terça-feira, outubro 30, 2007

Fuga (ou Dani muito puta da vida)

REFAZENDO

Este post voltará em alguns minutos, de cara nova.

I'm The One!

E a Barbie Executiva foi trabalhar de saia e salto, poderosíssima, linda, comandando toda a situação.

Eu sou muito, muito boa no que faço. Tenho a fama de ser ligeiramente ranzinza entre alguns fornecedores, mas as pessoas confundem ranzinzice com exigência da perfeição. Ontem ouvi de um dos meus melhores fornecedores de transporte que podia vacilar com qualquer um, menos comigo e com a Sem-Noção, produtora muito mais experiente que eu (e amiga de todos santo dia).

Eu tomo isso como elogio. Significa que se uma das pontas da cadeia sabe que eu não tolero falhas, a outra ponta — a que paga — acaba percebendo isso. Sou respeitada, tenho 31 anos e 10 de carreira, só trabalho com gente em cujo caráter eu confio, não repito trabalho com pilantra. Dou nomes aos bois, para o bem e para o mal.

Ouvi elogios, abri portas, renovei a paixão pela minha profissão, me movimentei, saí da inércia. Tenho sido feliz demais, e pode jogar seu olho-gordo, porque em mim não pega.

o.O

Tive um dia de trabalho como há anos não tinha. Duas produções e uma força numa terceira, mais filha, amigo querido ajudando a procurar telefones pelo Google e pela lista, mais telefonemas de dois países.

Ai, como adoro essa vidinha less ordinary!

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Kowalski, o marinheiro russo

Não deveria estar nos meus planos me apaixonar por ele. Eu deveria procurar menos problema, porque eu realmente me apaixono rápido, caio de amores, depois sempre tomo uma rasteira e sofro meses a fio, cheia de escaras do amor abalado.

Mas há tantos anos não encontro um date tão inteligente, tão criativo, tão atencioso, tão fofo, tão... tão Homem-Ideal-da-Dani.

Certa feita fiz uma lista das 40 características do Homem-Ideal-da-Dani. Um dois meses depois conheci o Herr Direktor (veja arquivo de outubro de 2002), que preenchia 37 dos 40 itens que eu tinha escolhido para mim. No que deu? Tivemos um relacionamento sensacional, que terminou porque tinha um prazo de validade, e mantemos um longo e aprazível caso até hoje. Romance ligeiro, de set de filmagem. mas temos tanto respeito profissional e pessoal que se não fossem esses três itens cruciais onde ele pecava, seríamos felizes para sempre.

Este Moço novo tem um agravante: ele peca em apenas UM item daquela minha lista longínqua.

E talvez eu tenha aprendido a relevar este pecadilho...

domingo, outubro 28, 2007

Todos dormem

E eu estou sentada aqui, na frente do computador, depois de um puta dia de trabalho exaustivo — e gratificante —, sentindo culpa por não ter saúde para emendar no trabalho mais antigo. Estou com o material a ser redigido TODO atrasado, não tenho perspectiva de sentar e resolvê-lo amanhã, e embora saiba que a culpa não é minha, estou-me sentindo péssima por saber que antes da próxima semana não haverá acordo.

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Troglodita, digo, poliglota

É duas vezes mais cansativo trabalhar o dia inteiro ouvindo — e falando, no final das contas — um idioma que não é nosso primeiro nem segundo. Mas é quatro vezes mais compensador quando o elogio vem neste tal idioma, acompanhado de um sorriso, e precedido por um colar de presente.

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E quando estou na van, cercada de estrangeiros por todos os lados, ainda meio tensa, toca o celular e olha só!, o Caboclo da Sexta-Feira!

Inteligente, bom de pegada e cantada, e ainda liga antes da terça-feira? E ainda adivinha que era a hora em que eu mais precisava, que era o dia mais necessário?

Conversamos nove minutos, rimos (é mais uma coisa que eu adoro: ele me faz rir), expliquei em linhas gerais o que era uma visita técnica, e ao longo do dia, a cada vez que precisava de um sopro de ventinho metafórico para agitar meus cabelos e idéias, abria o celular e via que o segundo número a telefonar no dia tinha o nome dele (colocado por ele mesmo na minha agenda do telefone).

Mulherzinha? Claro, mulherzinha mesmo, ms a Barbie Executiva aqui MERECIA um Ken para fazer bem pro ego.

Não, pro coração não, mas isso é assunto para outro lugar.

sábado, outubro 27, 2007

O casamento do meu melhor amigo

Foi a cerimônia mais linda que já vi. Não porque foi do meu amigo querido, mas porque todos os detalhes foram minuciosamente pensados. Velas, saxofone, cerimônia ao pôr-do-sol, na beira da piscina, com a lua cheia mais cheia que já vi.

As alianças foram feitas sob encomenda, e eram a reprodução da tatuagem que ele tem no braço. Lindo. Quem conhece o noivo percebeu que todos os pequenos detalhes do casamento eram a cara dele.

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Ana Carolina de novo. Sério, gente, que as pessoas surtam que eu me pareço com ela?

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Eu sou a recordista de audições da Cascadura no LastFm.

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Mirei num pato, derrubei o outro. Mas devo encontrar o primeiro pato-alvo, o que ainda não caiu, para um chopp no Rio quinta-feira.

E o pato que quedou-se... Ah, que delícia ser cortejada, que delícia ver o cara dando nó em pingo d'água para ser apresentado a você...

Felpudinho

Primeiro: Eu te amo. Mas não é pouco, não é casual Eu te amo como amo as próprias oportunidades da vida.

Segundo: Se eu não puder ir ao Rio, e acho que vai ser inviável mesmo, vou morrer a cada dia um pouco se você não vier a Salvador. Dê seu jeito.

Mas te amo, Felpudinho, te amo demais, e ardo de saudade dia após dia. Penso em você vendo o Brad Pitt (ai, confesso! Acho vocês dois parecidíssimos!!), penso em você a cada bom filme que assisto, a cada lembrança do Athos que temos, a cada cheiro seu que paira pelo ar. E creia, meu doce amor, seu perfume tem frequentado cada dia mais as narinas dos incautos (eu, eu, eu!!!).

Você é o meu amor. O nosso amigo querido. Mandando ou não nesta porra de navio. Dos outros, pouco sei. Pra mim, o amor achado-perdido, parte da minha vida. Amor que não se esquece, amor que não se pede, amor que não se mede.

quinta-feira, outubro 25, 2007

México, Flórida, agora, agorinha

Felpudinho, é você????????????

