sexta-feira, dezembro 24, 2004

Eu sei que é Natal quando:

.Recebo emails de boas festas de um restaurante badaladinho e nunca pisei estes pés lá
.O telefone toca a manhã inteira, com pessoas histéricas — daquelas que não vemos nunca — berrando: "Feliiiiiiiiiiz Nataaaaaaaaaaaal!"
.Estou entre o especial do Roberto Carlos e o da Xuxa
.Vê-se na TV mais gente feia de barba branca do que modelinhos lindos

********

Estou ripando CDs. Quero andar ssó com um ou dois no case, agora. Acabei descobrindo que o primeiro CD do Pedro Luís e a Parede é divino quase todo, que Pet Shop Boys ainda batem um bolão, que um single promocional do Arnaldo Antunes que eu nunca tinha ouvido é muito bom.

********

Quer me desejar alguma coisa? Deseje que acabe logo o carnaval, para começar o ano de uma vez.

terça-feira, dezembro 21, 2004

O vizinho não tinha o DIREITO de fazer churrasco embaixo da minha janela, quando estou morrendo de fome...

********

Em dias de gripe extrema, eu agradeço por não ter furado o focinho para fazer um piercing.

domingo, dezembro 19, 2004

Qual a maior gripe?

A minha ou a do Cid Moreira?

********

Uma caminhada rápida no supermercado, e lona. Desidratação.

Preciso arranjar uma nova distração...

********

"Agora quem dá a bola é o Santos
O Santos é o novo campeão
GLORIOSO ALVINEGRO PRAIANO
Campeão absoluto deste ano"

********

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Vicios

Cheirar álcool faz mal? E se for a manhã inteira?

********

Alguém tem as expansões dos Sims para me emprestar? Sims 1 é um saco.

********

Pronto, agora quero ir embora para Lisboa.

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Agora é oficial:

Estou sofrendo de banzo!

Ai, que saudade do metrô, dos congestionamentos monumentais, da estação Trianon, da praça do pôr-do-sol, do terminal do Tietê, do sol que demora mais tempo para cair, da Cidade Universitária, da República, do chopp no Copam, da maria-mole na Imperatriz.

Ai, que saudade de São Paulo!
Eu odeio poucas pessoas na vida. Poucas mesmo. Umas dez. E é impressionante que os meus amigos mais próximos do Orkut — logo, amigos mais próximo do mundo não-virtual — sejam amigos de fé e irmãos camaradas desses quase dez seres abomináveis!

Mas são amigos de escrever testemunhos sobre as pessoas. Eu andei lendo um e outro, e não reconheço os adoráveis humanos descritos. Pela visão dos meus amigos, essas entidades são quase querubins, os filhos da puta!

Das duas, uma só: ou não sei escolher meus amigos, ou meus amigos não sabem escolher seus outros amigos.

Quando nada mais podia dar errado... Ouço uma bandinha de sopro tocando "Cidade Maravilhosa" na rua de trás.

Nada está tão ruim que não possa piorar.

********

Por que você está entediada?/i>, como se o tédio fosse A MAIOIR novidade do mundo.
— Pode ser porque eu não tenho nada para fazer?

Eu quero ser reconhecida pelo auto-controle, gente! Nem xinguei!

********

As pessoas são de um egoísmo monumental e ainda se dão ao luxo de se posicionar sobre os outros viventes...

********

E não que alguém tenha perguntado, mas a gravidez está correndo muito bem.

sexta-feira, novembro 26, 2004

Estou me sentindo um pinguim.

********

Com excessão de punk rock — e mais uma ou outra guitarra rasgada —, não tolero mais música alguma.

Baladinha melosa, musiquinhas falando de sol, chuva, nuvens e florzinha... só de pensar dá vontade de recolocar o protetor auricular.

********

E eu não vou nem falar do humor.

quarta-feira, novembro 17, 2004

É uma MENINA!!!

Eu já andava achando que só ia saber quando nascesse...

********

E eu estou postando pelo Blogger, ao invés do W. Bloggar, estou há semanas sem computador, e versada nos serviços domésticos. Tenho a impressão de que nunca mais vou trabalhar, tamanho o tédio.


terça-feira, outubro 26, 2004

Coisas que me irritam (parte LXV)

Diminutivos

"Quando começar com a maçãzinha, o suquinho, o chazinho..."
Banhozinho, bercinho, cadeirinha e todos os inhos e inhas. Só a Eliana e a Xuxa têm autorização para usar um vocabulário tão retardado assim.

terça-feira, outubro 19, 2004

Eu não disse?

Num comentário abaixo, o ilustre publicitário Eduardo Couto (vide link ao lado) explica a técnica usada pelo já nem tão ilustre Paulo Ricardo para amansar os cachos. Usuário do serviço, Couto explica que o procedimento não estraga o cabelo, e que ele próprio deixou as pontas ainda encaracoladas. Ele não deve se lembrar, entretanto, que seus cabelos eram lindos ANTES do processo, e que cachos na ponta foram vistos pela última vez na atriz Shirley Temple.

Gosto é gosto, claro. Mas que o Paulo Ricardo não tinha nada que ter mexido nos bastos e negros cabelos, ah, isso não devia.

********

NÃO É MARIA FERNANDA, LU!

********

Coisas que me irritam (parte XXIV)

A voz da Renata Sorrah gritando "Socorro"

********

Há uns dois anos a história é MUITO mal resolvida com ele. MUITO mesmo. E não tenho a menor intenção de resolver agora. Agora, leia-se nesta vida. Então para quê ele tem assombrado os poucos minutos de luz que tenho num dia?

********

E que tal sonhar com um romance com o melhor amigo do seu ex-namorado?

quarta-feira, outubro 13, 2004

Será que o Paulo Ricardo fez chapinha japonesa? Gente, cachos, pelo amor de São Benedito! Nenhuma mulher apreciadora de cachos precisa passar pelo sofrimento de ver os outrora encaracolados cabelos, agora lisos.

********

As roupas

Deus me defenda com os dragões de São Jorge e a espada de São Miguel Arcanjo da moda "estado interessante"! As calças tem um recorte na frente que parecem um curativo para intestinos abertos. Como se a incauta que usasse aquilo não mais tivesse a pele da barriga: saiu de dentro daquele horror, caem as tripas, que só se sustentavam pelo tal recorte.

As saias sofrem do mesmo problema. E as blusas? Quem escolheu o padrão foi Herodes, que adorava criancinhas e, por conseqüência, suas mães. Vai me restar a lona do circo, lá pelas tantas...

********

Uma coisa muito legal que eu tinha descoberto é que a gente não tem obrigação de gostar de parente porque é parente. Avó filha da puta, primos que não pertencem à sua vida, tios distantes...

Agora eu descobri uma coisa mais legal ainda: falta muito pouco para encaixar mãe nessa categoria.

terça-feira, outubro 05, 2004

Sabe aquele dia em que você acorda e resolve arrumar o armário, cortar os cabelos, transformar o quase ex-namorado em ex de verdade e cobrar dívidas?

Pois é... Eu estou fazendo isso tudo. Sou oficialmente mãe solteira, já dei uns 5 telefonemas deseducados cobrando dinheiro, e o armário que se cuide, porque eu estou chegando!

********

Os cabelos? Uh... o alicate de cutícula aparou umas pontas aleatórias.

Tenho medo do final do dia.

segunda-feira, outubro 04, 2004

E só porque eu sou honesta, vou repetir o que eu disse da última vez:

EU NUNCA MAIS QUERO FAZER CAMPANHA!
Pois diz um outro sobrevivente — mais bem tratado que eu, espero — que sim, há vida pós-eleição.

OK, OK, que bom que alguns conseguem retomar suas existências do ponto onde pararam, mas... eu não tenho mais vida social, nem vontade de tê-la. Só penso no programa 16, onde poderia ter posto um fade out depois do "Fala Povo", ou no programa 3, que ficou péssimo porque as imagens externas eram deprimentes. E fico pensando naquele candidato que cantou 20 mil votos e que não foi eleito.

Whatever... Pessoalmente, acho que campanha eleitoral forma monstros. Não, não os candidatos. Nós. Nós, os fazedores de monstros é que nos tornamos monstros.

********

"Me dá um oláaaaaaaaaaaaa
Me manda um oi"


Ultraje

Infâmia.

********

— Bom, agora vou viajar, vou ver civilização!

Sonhadora... Não estou com a menor vontade de me deslocar pra qualquer lugar mais longe que duas horas da minha casa. Só não defini em que tipo de duas horas: se de carro, avião, andando...

********

Raios, raios duplos!

The Man Who Sold The World de novo. Eu levo dois dias pra esquecer, e o Winamp do demo me presenteia com ele de novo. Nirvana sucks.

********

Quer pizza? Então toma, puta!

sexta-feira, outubro 01, 2004

Alegrias da maternidade

Quem, se não uma mulher em estado interessante, ia ficar verdadeiramente triste porque de repente se deu conta de que nunca vai ter uma quadra de tênis em casa? E eu nem jogo tênis...

segunda-feira, setembro 27, 2004

Da mãe da Bibia

Verena diz:
vou comprar um schnauzer!!

Dani diz:
deixa a bibia escolher, pessoa!

Verena diz:
quando deixei, ela me pediu um sapo

********

Finalmente um sinal de gravidez: azia!

E uma barriga minúscula...

********

E depois da campanha?

quinta-feira, setembro 23, 2004

Daniela e os foras

No estúdio, o candidato ia esticar dois deodos e fazer o V da vitória. Mas...

— Dr. Fulano, o senhor está apertando as mãos enquanto fala, porque quando faz o V fica uma listra branca e outra cor da pele nos seus dedos.

A listra branca era vitilígo.

Deus, me mata e me leva agora!

***

Gravando uma sonora num hospital

Eu já tinha percebido que o entrevistado tinha deficiência na mão direita, mas o diretor de fotografia cismou que ficava melhor se ele segurasse o microfone. Entreguei, e fiquei acompanhando a dificuldade que ele tinha de ajeitar a mão.

— O senhor também pode segurar o microfone com a esquerda, se for melhor...

A mão esquerda dele era totalmente paralisada.

Ai, eu quero desmaiar!

Rosnei pro fotógrafo:

— Se vira pra fechar o plano no rosto dele, porque quem vai segurar esse microfone sou eu!

terça-feira, setembro 14, 2004

Sabe quando nenhuma música cabe mais na gente?

********

Acho que amanhã finalmente saberemos se é Aurélia Regina ou Abdon Abdias.

