terça-feira, novembro 28, 2006

Você pode tirar um paulistano de São Paulo, mas nunca vai tirar São Paulo de um paulistano

1) Há anos foi feita uma pesquisa para saber por que o paulistano frequentava o aeroporto como lazer. Resposta: para ver se acontece algum desastre aéreo. Pois bem, eu não posso ver uma avião fazendo curva, que fixo os olhos na expectativa de que ele caia. E sim, adoro aeroporto.

2) Matei um cachorro quente com purê de batata, paulistaníssimo!

3) Eu ainda falo "meu", com o "e" puxadinhho.

4) "E", pra mim, é "ê", não "é".

5) Pra que melhor café da manhã que pastel de feira?

7) Festa de aniversário tem que ter gelatina e bala de coco.

8) Se eu tatuar a bandeira de São Paulo, alguém liga?

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De volta do Gerônimo. Nem quero falar nada hoje. Quero acordar amanhã e me beliscar para saber se a terça-feira foi de verdade.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Como éramos felizes


Felipe, eu loura e Zeba

Essa foto foi feita quando eu ainda estava apaixonada pelo Fera, nos idos muito idos de 2002. Três horas antes eu tinha sido demitida do pior segundo pior emprego da minha vida. Zeba, o terceiro da esquerda pra direita, tinha chegado do Rio duas horas antes, depois de terminar um namoro, e o Felipe estava no meio de uma das suas grandes crises or causa da fábrica.

Saí da produtora, liguei pro Felipe, ele me apanhou, fomos pro aeroporto, pegamos Zeba e fomos para o Varadero, no Aeroclube. Enchemos a cara de chopp e decidimos terminar a noite na casa do Zeba. Passamos no mercado e nos ofereceram aqueles chaveiros com fotos feitas na hora. Compramos só a foto e hoje eu a achei no blog do Zeba. E sim, jantamos na casa do Zeba, fusilli ao molho de gorgonzola.

Estou relendo todo o arquivo dele, depois de passar parte da tarde lendo o MEU arquivo (para fins práticos, estava juntando informações da minha vida). É um blog bom de ler. Durante um tempo, o unblogged foi quase uma outra interpretação da minha vida. Foi um outro Shaggapres, escrito por mim com bolas. Uma Dani versão masculina. Fomos doppelgänger um do outro por muitos anos, Zeba e eu.

Sinto uma falta do caralho.

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Luna e Zeba

Quando eu ainda fazia faculdade, comprei uma pencam (e depois eu tenho CORAGEM de falar dos gadgets do moço?), e essa foi uma das primeiras fotos que fiz com ela, no pátio da FACOM. Para uma camerazinha vagabunda que era, até que gosto da qualidade das fotos. Descontando, é claro, o valor sentimental...

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E Felipe? Ao lado do verbete "amor", deveria vir a foto do Felipe.

Welcome home, dear.

domingo, novembro 26, 2006

Eu sou bizarra

Achei por acaso uma música que baixei assim:

Tre metri sopra il cielo - Il bacio

A música é linda, e ao contrário da expectativa, é em inglês. Hoje embatuquei com ela — e acho que vou falar mais sobre isso —, e fui procurar no google. Consegui descobrir que Tre metri sopra il cielo é um filme aclamado na Itália. E que Il bacio deveria ser música da trilha sonora. Só que não existe sinal desta música maledetta na OST.

Resultado: estou baixando o filme — eu que me vire pra lembrar dos rudimentos de italiano que aprendi em outra vida — e toda a trilha sonora, para ver se localizo, enfim, a bruta.

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E embatuquei com "Tre metri..." porque estou editando com ela de trilha sonora. Pois é, finalmente estou editando em casa, sozinha, e o computador está servindo ao propósito para o qual foi criado. Estou adorando, embora ainda me falte um monitor de 21", ou dois de 19".

Pergunta: quem usa tutorial ainda é auto-didata?

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Sozinha em casa no sábado à noite, de saco cheio do silêncio, sem poder telefonar para "alguém", passo pela cozinha, vejo o frasco de florais do meu pai.

— Vou tomar um drinquinho!

