho um médico irremarcável. Ah, sim, e no mesmo horário do médico, começa a minha pauta de edição. No way.

"Ah, quarta-feira está tranquilo"
. É, tranquilo até demais. Feriado. Suspiro. "De quinta não passa". Gravação das partes principais do programa (cabeças, tia Dani ensina). Manhã e tarde. Outro suspiro.

Sobra a sexta, e sabe D*us porque, tenho quase certeza de que algum compromisso profissional vai me afastar do rebirth do meu sonzinho.

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Sério, o que estou fazendo aqui, ainda tendo que tomar banho, passar creminhos que atacam rinite (mas deixam macia e cheirosa) e fazer meditação?

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Já passou
Agora já passou
Mas foi tão triste
Que eu não quero nem lembrar


Ando precisando me apaixonar. De novo.

domingo, junho 29, 2008

Sem perguntas

Eu te desejo não parar tão cedo
pois toda idade tem prazer e medo
e com os que erram feio e bastante
que você consiga ser tolerante

Quando você ficar triste
que seja por um dia e não o ano inteiro
e que você descubra que rir é bom
mas que rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar,
pra recomeçar


Eu te desejo muitos amigos
mas que em um você possa confiar
e que tenha até inimigos
pra você não deixar de duvidar

Desejo que você ganhe dinheiro
pois é preciso viver também
e que você diga a ele pelo menos uma vez
quem é mesmo o dono de quem

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É. Eu sei. Sem perguntas, porque você tem as respostas. Diria uma conhecida:

— Trinca os dentes e aceita a gentileza.

Quero pra você o que eu quero pra mim. Amar você durante essa fração de tempo te fez especial — e a mim, mais especial ainda. Obrigada por ter entrado na minha vida tão de repente.

quarta-feira, junho 25, 2008

"Não viaja, Daniela, não viaja"

Ontem eu não tinha coragem. Hoje estou ardendo de vontade de voltar no seu perfil do orkut e saborear aquela foto minúscula de novo.

Idiota.

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Voltei a ler o horóscopo de dois signos todos os dias.

Idiota.

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Não viaja, Daniela!


Repito como mantra duzentas vezes por dia. Sério. Odeio esse saber que as coisas não vão caminhar, e odeio mais ainda essa intuição de merda, que insiste em me dizer que espere até o final da semana.

Intuição de merda, eu te conheço, sua pulha! Velha caduca, radar obsoleto, pára de encher minha cabeça de caraminholas — e de me dar friozinho na barriga —, porque eu não tenho mais treze anos.

Idiota.

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Aquele querido disse que eu sou velha e rabugenta, mas que mesmo assim me ama.

É bom, né, quando a gente está se afogando, aí vem alguém do mundo real e estende a mão...

Aaaaaaaaaaaaaaaah, como sou idiota!

terça-feira, junho 24, 2008

Drops

Dor de garganta. Tomei chuva ontem à noite no Pelourinho. Adorei, claro.

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É tão bom olhar pra trás e ver minha Lourinha dormindo na cama dela...

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Por que o Moço não pode morar aqui em Salvador?

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"Não viaja, Daniela, não viaja".

Mas como não viajar, Daniela, como não viajar?"

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Eu, quase ex-fumante.

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Esse calor insuportável não abranda o frio da alma.

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Preciso me apaixonar de novo.

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Sempre haverá toda essa distância?

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Mais dois Toblerones e eu sou um cubo feliz.

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Nem vou dizer que ouvi arrocha hoje. Nem vou dizer porque, também.

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Lavei os ouvidos com os metais do Streetlight. Andava com saudade.

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iPod + andar por aí = Daniela feliz.

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Preciso de outro abraço casual. Como aquele.

Braile

E mais essa: trabalhei metade do dia sem o olho esquerdo. Deu perda total. No final da noite, a delícia: estourou o dirito, também.

Bengala e labrador, que óculos escuros eu já tenho e ainda pude escolher.

Daqui não saio, daqui ninguém me tira

Não estava entendendo o porquê do tiquinho do almoço — que acabei de comer — estar parado no esôfago. Comi miseravelmente, passei o dia sem mastigar nada além de um kibe, almocei agora... E NÃO PASSEI DA SEGUNDA GARFADA?