Gazeteira Kamikaze

Registre-se: ao invés de trabalhar, vou sentar meu traseiro côncavo na cama da mamãe e assistir aos doís últimos episódios de Heroes.

Diz sabe-Deus-quem que no final tudo dá certo. Mesmo que eu tenha que varar noites e dias redigindo um material pelo qual perdi todo o tesão.

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Coisas que me irritam

1) Como isso "funfa"?
FUNFA O CARALHO! Por que as pessoas inventam palavras engraçadinhas para palavras simples, como FUNCIONA?

2) Ah, vou na "nutri" pegar dieta.
NUTRI O CARALHO! Custa exercitar aquele terceiro neurônio subutilizado, e dizer NUTRICIONISTA? Na msma categoria, gineco para ginecologista, psi para psicóloga (sim, meus olhos já viram isso e minhas retinas quase fritaram na órbita), Mac para McDonalds (essa me deixa aos engulhos), miga para amiga (eeeew, que nojo!). Ad infinitum. Ad nauseum.

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Eu ainda tusso, não espirro mais, sinto gosto de algumas coisas, uso a bombinha de asma uma ou duas vezes ao dia.

Para felicidade de poucos, e tristeza da geral, não é desta vez que eu bato as botas.

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Vai ter que acontecer alguma coisa absolutamente sensacional para melhorar meu humor.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Bad Stomach Day

O dia não está bacana para minha alimentação. Dumping foderoso no café da manhã, uma master entalada no início do almoço... Juro, não queria ser meu estômago hoje.

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Mesmo morando com a janela de costas pro mar, ouço o longo apito dos navios entrando na baía. é dos sons que eu mais gosto, sem sombra de dúvida.

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Perdeu, perdeu, perdeu!

Minha filha aprendeu a usar o mouse. Perdi, preiboi.

Gentileza auditiva

Alguém por favor me indica/consegue/empresta/dá um CD tão bom quanto Back to Black da Amy Winehouse ou Bogary, da Cascadura?

Eu não ouço mais nada além disso há semanas!

o.O

Mentira. Indiretamente tenho acompanhado o sofrimento de um vizinho, que deve ter tomado um chute na bunda, e ouve fados o dia IN-TEI-RO.

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Depois de um dumping federal, estou com o trabalho do demo empacado, com um sono anormal (Hã? Anormal sob qual parâmetro?).

Estou tomando coragem para subir as fotos do trabalho na Praia do Forte e Sauípe para o Multiply, mas o dia está tão sem paciência de ser dia...

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13:22

E ainda estou por aqui...

terça-feira, outubro 23, 2007

Futilidade pública

Vou descascar nas costas. Área afetada pelo sol: 11 centímetros abaixo do pescoço. Só. Fora isso, tudo bem branquelo, como convém.

Vai, cretina, trabalhar embaixo do sol com uma camiseta de decote alto nas costas, vai.

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Eu tenho tido quase certea de que o Caboclo da Semana lê esta porra. E tenho tido quase certeza de que sim, pensamos as mesmas coisas sobre os mesmos assuntos, temos as mesmas reações em determinadas situações, temos um vocabulário parecidíssimo — e quem me conhece sabe do meu vasto, modesto, e bem cultivado cabedal vocabular.

Mas é passado, caro. Por mais que eu venha escrevendo para você, a distância, seja ela física, temporal, de ocasião, whatever, a distância nos mata. Poderíamos ter sido o amor da vida um do outro. De uma certa forma, nos amamos um pouquinho, né?

Foi tarde demais, ou cedo demais, ou o que nos amamos bastou. Perdemo-nos antes de realmente começar, e quase consigo traçar com os olhos as linhas formadas pelas nossas paralelas se encontrando no infinito — e voltando a se afastar.

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Deu no Omelete

Anote aí, portanto: Planeta Terror estréia em 2 de novembro e À Prova de Morte chega em 31 de março de 2008.


Só esclarecendo, trata-se Grindhouse, cuja trilha sonora completa já roda no meu player há meses, cujo site já degusto, filmes que espero desde que a imagem ganhou movimento. De quem? Robert Rodriguez e Quentin Tarantino.

segunda-feira, outubro 22, 2007

The Surreal Life

Num passado não muito remoto, eu disse que o Caboclo da Semana tinha um nome que me era muito querido, e que poucos conheci com a mesma graça. Pois bem.

Há dias venho desconfiada de que ele chegou no meu blog pelo orkut. Numa conversa que tivemos, ele fez uma citação quase literal de um comentário meu aqui. Das duas uma: ou somos tão conectados que pensamos a mesma coisa sobre o mesmo assunto, ou o safado lê mesmo e acabou. Além disso eu vi o mesmo IP diversas vezes, vindo sempre do meu perfil do orkut, algumas vezes por dias, em horários em que ele provavelmente estava conectado.

Pois bem de novo. Estou eu na paz do Altíssimo, quando resolvo ver se já foi atualizada a lista de visitantes do dia anterior. Primeiro nome: Caboclo + Sobrenome. Senhor de Misericórdia, se eu fosse cardíaca, tinha embarcado para a Terra do Pé Junto com passagem só de ida.

Por que esse frisson? Porque deletei o Caboclo da Semana por incompatibilidade de agendas. Porque não dava para manter a história como estava. Ah, mas esse interesse dele mudava tudo. Cheia de frio na barriga, cliquei em cima do nome do vivente, pra me deparar com aquele sorriso lindo dele brilhando pra mim.

Se isso fosse um filme, abriria uma foto dele, e a descrição do perfil seria uma declaração de amor linda e apaixonada para mim. Mas isso aqui é real life. Abri o link, e a foto do perfil não guardava nenhuma semelhança com o playmate de outubro. Só eram iguais o nome, o sobrenome e a profissão. Que tipo de mente perversa governa as coincidências, gente?

Isso me criou mais dois problemas, além da frustração: 1) quem é o Caboclo que baixa aqui algumas vezs por dia vindo do meu orkut? e 2) Ele realmente pensa a mesma coisa que eu, com o mesmo texto, sobre o mesmo assunto???

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Não, caríssimo, a gripe não melhorou. Fui me arrastando para a aula do Professor Colimério (alguém lembra do Colimério, o urso que rouba mel nos desenhos do Pato Donald?), isso depois de um dia em que tossi mais que tudo, espirrei um monte, o nariz não deu trégua, o corpo doeu. Continuo falando como se tivesse um pregador de roupas no nariz.

domingo, outubro 21, 2007

Viva

Voltei viva. Irritada, mas viva.

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Eu sou uma pessoa muito melhor quando estou apaixonada.

Claro que não fui!