********

"Dias de chuva, dias de sol", e não é que, de tanto falar nela, sonhei com a filha da puta da LsD? Marcela, minha filha, a culpa é sua!!! Aliás, isso vai virar comunidade no Orkut: "Nós sobrevivemos à louca!"

Sim, um certo saudosismo...

********

Eu nunca mais consegui ler o seu blog... Mas estou ouvindo a porra daquela música de novo.

segunda-feira, setembro 13, 2004

Divertido é ver a cara das pessoas quando digo que a Alien vai se chamar Aurélia Regina. Na boa, é uma combinação HORRENDA, e as pessoas ficam engolindo em seco e dizendo "É... é um nome forte... antigo... tradicional". É um nome horroroso, gente, chega de excesso de zelo!

********

Faltam 17 dias para o fim da campanha. Existe vida pós fim de campanha?

quarta-feira, setembro 08, 2004

Tá decidido: se for menina, é Aurélia Regina.

********

Pois me tiraram de casa em plena segunda-feira enforcada, noite caindo, para fazer uma inserção no programa. Detalhe: era uma pesquisa do instituto P&N (famoso porra nenhuma), publicado no terceiro — e último — jornal de Salvador. TUDO na vida tem um limite!

********

Puta que me pariu, que mau humor!


domingo, setembro 05, 2004

Perguntas, perguntas

As pessoas precisam entender que cada coisa tem um tempo diferente. A minha hora, agora, é a campanha. É a minha primeira direção de campanha, meu programa está lindo, sofisticado, a luz está um luxo... Claro, gravidez é uma novidade, mas por enquanto é só virtual. Ainda não há sinal visual, e os meus sintomas inexistentes também não ajudam na concretização do fato.

Não, não enjôo; não, não casei (e nem sei se chego acompanhada do pai da pequena Alien até fevereiro). Não, não tem nome ainda (aceito sugestão), e nem sei se é menina, mesmo. Meu médico é um incompetente desatencioso, não sou a favor de palmadas e se me encherem demais o saco vou pro Tocantins. Não tenho mais sono do que o que já sentia habitualmente, estou irritada demais, mas fazer uma campanha de vereadores não contribui muito para eu alcançar o Nirvana.

Não estou fazendo baladas porque não tenho tempo, só tenho direito a dois goles de vinho por semestre, e disse adeus aos cigarros. Chuife, sinto falta deles... Odeio quando as pessoas perguntam primeiro pela pessoinha, e tenho PA-VOR de estranhos encostando mim. Um tal de esfregar a barriga, só falta fazer pedido...

********

Candidato gravando, uns estalos interferem no áudio. Pára tudo, lá vai o operador investigar a origem do som esquisito. Nesse caso, sempre podem ser os refletores. Ouve-se o câmera, gentil que nem um cavalo:

— Não é o refletor, não, Edgar. É a dentadura do cara que tá solta.

E era.

sexta-feira, agosto 20, 2004

E quando tudo o mais parecia estar amarrado, eis-me dirigindo a campanha de vereadores de uma coligação aí. E estressa, e corre, e sofre, e doma as pessoas, e consegue.

Na verdade, se eu continuar estressada desse jeito, a criatura vai pedir demissão do cargo de filho (a) assim que nascer.

Porque, acho que esqueci de contar, em final de fevereiro nasceu meu primeiro filho.

Sim, pode espalhar a novidade: estou grávida, sim. E feliz para caralho.

********

E Lu, leia os meus lábios: NÃO É MARIA FERNANDA!


domingo, agosto 15, 2004

Essa abertura das Olimpíadas foi um Zebékiko* do grego doido.

Queria saber onde raio se encaixa o espiral do DNA na cultura helênica.


*O Zebékiko é uma dança desgovernada, cujos passos são ditados pelo coração do dançarino. Nesse momento, dizem os gregos, ele põe sua alma para fora. Como foi muito bem mostrado no clássico filme de Jules Dassin "Nunca aos Domingos" ( Never on Sunday ) não se deve interromper, por motivo nenhum, alguém que esteja dançando o Zebékiko, nem que seja para simplesmente cumprimentá-lo pela belíssima coreografia.

********

E a Björk, hein?

********

Conheci um menino de 18 anos VIRGEM! Virgem e orgulhoso da sua condição casta.

É pra isso que se põe filho no mundo? Pra ter um menino "puro" dentro de casa?

Melhor transformar em atração de circo.

********

Relacionamento sub judice.

quinta-feira, agosto 12, 2004

Eu não tenho ido te ver porque tenho medo de desconstruir uma ilusão. Deixa como está: eu calada, você quieto.

********

Se eu tive uma paixonite pelo Fernando? Claro! Nos conhecemos quando eu tinha 20 anos e ainda era susceptível a homens doces, gentis, educados. Quer dizer... Tenho 28 anos hoje e acho que ainda sou. Mas ele era mais do que isso.

********

... e depois daquele dia, ela nunca mais teve coragem de se olhar no espelho.

********

E você, acha?

********

Preciso sair da inércia. Alguém me empurra ladeira abaixo?

quarta-feira, agosto 04, 2004

Na noite desta segunda-feira (26/04), FerVil foi assassinado em uma tentativa de assalto, dentro do carro, ao sair do trabalho. Assim, de um jeito que não merece mais uma linha de explicação.

Realmente há algo mais a dizer?


Bruno Rodrigues, Webinsider


***

Não é justo. As fotos do encontro do Sacre Coeur nunca irão pro ar no blog do Fernando Vilella. Nunca mais virão emails com arquivos sobre o cybermundo, parcelas de um FerVil que dividia o que sabia — e ele sempre sabia mais, e mais, e mais —, de um FerVil que somava. Não é justo. Não tem mais a doçura, o sorriso do Fernando, o fervil.blogspot. Não é justo. Não tem mais o Fernando.

***

Estranho é gostar tanto do seu All Star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri
Quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje...


***

Em seu site pessoal, http://fervil.blogspot.com, o jornalista fazia planos, quatro dias antes da morte: ''O que não dá é para ficar adiando eternamente nossas vontades, esperando 'um dia' chegar (...) A vida, renovada, não tem limites''.

JB
Caralhos

Fervil foi embora. Caralhos, caralhos, caralhos!

A notícia está aqui.

********

A dor é tão grande, tão grande, tão grande, tão grande que não cabe.



M. Bresson

Au revoir, mon Maître!

********

Subject do email de um amigo:

"I'm Nude"

Logo a seguir, um outro email dele, com o subject:

"Não abram o arquivo: é vírus"

Ainda bem que era vírus. Achei que ia ter que ver o Ricardo pelado!
Contagem regressiva

Bibia, a dama de honra do casamento da Algas, num diálogo insano com a noiva:

- Bibia, você quer jogar as flores ou levar as alianças?
- Quero JOGAR as alianças!


E o casamento nem começou ainda.

********

Ruiva, pele clarinha, lábios carnudos, gostosa, de vestido vermelho: madrinha ou Jessica Rabbit?

********

Bibia, em mais uma:

- Eu não quero jogar as flores, eu quero PISAR nas flores!

Acaba de perder a carteira de amiga da Natureza do Programa da Xuxa.

********

Confissões pós-adolescentes

Eu ADORO o Olavo de Carvalho, tenho certa simpatia pelo Diogo Mainardi, da Veja, não tolero o MST, acho poesia um saco e não acho que os direitos humanos deveriam se estender aos condenados por crimes hediondos. Diria minha amiga Lala: direito de cu é rola.

********

Um bom lugar para estar: Casa de Cinema de Porto Alegre. Roteiros de longas, curtas, ANCHIETANOS...

sábado, julho 31, 2004

Hoje não é o meu dia.

Almoço numa churrascaria, recinto que eu adoro. O mínimo que aconteceu foi o garçon derrubar melaço de cana na minha calça.

Isso não foi nada. A locação é um pântano. De verdade. Nem celular pega lá. E olha que é na área urbana. Foi em vão minha ida até lá. Trabalho e tempo desperdiçado. Mas a companhia sempre compensa.

Quer dizer... Luciano está imitando Daniela Mercury cantando Maimbê Dandá, com direito a "Obrigada, Brasil!", "Obrigada, Faustão!", coreografia e o escambau. E isso também não é nada. Ele passou a manhã cantando Ne me quitte pas num dialeto irreconhecível. Embromation com sotaque francês. Edith Piaf morreu mais um pouco. De desgosto.

********

Se alguém conhecer alguma simpatia para abrir sol, por favor, escrevam para mim. Tenho uma aérea amanhã, e dela depende a minha vida. Se acontecer algum acidente, do tipo "Jovem rapaz talentoso cai de helicóptero durante o trabalho", a culpa não foi minha. Mesmo.

Posting from X Filmes

Algumas coisas são mais fortes que eu. Até hoje não identifiquei no meu mapa astral a casa do tradicionalismo absurdo. Sim, sou apegada às tradições, à antiguidade de casa, a quem chegou primeiro.

Azul também é meu fraco. Sempre foi. E agora, o que é que eu faço?

********

Sonhos esquisitos de uns dias pra cá. Sonho com aquele que sumiu, com aquele que amei, com aquele que é oficialmente o dono do meu passe. Sonho em que abraço um ex (?) amor, sonho com minha mãe segunda dizendo que vou me arrepender se tomar atitudes extremadas, sonho com muito azul, num dia em que disseram que só se sonha em preto e branco.

E a culpa nem foi de comer antes de dormir. Não comi. Bebi, mas duas caipirinhas nunca fizeram mal a ninguém. Será que dormir de barriga pra cima influencia?

********

Vou fazer locação e volto.

sexta-feira, julho 30, 2004

Meu amor...

... só se eu fosse analfabeta em pelo menos dois idiomas! Eu realmente tenho cara de idiota ou de louca perigosa?

********

Ainda me impressiona o senso de humor de Deus.

********

Não é pra matar de inveja não, mas...

ESTOU ASSISTINDO TV PIRATA NA GLOBO MEDIA CENTER!!

quinta-feira, julho 29, 2004

Lobo, oh, Lobo!

(KING, Stephen. STRAUB, Peter. O Talismã)

Eu sobrevivi à morte do Jacques Mayol, do Enzo Molinari, do José Arcadia Buendia. NAAAAAAAAAADA me preparou para a morte do Lobo!

Eu não esperava. Vinha embalada no livro, que tinha começado amarrado, aventuras, tiros, corridas, dois mundos. Um tiro eliminou o melhor personagem que o Stephen King criou. Um tiro, e o Lobo, que falava dele mesmo na terceira pessoa do singular, voltou morto para os Territórios.

Larguei o livro, enxuguei uma lágrima, apaguei a luz e dormi. Só voltei a ler dois dias depois.