Aí lembrei do meu azedume, do merda do garçom, do meu cansaço de tudo. Lembrei das saudades e da distância, lembrei que far away é far away, e não so close. Lembrei que agora tudo, absolutamente tudo que não é do tamanho ideal, pára no esôfago. Não engulo mais.

E tudo foi explicado. Sim, continuo com a comida no tubo, nem lá, nem cá. Mas agora sei porque ela não desceu.

Como todo o resto, aliás.

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O trabalho foi tão bom, tão bom, fiquei tão feliz com a equipe que veio, que nem quero, por ora, dividir com o mundo. Adoro essas surpresas que vêm no dia em que a gente menos espera (e mais merece).

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Na primeira promoção mega de passagens, eu garanto: vou comprar estoques para visitas quinzenais. Ah, tem que ser assim mesmo.

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É MUITA coisa para uma cabeça só. Mesmo que seja a minha, prodigiosa, é coisa demais. Um fato: essa ciranda TEM que acabar. Pelo bem de todos, e felicidade geral da nação.

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Sempre teremos Paris.

sábado, junho 21, 2008

A falta que ela me faz

Mesmo mal criada, desbocada, argumentadora, é o meu amor, é o ar que alimenta o meu fogo, e morro de saudades dela antes mesmo dela ir.

Até dos pitis dela eu sinto uma falta miserável. Quanto tmepo será que demora?

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Pátio da Mansão Foster para Amigos Imaginários. Ela estava sentada num degrau abaixo do meu.

— Minhas amigas me surpreendem.
— Como assim?
— Os caras com quem elas saem eu jamais imaginaria que elas escolheriam. Só você se salva, Dani.


Dei uma risadinha, abri o celular, selecionei uma mensagem de texto — a tal que fez sorrir — e estiquei o braço pra ela ler. Juro: a gargalhada que ela deu pagou minha noite.

Nem eu me salvo, minha amiga, nem eu...

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Dois episódios matadores de Grey's Anatomy. Sério: por que eu faço isso comigo?

sexta-feira, junho 20, 2008

Necromaquiagem

Meio (MUITO) à contragosto, vou sair. Me arrumei, subi nos saltos, fiz maquiagem. Gente, na hora em que sai da luz dourada para a luz branca, eu quase tenho um troço. Estou tão pálida, tão pálida, que o blush nos malares ficou parecendo obra de maquiador de funerária.

Agora sim, justifiquei esse monte de buscas que caem aqui procurando por curso de necromaquiagem, que por sinal, sei onde fazem. Procurem no FOL, quando tem curso, eles anunciam. Mande inclusive um cartão postal de lá para os amigos. Acho sensacional o site da Funerária Online. Juro. Está nos meus favoritos.

Ela, sempre ela

Apenas para pontuar: minha filha hoje sentou e viu "O Estranho Mundo de Jack", do TIM BURTON, e adorou. TIM BURTON, alguém leu? Minha.filha.gosta.do.Tim.Burton!!!

Quem sai à sua não degenera!

Humpty Dumpty




Minha filha partiu para cinco dias longe de mim. Ela feliz — ma non troppo, deu grudinho hoje porque não queria ir — da vida, batendo os chinelinhos contra o chão de mármore do meu prédio. Eu, agachada, tentando catar os pedaços do meu coração, que despedaçou ali mesmo.

E agora, como adoro auto flagelo, estou ouvindo Cat Power, com o resto da casa em silêncio e escura, e morrendo de pena de mim mesma. Alguém além de mim prevê uma longuíssima noite?

*Humpty Dumpty: o ovo que, no cimo do muro, tenta manter o equilíbrio.

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Drummond

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você esta esperando desde o dia em que nasceu.


Saudade. Saudade sem explicação. Sem razão. Ou talvez tenha. Talvez eu tenha encontrado o "ele" por quem espero desde o dia que nasci. Mas passa. Passa mesmo.

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— Um chicote com lâminas nas pontas? Er... é meu mesmo, de... uh... coçar as costas!