E percebi que não ia quando me vi com meu vestido de Smurfete (não façam uma imagem mental. É horrível!), besuntada até a alma de Vick Vaporub, esperando a dor de garganta diminuir e o nariz desentupir.

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Festa no prédio vizinho com bandinha ao vivo. Umas músicas soooo last season...

Claro que rolou Ciúmes (ok, ok, é um sinal), do Ultraje, COM-PLE-TA-ME-TE fora do tempo.

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Minha alma esteve lá no World Bar para ver o Cascadura.

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Sim, estou com a bombinha de asma à mão.

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Tinha até uma garrafa de caipiroska de frutas vermelhas dentro do congelador. Depois de algumas idéias em relação a ela, coloquei dois dedos de água no copo e mandei uma vitamina C pra dentro.

Com esses dias gloriosos que estão chegando, não vou desperdiçar minha preciosa Smirnoff num dia de Ultimate Gripe.

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Estou-me sentindo MUITO mal, e tenho que arranjar forças para me arrumar, e à Lourinha, e levá-la à festa de aniversário do primo.

sábado, outubro 20, 2007

Dando pinta

Se tudo der muito certo, às dez e alguma coisa da noite estarei espirrando e tossindo no show da Cascadura no World Bar.

o.O

A gripe piorou horrores...

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Moço poliidiomático!

sexta-feira, outubro 19, 2007

Sexta-feira

E eu já enchi a cara. Enchi a cara de vitamina C concentrada, vou tomar um porre de antitérmico, e depois dessa farra, fazer o que todo mundo faz depois de uma noite de sexta-feira atribulada: cair na cama.

O.o

Chumbadíssima de gripe, e acho que o segundo dia de pesquisa de locação no Litoral Norte não contribuiu pra minha melhora. Estou com as mais horrendas marcas de queimadura os ombros, com bronzeado de produção (mas desta vez sem mochila), quase o epitáfio que compus para escreverem na minha urna pós-cremação: Daniela, torrada e moída na hora.

Andei mais que caixeiro-viajante. Andei em areia fofa, trilha ligando o nada ao lugar nenhum, arrecifes de corais (e cortei o pé), mato de espinhos. Se eu enumerar os tipos de piso que palmilhei, juro, você chora.

Mas estou em movimento, estou trabalhando, e isso é o que basta. Ardor da pele passa, bronzeado de camiseta e short saem, gripe dura uma semana.

O.o

Na verdade não estou com um trabalho: estou com dois em andamento, e um terceiro no planejamento.

Les jours avec et les jours sans...


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Dois gramas de vitamina C matam? Se não, vou cair pra dentro de mais um.

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Um telefonema meio esquisito, um oitudobomsaudade tão... tão... pro forma... Sério, P. (opaaaa, tá começando a dar dica?), você nunca me viu em produção. Enquanto durar a loucura, vou realmente estar fisicamente longe. E gripe, matiamou*, se derruba qualquer torcedor do Bahia na cama, que dirá a mim, pobre atleticana desenxabida.

o.O

Ele não lê o blog, nem sabe que existe, e nem saberá.

Eu acho.

O.o

*Matiamou

Moço, eu te desafio: qual o idioma, e o que significa?

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Beijo, hein? Beijoboanoite!

quinta-feira, outubro 18, 2007

19 caminhando para 20

Eu não merecia um dia de quase vinte horas.

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Se não fossem as quinze horas de trabalho, chegar MUITO atrasada na aula do professor-gato, ainda recebo uma ligação no meio da aula.

Minha melhor ex-sogra está partindo. Saí para encontrar o que um dia foi meu namorado, e hoje é um amigo queridíssimo — sem revivals —, no bar que nos atende há mais de 18 anos.

Neste turbilhão, soube que o fato concreto não-confirmado de ontem NUNCA aconteceu, e não sei o que me deixou mais triste: saber que me aborreci à toa, ou saber que os cacos não se juntaram magicamente para reconstituir aquele relacionamento equilibrado.

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Estou ardida de sol, baqueadíssima de gripe, com dor de garganta e o escambau, cansada, emocionalmente abalada por todos os lados, e ainda assim acho que amanhã vai ser um dia do caralho.

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Moço,

Se não fosse você, meu dia tinha sido uma ruína. Por isso eu vou relevar sua ironia finíssima, e neste embalo, confesso:

Você me fez gargalhar com o seu comment.

Obrigada, obrigada mesmo. Por tudo.

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Ainda para o Moço

Eu vinha matutando no banho uma maneira de contar uma impropriedade minha — alguma coisa a respeito da minha FUCKING life. A única solução que vi foi escrever em inglês e mandar pra você traduzido para o norueguês.

Mas você já usou o tradutor de inglês-norueguês do altavista? Nem eu, porque NÃO EXISTE!

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Amanhã só saio pra fotografar com a bombinha de asma na bolsa.

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Caymmi, o Danilo

E o que vai sobrar
Do amor que eu guardei pra te dar?

quarta-feira, outubro 17, 2007

Mata-borrão de maluco

Se eu tiver que definir o dia numa palavra, é esta: ESTRANHO.

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Vinha eu me despindo de uma fantasia que estava aos trapos — suja, rasgada, e que eu insistia em ver como resplandecente —, e a cada passo caia um pedaço da veste. Não foi um dia fácil, não foi mesmo. Ouvi mal e mal o que foi dito pelo professor-gato, e era deste ouvir mal que eu voltava caminhando. Eu e minha trilha sonora portátil, que faz com que minha vida pareça um seriado da Sony e se torne um pouco mais palatável.

Pois é... vinha eu me despindo desse sentimento ruim que eu estava, ranço de um fato concreto não-comprovado, quando fui abordada por um homem todo de branco. Não, não é história de fantasma, esqueça. É história de gente. Gente estranha, vamos lá, mas gente viva.

Bem apessoado, uns livros embaixo do braço, perguntou, rindo, se eu tinha me assustado com ele. Ele? Ele quem? Eu estava tão imersa dentro do meu poço feio e escuro que nem percebi que tinha gente do lado de fora.

Daí ele engatou uma conversa meio desconexa — e ainda assim inteligente — sobre o quanto havia aprendido nas duas faculdades e meia, nos vinte anos de psicanálise que estudou (e veio tentar me explicar a diferença entre Freud e Jung. Saiu com um quente e duas explicações minhas.). Disse que era culto mas modestíssimo, falou das mazelas com o pai e com a mãe, do seu disturbio sexual (nesse ponto eu dei um pulinho pra mais longe dele).