Enchi meio conta-gotas e mandei pra dentro. Ah, peste ruim que é meu pai! O floral estava era bem escondido; aquilo era o frasco reaproveitado para colocar óleo de copaíba (é uma árvore). Eu arrotei madeira o resto da noite, parecia que tinha me alimentado de casaca de árvores o dia todo.

Aprende, Daniela, a não roubar floral dos outros...

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Amor não acaba nunca, né?

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Eu tenho uma lista impublicável de objetivos para 2007, lista esta que não faço há MUITOS anos. Agora sim as coisas passam a ter um sentido...

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Por motivos também impublicáveis (ainda), o domingo se arrasta, a segunda não chega, a terça é um sonho distante. Eu vou acordar três vezes na mesma segunda-feira, e a terça não chega. E sim, embora tenha Gerônimo, não é bem por causa disso.

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Me agarrei numa porra de um livro do Dean Koontz, e minha vida está toda atrasada por causa dele. Há muito, muito tempo não lia nada tão bom. Até me arrependo de ter saqueado ão pouco a biblioteca da vovó, fonte dessas maravilhas. O próximo da fila é "Livros de Bachman". Bachman, para os não-iniciados, é o pseudônimo do Stephen King quando não queria — porque Richard Bachman morreu — que ninguém enchesse o saco.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Sorte do Orkut

Boas notícias chegarão por e-mail

Pois é... Só que o meu email está bloqueado até amanhã. Sorte perdida é uma porra, viu?

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Estou tão cansada, tão esgotada, que dormiria 3 dias sem parar. Em não podendo, começo por agora. Quer dizer, depois do telefonema...

quarta-feira, novembro 22, 2006


ALTA DO ZÓIO PODRE!

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Ele era uma gracinha. Ok, tire as lentes de contato da pessoa e terás uma pessoa muito mais complacente. Eu. Mas ele era interessante pacas. Tá. Era interessante, sem o pacas. Enfim. Deu um mole louco, ficou de perto olhando, até que chegou.

— Olha a tatuagem dela (sempre ela, a tatuagem)! Adorei o Olho de Thundera (pois é, eu tenho um Olho de Thundera tatuado no ombro)!

E aí saiu inventariando meus outros desenhos:

— Mortal Kombat na perna, Pantera Cor de Rosa na outra... Você deve gostar de quadrinhos!
— Eu adoro, você também?
— Pergunta pra ela se nós não somos uma família que adora ler gibis!

E aí estende o braço, mostrando uma moça bonita, que estava perto de nós. Peraí! O bruto dá em cima de mim e ainda pede o aval da ESPOSA pra continuar a conversa? Fiquei toda errada e passei a ignorar o palhaço, conversando só com a mulher dele. Não, Leitor Fiel, não me lembro do que flei. Lembro que quase, muito quase mesmo, pedi desculpas por ter dado bola pro ogro de aliança. Esse tipo de experiência não é saudável, só se passa se a causa for nobilíssima. Vamos combinar que um peguete de escadaria do Gerônimo não era exatamente uma causa justa.

Passou, sai de onde estava, contei pra Amiga Linda o ocorrido, ela riu e mandou liberar a catraca para fila andar. E andou (leia-se Cara de Anjo, ai, ai...). Lá pelas tantas, hora de ir, já, vem a moça-esposa conversar mais um pouco comigo, e diz que o irmão sumiu, mas q eu se soubesse que ela estava conversando comigo, apareceria na hora.

IRMÃO? Soletra, mona, que fique surda e bege! IRMÃO? Eu dei toco no cara, quase esporro, e o cara era irmão dela???

Bom, a essas alturas Inês já era morta, o Cara de Anjo já estava na parada, e eu não teria coragem de recomeçar a conversa do ponto em que paramos. Mas olha só... Que tipo de cara quer apresentar a família assim de cara, logo na terceira linha do diálogo?

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Depois do incidente — aquele que poucos souberam da minha fúria, e menos ainda souberam do acontecido — resolvi mudar umas coisinhas na vida. Cansei com força de gente babaca, egocentrada, que não agradece as gentilezas, que vive para adorar a própria imagem, saborear os próprios problemas. Cansei mesmo. Não faço mais gentilezas vãs, não ouço mais os problemas dos jogadores do Babacas Futebol Clube, não pulo como bailarina do circo só para satisfazer uma vontade de alguém que se refastela na cadeira e não diz nem "obrigada".