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Tomei o baque de um reencontro. Não ruim, pelo contrário, mas sabe quando vcê NUNCA imaginou que encontraria determinada pessoa (por mais que quisesse)?

Foi isso.

quinta-feira, junho 19, 2008

A saga das laranjas

Amaldiçoei a décima geração do corno que inventou a festa de São João. Não Isabel, a mãe do propriamente dito, mesmo porque João, Antônio e Pedro são meus chegados.

(um comentário: fui consultar quem era a mãe do João depois de ter escrito. Que tipo de gente sabe que a mãe de S. Pedro é Isabel?)

Xinguei mesmo aquele sacana que um dia colocou fruta na cachaça e criou o licor (e para o meu azar, de jenipapo, que nem fruta é: é uma piada interna de D*us); o mesmo deve ter jogado um punhadinho de pólvora na fogueira, e criou as porras das bombas. Aí alguém tocou um triângulo, e pronto: estava criada a praga junina.

Não tenho a menor amizade com a festa de S. João, alguém percebeu? Não sou entusiasta do forró, não tenho vocação para longos deslocamentos em busca da fogueira perfeita, odeio jenipapo, e não ligo muito pra laranja. Sério, por que eu tenho que participar?

Porque eu tenho uma filha em idade escolar. *suspiro* Só por isso. Porque ela nasceu numa região que tem o S. João como sagrado, e porque mesmo que a gente já estivesse morando no Rio, eu teria que me virar em retalhos para fazer uma fantasia de caipira pra ela, pintar rodelas vermelhas nas bochechas e sardas de lápis de olho.

Resumindo o arrocha a ópera, descaquei enfim 20 laranjas, cortei o dedão um sem-número de vezes, estou só o cheiro da casca cítrica (que não é sexy, adianto logo. Ainda bem que não deu pra cumprir a tabela do jogo por absoluta falta de tempo). Me sinto um copo de laranjada do McDonald's.

Mas está lá: uma pilha de lindas e — tenho certeza — azedas laranjas, todas descascadas, ensacadas em grupos de dez e refrigeradas. O vestidinho de caipira, novo em folha, está passado e pendurado no cabide. E juro que amanhã vou fazer um esforço de guerra para levar a pequena no colégio, só pra ver a gangue quadrilha de Rosinhas e Chico Bentos de 2, 3 e 4 anos.

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Mesmo que eu relute...

Mensagem de texto faz sorrir.

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E agora vou largar a porra do relatório, cujo preview gostaria MUITO de mandar até sábado para quem de direito, tomar outro banho pelando, deitar na minha caminha e assistir The Transporter — que acabo de descobrir que foi escrito pelo Luc Besson, meu segundo deus — até ficar vesga.

Mãedrasta

Em dias normais, eu pensaria em vender. Hoje eu DARIA a minha filha. Alguém por acaso sabe/lembra o que é a rebeldia de alguém que está testando os primeiros limites na vida?

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O melhor é a saga do vestido de caipira perfeito, rodando a cidade com a Loura a tiracolo. Achei, não era o ideal, mas funciona para amanhã. Sim, eu deixei para comprar a fantasia nos 45 do 2o. tempo. Sim, idiota, mesmo.

E isso não é nada. Eu, dotada de habilidades manuais só descritas por Tim Burton em Edward Mãos de Tesoura, terei uma longa noite para descobrir como se descasca uma laranja. Uma, não, vinte. Vinte laranjas para uma turma que mal e mal deve dar uma lambida na laranja e passar para o colega do lado.

*suspiro*

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Terapia funciona. Vão por mim, kids, só façam se estiverem dispostos a tomar uns sacodes de quando em quando (no meu caso, uma vez por semana).

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"Procuro um amor que seja bom pra mim.
Vou procurar, eu vou até o fim."


E procuro também um apartamento de dois quartos em região ecúmena, já habitada por humanos civilizados, que passe ônibus por perto, e que não me cobre um rim pelo valor do aluguel. Procuro também um emprego razoável, ou alguma constância nos freelas. Sabe como é, pagar água, luz, telefone, tudo isso depende de dinheiro.

terça-feira, junho 17, 2008

Dilema

Sabendo que:

1) Minha filha vai passar uma semana das férias na casa do pai (que mora a 700 metros da minha casa, em linha reta);
2) Eu ODEIO São João;
3) Mamãe e minha irmã embarcam para o Rio quinta-feira;
4) Achei uma puta promoção de passagens pela Varig

Pergunto:

— Estou emocionalmente pronta para voltar ao Rio?