Isso levou, no máximo, dez minutos. Ele me mostrou onde morava, e continuou andando do meu lado e falando. Perto da minha casa, mas não perto o suficiente para ele identificar, parei e lancei a saída pela direita:

— Eu continuo daqui. Você fica por aqui ou continua também?

Ele me disse que era uma esquiva, mas que como ele era mais mulher que eu, porque tinha estudado psicanálise(???), entendia e se punha contra mim. Aí falou um bocado sobre Maria Madalena (desliguei meu áudio nessa hora), me tocou no braço e disse:

— Olha, eu sei que você está tendo uma desilusão porque sua aura mostra isso. E é desilusão sentimental. Você tem que se refazer, eu entendo o que você está sentindo.

OK, maluquete, you got a point. E aí, eu resolvo como?

Em qualquer filme ou livro que se preze, o cara ia me olhar com olhos esgazeados, e dizer:

— Você vai ter a resposta quando passarem sete sóis mais cinco estrelas. Não antes. Seu namorado, esse da cicatriz no queixo, o barrigudinho torcedor do Bahia, está confuso porque você coloca em risco suas convicções mais íntimas, mas ele venera o chão por onde você caminha. E daí que vocês não têm tido muito contato? O que importa é o A-mor — e ainda enfatizaria a divisão silábica.

Mas a verdade é que o doido exaltou mais um pouco sua sensibilidade, pediu um abraço (cheiroso, ele), bateu palmas e vôou.

Desci a ladeira da minha casa sem nenhum vestígio da ira que se abateu sobre mim na caminhada. Não tinha espaço. Estava tão perturbada com a falta de respostas que aterrisei em casa exposta como se tivesse feito a mãe das exfoliações.

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Alguma coisa vinha rachada desde... desde sabe-Deus-quando. Ontem quebrou.

Hoje não foi um dia típico de quem está apaixonada. Não sei se ainda estou, e não sei se o que sobrou inteiro sustenta o meu lado da relação. Estou imaginando o que será da sexta-feira.

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Nunca vou à Praia do Forte e Imbassahy para voltar sem alguma GRANDE coisa boa acontecendo. Vou fazer a fotossíntese amanhã, dar um rosa nessa pele macilenta, e só então decidir o que fazer da vida.

terça-feira, outubro 16, 2007

"Eu passo recibo, eu faço cenas de amor..."

Dei um chiliquinho de ciúmes hoje. Bem inho mesmo, tão inho que ele não percebeu. Ou se fez de besta, percebeu e não deu moral.

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Eu não fui talhada para relacionamentos com doses altas de emoções. Eu quero é uma casinha de fazenda, móveis que estiveram lá antes da Vovó Noca e lá continuarão quando ao pó eu retornar, estabilidade e nenhuma biscate por perto para eu dar um piti de ciúmes.

Como isso não existe, vou é ficar solteira, mesmo, e dedicar minha vida à caridade.

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Alguém me ouviu falar em Praia do Forte quinta-feira? Trabalhar com as belas pernas de fora, num short? Voltar bronzeada?

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Dor de garganta.

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Senso de humor

A última música da noite, que veio pelo modo randômico, é... É, Ciúmes, do Ultraje, mesmo.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Segunda-feira

Bons dias. Você sabe que sua semana vai ser too much better quando, ao passear pelos sites de fofoca que abrem seu dia de trabalho, você lê uma entrevista da Preta Gil e muda sua opinião sobre ela. Para melhor.

O.o

A better place, a better time

E quando você recebe um briefing matador que praticamente resolve todo o seu trabalho. E quando você toma capuccino e não passa mal passa mal, e não está nem aí. E quando sua filha ouve seu skacore favorito e sai dançando, dizendo que "adola" essa música.

domingo, outubro 14, 2007

Player deprimido

Mais do que eu, quem tem estado de espírito é meu player. No modo random, Ney Matogrosso e Marina já disseram que eu já fiz os meus castelos e sonhei ser salva do dragão, e que preciso de um homem pra chamar de meu. Ney Matogrosso voltou duas músicas depois para dizer que ontem teve um pesadelo, mas não chorou.

Os Smiths vieram sofrendo música após música, Pablo Milanês trouxe Mercedes Sosa pra reclamar que el tiempo pasa y nos vamos poniendo viejos. E nesse vibe "tô carente mas tô legal", chegou Whitesnake com seu Looking for love.

É alguma indireta?

o.O

Acho que o Windows Media Player tomou um fora da Paciência Spider...

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Meu mundo caiu

Robert Rodriguez e Rose McGowan ficaram noivos

Ainda não sei se ela é amputada mesmo. Se não for, eu me encarrego de arrancar as DUAS pernas.

O.o

Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua

Volta, Robert, volta!

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Chuif

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Finalmente um briefing decente! Agora dá pra trabalhar direito!

sexta-feira, outubro 12, 2007

11 e meia da noite, e a bonita aqui resolveu ir para a cozinha e criar do nada um macarrão com molho de salsicha, ervilhas frescas e alecrim. Sério, Daniela?

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Ninguém mais reduziria o meu amor da temporada a "barrigudinho torcedor do Bahia", e me faria rir tão gostoso. Só ele, que aliás está em cartaz com um espetáculo que já nasceu sensacional.

João Figuer no elenco, Fernanda Paquelet dirige. Ele... ele é uma poesia que caminha e sorri, de uma sensibilidade ímpar. Ela é uma tremenda cabeça pensante, executante, e de uma doçura tão grande. Nossas filhas são colegas de sala na escola, nos encontramos algumas vezes nas festas, e ela não sabe o quanto a acho divina.



o.O

A Lourinha já viu o espetáculo (durante a semana das crianças do colégio), e dele não pára de falar há dois dias. Até a toalha na cabeça para secar os cachinhos tão louros, até isso é motivo para ela evocar uma Chapeuzinho Vermelho — mesmo sendo verde a toalha, ela se acha a tal.

Mas vou eu, acompanhada da Pequena, num final de semana próximo. Ela vai ficar feliz demais em rever o Lobo.

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LastFm

Por favor, ignorem o fato de que hoje não ouvi nada mais que Man of the Hour, do Eddie Vedder.

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O Flautista de Hamelim

Levei a Lourinha para um lanche noturno com a família do pai. Voltamos tarde, caminhando, eu com a cabeça já imersa em todas as culpas e crises existenciais do mundo.

E foi assim, entre uma passada e outra no árido terreno dos questionamentos, que eu ouvi o violino. Tão lindo, procurei o rádio, o som do carro, o sabe-Deus-o-que de onde vinha a música.