********

Quem merece...

... uma irmã que se rendeu ao gerúndio?

"Você pode estar confirmando com a sua esposa se eu retornei os telefonemas", " Eu vou estar mandando o relatório para o senhor".

Jesus, me abraça e não me solta!!!!!!!!! Se alguém merece, certamente não sou eu!!!

********

A Sasha não é a criança mais UAU! que já vi na vida. Não chega a filha da Carla Perez, mas em alguns ângulos ela é realmente um pesadelo!

********

Eu tenho um "amigo" que assinou a autorização para ser corneado em público. E olha que quando eu falo em público, estou falando de mais de um milhão de pessoas assistindo à derrocada dele. De verdade.

Eu, como ex namorada boazinha que sou, como amiga de verdade — como de verdade era Amélia —, vou-me manter a distância. Mesmo porque fica feio rir da desgraça dos outros assim, na tampa da cara...

"A cada dia que eu morrer, espero que você morra dois!"

********

Você tem certeza de que seu corpo se acostumou a viver sem o meu? Tem certeza de que não acordou comigo enroscada em você hoje de manhã?

domingo, julho 25, 2004

Quem penteia o cabelo do Nasi, pela Nossa Senhora dos Cabelos Horrendos?
Na boa

Eu nunca contei que sou LOUCA pelo Sidney Magal, contei?

********

Jesus, eu não tinha visto a foto daquele artista gráfico no Orkut! Vai ficar difícil encontrar com ele pelos corredores sem ter uma boa dúzia de fantasias interessantes...

********

Eu preciso de um relógio de parede antigo. Para amanhã.

********

Eu odeio laços permanentes. Pronto, falei. Odeio comprar a prazo, odeio ficar parada no mesmo lugar, odeio morar no mesmo lugar. A maior permanência que assumi foram as tatuagens: todas elas vão comigo. Ainda não estou certa sobre relacionamentos, mas devo dizer que não estou a mais entusiasmada defensora dos namoros longos e rotineiros. Sempre quis morar num barco ao invés de numa casa. Sempre quis viajar para os quatro cantos do mundo. Quero emprego fixo, mas me dá uma agonia nas entranhas a cada vez que penso em ter que bater ponto. Quero filhos, mas posso trocar os modelos de dois em dois anos, por exemplo?

Terapia nela. Urgente.

********

O pouco de sol da manhã de hoje me encontrou na rua, num lugar que elegi como meu há 15 anos, com um amigo cuja vida é eternamente entrelaçada na minha. Não conseguimos exclusividade nas histórias: dessa vez temos fantasmas com os nossos nomes que assombram nossos romances.

Dois cigarros, uma discussão infrutífera e divertida com o indignado pirralhi-guardador-de-carro, uma sessão de boliche pré-marcada.

E a noite vai-me encontrar na casa do outro amigo, protegida do vento, enrolada em casacos e cobertores, sentada na janela daquele quarto. E que Deus me ajude a resolver os problemas para amanhã: o tal do relógio de parede...

quarta-feira, julho 21, 2004

OK, eu concordo com tudo o que você disse.

Essa foto é de abril, estamos em julho. Finalzinho, bem lembrado. A cor me enerva também: muito tempo olhando para o mesmo tom de amarelo, como se eu tivesse medo de perder os vínculos. Cor, vínculo, laços, o que uma coisa tem com a outra?

Mas estou sem photoshop, sem saco, sem porquê. Tempo tem sobrando. Mas eu ainda prefiro gastá-lo olhando para o vento lá fora. Tenho lembrado muito de você.

Esse remédio me dá sono. Muito sono.

terça-feira, julho 20, 2004

Estou avisando!

Se a minha cara continuar com essa constelação de espinhas, não vou ao casamento da minha irmã. Imagina eu, Dancing Queen, dando pinta com a cara se assemelhando a um ralador de coco?

********

Mas eu não escapo: vamos alugar o meu vestido hoje.

********

Tenho medo: se o batizado já foi um problema para evitar cair às gargalhadas, no casamento vou ter que ir sem lentes de contato para não enxergar a cara do meu pai sacudindo e chorando de tanto rir.

********

Um problema me aflige: como contrabandear os cachorros para a festa do casamento? Ou a Helga acha realmente que vai escapar impune?
Quantas pessoas conseguem armar um barraco no batizado da própria irmã? Ninguém? Ninguém? Pois é, a de cá conseguiu.

O domingo começa não muito auspicioso, com vinte andares de escada abaixo. Quase desisto do sacramento que a Algas inventou, e fico lá na casa do F. esperando consertarem o elevador. Não dava, e corri em casa para tentar negociar uma abstenção. Moção indeferida.

Aliás, o que leva uma humana de 26 anos a um arroubo católico? Uma vocação recém-descoberta? Um pendor religioso? Nevermind. Fato é que nos reunimos às 10 da madrugada na igreja da Vitória, em volta da minha irmã, feliz como criança em dia de primeira comunhão que vai ganhar presente dos padrinhos e almoço no quintal.

Os batizandos sentavam mais à frente, junto com os pais e s padrinhos. E lá vai a idiota aqui, com uma câmera fotográfica automática (eca!!!) pendurada no pescoço, misto de lambe-lambe e turista que faz fotos contra o sol. Aí nasceu o barraco.

Num tal de sinal-da-cruz, cinza na testa, levanto eu pra fotografar. Estou eu enquadrando a família, o padre, a cruz, o sinal dela, os padrinhos e parte da igreja, quando sinto um cotucão nas costelas, e uma voz rispida nas minhas orelhas:

— Sai da frente!

Eu tinha visto uns anjinhos com cara de perversos desenhados no altar, na abóbada da igreja, e tinha um anjo que achei que estava velho demais para figurar na decoração. Bom, os anjos velhos também merecem meu respeito, principalmente se estão cochilando no altar. Pois não é que o tal anjo velho levantou, e de máquina fotográfica em punho, resolveu que ia ficar no lugar onde eu estava? O filho da puta do lambe-lambe de átrio de igreja dorme a cerimônia toda, acorda e resolve fingir que está trabalhando?

— O senhor não tem uma gota de educação! Nessa idade, o senhor não conseguiu aprender ainda?

Nessas alturas, eu já estava sentada de volta nas cadeiras de padrinhos, tremendo de raiva e quase aos berros com o anjo velho. Acalmada pelo cunhado-padrinho-da-Algas, voltei para os bancos da igreja e fiquei fofocando com o marido da madrinha.

********

Porreta foi o padre popstar, que sabia a hora certa de sorrir para cada um dos "fotógrafos", para as handycams das mamães. Minha irmã ainda comprou um certificado de batismo, daqueles decoradinhos com bebês gorduchos e sumiu atrás do sacristãozinho.

— Cadê a Helga?

E eu, cá com meus botões:

— Tenho certeza de que foi pedir o autógrafo do padre metido a fotogênico.

Dito e certo. Volta ela com o certificado assinado pelo padre, feliz como criança na hora de ir pro almoço no quintal.

********

Este blog rende suas homenagens à Mart'nália. Ela precisa ensinar o pai a cantar.

********

Acho que ainda não foi desta vez.

quinta-feira, julho 15, 2004

Numa figurinha de chiclete, um drops do Guia dos Curiosos:

Numa ilha qualquer de algum lugar que eu esqueci o nome (N.T.), não se pode ter cachorros.

E daí, Bial? Por que não? Logo se vê que o mundo não é geminiano e se contenta com a vida sem questionamentos.

Humpf!

Estou com saudade de mim.

********

O vizinho do prédio ao lado estuda canto. Rezo para vir uma revoada de abelhas africanas (alguém leu Misery?) e que ele se engasgue com umas 15.

********

Vovó chegou de madrugada. Diz a lenda que a casa inteira acordou. Eu me lembro vagamente de ter visto alguma coisa, mas com o áudio desligado, não ouvi nada, tombei a cabeça e dormi de novo.

Os remédios vão acabar comigo.

********

Aquele estagiário da minha amiga... Jesus, pensamentos lúbricos com o humano até hoje... Aqueles olhos, aquela beiradinha do elático da Zorba...

Parafraseando Mar, figurinista espanhola da temporada passada, que ficava aos berros:

"Hambre! Estoy hambrienta!"

********

Ouvindo Jewel. Auto-flagelo.

********

Estou tentando fazer um raio cair duas vezes na mesma cabeça. Depois cai e eu me queixo.

Vou pra um convento, mesmo. Alguém avisa ao meu namorado?
Miojo de marca nova em casa. Cor estranha da massa, será que existe miojo integral? 3 minutos depois de ir pro fogo, ainda estava duro. Nota mental: fazer na panela de pressão da próxima vez.

Abro o saquinho de tempero, despejo na panela. Cheiro estranho... MIOJO SABOR COMINHO! Que eca!

Nota mental: esquecer a panela de pressão. Não haverá uma próxima vez.

********

Que me importa a mula manca? Meu negócio é rosetar!

********

Mal de produtora branquela: estou com um bronzeado de mochila. As alças da mochila estão tatuadas na pele. Surreal, grotesco, perverso.

********

Eu estava em paz quando você chegou...

********

Da mesma maneira que o F. sempre foi um caso mal-resolvido na minha vida, o Rô também não me deixa indiferente.

Foi como se os anos entre aquele tempo e agora tivessem sido comprimidos, e que ontem mesmo nos tivessemos encontrado na mesma escada onde tudo parece sempre acontecer. Ei, idiota rematada, com a câmera na mão, engatilhada, não tive a presença de espírito de apertar uma única vez o disparador. Pelo menos para revelar o filme e ter certeza de que ele existe, de que não é um produto do desejo e da necessidade. Pelo menos para olhar de quando em quando. E matar as saudades de um tempo que parece nunca ter passado.

domingo, julho 11, 2004

Dúvida

Sai mais barato comprar um cão-guia, uma bengala branca e um par de óculos escuros ou pagar uma pequena fortuna pelas minhas lentes de contato novas?

Eu posso ter um pincher como cão-guia (vi um filhote hoje, e ele ficou meu amigo)?

********

Domingo no parque...

... é ficar ouvindo o CD da Cindy Lauper que o vizinho socializa...

********

Marcando o reggae da sexta-feira:

— Mon, estou no oftalmo, sem previsão pra sair. Se eu formatar o olho, não dá pra jogar sinuca!

Hein?

********

How can I be double?

********

Mensagem esquisita

"Que tal se vç me responder!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

Assim. Assim mesmo. Com cedilha. Assim mesmo. Cheio de exclamações no lugar de interrogações (uma bastava).