Porque eu vou te dizer: mais uma volta como a última, de cara inchada e soluços o caminho inteiro, e eu vou ficar completamente desequilibrada.

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De verdade, vou ficar por aqui, tomando sol de manhã, lendo jornal na praia, ligando pra minha filha 3 vezes por dia, todos os dias, pintando quarto, fazendo orçamento de móveis.

Além disso, o Moço vem aí, e prevejo dias do curso intensivo "Como a qualidade vem da quantidade", ministrado por Daniela Henning. E não fosse o Moço vir, a pequena acabou de deitar no meu colo e pedir para eu "não viajar todo dia".

Digo a povo — e à Varig — que fico. Pesarosa, mas minha sanidade vale muito mais.

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No capítulo de hoje da (longa) série "Aniversário Juninos", rega-bofe da Andréa num bar que nunca nem ouvi falar, numa rua que me remete a um passado nem tão distante.

Suspiro.

Sinto cheiro de Steinhegger Night.

domingo, junho 15, 2008

Inferno Astral: considerações finais

Não me lembro de outra véspera de aniversário mais estranha.

Sim, daqui a menos de três horas faço 32 anos. T-R-I-N-T-A E D-O-I-S A-N-O-S. Nem eu acredito que tanto tempo passou, que estou tão velha, nem acredito nessas rugas que insistem em brotar no canto da boca. Mesmo que só eu as veja, elas estão ali.

Foi um inferno astral louquíssimo, saboroso, cheio de reviravoltas e mudanças no final. Decerto foi o mês mais agitado e bacana do meu ano, e ainda tem metade dele vindo por aí. Ou lá vem um ano inteiro, já que meu Reveillon é hoje.

Estou em tratamento, acabei de voltar do lugar ao qual eu pertenço, estou fazendo por mim o que não fiz em 32 anos. Estou solteira, sim, o que não é sinônimo de sozinha. Minha filha é sensacional, tem um gênio do cão, é inteligentíssima, generosa e passou o último ano sem fraldas. Mini me.

Trabalho no que amo, tenho amigos novos que me fazem pensar em como vivi sem eles até hoje. Tenho amigos antigos, e essas amizades eu preservo à qualquer custo. Rompi algumas relações, reestabeleci outras, sofri com o fim de algumas amizades. Meu manequim é 38/40, minhas unhas estão um caco, meus cabelos estão uma porcaria, não consegui (AINDA) comprar meu apartamento, mas e daí? E DAÍ?

Eu conquistei coisa para caralho nesse último ano, e assim devo seguir. Se olhar pra trás, e faço isso sempre, tive o que plantei, e descubro a cada dia que minha semeadura foi das mais proveitosas.

Então, meus caros, feliz aniversário/Ano Novo pra mim, e que o ano até agora tenha sido só o ensaio pro que está vindo.

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Porque é foda ser geminiana

Estou lendo um blog, escrevendo no meu, coordenando a transferência das fotos da viagem do computador da mamãe para o meu (quase uma mudança de girafa), tratando umas outras fotos, escrevendo um email gigante para a minha irmã, de ouvidos atentos nos eventuais chiliques da outra e pegando o telefone para combinar um pré-aniversário hoje no japa.

Multitask total.

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E as coisas vão indo, sim, já sem (muitas) lágrimas, já de celular ligado, já mais ou menos de volta. O Rio ainda permeia meus sonhos, meus pensamentos vagueiam o dia inteiro por Copacabana, por Botafogo, pela Rio Branco — principalmente por lá. Tenho emails pessoais para responder, notícias para dar, novidades para contar, beijos para retribuir.

Mas não hoje. Não agora. Agora estou curtindo o luto de ter sido arrancada dos braços do meu amor. Agora estou sentindo uma falta miserável daquela luz, daquele vento, de andar pelo calçadão ouvindo a minha trilha sonora pessoal (e tirar os fones do ouvido para ouvir jazz lá pelo posto 4). Agora estou morrendo de pena de mim pela falta que sinto do azul — do céu e dos olhos, ah, aqueles olhos... —, pela saudade do sol da manhã, fraquinho e delicado.

