quarta-feira, outubro 03, 2007

Lady Insônia

A útima vez que eu tive coragem de olhar o relógio eram 3:40. Depois disso, ainda rolei muito na cama antes de dormir. A cabeça há muito não funcionava tão acelerada. A culpa é do balde de café.

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Estou fazendo uma limpa nos meus backups, e encontrei isso. Dez/05, qando saí da Vivo e fui pra Oi.

Foram dois anos de relacionamento intenso. Passei mais tempo com ele do que com qualquer outra pessoa, incluindo namorados, família, colegas de trabalho e cachorros. Não fosse ele, muita coisa da minha vida não teria sido resolvida. Comecei e terminei relacionamentos profissionais, afetivos e amistosos. Muito dinheiro circulou por causa dele; muito chorei, muito gargalhei, muito sobre a natureza humana eu soube. Ele dormia embaixo do meu travesseiro, mas no final, quando a energia já não lhe chegava, dormia perto do fogão, quentinho na cozinha.

O amor não acabou, mas a vida sim. Só o que nos separou foi o seu passamento para o céu dos celulares. Meu aparelhinho querido, meu BD 4000, morreu. Fico tranquila em dizer que seus últimos minutos foram em casa, entre os seus, comigo segurando a sua mão, digo, sua antena. Ele agora repousa na gaveta da sala, enquanto seu espírito é recebido pelos espíritos dos celulares passados, e vai ter um digno enterro no mar, com honras de aparelho de grande utilidade.

Bom, como o finado celular era o guardião dos meus segredos, ele foi-se levando todos os números de amigos. Por favor, dê um reply nessa mensagem e me reenvie seus números.


O.o

Eu adoro algumas coias que eu escrevia.

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