Portanto, Prezado Leitor, se eu ignorar suas lamúrias, faça uma auto-análise para ver o quanto tem correspondido ao meu carinho, minha atenção, meu amor.

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Está acontecendo uma situação extremamente infeliz na minha vida, e até hoje eu consegui singrar estoicamente esses mares. Força vem de dentro, mente quieta, espinha ereta, blá blá blá. Até hoje. Hoje eu falei com uma pessoa que me abordou diretamente sobre o assunto, e à medida que ia narrando, explicando, mais a voz embargava. Chorei mesmo, e depois de recomposta, ainda chorei sozinha mais uma meia hora. De raiva. De tristeza. De impotência. Um pouco de culpa, anota aí também. Muito mais raiva. Uma vontade de sair metralhando quem merece, de dar uns telefonemas e pingar os is. De ferrar com a vida de uns três, de usar tudo o que sei para F*DER com a vida. Mas F*DER mesmo, de maldade, de sacanagem, sem ganhar nada mais além da mais vil satisfação pessoal.

A elevação espiritual, a formação familiar, o raio que for, deixou engastado no meu cérebro uma noção de respeito ao próximo tão absurda, que eu quase encabeço a lista de "Pessoas Otárias". Eu nunca vou sacanear de verdade, e não é nem legal saber que eu teria MUITA alegria em arruinar umas três vidas. Arruinar mesmo. Pra sempre. Mas fazer o mal deve dar ressaca; e o dia seguinte, com o sangue frio, deve dar uma dor na consciencia miserável.

Eu vou entregar a questão pro Cosmo, pra D*us, pro Universo Infinito, pra quem quer que você acredite.

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Cansada.

terça-feira, novembro 21, 2006

Só vou dizer uma coisa

As regras do jogo agora são outras. EU mudei.

Odeio gente babaca.

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SACO MUITO CHEIO, VIU?

domingo, novembro 19, 2006

A pequena está na cama, e eu estava até agora sentada perto, fazendo bolhas de sabão para ela pegar.

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Laboratório do sono

Claro que a noite do meu exame de sono, doravante chamada polissonografia, tinha que ser de uma chuvosa quinta-feira. Levando em conta que os meus dias de semi-notívaga estão escassos graças aos zoinhos podres, e que quinta-feira era um dos poucos dias em que poderia sair acompanhada, foi divertido. Na verdade, não, não foi.

Lá vou eu pro hospital calçada nas minhas havaianas black, bolsinha de praia com pijaminha, livro, palm (socado de livros), celular... Ué, a que horas eu vou dormir, se fizer uso de tudo isso? Dou entrada, vejo os outros que vão passar a noite no hospital co alguém controlando o soninho, subimos comboiados até o andar do laboratório, espera, espera, espera. Entra no quarto, cada um no seu porque aquilo não é festa da uva, escova dentinho, coloca camisola e espera.

São 21 eletrodos, sendo que desses, 35 são colados na cabeça com superbonder. Exagerei. Mas assim pareceu. Boa noite, tenta dormir imóvel. Já tentou, Lwietor, dormir impávido, como soldado da Guarda Real, só que deitado?

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Momento "Presunto de Natal"

Ar condicionado bombando na balada, coberta até o pescoço, lá pelas tantas senti frio. Mexi no termostato atabalhoadamente, dormi de novo. Uma hora depois acordei suando, suando muito, e sem poder empurrar os cobertores pra longe. Jesus, morri e tô no inferno?

Não, belíssimo exemplar de tapir brasileiro: o termostato está regulado para 29 graus. 29 GRAUS!!! Alguém tem noçao do que são 29 graus num lugar fechado, coberta até o pescoço com uma manta pesada? Mexi de novo na regulagem do ar, e dessa vez tive sucesso: 15 graus!

Mas a essas alturas eu já tinha formado uma casquinha crocante...

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Se eu não fosse tão educada, a cada vez que tocasse Malagueña Salerosa eu aumentava horrores e saia dançando pela casa, cantando no meu espanhol de novela mexicana.

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Sou mãe de uma sereia. Ela inaugurou o biquini que ganhou do Tio Paulo e da Tia Rita, e — Glória aos céus — adorou a bóia de braço.