O Rio é uma poesia diária, uma poesia sem a qual não vivo. Meu ano é composto de Rio e os intervalos.

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Em tempo

Obrigada, Santo Antônio! Acertou na mão, hein?

sexta-feira, junho 13, 2008

Suspiro

Esse é um post suspirento. Muito suspirento. Muito saudoso.

Voltei do Rio. A quarta-feira foi um dia que me viu de mau-humor, triste e chorosa. Sim, mas o dia — e o acaso — se esforçou para me fazer feliz. E quase conseguiu. Quase conseguiu exatamente na estação Uruguaiana. A felicidade durou até a Estação Carioca, saída da Rio Branco, em frente ao Ed. Central.

O dia ter-me-ia feito feliz se não fosse um único detalhe: eu ia embora dentro de sete horas e dez minutos. Exatamente. Não sei se sou feliz porque vivo essas relações, ou se sou infeliz pelo mesmo motivo. Não sei mesmo.

O fato é que foi ali mesmo que nos despedimos, e dali seguimos nossos caminhos tortos, nos finalmente 20 graus cariocas. E se já tinha todos os motivos para chorar de saudade do único lugar ao qual realmente pertenço, agora tinha mais um. Ele lá, eu cá.

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Vida que segue, hoje é dia de Santo Antônio, e estou um ttanto disposta a descobrir o que há reservado para mim.

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Consegui a façanha de sair de Salvador para correr da polícia em São Paulo. Sim, eu estava no tumulto da 25 de março.

Feliz da vida, claro.

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Exercício de hermetismo

Em estando o iPod morto — e o livro, um porre —, resolvi olhar a paisagem na Rodoviária do Rio, enquanto 50 minutos separavam aquele momento da hora do embarque para SP.

A paisagem... bom, devo dizer que nunca foi tão divertido aguardar um ônibus, e que teria sido mais legal ainda se minha carruagem saísse às 3:30 da manhã, e não 00:42. Minha auto-estima, tão machucadinha, enrodilhada que nem cachorro depois da sova, se espreguiçou, levantou os braços e saiu assobiando, toda-toda.

E acreditem, kids: fui pra São Paulo com um sorriso bem idiotinha no rosto.

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Buenas, estou sem o meu computador querido, usando o da mamãe, e o tempo cá é curto. De mais a mais, ainda estou em trânsito...

quinta-feira, junho 05, 2008

Quiroga

Um passo depois do outro, ou tudo de uma vez só? De fato, é irrelevante o estilo que você adote, o que importa é você entrar em ação e produzir resultados através desta. Por isso, evite as palavras, que agora não seriam eficientes.


Ah, ele tem sido tão bonzinho comigo...

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D*us tem um senso de humor sui generis...

Auto flagelo

Eu tenho intolerância à lactose. Ponto 1. Eu tenho problemas com a digestão de açucar. Ponto 2. Pergunta:

POR QUE RAIOS EU INSISTO EM COMER CREMINHO DE CHOCOLATE???

Enjoadíssima.

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Se eu já fiz as malas? Claro que não!

Mas já achei o palm, que andava de férias depois da maratona de trabalho ao qual foi submetido no último mês. Não achei o respectivo carregador, mas o cabo de dados supre essa deficiência. Vou mudar o filme do cartão de memória, porque não estou aguentando ver "O Motoqueiro Fantasma" (o que é a peruca do Nicholas Cage?) naquela telinha de 3 centímetros. Aquilo é pra ver filmes com menos ação. Algum iraniano.

O iPod está carregadíssimo, e por uma questão de sobrevivência, não passei a discografia da Cat Power pra ele. Corro o risco de desmanchar em lágrimas antes de GIG.

É o melhor momento pra ir, não a melhor fase. O périplo que estou prevendo à partir de domingo é digno de Júlio Verne. Acho que vou desobedecer metade do que tenho a fazer, mas e daí? Quem manda no meu tempo sou eu, ora!