O som vinha da Residência Universitária da UFBa. Juro, foi a coisa mais insólita do meu dia insólito. No escuro, porque a casa é muito mal iluminada por fora, o estudante tocava o violino, numa coreografia que parecia acompanhar a delicadeza de cada nota.

Paramos, a Loura e eu.

— Está ouvindo, minha filha?
— A música, mamãe, que música linda!


E ficamos as duas ali, paradas no meio da avenida 7 de Setembro, com as cabeças voltadas para o som das cordas como girassóis olhando para o sol. É idiota, mas isso me deu uma sacudida. Música clássica, de uma peça que eu conhecia — e não me peçam nomes —, ali, já tarde da noite, executada por estudante que se vestia como se Woodstock tivesse acabado duas horas antes.

Já bem melhor, e sabendo que o espetáculo ainda duraria mais uns cinco preciosos minutos, apanhei a mão da Lourinha e continuei o caminho. Para casa uma ova: fomos tomar um sorvete fora do programa, e curtir a companhia uma da outra.

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Ainda sobre ele

Ele tem um nome que sempre foi doce aos meus ouvidos. Sempre. Acho que foi o nome do meu primeiro namoradinho de infância, e depois disso, nunc mais conheci homem algum com esse nome. Até ele.

E agora, onde quer que eu vá, o que quer que eu veja ou faça, tem sempre um senhor com o mesmo nome açucarado do Ffulano.

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Aposentadoria NOW!!!

Profissão infeliz essa que escolhi, que faz com que eu tenha um dia miserável, e por motivos diversos, uma noite tão ruim quanto!

quarta-feira, outubro 10, 2007

Faltam cinco...

Para o visitante 35 mil.

o.O

Levando em conta que tenho o blog há cinco anos e 8 meses, 35 mil visitantes quer dizer PORRA NENHUMA. Mas cada caso individual é importante, viu, Leitor Amigo?

Mas e daí? Você, Leitor, já recebeu email meu convidando pra visitar? Não, né?

Então, meus trinta e cinco mil visitantes dos últimos anos, muito obrigada, e que venham mais trinta e cinco mil.


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Construção

Ele tem uma cicatriz no queixo, de uns quatro pontos. Deve ter sido um guri terrível, mas um terrível saudável. Não tem cara de rebelde sem causa.

Em falando em cicatriz, tem uma outra perto do cotovelo do braço direito, mas já está meia escondida pelos pêlos. Não deve falar inglês com fluência, mas teve uma excelente educação básica. Fala português com perfeição, exceção para os erros que o regionalismo o obriga a cometer. Um 'n' a mais, um 's' acolá, o que de jeito nenhum tira o brilho da retórica.

Torce para o Bahia, eu sempre soube, nunca houve dúvida. Sobre o futebol, vamos além: ele certamente aluga um campo toda semana para jogar com os amigos dos tempos do colégio.

Acredita em Deus, mas não tenho certeza de que acredita em carnaval. Se veste bem, é cheiroso, tem mãos lindas, adoro seu nariz.

Mas a melhor parte de todas, todas mesmo, não é aquela ligeira barriguinha de chopp, nem aquela altura absurda, nem aqueles ombros largos. Não é nada disso. O mais legal de tudo é que ELE ENTENDE AS MINHAS PIADINHAS. E o plus: ele ainda as complementa.

Alguém sabe o valor de um homem que entende piadinhas inteligentes?

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Adicta

Voltei provício do Streetlight Manifesto

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Big Fish

O Tim Burton me atordoa. A impresão que tenho é a de que ele faz as pazes com a infância a cada filme.

Não, não era disso que eu ia falar. Só ia dizer que o Tim Burton me atordoa, e o Eddie Vedder faz o mesmo. E que Vedder, nos créditos de Peixe Grande (que hoje só vi a última meia hora, mas que já assisti umas duas vezes), me detonou. Mesmo. Eu transbordei com a última gota de sabe-Deus-o-quê.

I need some help.

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Era disso que eu estava falando

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Autoflagelo

Acho qe só tomo chá pelando para me torturar.

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Li uns dois horóscopos e melhorei.

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Cadê a Lourinha que não chega?

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Daniela, v.a.i. t.r.a.b.a.l.h.a.r!

Procurada

Sabe aquela energia quase maníaca que eu vinha nas últimas duas, três semanas? Aquela que me fazia andar, escrever, trabalhar, sofrer, ter esperança, curtir? Aquela que me colocava em todos os lugares ao mesmo tempo?

Pois é... Se vocês virem essa energia por aí, mandem-na de volta, porque há uns dois dias eu dei uma broxada fenomenal nas coisas que tinha que fazer.

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Não tem nada a ver, ou tem, sei lá... Mas recebi um briefing do trabalho agora há pouco que juro, me deu muita vontade de chorar e desistir.

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Independentes Futebol Clube

Minha filha foi passar o dia na escola, cheia de atividades, teatro fora, banho de mangueira, almoço com os colegas... Pela primeira vez desde que ela nasceu, eu estive em casa e não precisei cuidar do almoço de ninguém.

Ainda não sei se isso é bom ou ruim.

Por outro lado, não dei uma bronca, não implorei para que ela comesse, não corri atrás a cada peça de roupa tirada ou colocada... E também não sei se isso é bom ou ruim.

Vou almoçar agora. Será que o papai deixa eu dar comida pra ele fazendo aviãozinho?

terça-feira, outubro 09, 2007

Tá piorando

Agora estou ardendo de vontade de comer biscoitos da sorte.

O.o

Antes que algum cretno pergunte, não, não estou grávida.

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Vai trabalhar, vagabunda!

Bom dia

Eu entrei com o endereço do blogger.com, entrei com login e senha , esperei carregar a página de "em qual blog você quer escrever?". Tem uns cinco...), cliquei no Shaggapress, esperei abrir...

E ESQUECI TUDO O QUE TINHA PRA ESCREVER.

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Bom, registre-se que eu daria um dedo mindinho por uns 15 dias de refeições completas no Takê. Ou no Shiro. Ou no Sushi Deli (que tem esse nome bizarro, mas deve ser o melhor uramaki califórnia desta cidade.). Ou em qualquer japa de boa família.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Felpudinho

Felpudinho passa pelo blog da amiga que ele não vê há tanto tempo e enche os olhos de lágrimas.

Amiga do Felpudinho, quando vê o recado (no post abaixo), assinado com a última brincadeira que fizeram quando juntos, também enche os olhos de lágrimas. Duas caem.

Felpudinho, eu te amo para cacete. E você sabe disso, não sabe?