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Enquanto estes olhos estiverem podres, fica dificil digitar, logo, os posts diminuem. Ou eu surto um dia, escrevo, escrevo, escrevo e aí tem atualização para mais de metro.

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Especulações

Pois é... sozinha jamais! Diria minha Amiga Linda: "Quem tem dois, tem um"

terça-feira, novembro 14, 2006

Da série "Eu já escrevi melhor", versão 2004.

Eu queria ter um quintal.

Eu tiraria a alma para lavar, esfregaria com esse sabão em pó que a vizinha do andar de baixo usa. Ia deixar quarando numa bacia de metal meio amassada, enquanto esperaria esticada na grama, escurecendo ao invés de branquear.

Nada de máquina de lavar: hoje minha alma ia ser esfregada no velho tanque, com as mãos, para eu sentir a textura, para eu saber onde está precisando cerzir, onde está esgarçado, onde desbotou. Cabelos numa festa de cobre, vermelho e castanho, presos num coque desfiado, suor escorrendo pelo vale entre os seios, alma na mão, tratada sem piedade. Esfrega, bate, deixa de molho, enxágüa com hectolitros de água fresquinha, clara, com cheiro de pedra antiga. Só barulho d'água correndo, da alma contra a pedra do tanque, de alma contra alma.

Um varal cairia bem. Um varal enooooorme, para deixar a alma toda esticadinha, com vários pregadores para não sair voando por aí. Se a alma fugir, tenho que pegar carona num dente-de-leão para ir atrás. Sempre diminuindo a velocidade quando me aproximar, para aproveitar mais tempo a brincadeira de pique pega.

E deixa o vento secar, levar o resto dos medos que ficaram presos na trama. Os braços da alma se abrem para facilitar o correr da brisa, e tudo que deu errado inverte. Sem temor, cabeça erguida, rindo da cara da vida.

Do varal de volta pro corpo. Passar a ferro porra nenhuma, minha alma sempre foi amassadinha, eu gosto dela assim. Eu gosto desse restinho de sol que ficou e que me esquenta, esses pedacinhos de brilho que fazem cócegas por dentro. E que fazem rir.

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O olho assinou o pedido de falência hoje. Está vermelho como se eu, não consumidora, tivesse fumado até o fim um baseado enrolado em papel metro. E passou a doer.

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Em outras praias, hoje é dia de Gerônimo. Se e for liberada pela oftalmo (otimiiiiiiista...), vou lá dar pinta.

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UPDATE

Não, não estou liberada, e tenho a quarta visita ao oftalmo na quinta-feira. Cogita-se o uso de corticóides. Os médicos deveriam entender que o paciente não é um hamster de laboratório, e que o entusiasmo por um caso raro e complicado deveria ser comemorado a portas fechadas.

Sim, tenho um caso raro de úlceração corneana, de inflamação nas conjuntivas. Não há previsão para a volta das lentes. na verdade, não há nem previsão para como o olho lcerado vai reagir aos antibióticos.

Não, não estou confortável, não estou satisfeita, tampouco feliz. Odeio essas restrições que os óculos impõe, odeio não saber exatamente o que está acontecendo.

Por outro lado, aceito visitas, carinho, mensagens de texto no celular, beijinhos.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Li num perfil no Orkut:

"Desabilitei essa função que dedura quem viu o meu perfil"

Quase um lama budista! Que elevação espiritual! Eu anseio pelo meio da tarde para saber quem viu, quem veio, quem foi, do que gosta!

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Ainda no Orkut

Tenho um amigo há uns doze anos, daqueles que sempre foram amigos, e assim morrerão. Calha que nesses mesmos doze anos ele inventou um apelido de baixo calão pra mim, e quando desisti de brigar contra a maré, já não dava mais tempo: na cabeça dele, eu já atendia por aquela infâmia.

Há uma semana e meia ele foi morar em Brasília, e hoje deixei scrap perguntando sobre a nova vida e assinando a inicial do apelido. Pois o DEMENTE não respondeu o scrap cheio de novidades, shows do Black Eyed Peas em BSB, New Order, o ca*alho a quatro, usando como vocativo O MEU APELIDO INTEIRO, SEM CORTES??