Desculpa, companheiro: não falo com analfabetos mal-educados.

domingo, julho 04, 2004

Tédio mortal

Jogadora passa a bola para a companheira de time, que dispara para marcar lá na rede do outro lado. Indignada, lá vou eu:

— Ela está impedida!

Era basquete.

********

P(a)rece que estamos todos a viver. Ele, ela, eu. Blogs à deriva.

Que seja doce, que seja doce, que seja doce.

********

Nem melhor, nem pior. Mas essa não era a história que eu queria contar. Eu tinha razão desde o início: algum problema no encaixe. Alguém viu o Homer Simpson com uma tesoura, tentando fazer uma peça do quebra-cabeças encaixar?

*******

Pelo telefone

— Eu estava louca para fazer a campanha do Jedai!
— Geddel, Denise.


********

205 dias na Ilha Quadrada...

Algas, eu, Nana e Mabel acordadas. Ei, dois times de corrida das pernas amarradas!

segunda-feira, junho 28, 2004

Entre dois prédios, um navio. Num primeiro olhar, eu estava lá dentro. E senti o cheiro das acomodações que me tinham sido destinadas. Num tempo ínfimo, enxerguei as paredes, as escotilhas, a luz fluorescente, as redes de lona. Ao invés de estar no vigésimo andar de um edifício, eu estava quase ao nível do mar, quiçá um pouco abaixo.

Os olhos mostraram o prédio onde eu estava, ao mesmo tempo em que continuava enxergando o navio no breu da noite. Do mar e da terra, eu estava em dois lugares, e enxergava pela perspectiva dos dois. Senti uma saudade enorme dos ventos que não fustigaram o meu rosto no convés, dos longos dias que não passei a bordo, do cheiro de mar que não estava decalcado na minha pele. Senti saudade de uma vida que nunca foi minha.

O navio iluminado começou a sumir por trás de uma das contruções. Eu virei as costas para a janela, e meio cambaleando, já que as ondas estavam um pouco fortes, caminhei em direção ao computador.

********

Quem tem uma companheira de trabalho como a Marcela não precisa de mais nada na vida. É bom quando a gente (re)encontra uma pessoa que tem exatamente os mesmos princípios éticos que cultivamos, apesar de todas as lições contrárias que ambas recebemos ao longo dos anos.

********

E Daniela prossegue na Incrível Batalha da Formatação do WinXP, apresentando hoje o episódio "O Sistema NTFS impedindo a formatação".

Argh!!! Não aguento mais essa punheta! Todo dia uma novidade que impede que eu delete tudo e comece de novo!!!

terça-feira, junho 22, 2004



Festa de São João é pra quem gosta. Eu nunca gostei de muvuca. Essa é a melhor temporada do ano pra mim. Cidade vazia, garçons praticamente implorando para que entremos nos seus bares. A ladeira onde moro vira um oásis de tranquilidade, e é bom jamais esquecer que junho/julho são os melhores meses para rodar a cidade.

Vou fazer plantão para adiantar os trabalhos de faculdade do Filho do Mar, e aproveitar para fazer uma peregrinação com aquela minha amiga que está tão mais leve, mais feliz, e o seu noivo, meu amigo da época das cavernas.

E hoje, Tilex pra dentro para calar a boca de uma dor de cabeça que insiste em comparecert num evento para o qual não foi chamada. Tilex é um remédio à base de codeína, prima-irmã da morfina. E lá vai Daniela, a ver pétalas de dente-de-leite voando por todo caminho, enquanto profere palavras-borboletas que escapam por entre dentes que só sorriem. Dia bom para andar sob o sol, nem tão quente, nada frio, analgésico formando uma bruma rosa na frente dos olhos.

Enxaqueca mais distante, remédio que me deixa entorpecida em dias de convulsão mental, em dias que parecem durar o tempo exato para levar angústias ao ponto de ebulição. Dias de certezas irremediáveis, e de verdades absolutas, todas as opções para a mesma questão. Daniela, Daniela que não cresce, que caminha por esta terra há 28 anos e continua com seus porquês de Sofia. Daniela, Daniela que não cresce, e continua achando as girafas um prodígio da natureza, que sonha em criar um panda; que acredita que tudo vai dar certo e que todas as pessoas merecem perdão.

Daniela. Besta, que sempre cai de cabeça, e que desta vez encontrou água tépida ao invés de cubos de gelo em suspensão. Daniela, a que vive em estado bruto de paixão, que sempre faz planos — os mais mirabolantes — e os abandona quanto mais viáveis são. Daniela, que acorda com uma decisão tomada, e quando se dá conta, na hora do almoço, mudou diametralmente de idéia. Daniela. Eu. a que não cresce.

quinta-feira, junho 17, 2004

Esse homem é um aquecimento central em meio à frente fria eterna lá de POA:

16 de Junho, Dia da Unidade Nacional e de Daniela Henning.
Mera coincidência? Talvez. Mas esclarece muito sobre essa mulher incrível que tem um pé no Rio, outro em São Paulo e outro na Bahia. Não me entendam mal... desse tripé ela fotografa o mundo por uma perspectiva singular.
Ela é certamente uma das últimas heroínas gregas. Poderosa por conseguir conciliar sua feminilidade com convivência de uma dúzia de “cuecas bêbados”, por ter a capacidade de ver o futuro e fazer o presente brotar, por desejar navegar uma “vassoura” e também um encouraçado e, enfim, por ser uma gigante com as palavras e não menos brilhante com a SilverTape.
Dani é o tipo de pessoa que naturalmente nos mostra seu mundo, inteligente, encantador e mágico. Seu mundo desnudo para os seus e mítico para todos.
Parabéns à unidade nacional, mas honrarias à bela Daniela, que unificou o bom ser humano.

Te Adoro!


********

Eu li para a minha família na mesa do almoço.

O único comentário foi do papai:

— Esse é um cara que te conhece bem...

********

O Bruno tem uma percepção aguçada do que sou, do que penso, da minha oscilação entre bruxa e maruja. Ele, como ninguém, entendeu o delicado equilíbrio entre ser feminina e ter atitude. Ele, que é meio poesia, literatura de cordel, livro com a poeira vermelha que doura sua pele.

Mas ele não é só poesia. Ele é prosa, e das boas. É um narrador atento, um dedicado observador, um incansável na arte dos sábios: aprender.
Não vou falar. Não vou comentar. Não vou. Não.

Para algumas coisas eu queria respostas. Não explicações, não desculpas. Sucintas e singelas respostas.

quarta-feira, junho 16, 2004

Levante a mão quem já recebeu um carro de mensagem. Alguém? alguém? O mocinho de barba vermelha ali no canto, rindo da minha cara? A senhorita de longos cabelos negros? Ninguém?

Pois é... eu recebi.

Luciano, Mina, Mon e Cau, e — Jesus me abraça forte! — ainda chegou a Marcela no final. A menina que lia as mensagens vestida de princesinha, com coroa e tudo. Fogos de artfício. A PROPEG inteira do lado de fora. Idem a Cia da Polícia Militar. Idem meus vizinhos.

Deus, abre um buraco no chão que eu não me importo de ir direto pro inferno! Cau filmando tudo, a minha cara estapafúrdia, tostando essa pele de alabastro embaixo do sol de uma e meia da tarde. Por que, minha Nossa Senhora de Fátima? Por que eu? Por que eles me odeiam?

Sobrevivi. E ainda fui obrigada a agradecer no microfone:

— Obrigada, pessoas. Adorei a surpresa, e fico feliz em saber que estaremos BEM próximos no ano que para mim começa agora...

Alguém me arranja uma drag queen para janeiro?

terça-feira, junho 15, 2004

Peraí!!!

Estou no computador de casa? Eu consegui sentar no computador de casa? Vou até ver se a mamãe está dopada.



Não, não está!

Puxa... nem sei mais como se digita...

********

E é por isso que este blog anda às moscas. A dona do computador voltou à sua maratona de 20 horas diárias, e eu realmente não tenho saco para disputar os minutos de uso livre desta maquina. Sim, prezado Leitor Fiel, já bastam os pitis da irmã mais nova que cismou de casar e as crises de mau humor da mãe que resolveu viajar duas semanas depois de operada (e que acabou descolando a retina de novo, passando por outra cirurgia).

Deu pra atualizar, deu. Não deu? Ah, vai dar outro dia...

********

Roubado dele. Substitua "Lucky" por "Dani"

"Não canso de olhar cada detalhe de você
Não canso de imaginar seu cheiro, seu gosto, seu ritmo
Não canso de olhar pra dentro de mim e ver você que já pulsa em todos os meus cantos
Não canso de desejar o próximo beijo mesmo que a saliva seja só de palavras.
Porque meus dias estão enfeitiçados pelos seus olhos
Porque eu não posso mais ficar a sós e sem você
Porque meu desejo foi tocado por aquele sorriso seu
Porque sua boca me chama pra conhecer o que ela guarda só pra mim.
Ah... como são doces as horas daquele que permite que o sentimento entre de novo!
Ah... cada segundo é menos um instante que falta para eu tocar você!
Ah... como eu gosto de ouvir o chamado do telefone celular dizendo: “Cheguei!”
Ah... Seja meu e me queira para si!
Sim, é uma nova respiração em nossas vidas.
Sim, são particulas de sonhos que criam corpo agora.
Sim, é arrebatador, tanto que nem lembro mais do ontem.
Sim, eu me deixo inteiro pra você.

Lucky em estado de paixão"

********

Sábado, 7:45 da manhã. Celular toca. Ah, Deus, não!

— Bom dia, amiga! Vamos às compras?

Vamos. Mas agora?

Claro que não. O pulha do Lu me acordou de madrugada, e só levantou da cama mais de dez da manhã.

A reentré das duas criaturas no maravilhoso mundo do Dia dos Namorados tinha começado na sexta-feira. Shopping Barra. 518 lojas estudadas minuciosamente. 3 pisos rastreados. Nada.

— Lu, vamos terminar os namoros hoje, por telefone, e retomar na segunda-feira?

Nada. Por maioria dos votos, decidimos ir jantar e deixar as comprinhas para o dia seguinte. O jantar consumiu mais tempo do que o gasto na peregrinação namorística. E terminou numa loja do Bompreço, com aquele pervertido procurando xarope de bordo, que eu sugeri como alternativa mais animadinha que chantilly.

Sábado, madrugada, as duas criaturas andando sem rumo, parecendo baratas pós-Detefon.

— Eu quero uma cueca sexy!