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Tinha várias coisas para discorrer sobre, mas esse cara sempre me faz esquecer todo o resto... Nem digo "Volta logo, meu amor", porque a vida é tão boa onde ele está, que nem compensaria.

Mas a minha vida é MUITO melhor quando ele está perto... EU sou uma pessoa melhor com ele.

De volta

Quase quatro, a burra aqui encheu os pacovás de cafeína, está com a adrenalina a milhão, e sem sono.

Outro suspiro.

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É moda me acharem parecida com a Ana Carolina?

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Eu descobri porque só faço comercial de supermercado de 4 em 4 anos.

É o tempo que levo pra esquecer a tormenta que é...

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Trouxe arrebite natural e uma lata de Red Bull Diet. Segunda-feira, minha cara, você perdeu!

domingo, outubro 07, 2007

*Suspiro*

Saindo pra 18 horas de trabalho. Amanhã tenho meia tonelada de coisas para fazer.

Alguém sabe como vou chegar ao final da segunda-feira?

sexta-feira, outubro 05, 2007

Follow the cute white rabbit




Antes das sete eu já tinha me arrumado, arrumado a Lourinha e despachado, separado uma pilha de roupa suja (espalhada pelos quatro cantos da casa. Sabe como é, roupa de criança, de mãe desorganizada...), fumado um cigarro, colocado a roupa na máquina.

Antes do café da manhã já tinha fechado os olhos e acreditado em seis coisas impossíveis. Cortem as cabeças!, e bem antes das oito eu me vi acordada na aula, sem saber como tinha chegado lá, como saíria de lá, o que deveria fazer dali por diante, e a que horas era o chá. Passou o Coelho Branco — muito cheiroso e bonito, aliás, de calça de alfaiataria e camisa listrada —, me pareceu correto segui-lo, e asim o fiz. Era isso.

Corre pra casa, estuda, trabalha, responde email, telefonema, acerta mais trabalho, corre atrás da Lournha pro binômio almoço x colégio, e todas as implicações. Loura pra escola, estuda, estuda, trabalha, trabalha, trabalha, estuda mais, banho, jantar da Pequena, rua, aula, aula, aula.

E quando me dou conta do dia, atento para o pobre do professor-gato, tão cansado ou mais que eu, com o olhar meio esgazeado, e eu não sabia se aquele olhar cansado era dele ou meu.

Voltei flanando como Baudelaire (ou Baudrillard? Flanair era de quem?), pensando num convite para o Japa, puxada para casa pela força centrípeta, depois de tanto rodar dia afora.

— Vou ficar em casa!

Revoguei todas as disposições em contrário, mergulhei escadaria do prédio abaixo e tirei as lentes.

Game over.

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Um dos dez horóscopos que leio todo dia me disse hoje que eu deveria inisitir no mesmo par antes de partir para outro.

Xingo ou agradeço o conselho?

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Minha filha, obrigada por, de uma maneira muito indireta, ter-me reconduzido ao caminho do qual eu jamais deveria ter me afastado.

Ctrl+C, Ctrl+V

Lindinho, achei aqui, e vai por mim: depois de um dia como o meu, você fica com cara de tacho.

TUDO O QUE EU PRECISO SABER EU APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA

Robert Fulghum

Tudo o que eu preciso saber sobre a vida, o que fazer e como ser eu aprendi no Jardim de Infância.

A sabedoria não estava no topo da montanha de conhecimento que é a faculdade, mas sim, no alto do monte de areia do Jardim de Infância.

Essas são algumas coisas que eu aprendi: Dividir tudo. Ser justo. Não machucar ninguém. Colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas. Arrumar a própria bagunça. Nunca pegar o que não é seu. Pedir desculpas sempre que magoar alguém. Lavar as mãos antes das refeições. Dar descarga. Leite com bolachas fazem bem para a nossa saúde.

Viver uma vida balanceada: aprender um pouco, dançar um pouco, desenhar um pouco, pintar um pouco, cantar um pouco, dançar um pouco, brincar um pouco e trabalhar um pouco todos os dias.

Tirar uma soneca todas as tardes.

Quando sair na rua olhar: os carros, dar as mãos e ficar junto.

Lembra daquela sementinha de feijão no potinho de Danone? As raízes crescem para cima e ninguém sabe com certeza como ou por que, mas todos nós somos exatamente como ela.

Peixinhos, passarinhos, gatinhos e cachorrinhos e até mesmo a sementinha de feijão no potinho de Danone - todos morrem - assim como nós.

E então lembre-se dos livros de Chapeuzinho Vermelho e das primeiras palavras que você aprendeu. As maiores de todas: Mamãe e Papai.

Tudo o que você precisa saber está lá em algum lugar. Regras sobre a vida, o amor, saneamento básico, ecologia, política, igualdade e fraternidade. Pegue qualquer um desses termos e extrapole para sofisticadas palavras da linguagem adulta e então aplique em sua vida familiar, trabalho, governo ou mundo, e tudo continua firme e verdadeiro.

Pense como o mundo seria melhor se todos nós - o mundo inteiro tomássemos leite com bolachas as três horas da tarde, todas as tardes e depois, deitássemos com nossos travesseiros no sofá da sala para uma soneca.

Ou então, se todos os governos tivessem como política básica sempre colocar as coisas de volta no lugar de onde foram tiradas e também sempre arrumar suas próprias bagunças.

E continua verdade, não importa sua idade, quando sair para o mundo dê as mãos e fique junto.

Tão longe, tão perto

Eu achei isso aqui no perfil de orkut de um cara que conheci há muitos e muitos anos profissionalmente, e muito rápido, diga-se de passagem. Não tão rápido que não desse tempo dele me esculhambar por ter declarado alguma simpatia (EXTINTA) pelo Cruzeiro.

— Time de patricinha, mesmo!

Como adoro o filme de onde foi extraído (Far away, so close, do Win Wenders), e adorei o texto, copiei, repontuei e postei.

Vocês, a quem amamos tanto, não nos ouvem, nao nos vêem, nos imaginam tão longe. No entanto, estamos tão perto... Não somos a mensagem: somos os mensageiros que aproximam os que estão longe. A mensagem é o amor. Nós não somos nada. Voces são tudo para nós.

Deixem-nos morar em seus olhos para que vejam o mundo por meio de nós. Recuperem, por meio de nós, aquele olhar terno de volta. Então, estaremos perto de vocês... e vocês, perto Dele.


O.o

BTW, Sette, acabei atleticana, de lembrar de lances e acompanhar campeonatos.

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Ciro Lobo

Peguei a Época, uma foto linda em P&B na capa, li a manchete:

"O amigo problema do Chico"

Olhei a foto de novo, o Edu Lobo. Sofri.