Apagado, deletado e o amigo, demitido!

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Sal grosso

Pequena úlcera na córnea. Pisei em rastro de corno DE VERDADE.

(E se o corno lê isso, me mata!)

Mais sete dias sem lentes de contato, pelo menos. Vou alugar um barquinho e ancorar a 200 milhas náuticas, em águas internacionais. Ninguém por perto. Estou IN-SU-POR-TÁ-VEL!!! de óculos.

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Consegui instalar o Edit Pro 2.0.

Problema 1: todo o rudimento que eu tinha aprendido com o 7.0 foi por água abaixo.
Problema 2: não tenho dinheiro pra fazer o curso
Problema 3: tenho duas pessoas que podem me ensinar... Mas duvido que uma delas se disponha a vir até aqui para isso.

Bom, neste momento o cozinheiro Bill está pausado (empacado?) no timeline, sempre me lembrando aquele infeliz do MV.

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Há uns dois meses, mais um pouco, acho, o ex-dono-do-meu-passe e eu fomos ao Bahia Recall. Quando encontrei o aquele idiota rematado com quem não trabalho nem por todo o ouro do mundo, fiz toda a mis-en-scene compatível com o horror que sentimos um pelo outro. Dei as costas, não cumprimentei, fingi que nunca existiu. O ex, que também é do metier, perguntou porque não cumpri o ritual da falsidade, habitual no mercado publicitário. Contei que não nos toleramos, que nos odiamos, e que é muito mais confortável agir asim.

Uma hora depois, bonito ex emburrou, e depois de um apertão, disse que eu já tinha ficado com o insuportável, que aquilo era uma hstória mal contada, que o cretino não tirava os olhos de mim, que onde quer que a gente fosse, o pequeno idiota estava por perto, e sempre me olhando fixo.

Respondi que era idiotice dele (do ex), que a gente nunca tinha se bicado, e disse que se ele me olhava devia ser me rogando praga para cair durinha. Durante o prêmio eu tentei lembrar como havia conhecido o Insuportável... e veio um raio na cabeça: ELE TINHA TENTADO FICAR COMIGO, MESMO! A cena veio clara: final de um dia fdp de trabalho, eu parada na porta da produtora, ele chegando por trás de mim e me dando um abraço, e por ali ficando, falando baixo no meu ouvido. Me esquivei, dei "tchau, Lilica" e sumi.

AAAAAAAAAAAAAAAAAH, QUE NOJO!!! Ele é bonito, sim, mas eu ODEIO aquela postura de menino-prodígio, odeio aquele arzinho de babaca... Mas essa observação do ex fez soar uma campainha na cabeça, e agora tenho medo. Tenho medo desse horror todo ser uma p*ta atração sublimada, e tenho medo disso um dia vir a tona.

Engulho. Deus que me defenda, que faça nunca acontecer. Mas se acontecer que seja maravilhoso.

Daniela, você não presta.

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Pra quem está com o olho à beira do colapso, já fiz demais.

Repouso ocular (ou terminar de ler meu Stephen King e voltar para ver se o outro já chegou do trabalho).

domingo, novembro 12, 2006

Só pra dizer que eu ainda caminho pela Terra. Absolutamente sem saco para escrever mais, cheia de assunto, de olhos azuis que me espreitam...

Mas eu volto.

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Em tempo: as tais verdades ditas funcionaram. Ele que se lasque agora para alinhar tanta informação e continuar são. Agora, bonito, eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci...

sexta-feira, novembro 10, 2006

Sei lá... Acho que ele não gosta de ouvir verdades...
Marcela

Ela é minha companheira de folguedos. A vida com ela por perto sempre é uma festa, o céu é sempre da melhor cor, não tem problemas que não resolvamos, somos poderosas. E com ela perto sempre acontece coisa boa.

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Terça foi dia de Gerônimo na escadaria, dia de Oxum, de colocar os balangandãs no pescoço, nos braços e rodar a saia embaixo da lua cheia. Dia de subir e descer degraus atrás do melhor ângulo para ver e ser vista, de rir, de sentir frio na barriga, de cerveja gelada e conversas deliciosamente superficiais.