Ah, Lucky, não faz isso comigo! Atenha-se às camisas, CDs, DVDs... Mas quem conseguir convencer um capricorniano empacado ganha um doce! Rodamos todas as galáxias atrás da tal cueca sexy pro recém-namorado dele. Achamos... e depois de uma crise de gargalhadas exaustas, decidimos que o fashion-tudo-de-bom não merecia aquela aberração em preto, com uma abertura para encaixar o "Cabo Jorge" do lado de fora, com base de plumas.

Compras feitas, minha divina companhia ainda resolveu cortar o cabelo... com um cabeleireiro que, com máquina 2, conseguiu levar uma hora e quinze para desbastar o black que o Lucky andava cultivando. Quinze minutos para cortar e mais uma hora se esfregando no braço do meu amigo.

Combinadíssimos: ano que vem, compraremos os presentes de dia dos Namorados em janeiro.

********

Buenas... Alguém lembra que AMANHÃ É MEU ANIVERSÁRIO?

terça-feira, junho 08, 2004

Alguém aí edita em Final Cut e quer dar umas aulinhas (pagas, claro) para duas mocinhas com larga bagagem em edição?

********

Vou lá estudar para ganhar o sustento dos meninos, e volto.

domingo, junho 06, 2004

Um bebê no meu colo. Deus responde porquê, eu sabia que aquela criança ia morrer em conseqüência de alguma coisa que eu tinha deixado acontecer. O rostinho contorcido no choro, aquela criança ia morrer, ao mesmo tempo em que eu a via com a cabeça na minha mão, eu via a projeção do futuro e aquela criança morria sim aquela criança estava morta a culpa era minha Deus a culpa.....

— Não!

Quarto escuro. Faixa de lua no travesseiro. Coração disparado.

— O que foi?

Voz mansa, calma.

— Pesadelo. Tive um pesadelo horrível.

Ele me puxou para mais perto. Escondi minha cabeça na curva do seu abraço. A voz mansa continua:

— Fica tranqüila, estou aqui com você.

Acho que foi a melhor e a mais bonita frase que já ouvi na vida. Ah, menino...

********

A sexta hora do sexto dia do sexto ano. O Dia D faz 60 anos, e eu vou voltar pra televisão. Está passando "O mais longo dos dias". São 06:11 AM, o ataque começou.

********

Tuna Fish RULEZ!

sábado, junho 05, 2004

Ecos de uma sexta-feira magica...




A louca da Sheu paquerando o instalador do som, eu de cinegrafista, ar condicionado transformando o carro na Embaixada da Patagonia, sequestro de namorado para um sorvete... Bem resumiu a Marcela, bracos cheios de sacolas de compras, andando pro carro:

- Problema? Hein? quem tem? Voce? Porque eu nao tenho nenhum...

********

BLOGANDO DE UM MAC G4!!!

Jesus, me abraca forte!

Certo, sem acentos, sem cedilhas. Mas e dai?

********


Qualquer pontinho de dor some quando existem varios pontinhos de estrela sobre a minha cabeca, e quando existem muitos pontinhos das luzes de embarcacoes no mar. Se a noite tiver clara, fica mais facil de acreditar que eu sou a problematica, e que tudo vai se resolver.

Meu Filho do Mar, mar engastado na pele, portador do sol, fogo que alimento com o meu ar, meu cumplice. Nao fosse a sua oriental paciencia (e o meu esforco em nao baguncar tanto), essa historia nao seria linda como e.

********

Obvio que eu vou editar melhor essa postagem. De um G4 (desculpae...) nao da pra configurar direitinho...

sexta-feira, junho 04, 2004

Duas mulheres juntas, dinheiro pra gastar. Uma recém-solteira, a outra recém-entrada no mundo das comprometidas (logo, ela não sabe direito como ser avec). Amizade antiga, daquelas que dividiram o mesmo pão que o diabo amassou, porque o dinheiro não dava pra duas códeas.

Pois sim, vamos nós, Marcela e eu, rumo ao desconhecido. Na pauta: boliche, gargalhadas, besteiras, instalar o som do carro, bater os saltinhos no mármore de algum restaurante bom, meia garrafa de vinho, mais gargalhadas, cinema, pegar meu namorado no trabalho, mais gargalhadas, carinho, planos para o São João. E se der na telha, uma rápida passada em casa, duas mudas de roupa e Praia do Forte!

********

Se não me questionasse, não seria geminiana. Mas precisava acordar com uma interrogação deitada com a cabeça ao lado da minha? Custava os porquês esperarem até o desjejum para me atormentar?

Não me magoa de graça, quando você já pediu desculpas algumas vezes pelas merdas que faz.

Não me magoa. Eu magoada perco a elevação espiritual, perco a caridade cristã. Passo por cima, te derrubo sem subir a voz um decibél; viro as costas, bato o portão e saio. De uma vez. O que vai nos restar é um cumprimento educado quando a vida cometer a descortesia de nos jogar frente a frente.

Eu amo você. Mas banda toca em outro ritmo. Você sabe disso MELHOR que qualquer um.

quinta-feira, junho 03, 2004

Being you

Eu queria ver o que os seus olhos vêem. Queria passear pelo seu cérebro só por um instantinho, pra saber o que você pensa.

Tem certas coisas que são mais fortes do que eu.

********

Nunca chegaríamos lá se não fossemos dois, três, quatro, vinte. Nunca chegaríamos lá se nós vinte, quatro, três, dois, não fossemos um só.

********

As pessoas têm mania de extirpar da vida qualquer vestígio da própria história. Pessoas, todos nós temos passado, não dá pra simplesmente deletar uma pessoa da vida. Não dá. Tente apagar um grande amor do passado da cabeça, e você terá a receita do fracasso.

A gente nunca deixa de amar. O amor é que é diferente, mas é amor de qualquer jeito.

********

Alguém tem um emprego fixo aí pra mim?

********

Ainda não cheguei lá...

Mas estou vendo uma bifurcação das mais importantes na minha vida. Não sei onde, não sei porque, não sei. Mas sei.

E pedir para uma geminiana fazer escolhas é a pior forma de tortura que se pode aplicar...

*******

Se estou feliz?

Aprendendo um pouco mais, dia após dia. De certa forma, me tranquiliza: felicidade instantânea ou vem em cápsulas ou vem para te arrebentar depois que passa (e passa rápido). É uma novidade garimpar minha felicidade todo dia, como um arqueólogo que se mune de pincel, tempo e paciência. Não existe um pôr-do-sol que não tenha ensinado mais uma lição.

quarta-feira, junho 02, 2004

Mais 48 horas sem lentes de contato para outra bateria de exames. Eu nunca contei que os exames de vista me levam a nocaute, contei?

********

Eu escrevi isso há cinco meses. Escrevi por causa dele, e quem diria, depois de tanto tempo, tanta persistência, que finalmente as paralelas iam-se encontrar e correr juntas, num só fio?



"Ah, se eu fosse um marinheiro
Era eu quem tinha partido!"

Maresia - Calcanhoto

********


— Deus, se for pra eu ficar mais um pouco, me dá um sinal!

E vamos nós, livro de 700 e tantas páginas sob o braço, óculos novos nos olhos, cara de sono, cheiro de protetor solar em torno de mim, único elemento que me traz de volta à estação em que estamos. Cheiro bom, de dias outros, quando o sol não envelhecia a pele, e nós não enrugariamos jamais. O amor ia durar mais tempo, os sonhos estavam fresquinhos, e pouco antes, o filho do mar tinha entrado na minha vida.

E hoje, no playground do meu prédio, entabulava um diálogo comigo mesma. Estabelecia novas receitas para a vida, fazia promessas que não vou cumprir. Jurava que ia pendurar minhas roupas, voltar pro regime, terminar a faculdade, comprar um apartamento ao invés de um barco. Prometi também que vou fazer medtação todos os dias, dar mais atenção à minha vida espiritual, ouvir mais, falar menos, criar as condições para ter um filho. Virar gente grande.

E nessa diatribe, tive o privilégio de ver o sol caindo, o céu em todas as tonalidades do azul, o mar esticado e com vincos de veludo, quente como tal. Mais uma anotação: voltar a mergulhar. Brilho no céu, não faço o pedido para a primeira estrela da noite. Ainda estou fazendo o planejamento do ano, o que eu poderia pedir?

Filho do Mar! De longe, recortado contra os faróis dos carros, ele e "Deus" vêm da praia, hábito que só eu acompanho há 15 anos. Nadam uns 4 quilômetros no mar, depois voltam para casa caminhando. Coração na mão, tentando pular para o chão. Se eu deixo, o bandido do coração vai saltitar aos pés dele, qual poodle feliz. Quase sinto os meus dedos passando pelas costas dele, conheço de cor a firmeza das suas coxas, cada caho dos seus cabelos. Conheço o seu caminhar, altaneiro, pé após pé, vencendo pedrinhas da calçada. Braço após braço, ano após ano, onda após onda.

Filho do Mar, cujo nome começa com F, dileto de Yemanjá, fruto do mar ao qual não tenho alergia. Tanto, tanto tempo sem nos encontrar, hoje descubro que fiz a opção errada ano passado. Mas como poderia saber, depois de ver nossas vidas se cruzando num infinito que já dura 15 anos, retas que nunca deixaram de correr juntas? Deveria ter vendido a passagem para a minha Pasárgada e torrado o dinheiro com um final de semana com ele no resort da Praia do Forte.

Deixa. O que tem que ser, é. Minha cabeça acompanhou sua passagem, olhos que retomaram o namoro por um minuto ou dois. Juntei meus alfarrábios, e fiz mais duas anotações mentais:

.entrar na natação;
.pensar seriamente em levar um relacionamento a sério.

Eu realmente vou me esforçar para fazer tudo certo, agora.


********

Hoje eu de fato sinto os meus dedos passando pelas suas costas, da mesma maneira que a minha pele não esquece os dedos dele passeando pelas minhas costas. Meu, meu depois de tanto tempo. Filho do céu e do mar, meu. Finalmente.

Acho que é hora de mostrar isso pra ele.

********

Você já foi de bico numa festa? Já teve a sensação de querer continuar no rega-bofe, e ter a desconfortável sensação de que não era pra estar lá? E cinema errado, já foi? Compra ingresso pra um filme, erra a sala e sai estarrecida com o que não queria ver mas viu?

Esses são os meus dias. Estranhos dias. Inadequados dias. Incongruentes dias. Dias que entram por baixo da porta, junto com a conta da luz, o jornal e a carta dizendo que não dá mais.
Morreu alguém do Earth, Wind and Fire de ontem pra hoje? Por que a Globo FM está enchendo o scao com eles, hoje?