"Ah, mas eu nunca soube que o Edu Lobo era problema, gente, olha como fã se engana! Gosto tanto dele...problema por que, meu Deus?"

Aí reli a manchete em busca do subtítulo:

"O amigo problema de Ciro"

E o Edu Lobo era o Ciro Gomes.

Juro, eu tenho Medo* de mim mesma.

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Últimos suspiros pré-aposentadoria

Então saiu a ordem do dia de domingo.

Início: 13:30
Fim (Previsão): 5:00 da manhã DA SEGUNDA

Eu bem que andava sentindo falta de um estirão desses...

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Chove bagarai (e eu fico mais feliz ainda)

Atenção passageiros da Arca de Noé. Embarque portão 6. Última chamada.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Filtro Solar o c*ralho!

Se eu pudesse deixar um conselho, só um, para as gerações futuras, eu não diria:

Preocupe-se menos e divirta-se mais
Ame mais e brigue menos
Veja o pôr-do-sol
Blá
Blá
Blá

Eu diria, pras gerações futuras,

NÃO TOME A PORRA DA VITAMNA B12 INJETÁVEL
que a sua pele vai ficar uma porcaria!

Minha cara está parecendo um ralador de coco.

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Todo sentimento
Chico

Prefiro então partir a tempo de poder
A gente se desvenciliar da gente
Depois de te perder, te encontro com certeza
Talvez no tempo da delicadeza
Onde não diremos nada, nada aconteceu
Apenas seguirei como encantado ao lado teu

Ou "as voltas que o mundo dá".

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Tão Danielinha Paz e Amor...

*Update*



God tem um plano louquíssimo pra mim. Depois desse sonho louco, acabei de descobrir que o amor do ínicio da minha vida adulta casou. E não foi comigo, mesmo.

Eu queria dizer que estou assumindo a minha missão religiosa a partir de hoje, enclausurada no Convento de Santa Clara, ensinando informática para as freirinhas licoreiras. Têm que ser esses os panos divinos pra mim.

Porque vamos combinar, né: Ô MÃOZINHA PODRE PRA HOMEM, VIU?

Are You Pondering What I'm Pondering?



— Narf!

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After all...

Só eu estou sentindo MUITO frio? Emocional? QUEM FOI QUE DISSE EMOCIONAL?

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Render-se nunca; retroceder, JAMAIS!

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Eu ganhei um desses no sábado, e por algum motivo — por mim desconhecido até ontem — não o comi. Hoje, quando consegui organizar o pensamento, a primeira coisa que lembrei foi dele (do chocolate!!).

Pronto! Confort food amarga que nem um pecado.

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O consolo: sem noites sem dormir de novo, pelo menos até o próximo relacionamento esquisito que eu arranjar. Tirei o atraso todo hoje de manhã: dormi um monte!

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Ah, mas vamos lá: eu sou a desolada mais animadinha que você já viu, né?

quarta-feira, outubro 03, 2007

Rotimeiou duzinfernu

Meu email do Superig está migrando para a administração Gmail. Logo, ficará instável por dois dias inteiros (considerando que é o meu email profissional, serão dias divertidíssimos).

O email do Bol volta e meia trava.

O email do Gmail ninguém tem, eu pouco uso.

Sobrou o email do Hotmail. Sobrou? Pois o dondoco resolveu sabotar TODOS os emails que mandei por ele hoje. Nenhum email que mandei até às 19:00 chegou a lugar algum. Inclusive porque mando todos com cópia oculta para mim mesma, e não recebi nenhum. Mandei emails urgentes, outros nem tanto, e além de não chegarem, alguns voltaram.

Agora tenho que reenviar os que ainda precisam ser reenviados (porque é óbvio que algumas coisas eu tive que resolver pelo arcaico telefone, diante da urgência). Portanto, pessoas queridas, caso tenham recebido uma enxurrada de emails meus, peço desculpas e um tantinho de compreensão. Não sou essa louca obsessiva que aparentei ser.

A menos que... bom, ouvir a mesma música horas a fio conta?

O.o

*suspiro*

Sim, continuo ouvindo a mesma 12 de outubro da Cascadura...

o.O

Eu já terminei um namoro num show da Cascadura. Ainda era Dr. Cascadura. Eu sofri horrores, mas a culpa foi TODA minha. Embora sejamos amigos até hoje, acho que ele nunca me perdoou.

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Taxa de aproveitamento do tempo - para o dia 03 de outubro: 0%

Amanhã eu compenso.

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Antes das dez, e já estou sem as lentes de contato. Acho que a dor de cabeça virá menor hoje.

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Ando curiosa, sem o menor pendão sentimental, ressalto, sobre um certo baterista que conheci há alguns anos. Hora do fake do orkut funcionar.

Vou ali e volto.

Eu amo Toy Dolls!

Clica aí e vê se eu não estou certa!

toy dolls - the fi...


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Alguém percebeu que minha cabeça hoje só se concentrou em coisinhas que não edificam? Trabalhar e estdar? Pra quê?

Lady Insônia

A útima vez que eu tive coragem de olhar o relógio eram 3:40. Depois disso, ainda rolei muito na cama antes de dormir. A cabeça há muito não funcionava tão acelerada. A culpa é do balde de café.

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Estou fazendo uma limpa nos meus backups, e encontrei isso. Dez/05, qando saí da Vivo e fui pra Oi.

Foram dois anos de relacionamento intenso. Passei mais tempo com ele do que com qualquer outra pessoa, incluindo namorados, família, colegas de trabalho e cachorros. Não fosse ele, muita coisa da minha vida não teria sido resolvida. Comecei e terminei relacionamentos profissionais, afetivos e amistosos. Muito dinheiro circulou por causa dele; muito chorei, muito gargalhei, muito sobre a natureza humana eu soube. Ele dormia embaixo do meu travesseiro, mas no final, quando a energia já não lhe chegava, dormia perto do fogão, quentinho na cozinha.

O amor não acabou, mas a vida sim. Só o que nos separou foi o seu passamento para o céu dos celulares. Meu aparelhinho querido, meu BD 4000, morreu. Fico tranquila em dizer que seus últimos minutos foram em casa, entre os seus, comigo segurando a sua mão, digo, sua antena. Ele agora repousa na gaveta da sala, enquanto seu espírito é recebido pelos espíritos dos celulares passados, e vai ter um digno enterro no mar, com honras de aparelho de grande utilidade.

Bom, como o finado celular era o guardião dos meus segredos, ele foi-se levando todos os números de amigos. Por favor, dê um reply nessa mensagem e me reenvie seus números.