Terça foi dia de Gerônimo, de encontros saborosos, de bar pendurado na borda do mundo, dia de debruçar sobre a Baía de Todos os Santos e lá deixar que o marulho levasse para longe as mágoas. Terça foi dia de recomeços, reencontros, revelações, para mim, para ela, para ele. Vida que anda, lua que desce, planos que começam a ser (re)feitos, amizade que fica mais sólidas, amores que se provam mais duradouos que uma temporada pré-primaveril.

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Senza fine... No hai ieri, no hai domani...

Sim, ando sem escrever, e o motivo não é a abundância emocional. Ado correndo, resolvendo a vida, fazendo a Estranha Maratona Pré-Cirurgica, e sim, Fiel Leitor, vivendo aos montes, aos haustos. Vamos ser felizes, sim, todos nós, ele, eu, juntos ou não. Vamos viver, sim, porque esta vida de agora é só ela, e na próxima, sabe Deus o que me espera. Então estou vivendo, sim, sofregamente engolindo meus punk rocks, meus skas, minhas escadarias no Pelourinho, meus beijos prateados de lua.

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Rio, eu gosto de você!

O Rio é uma paixão. O Rio é uma uma alegre ciranda de sinestesia. São os gostos que me são tão familiares, os cheiros que me circundam como fantasmas do Natal passado, as memórias afetivas em cada quarteirão daquela imensa Copacabana. O Rio é o deja vu (sem acento, porque eu nunca soube usá-los no francês das citações), é a volta pra casa do Largo da Carioca, é o chopp no Flor do Inhangá, são os garçons que se enfileram na porta do bar para acenar adeuses para mim, minha mãe e minha filha. É o banho de banhiera antiga, porcelana branca, gás natural na parede, água pelando lavando todo o ranço acumulado nos seis meses anteriores.

O Rio é a minha benção, é o que me renova, são aqueles olhos azuis e aquela pele branca tão pouco carioca. É o mate na esquina, a padaria na esquina, a empada no quarteirão, o coração disparado por tão pouco.

O Rio é vida que pulsa, e hoje deu uma saudade tão brutal de lá, tão estúpida. O Rio é meu refúgio emocional, e hoje eu precisava tanto me esconder lá...

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Está acabando. Isso tudo está acabando.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Jack Johnson no player. Ele me apresentou à parte boa do Jack Johnson.

Vou me internar numa clinica para adictos. O vício é quase químico.
Em conta-gotas


Ignorem as setas

Ir até que foi fácil. Trombadinha foi uma lady, dormiu boa parte do vôo, me deu tempo para pensar, para sentir dor nas costas, para curtir o sol que entrava pela janela.

Sobrevoa, sobrevoa, sobrevoa, chega no Rio, desembarca, corre pra esteira, corre pra fora, fuma, fuma, fuma, embarca em ônibus para outro aeroporto, pega Av. Brasil congestionada (séeerio??), pega táxi, embarca bebê, mala, vovó, bonecas e mamãe. E vai de novo. Quando tudo parecia um caleidoscópio, passando por Botafogo eu levantei os olhos e vi o Morro da Urca. Ah, Deus, tô em casa!

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De uns anos pra cá, o Rio significa andar num raio de 500 metros da casa da minha avó, nunca longe demais do bar que a minha mãe frequenta há 40 anos e que serve um chopp honestíssimo. Toda vez que vamos é a mesma promessa:

— Vamos sair da linha Copacabana-Saara desta vez!

Pois é, saímos. Botafogo, Centro, SAARA (hábitos não morrem fácil assim), Maracanã. Não, Leitor Fiel, não vou à praia. Combinemos que moro a 300 metros da melhor praia de Salvador, e minha frequencia por lá é equivalente a de um mineiro no estado natal.

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Claro que estou exausta, e claro que empaquei neste ponto. Vou ali comer e volto.

Em Salvador. Em casa. Nem acredito.

A impressão que tenho é que a volta durou 14 dias. Dor de ouvido. Muita. Despressurização do inferno.

Se viva, volto amanhã.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Não é uma atualização digna. É só um "estou viva", gripada demais, andando que nem uma louca, dedicando boa parte da alegria ao chopp carioca...

Se os controletes deixarem, domingo estou de volta sem muitas novidades que caibam neste blog...