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Nem com lascas de bambu eu abro o motivo da minha viagem, que é sério, mas não grave, e de vital importância pra mim. Mas façam um pensamento positivo pra esse final de semana, vai? Tanta coisa se definiria nesses dois dias...

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Alguém faz a gentileza de enfiar a cabeça pra fora da janela e ver que luz absurda de linda que está lá fora?

quarta-feira, junho 04, 2008

Quase lá

Meio desconectada, deixando tudo para a última hora, hoje abri um blog e trombei com uma das mais lindas fotos do Rio.

Sabe frio na barriga que dá quando a gente se apaixona, quando lembra do primeiro beijo na paixão da semana? Eu senti a mesmíssima coisa só vendo a foto. Ainda agora me aperta o estômago só de pensar, é um caso de amor louco, irremediável, intransferível. Até vou a São Paulo, tenho coisas importantes a fazer lá também, mas só o Rio me esquenta o coração.

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To do list

Playcenter




Mas acho que não vai dar.

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Pergunta

Aquele menino-prodígio da publicidade não tem amigos? Não me lembro de tê-lo encontrado acompanhado de viv'alma, em todos esses anos em que o conheço. Sempre vagando, desfilando aquele charmezinho cafa para uma platéia inexistente. [/veneno]

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O preço para bancar minhas apostas é alto. Mas eu pago.

terça-feira, junho 03, 2008

Save the eggs!

Último dia de gravações, um dia com clima estranho, embora o trabalho de pré-produção estivesse todo bem-feito. A locação era a praça em frente à igreja de Santo Antônio Além do Carmo, linda, com coreto e o escambau. A cena programada era o início de um empreendimento comercial, uma vendinha de hortifrutigrangeiro na frente da casa do personagem. Legumes frescos, frutas, ovos, lindo.

Lindo? Quem, no estado de torpor e exaustão, conseguiu lembrar devoto que de Santo Antônio dá pão para mendigos toda terça-feira? E quem lembrou que aquela pracinha com coreto ficava em frente à igreja de Santo Antônio? E que o dia de gravação era terça-feira?

O que se deu foi cômico, porque conosco o trágico não cola: tivemos que deslocar o segurança do set para fazer a segurança dos ovos e alfaces, porque a mendigaiada estava tentando roubar os elementos de cena.

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Não, não somos cruéis. Dois dias antes, a equipe inteira havia se mobilizado para comprar duas passagens de volta para Tucano, norte da Bahia, para os dois semi-mendigos que dormiam na praça onde fomos gravar. Toda a comida que ficou no set foi dada para os mendigos remanescentes na praça, e mesmo durante as gravações, dividimos o nosso lanche com alguns deles.

Então não somos cruéis. Somos profissionais, e temos que preservar os ovos.

Copacabana, Liberdade, 25, Maracanã

Minha irmã já avisou que está um frio de lascar por lá (e sabe que eu adoro). Nem pensei nas malas, e é nem capaz de eu vadiar até sexta, seis da manhã, e só arrumar faltando uma hora para embarcar. Sim, eu já fiz isso. É horrível.

Vou ao Rio sexta, 11:30 da manhã. Fico até a madrugada de domingo para segunda, quando eu sigo para São Paulo. Aí começa o dilema. Fico dia 9 e volto pro Rio? Fico dia 9, durmo lá, e volto pro Rio na madrugada de 10 pra 11? Vou dia 10?

O fato é que a parte séria da viagem termina ao meio-dia do domingo. Depois, "tarde livre para compras" até quinta, 19 horas.

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escravita_isaura@hotmail.com

Estou no ar com três campanhas. Em um deles faço figuração.





Não é queixa, viu, D*us. É agradecimento.

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I, robot M.D.

Fiz o que o meu médico disse que ia fazer e não fez porque não teve tempo: dobrei a dose do remedinho.

Agora fico boa de tudo... mesmo que babando que nem um basset round pela casa, com ar de drogadita.

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Acabei de saber de um elogio tão foderoso, tão... Tão sei lá, de tão foda que é!

O que paga trabalho é reconhecimento, não só o cachê.

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Comendo bombom sabor sabão de coco. Mas vou até o fim.