quarta-feira, dezembro 15, 2010

iPod-ing - DaniDani em doze - quase treze - músicas

Postando tudo de acordo com o shuffle do iPod. Nem venha com mau humor: o dia — e o blog — é meu, e eu posso. É o que eu ouço, é o que eu gosto. Sobrevivo às críticas, opiniões, sugestões, silêncios.

Neste momento, Jewel canta You were meant for me. Ouvi pela primeira vez no carro do Eddie Aussie. Medo.



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Eleanor Rigby, Beatles.
Lembra o JP, amigo de carnavais passados, que me empurrou pra frente num projeto de livro que eu sequer tinha vislumbrado. Não contente, ele fez a capa da minha publicação (e o dia em que resolver por fim publicar, será aquela capa, coisa linda), talentoso que é — desperdiçado, mas talento porejando.

O livro não saiu. Sua Mini Him chegou. O tempo acabou fazendo com que as notícias se tornassem escassas. As notícias, sim, nunca o carinho.



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Mr. Jones. Couting Crows é provavelmente a coisa que mais ouvi nos primeiros três anos da década anterior à atual. Dancei (oops, eu dancei muito, pretérito perfeito, em algum lugar do passado) horrores essa música, que para vocês, meus jovens, parece velha. É velha, sim. Eu sou velha, aliás, tenho direitos garantidos pelo Estatuto dos Idosos.



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By my Side. INXS.
1992, o ano que terminou. E disso não mais falo.

*O texto na cabeça era "1992, o ano que NÃO terminou". Vai discutir com Freud, vai... Então enfim terminou?



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De Música Ligeira, Paralamas.
Nem me lembro porque essa música é a Lívia, outra amiga querida que os anos empurraram pra tão distante. Mas é ela, minha companheira querida de backstages de trabalho, de tortas de cebola, de festinhas na piscina da sua casa, de tardes preguiçosas na rede da sua sala, falando tudo e nada ao mesmo tempo.

Ignorem o clip:



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Gone Going, Black Eyed Peas.
Ninguém, e ao mesmo tempo adoro tanto essa música, me faz tão feliz...



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Spiderwebs, No Doubt.
Ernesto e Carol. Parece que só o passado vem frequentando meu iPod, ou eu não não consigo deixar passar aqueles que foram tão importantes pra mim, em tempos outros. Meus companheiros de tardes de nadismo, espalhados na cama, no chão, no sofá, discorrendo sobre o que seria da vida, e o que exatamente era vida. Morro de saudade.



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Tonight is what it means to be young.
Última música da trilha de Streets of Fire, e se eu já fizesse audiovisual em 1984, teria um puta orgulho de ter feito essa luz, essa montagem, e essa direção. Meninas, atentem para 0:09 até 0:12 (é rápido mesmo): o baterista. Manga arregaçada, rodando a baqueta entre os dedos. Meninos: não tentem fazer isso em casa. Paletó dobrado, NOT.

Merece um vídeo:




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Viva la vida. Coldplay
tem uma história surreal na minha vida. Eu os odeio. Com força. Fui obrigada pela minha irmã a procurar a discografia completa deles. Fiz com o desvelo de irmã mais velha, mas dizer que curti a missão, mentira. Passou tempo curto, estou na van de trabalho, e toca uma música fabulosa. "Quem está tocando?", cheia de alegria pela banda nova que agregar-se-ia ao meu cancioneiro.

— Coldplay!

Blé. Eu não odeio Coldplay? Abri uma rara exceção àquela música. Nem lembro qual, graças.

Tempos depois. Carro parado, a tradicional boa conversa, vira a música. Ai, como sou feliz. Peço um tantinho de silêncio, arrebatada por tudo: momento, companhia, cheiro, música. "Quem está tocando?"

— Coldplay!

Oh, não! E era Viva la vida. De lá, fui gentilmente empurrada pra Clocks pelas mesmas mãos que me arregalaram os olhos para Viva la vida.

Estão ambas na minha lista de honra do celular e recém chegadas ao iPod, terras só frequentadas pelos melhores. Merda, eu ODEIO Coldplay!

Duas músicas na mesma citação, as duas disponíveis:





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Lágrimas e chuva. Vem aí um impasse. Há muitos anos, morando na inóspita Itabuna, a rádio local, que eu sintonizava para espantar o fantasma (real e o da solidão), programava esta música praticamente toda noite, versão da Verônica Sabino. Matadora, emocionante. O sono curto, leve e fragmentado já se tinha regulado para acordar às primeiras notas.