********

Sobrevivi à prospecção do salão de beleza ideal para o Dia da Noiva. Algas vai mesmo casar, e me usa como refém para vasculhar salões em busca da maquiagem perfeita. Hoje o salão era todo uma sauna. Nenhum aparelho de ar condicionado ligado, e nós lá, a suar.

Se a dona do salão soubesse ganhar dinheiro... Ela tinha incorporado o item "sauna" no pacote do Dia das Noivas e faturado mais um.

********

Uma vontade de ligar pros meus amigos, de estar perto. Uma carência que não se explica, uma sensação de que as coisas estão numa transição tão violenta que eu não posso deter. Um medo que me move pra frente, que me faz mudar o pouco do rumo que eu ainda posso escolher. Uma sensação de pertencer, mas pertencer a um não-lugar.

Por isso ando sumida, por isso estou chata. Porque eu estou no meio do processo de adaptação a uma vida nova que nem eu sei o que e como vai ser.

********

— Senta mais perto, você está na ponta da mesa.
— Estou bem aqui. De vez em quando, eu "saio" daqui, de vez em quando eu volto e participo da conversa. Estou num tempo diferente de vocês, e pela primeira vez estou respeitando o meu tempo.


E assim foi a inauguração do bar ontem, com a mesa mais surreal que eu podia conseguir. Sair com a Sem-Noção sempre rende mais uma hora de resenha pós-evento.

********

Isso me derrubou...

12 graus de miopia no olho direito. Não quero falar mais sobre isso agora.

********

Amigo "alemão" que aportou na sala da minha casa. Voltou ao Brasil pra casar. Lindo, lindo, lindo, 10 anos que a gente caminha junto por cima desta terra. Causos "tedescos" na mesa do almoço. Hoje é um dia bom.

********

Faltam 14 dias pro meu aniversário.

segunda-feira, maio 31, 2004

Piegas, mas...

Isso é lindo!

********

Eu nunca imaginei, mas... acho que finalmente está na hora de voltar para o mercado formal. Acho que é finalmente hora de arranjar um emprego sério, certo, que me pague todo mês, que me dê uma rotina e a segurança de tocar meus planos adiante.

********

Conversa com a Ju, e finalmente descobri que só a narração dos fatos é que me traria de volta para a realidade. E trouxe. Eu acho a Gata Roxa tão centrada, tão equilibrada, que sempre me esforço por ser equilibrada e conexa no que vou contar pra ela. E só assim eu consegui trazer a razão, essa sumida, de volta.

Ju, estou ficando expert em te agradecer via blog. Obrigada mais uma vez!

********

Combinando viagem de São João com a Sheu via Messenger. Só a viagem, não: vamos passar o dia juntas, amanhã. Almoço, fofocas, risadas, orçamentos, novo polimento nessa amizade boa, que passa tanto tempo sem ver a luz do sol.

Rota do sol, Serra Grande, Itacaré. Chapada. Mangue Seco. Ou Morro de São Paulo, enfim. Nem acredito que dessa vez vai ser tudo tão diferente...

********

A Shaggagency de Notícias informa, em edição extraordinária:

eu já decidi o que ele vai ganhar no dia dos Namorados!

E dessa vez o agradecimento vai pra minha Carol, que me deu a idéia sem saber.

domingo, maio 30, 2004

Se alguém me dissesse, há 35 dias, que hoje eu estaria blogando de onde estou... eu teria dado uma gargalhada azeda.

Estou feliz. Nem ontem imaginei que fosse estar feliz. Mas hoje... Cards do Yugi-oh, do Pokemón; uma pestinha de seis anos me chamando de Inha. A "Inha" derretendo.

Estou na casa dele. Estou em casa. Achei um bom lugar para ficar. Ele.

sexta-feira, maio 28, 2004

Piadinha interna

HOJE!!! Grande encontro das Ex-Seguidoras Compulsórias de Sátya Sai Baba.

Organização: Sheu, Dani e Dri.

********

Ganhei meu primeiro presente de aniversário da wishlist. Não, nada palpável. Por enquanto...

********

Que Deus benza, que Deus benza, que Deus benza.

E que seja doce, que seja doce, que seja doce.
As bizarrices não terminam!

Sonhar com o Mouro num jogo do Santos? Tudo bem. Consolar uma amiga (?) que nunca vi na vida morrendo de dor de cotovelo por causa dele, enquanto eu sofria de saudade dele? Vá lá.

Mas ligar o computador pra trabalhar, abrir o Winamp from hell e a primeira música a tocar — no modo shuffle, claro! — é o Hino do Santos?

Lá vou eu ligar pro Caldeirão pra ter notícias dos meninos...

********

Entra online o Pai da Fada e começa a tocar "That's Life", que ele me mandou. Online no ICQ, que eu trouxe de volta à vida, o Filho do Mar (YES!!!). Ô, dia estranho, viu? Mas que venha o touro, e que Deus conserve!

********

A confissão: eu adoro filme de faroeste!

********

E descubro que estou rouca que nem um pato quando me arrisco a cantar "O Tempo e o Vento", fazendo um trio com Danilo Caymmi e Tom Jobim. Por que rouca? Cansaço.

********

Fonte Nova lotada, fim de campeonato brasileiro com Vitória e Bahia na final. 90 mil pessoas nas arquibancadas. Umas 5 mil entre jornalistas, seguranças, jogadores e profissionais. Imaginou? Agora coloque doze sacolas abarrotadas de roupas, sapatos, bolsas, tapetes, perfumes nas mãos de cada uma dessas pessoas. Faça-as andar de um lado pro outro, como baratas correndo de chinelos.

Pronto: a fómula da Feira de Moda é essa! Claro, ainda faltam os vendedores berrando na sua orelha, como uma Baixa do Sapateiro indoor. Ou uma 25 de março. Ou o Saara, pra paulistas e cariocas entenderem o drama. Três horas e muito andando, perdendo e achando as irmãs loucas, me encantando com blusas de lurex (lembra das meias de Dancin' Days? Pois é, blusas daquele tecido), jurando que nunca mais nesta vida eu ponho os pés numa aglomeração. Diversão pra mais de metro.

Estourei minha conta bancária, comprei cópias perfeitas de bolsas Louis Vuitton e descobri que estou realmente virando caretinha. Daniela com cópias de LV??? Fato é que me meu pai perguntou se eu tinha comprado numa loja infantil. Stuffs...

Eu já ia comprar presentes para o dia dos Namorados, mas como ainda falta é tempo até lá, resolvi esperar para saber se compro presentes para mim ou para outrém.

********

ICQ é um mundo à parte: o email é o mesmo de anos atrás, meu número ainda é de oito dígitos, o nick ainda é o mesmo. A quantidade de gente é absurda, e as nacionalidades... indianos, egípcios, suíços, paquistaneses, japoneses, italianos para caramba. Gente que não vejo há anos, gente com quem não falo há mais anos ainda, gente que morreu, gente que mora longe. Dei uma limpa geral, tirei metade dos representantes da ONU, e ainda assim tem perto de 300 pessoas.

Deu saudade do Marcus, que agora está em AJU; do André, tão gaúcho quanto o Bruno, agora. Do suíço louco, Set; do Troy, piloto australiano...

********

Faltam 18 dias.
Quase uma lama budista!

Como é difícil não telefonar, não andar mais uma casa no jogo! Como a inércia me irrita, esse ar estagnado, as mãos se retorcendo para pegar o celular e discar o número dele.

A evolução espiritual não é para todos, amiguinhos! Não tentem fazer isso em casa.

********

Ah, me quer? Então me liga, me escreve, me corteja. Eu já fiz o que podia: alimentei o fogo com o meu ar.

********

A seguir: Por que vou à feiras inúteis? Por que gasto tanto?

********

Por uma vida menos ordinária

O Vingador tem asas.
O cavalo preto que ele cavalga não as tem.
Eles cavalgam no ar.
Será que se o Vingador abrir as pernas o cavalo cai?

quinta-feira, maio 27, 2004

E acho que estou vivendo, Moca. Fingindo diversão algumas vezes, me divertindo de verdade em outras poucas. Mas foi bom viver um pouco ontem.

********

Ana Maria Braga está fazendo uma receita de costela cujo resultado final parece um resultado de churrasquinho de gente em incêndio. As pontas da costela estão espetadas para o ar pedindo socorro.

Depois disso, vou lá assistir Faces da Morte.

********

Porra nenhuma. Acabei no canal da Universal, e olha só: COLÍRIO CONSAGRADO, para você ver o que não tem visto na sua vida amorosa.

E eu achava o Polishop divertido...

********

Pai da Fada:
Pôr do sol agora, no Porto.

Fraulein Anjinha:
Fechado!

E ficamos nós de molho na salmoura, rindo, limpando a sujeira que os últimos dias deixou. Ficamos lá, olhando pro alto e os olhos quase estourando para enxergar a maior quantidade de azul possível. Barcos emoldurados por restos de laranja, vermelho, roxo, amarelo, e nós ali, da linha d'água, vendo aquele quadro em movimento.

E depois montamos guarda na areia, enxugando no vento, rindo mais, e mais, e mais.

********

Almoço com a Esfinge

Papai, na cabeceira da mesa:

— Quem dá atenção à carniça é urubu.

Três pares de olhos se voltaram para ele, que continuou, impassivo:

— É porque hoje é quinta-feira.

Decifra-o ou ele devorar-te-á.

********

Nem vou comentar pra não dar azar... Boa parte da magia está no segredo... Novamente o ar volta a alimentar o fogo. E que Deus benza!

********

Faltam 19 dias.

quarta-feira, maio 26, 2004

Hoje eu vivi. Vivi um bocado. Mas acho que a idéia de fibrilar o blog por uns tempos foi mais forte. vou ali e volto. Se inspirar, na volta tem texto.

terça-feira, maio 25, 2004

Acho que esse blog poderia morrer por uns tempos...
EU

ACREDITO

NOS

MILAGRES


********

Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade!

********

Vou voltar pros Sims... E deixar pra viver daqui a pouco.
... E cai nos braços do meu marido, mergulhei no azul-céu dos seus olhos, esqueci do tempo.

********

Faltam 21 dias para o meu aniversário.

********

Vou ali viver um pouco mais e volto pra contar como foi.

********

Uma explicação: The Sims.

segunda-feira, maio 24, 2004

DELICIOSO!

Catálogo Ilustrado dos Produtos Acme

É pra passar a manhã inteira matando a saudade... Se você não tiver nada pra fazer...

********

Daniela Novos Empreendimentos Sem Limites!

Enquanto procuro desenhos animados, lá vou eu!