O.o

Eu adoro algumas coias que eu escrevia.

terça-feira, outubro 02, 2007

Compasso de Espera

Estou me sentindo estranhíssima, contida, sem querer acreditar direito — e acreditando mais do que acreditei em qualquer verdade dos últimos tempos. Só deixo as coisas caminharem, evoluírem, meio sem jeito ainda, tímida — Hey, Fiel Leitor, você sabia que eu sou tímida? — e trocando os pés pelas mãos.

Abandonei todas as outras possibilidades por ora, para me dedicar somente a essa questão. E estou perdida*. Ainda não me rendi por completo. Tenho esperança de que a primeira coisa em que eu pense amanhã não seja nisso*. *

Tenho esperança certeza de que esse jogo está equilibrado. Acho que pela primeira vez eu não quero vencer. Quero um justo empate.

o.O

O post foi ligeiramente alterado por conta das circunstâncias — e um novo visitante.

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Será que só eu sinto uma eletricidade diferente no ar quando tem tempestade?

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Dor de garganta. 5o. dia consecutivo.

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Eu caminho quase toda noite sozinha, reordenando a cabeça. Não caminho sem música, o que confere uma certa dramaticidade ao processo de desintoxicação noturno, pós nove e meia. Sempre tem uma trilha sonora adequada, alguma música que combine com o meu estado de espírito.

E hoje, com o chão molhado refletindo o vermelho que vinha dos postes, a minha triha foi "12 de outbro", do mesmo Cascadura que ouvi o dia inteiro — e player no post abaixo. No modo randõmico, o que é realmente a gracinha de tudo.

E eu fui mais feliz do que já tenho sido...

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Ainda lembro das suas mãos...

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Sim, eu ando na rua cantando, balançado a cabeça, sorrindo, sorrindo, sorrindo.

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Era hora de estar

1) Editando material dos outros?
2) Atormentando o professor-gato por email para tirar uma dúvida?
3) Deitada na cama quentinha, com Scarlett O'Hara e Rhett Butler?
4) No Japa, depois de dois drinquinhos, comendo nirá, uramaki e sendo muito feliz?
5) T.R.A.

Porque não vou ver Tropa de Elite pirateado

Bom, se você é um newbie neste blog, vamos ao guia rápido de consulta. Apesar de ter largado a faculdadade de Jornalismo no último ano, colhi frutos sensacionais com o amplo leque que o curso abriu. Um deles é o maravilhoso mundo do audiovisual (do qual espero me aposentar em breve).

Sou produtora de tv e cinema, diretora eventual (e apaixonada), roteirista com algum talento. Como não há vida lá fora, minha existência social flutua entre o rock and roll baiano e o cinema. Se não sou eu que estou fazendo o filme, é algum amigo muito próximo. E quem não está dentro não tem a MENOR idéia do quanto é difícil ser realizador de cinema.

Clichês, meus caros 10 leitores, clichês baratíssimos, mas verdadeiros. É difícil fazer cinema. OK, Tropa de Elite foi caro à beça. E daí? Eu MORRO de inveja (do bem, vamos lá) de quem consegue 10 milhões para fazer um filme. Eu cansei de trabalhar com esses editais de 100 mil dinheiros para uma obra em película (caríssima).

Eu pirate!o filmes para mim mesma. Mais da metade das coisas que assisti na última temporada foi baixado, gravado em DVDRW, assistido e apagado. Mesmo porque os filmes que eu realmente quero assistir dificilmente chegam ao circuito da Soterópolis. Mas com essa vergonha do roubo do Tropa de Elite eu não compactuo. Logo, vou reservar uma deliciosa tarde de segnda-feira, calçar os tênis e o jeans, e encarar uma sessão de cinema. É difícil fazer cinema, quem faz merece receber seus lucros, sim, e pretendo contribuir com a minha parte do quinhão.

Se o ingresso é caro, se os aborrecentes petelhos vão pra atormentar a vida das pessoas com seus gritos tribais, se a pipoca é salgada demais (odeio pipoca)... Isso tudo é discussão para um outro dia, se discussão houver.

o.O

E o mesmo se dá com cds de bandas de amigos, ou de amigos dos amigos. Não pirateio. Vide Bogary.

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Acordei com a Lourinha abraçada nas minhas costas. Ainda no torpor do sono, senti aqueles bracinhos quentinhos, suspirei e preparei para mais meia hora de sono complementar. Aí caiu a ficha.

— H., como foi que você saiu da cama?
— Olha pra trás!

Olhei. Ela tinha ARRANCADO duas ripas de madeira das grades do berço para fugir. That's my girl...

O.o

Encontro mamãe o caminho para banheiro.

— Tá rindo de quê?
— Sua neta serrou as grades do berço e fugiu...

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Pra vocês entenderem do que é que eu tanto falo...

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Não ouvi mais nada a manhã inteira. Só essas duas. Meu LastFm vai bombar só de Cascadura...

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Aí, que agonia para viajar logo, chegar no Rio, deixar as malas na casa da Vovó e descer para um chopp gelado no bar que atende a família há mais de 40 anos.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Da série "A falta que meu diploma faz"

Na Globo News, pela manhã:

— Faz tempo que vc pratica spinning?
— Faz cinco anos
— AAAH...


Gente, ela é JOR-NA-LIS-TA! Em que escolinha Do-Ré-Mi de Jornalismo essa infeliz aprendeu que essa gemidinha incentiva o entrevistado a continuar o depoimento?

Mudei na hora para o GNT, e surpresa: Diogo Mainardi e Manhatann Collection.

Diogo, te amo!

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Eu não sei fazer uma coisa de cada vez. Não consigo estudar sem outra coisa com que dividir a atenção. Na única vez em que assisti aula sem fazer minhas anotações durante todo o tempo, fiquei estalando os dedos (bom, não posso estalar os anulares de ambas as mãos, nem o indicador e o polegar da mão direita. Sim, quebrei os dois primeiros, trinquei os dois últimos) e rodando a lapiseira. E só não coloco o iPod no ouvido durante as explicações porque vai parecer que mamãe falhou na minha educação.

Calha que eu estudo ouvindo músca grega (cortesia do Moço), estudo ouvindo todos os jornais da Globo News e GNT (fiz uma gambiarra da TV por assinatura para criar um ponto extra na minha máquina), blogando, e frustrada porque tentei ver o promo da nova temporada de CSI e não consegui, porque os áudios misturavam demais.

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Na boa, Bogary, do Cascadura, é o melhor CD que já me caiu nas mãos nos últimos dois anos.