Problema 1: a música eu conheci com o Kid Abelha, da cada-dia-melhor-e-mais-bonita (desculpem os puristas, eu acho!) Paula Toller. Já era foda, mas nunca como a da Sabino.

Passou, e criou-se o...

Problema 2: Lágrimas e Chuva é do Leoni. Que eu amo. Não é o mais afinadinho, não, mas que coração ele coloca nas músicas! E confesso: a versão com o Leo Jaime, que amo ao cubo, me arrebatou.

Qual versão colocar, então? O goear me ajudou: só achei com o Kid Abelha. Então vai.



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A décima primeira música não é divisível. É Enquanto seu Lobo não vem, Rodrigo Galvão e Fabinho Serrano. São dois monstros da música, e que deixaram à deriva uma boa turma que aprecia boa música, instrumentos bem tocados e letras tocantes.

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Chicano skate nos canos. CBJr.
Atire suas pedras. Da lista acima, a que mais ouço. Preste atenção no baixo. Na guitarra solo. Na guitarra base. Em tudo. Ouça milhares de vezes. Por trocentos anos, meu toque de celular, esperando para voltar no aparelho novo. Talvez hoje. Batidinha Tex-Mex. Amo. Muito. Mesmo.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Another time, another place, same person

Gosto de cravos de todas as cores, de chocolate quente, de dias cinzas e um eventual céu azul. Gosto de andar ouvindo música alta, de lojas de 1,99, de cheiro de limão e de cachorros. Gosto de Coca Zero, de risadas altas sem esperar, de autores irlandeses, de Doritos Sweet Chilli. Gosto de viagens de final de semana, de cheiro de maresia, de séries de TV, de filmes de sangue e explosões.

To never forget.

domingo, dezembro 05, 2010

Noites daniélicas

Eu só queria dormir mais de cinco horas por noite.

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E ainda ando pesadelando horrores. Assalto, quedas, brigas, abandonos, tudo isso tem frequentado minhas mal dormidas noites.

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E o calor? Lá pelas tantas começo a fritar na cama, virando de um lado pro outro, agoniada. ODEIO calor. ODEIO. Acho que viveria na vibe do inverno o ano inteiro, mesmo depois do último mês de julho, em que minhas botas de trilha impermeáveis se afogaram (estão traumatizadas, mas passam bem), tamanha quantidade de água que tive que enfrentar.

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E os vizinhos que chegam bêbados e cumprimentam o porteiro gritando da garagem pra guarita? E o porteiro que responde no mesmo volume? E quando as saudações se transformam num animado diálogo, aos berros, embaixo da minha janela?

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Agora não, mas há um ano, mais ou menos, eu tinha um milhão de problemas e dormia mal (what's new?), depois de virar a noite inteira na cama. Quando acordava, sempre madrugada alta, não raras vezes tinha um roteiro de curta prontinho na cabeça, só pra ser rabiscado. Claro que nunca os escrevi, mas alguns ainda existem na minha cabeça, e dia desses passo pro papel, e quiçá para a realização.

Que tipo de pessoa está no meio da demolição da própria vida, e ainda assim consegue fazer brotar roteiros para cinema do meio dos escombros?

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No mundo ideal, esta noite eu dormiria 8 horas initerruptas.

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UPDATE

Pronto: chegou o primeiro vizinho bêbado da noite, lacrimoso, falando num tom até razoável que "vai meter a mão nele". Tenho cá minhas desconfianças de que tem futebol metido no meio...

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Tuitando

Muito tempo tuitando dá nisso: pensamentos fragmentados a cada 140 caracteres.

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O que Piaget diria ao ver uma mãe tão ciosa da educação artística da filha, cantando e dançando "Cachorrinho", da Kelly Key, com a citada infante?

Por outro lado, quem mandou ele morrer antes de me ensinar a lidar com a pequena?

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Aberta a temporada de coisas para fazer. Finais de semana tomados de atividades com e sem criança, festinhas in and outdoor. Prevejo caipirinhas em terças-feiras ensolaradas (OK, eu aturarei o sol como elemento cênico, nunca como forma de entretenimento), looooooooooongas manhãs paticando nadismo, atualização anual dos filmes que não vi, campeonatos de War ora aqui, ora acolá...

Dizer que amo o verão é pregar uma mentira deslavada... mas a cada ano que passa eu vejo mais amorosamente esses dias de sol que nunca se vai, essa eletricidade diferente das festas da cidade. Temo um dia me pegar ansiando pelo carnaval.

Aí é caso de internação.