********

Alguém conhece Thiago Tamborinni?

domingo, maio 23, 2004

Dia 1º de Julho tem show do

CPM22

em Salvador!!!

Faltam 23 dias para o meu aniversário, e é hora de editar a wishlist:

- um discman que rode MP3 (no Mercado Livre está uma pechincha)
- uma câmera digital
- um palm com câmera fotográfica e cartão de expansão
- uma mochila de lona
- bolsas, bolsas, bolsas, as mais estranhas e engraçadinhas possíveis
- um telefonema do Filho do Mar
- um tabuleiro de War
- meu tarot do deserto desenhado por algum amigo habilidoso
- uma gaita
- um frasco gigante de Rue de Pergolese
- uma tele pra minha câmera
- uma vida menos ordinária
- um jantar com o Vin Diesel
- o telefone do Marcos Palmeira
- um final de semana prolongado em Imbassahy
- me perdoem os locais, mas... PASSAR MEU ANIVERSÁRIO EM POA COM O BRUNO!
Tinha vento, tinha chuva, tinha chopp, tinha ele, tinha eu. Tinham as discussões que só a gente consegue ter, tinham os famigerados quizes de desenho animado. "Migra então", e a gente mudava para quadrinhos.

E teve uma interferência daquele cujo prefixo é 51. Grande, grande, grande Bruno Barretto, que saudade que vem do mais profundo andar do inferno! Meu amigo não congelou ainda; o ciclone passou ao largo dele, e planos para voltar? Nenhum. Merda de país enorme, que uma mudança de estado torna proibitivos os encontros entre os que morrem de saudade!

********

Me deixa ver como a prata da lua escorrega pelas suas costas? Me deixa sentir o cheiro do céu em negativo que são os seus ombros, branco-universo salpicado de sardas-estrelas? Deixa eu encostar a cabeça no seu peito e fechar os olhos, só um pouquinho? Só pra eu poder matar de fome essa sensação de não-pertencer.

Deixa eu cuidar das suas gripes, das suas roupas, dos seus livros? Deixa eu ficar vendo como você dorme, como você faz a barba, como você dá o nó da gravata? Deixa eu ficar sentada no sofá da sala, vendo como o sol entra pela janela, encontra o espelho perto da porta, e se enrosca nos seus cachos? Posso cozinhar pra você? Nem precisa me dizer o seu prato preferido: eu abro o livro da sua alma e descubro.

Posso entrar no seu quarto? Destampar o frasco daquele perfume que eu nunca lembro o nome, mas que poderia vir com o seu (nome) no rótulo. O que você guarda embaixo da cama? Me mostra as fotos que estão no fundo do seu armário? Deixa eu ver o teu armário, escolher uma das suas camisas e ficar abraçada nela? Só pra saudade ir embora, e eu brincar de faz-de-conta.

Faz-de-conta que você vai voltar.

********

Eu trouxe minha máquina fotográfica. Tira uma foto comigo, só pra eu lembrar que a gente foi feliz um dia?
Você já escreveu milhares de linhas e apagou tudo depois?

Eu fiz isso agora.

Estou ouvindo a tal música, e acho que pela primeira vez, em um ano, 3 meses e 10 dias, acho que pela primeira vez me permiti deixar os olhos marejarem. Ainda não consigo ler suas respostas aos meus emails mal-criados. Estou tentando, abrindo uma janela e lendo, fechando e escrevendo. Há mais de uma vida não ouço essa música. Eu não sabia que tinhamos nos magoado tanto.

Estou ouvindo as turbinas do avião que me trouxe. Ainda sinto o gosto do último beijo. Ainda são as teclas do seu computador que martelo sob os dedo, numa revanche muda.

Eu não precisava desse laivo de mau-senso a essa hora tardia. Não depois da noite deliciosa que tive. Não depois do ano que eu tive. Não depois dos últimos meses.

Maldito! Eu SEI que o seu plano não deu certo. Princesa e Jughead, onde isso ia funcionar?

Por outro lado...Um cavaleiro e uma maga: em que tipo de conto isso daria certo?

********

Tenho medo dos fantasmas que virão esta noite.

********

Quando você fecha o olhos, e nos seus braços existe uma mulher, você consegue sentir a mesma paz e a mesma proteção que eu te dei?

sábado, maio 22, 2004

Eu quero você. Eu quero você mais que tudo. Não quero nenhum outro. Você não serve pra mim, mas eu quero assim mesmo. Não vejo graça em mais ninguém que não seja você. Sou mulher de um homem só. Sou séria, fiel, leal, cansei de pular de galho em galho, história em história. Não adianta eu tentar me enganar com um outro rostinho interessante, com outro cérebro sedutor, ou um corpinho bronzeado qualquer. Não aguento mais aplicar a "Solução Formosa" ("Já que eu não posso ter você, fecho os olhos, e qualquer corpo passa a ser o seu"), não aguento mais ver o brilho da confusão nos seus olhos, o dilema que te empurra e te traz com a maré.

Eu prometo que você nunca vai se entediar comigo.

Eu prometo te amar até o fim.

Mas não me perde. Não me deixa ir embora sem você. Não me deixa bater a porta e pegar o elevador. Se eu sair, não volto.
Quem tem amigo...

Pois não é que, no meio do telefonema de atualização, este ser humano me manda duas fotos do A.J.A.?

E por motivos diferentes, o A.J.A. está na mesma casta que o Mouro. Inatingível. Com uma diferença: levei um ano pra conseguir falar no Mouro. Para tocar no assunto A.J.A., foram só sete meses.

********

Eu tenho saudade dos ensaios da banda. Tenho saudade de me enfurnar todo domingo no estúdio, de sentar no aquário com o headphone e ficar ligada no andamento. Estou morrendo de saudade de discutir com o Mel sobre o uso da condução ou do ataque. De ver o Felipe e o Metade discutindo por causa de miscelas. Da rotina de chegar, pregar o set na parede do estúdio, pegar a gaita do Felipe e ficar tentando fazer algum som que não fosse atonal.

Sinto falta das invariáveis cervejas depois do estúdio, da expectativa sobre o que o Felipe ia inventar de piadinha para aquele dia (o auge foi ensaiar com o roupão do SuperClubs Breezees, de bermuda e sem camisa). De ver o Léo com o chapéu de leprechaun, sempre o dono da paz.

***

Mas tenho saudades dos ensaios no estúdio do Passos. Da primeira formação da minha tropa, de também sentar no aquário e ficar vendo o Pudim na bateria. Meu cúmplice, companheiro que fazia as viagens mais divertidas. Saudade de ver o Márcio Telmo na percussão, moço que era o principal beneficiado da minhas massagens nas costas, o único com cara-de-pau suficiente para invadir meu quarto de madrugada atrás das barras de chocolate que eu passei a comprar em número extra, depois dele.

E na segunda formação, Fabinho Serrano, meu melhor companheiro de viagem, jornalista que foi orientado pelo meu mestre maior da faculdade. Fabinho, tão amante do Calvin quanto eu, bonito que nem um pecado, o melhor guitarrista que conheço, membro de uma família tão linda quanto ele. Fabinho, que quando estava irritado ensaiava country music com guitarra havaiana. Fabinho, que me fez desmoronar com um abraço, depois do show de Costa de Sauípe.

***

Cada trabalho forma uma família. Somos irmãos, filhos, pais, maridos, mulheres, amantes. Quando um ônibus viaja com 28, 30 pessoas, cada um se torna uma variável deliciosa. É uma fauna de vontades, desejos, esperanças, hábitos, cheiros, gostos e texturas. É um carrossel de abraços, uma ciranda de corpos e mãos e olhos, um quatrilho sem fim. Somos sempre os forasteiros numa terra estranha, estamos sempre ao alcance dos olhos do outro. Somos uma unidade de combate, um multi que faz o uno.

Somos sempre nós contra o mundo.

********

Mãe é mãe

— Dani, aproveita que o tempo melhorou (?) e dá um banho na Nana.
— Mãe, o tempo NÃO melhorou.
— Mas dá banho assim mesmo. A gente seca com secador de cabelo.


Óbvio que o banho ficou pra amanhã.

sexta-feira, maio 21, 2004

Pra quem achou que ia ser uma catástrofe essa primeira sexta-feira...

********

Ouvindo Garbage. Há quanto tempo eu não ouvia Garbage...

********

Celular toca. No caminho para atender, mamãe comenta:

- Ou é problema ou é solução!

Pô! Esse mote é meu! Olho o identificador de chamadas: Emerson. Ai, meu Deus...

- Fala, canalha!
- Oi, Dandanzinha, vamos para a Off?
- ENE-A-Ó-TIL! NÃO!
- Ah, Dandanzinha, vamos? Vou eu, o Johnny, o Beto, mas o Beto eu acho que é gay, a Adri...
- Emerson, leia meus lábios: não!
- Ah, eu te ligo quando estiver indo. Beijo, tchau.


Mamãe, a impertinente:

- Era problema ou solução?
- Não sei, mãe.. ainda não sei...


********

Conversa telefônica

- Mon, você está toda besta porque deu beijinho no AJA...
- Aaaaaaaaah, beijinho E abraço!
- Não se preocupe que amanhã mesmo eu mando cortar seus bracinhos para não dar mais problema...


Ciumenta? Quem?

********

Dilema Orkut

Bonito que nem um pecado. Obtuso como uma porta. Como ou não como?

********

Roubo, mesmo que tardio!

Hebert, obrigada pela inspiração! Eu não acharia letra melhor hoje!


Você não serve pra mim (em Cm)

..Cm
Não fique triste não se zangue
.............................F....Ab
Com tudo o que eu vou lhe falar
......................Bb
Sinto demais porém agora
.....................Eb
Tenho que lhe explicar
..G7..................Cm
Você comigo não combina
..................F...Ab
Não adianta nem tentar
.......................Bb
Não vejo mais razão nehuma
...............Eb
Para continuar

..G7....................Cm
Não quero mais seu amor
..G7.....................Cm
Não pense que eu sou ruim
...G7....................Cm
Vou procurar outro alguém
Bb..Ab...G7...............Cm..G7
Você não serve pra mim
..................Cm..G7..Cm
Não serve pra mim

.......................Cm
Uma palavra de carinho
....................F...Ab
Jamais ouvi você falar
.......................Bb
Seu beijo tão indiferente
.......................Eb
Foi o que me fez pensar
..G7........................Cm
No tempo que eu estou perdendo
...........................F...Ab
No amor que eu tenho para dar
........................Bb
Deve existir alguém querendo
........................Eb
O que você não quis ligar

..G7..................Cm
Não quero mais seu amor
..G7...........................Cm
Não pense que eu sou ruim
..G7........................Cm
Vou procurar outro alguém
Bb..Ab....G7..............Cm...G7
Você não serve pra mim
............Cm...G7...Cm
Não serve pra mim

********

"You're not bigger than this
Not better
Why can't you learn?
"

Jimmy Eat World (cante milhares de vezes até se convencer)

********

E uma saída rápida para curar essa azia, uma boa saída rápida para curar essa azia, todas as ciências de baixa tecnologia... Se eu disser que saí de casa pra tomar uma única cerveja, ninguém acredita. Mas é fato. Fui encontrar a Tali e a Carla para una birra, risadas de quebrar feitiço e fofocas. Se eu falei de você? Claro! Mal pra caramba, Nero!

********

Ainda faltam 25 dias.
Dancing Queen (ouça no volume máximo)

You can dance
You can jive
Having the time of your life
See that girl, watch that scene
Dig in the dancing queen

Friday night and the lights are low
Looking out for the place to go
Where they play the right music, getting in the swing
You come in to look for a King
Anybody could be that guy
Night is young and the music's high
With a bit of rock music, everything is fine
You're in the mood for a dance
And when you get the chance...

You are the Dancing Queen, young and sweet, only seventeen
Dancing Queen, feel the beat from the tambourine
You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, dig in the Dancing Queen

You're a teaser, you turn 'em on
Leave them burning and then you're gone
Looking out for another, anyone will do
You're in the mood for a dance
And when you get the chance...

You are the Dancing Queen, young and sweet, only seventeen
Dancing Queen, feel the beat from the tambourine
You can dance, you can jive, having the time of your life
See that girl, watch that scene, dig in the Dancing Queen

********

Finalmente o "inverno"! O primeiro dia de abril foi ontem, e durou uma hora. Hoje estamos no primeiro dia de maio, e ele já dura desde às 7 da manhã. Eu acho que o sol vai abrir, mas já tive a minha cota de vento frio pra arejar os quartos da minha alma.

Choveu, o humor melhorou. Eu avisei, certa feita: não sou gente, sou planta. Girachuva!

********

Faltam 25 dias.
E no final, um monte de adjetivos (gostoso, tudo de bom, poderoso, tesão de homem, sonho de consumo, e por aí vai...), que só poderiam se referir a uma única pessoa (tanto que acertei de cara), fizeram a minha noite um segundo mais feliz.

Boca Juniors! Maradona! Eva Perón!

(pra bom entendedor de espanhol, til é letra...)

********

No jogo do bicho, quem você é?

********

E daí que acabou? Agora é novidade tomar um contra? Vamos lá, que bonde anda é pra frente!

********

Isso aqui vale a pena ser ouvido.

Não só pela letra, pela melodia, pela harmonia... Por eles.

********

Mais um dia de Bullroarer por causa dele.

********

A história do pré-beijo, da qual EU havia desistido, rendeu.

Quem poderia prever?

********

No jogo do bicho, meu amor, eu sou a SORTE...

quinta-feira, maio 20, 2004

Roubado daqui

"A gente sempre destrói aquilo que mais ama em campo aberto, ou numa emboscada; alguns com a leveza do carinho, outros com a dureza da palavra; os covardes destroem com um beijo, os valentes, destroem com a espada."

Oscar Wilde - Balada do cárcere

********

Sabe quando você tem a certeza de que vai cometer o mesmo erro de novo? Eu acho que vou, e o pior: estou A-DO-RAN-DO!

********

"What's new?
How's the weather?
Is it stormy where you are?
Cause I'm so close but it feels like you're so far
"

Kiss the rain, sem a pequena adaptação - Billie Myers

********

Eu estou com saudades. Saudades de me sentir feliz, saudade da expectativa dos longos telefonemas madrugada adentro, saudade de ser obrigada a admitir em voz alta que sim, estou envolvida, sim. Saudade de uma noite qualquer no meio de um janeiro que ficou pra trás. "Porque a gente não pode negar que está acontecendo alguma coisa. A gente não pode negar que está-se apaixonando", e como fui feliz naquele minuto. Há anos ninguém dizia que estava apaixonado por mim. Acho que nunca mais, também...

********

Sim, vamos com todas as letras: estou deprimida, sim. Se você está cansado da minha tristeza, ou acha que é tudo um samba de uma nota só, ou acha que eu dramatizo demais, ou está querendo um texto engraçadinho, volte outro dia. Ou até melhor: não volte nunca mais.

Não saio de casa pra muita coisa, meus amigos estão decepcionados comigo porque não sou mais a companhia exuberante que sempre fui. Estou tendo reações físicas de estresse, incluíndo as fisgadas musculares. Morro de vontade de jogar boliche, por exemplo, e não tenho coragem de sair de casa. Estou o tempo todo pendurada em duas lágrimas, prestes a cair num penhasco. Vivo os dias no passado, ora remoto, ora nem tanto. Sinto falta de quem eu era quando estava feliz. Sinto saudade de mim com ele. Da pessoa boa que eu era. De quão magnânima eu me descobri com ele. Fico elucubrando sobre um futuro do pretérito, passado que já nasceu morto.

Estou errada por todos os motivos, mas pra mim tem sido difícil ater os pensamentos no presente. É mais fácil viver um passado que sorria pra mim. Tempos mais auspiciosos, de pele mais clara e fresca, de sonhos que saltavam à tona. Tempo de acreditar, de ter fé. E eu tinha.

O encontro repentino com a própria mortalidade me fez puxar um freio imaginário e estacionar por uns tempos. Não tenho certeza de ter realmente tomado consciência dos meus dias contados, como contados estão os dias de todo mundo. Eu sei é que não desejo uma semana dessas pra ninguém. Da mesma forma, não desejava nada disso pra mim. Nada. Eu merecia ser mais bem tratada, eu merecia ser amada, eu merecia respostas, eplicações; eu merecia continuar sendo querida. Eu não mereci nada do que aconteceu, eu não mereci ser posta de escanteio de maneira tão displicente. Eu não merecia perder a fé nas pessoas, mesmo que eu saiba que isso é temporário. Eu não merecia ver a felicidade de ninguém esfregada na minha cara. Eu nunca fiz por merecer tanta indiferença com o que eu sinto. Sempre a mais preocupadinha em não ferir os brios e os sentimentos de ninguém, sempre empenhada em ser o ouvido amigo, o ombro largo, a confidente, a cúmplice, a que tudo entende, e não mereci um tratamento nem próximo ao que dei. Sempre cuidando, fosse do corpo doente, fosse do espírito macambúzio, e não recebi um nada em contrapartida.

E vai ser sempre assim. Não porque eu seja idiota, otária, ou qualquer outro adjetivo que eu mesma já empreguei pra me designar. Mas porque eu sou assim. Sou doação, sou carinho, sou entrega, sou inteira. Se tiver que entrar só 90%, não vou. Ou 100, ou nada. Eu sou exatamente isso: tenho o meu tempo, tenho o meu espaço, tenho as minhas reações e as minhas crenças.

Mas eu realmente não merecia ter apanhado o tanto que apanhei.

terça-feira, maio 18, 2004

Eu segurei a onda até a hora em que ouvi:

? A gente vive de um lado pro outro. Podia ter sido qualquer um de nós.

********

Quem trabalha com entretenimento tem um karma a carregar. Todo mundo acha que a gente se diverte o tempo todo, que a vida é uma festa, que trabalhar com artista é o Velho-Oeste Dourado, que backstage é o Paraíso Perdido.

Todo mundo acha que a gente conhece lugares paradisíacos a cada viagem, que os hotéis são seis estrelas, que enchemos a cara antes, durante e depois dos shows e VTs que fazemos.

O que a gente menos faz é se divertir. É uma correria dos infernos, uma tensão absurda, um calvário que começa na hora de marcar a apanha dos músicos/equipe e só termina quando a gente desova todo mundo em casa. Raríssimas exceções, trabalhar com artista é como trabalhar com o seu chefe: um saco.

Os lugares que a gente conhece são cafundós na maioria das vezes, isso se você considerar conhecer o ato de olhar pela janela do ônibus enquanto chega na cidade. Bebe-se durante o trabalho? Há quem faça, mas não é o certo, como não é certo um advogado beber durante o expediente, idem contador, médico, vendedor.

As condições são quase sempre precárias, os hotéis não merecem o nome que têm, e o capítulo ônibus/van/carro, que foi o que me levou a fazer um balanço da profissão, é sempre um problema. Motoristas mal treinados, que bebem escondido enquanto fazemos o show/VT, péssimas condições de manutenção dos veículos, motoristas que não descansam entre as viagens, preferindo fazer o bate-volta sem dormir.

Não é uma vida fácil, é estressante até um limite sobrehumano, é cansativo. É uma média de 20 horas de trabalho por dia pra quem faz produção: acorda músico, leva o outro pro hospital porque está com asma, volta, arranja sabonete pra mais um. Enfia todo mundo no ônibus, tranca lá, volta, faz check out nos quartos. Nessas alturas, uns três músicos já desceram pra fumar e pegar um vento, outros dois foram ao banheiro, outro não está bem.

E tudo isso sabendo que existe uma forte chance de um dia voltar de viagem... e não chegar em casa. Eu já me peguei empurrando ônibus com mais um monte de músicos, já sofri acidente porque o freio do carro travou, já... Já várias coisas.

Já várias coisas, mas até agora eu consegui chegar em casa. Dessa vez foram eles. Mas podia mesmo ter sido qualquer um de nós.
Anjinha-Enfermeira do Scorpi... diz:
e é foda, pq musico muda pra caralho. não sei quem era o roadie, nem o saxofonista.

Ricardo Argôllo diz:
Porra Dani..... não conheço ninguém não.

Ricardo Argôllo diz:
Mas é foda independente de conhecer ou não.

Anjinha-Enfermeira do Scorpi... diz:
é foda pq é gente que se fode que nem nós.

Ricardo Argôllo diz:
São companheiros que se vão.......

Anjinha-Enfermeira do Scorpi... diz:
é gente que está na mesma estrada que a gente.

Anjinha-Enfermeira do Scorpi... diz:
Tô arriada, mesmo. Não só pelos companheiros que morrem, mas por aquele que me aturou tanto, que me fez rir tanto.

********

Uma coisa eu aprendi. Você pode não gostar da produção artística de uma pessoa. Mas a pessoa em si é outra coisa. Pagodeiro, funkeiro, rockeiro, o que for. A pessoa é que merece ou não o seu respeito, o seu carinho, a sua camaradagem. A maneira como você se relaciona com a pessoa é o que conta.

Eu não gosto de pagode. Gosto de gente.