sexta-feira, outubro 12, 2007

11 e meia da noite, e a bonita aqui resolveu ir para a cozinha e criar do nada um macarrão com molho de salsicha, ervilhas frescas e alecrim. Sério, Daniela?

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Ninguém mais reduziria o meu amor da temporada a "barrigudinho torcedor do Bahia", e me faria rir tão gostoso. Só ele, que aliás está em cartaz com um espetáculo que já nasceu sensacional.

João Figuer no elenco, Fernanda Paquelet dirige. Ele... ele é uma poesia que caminha e sorri, de uma sensibilidade ímpar. Ela é uma tremenda cabeça pensante, executante, e de uma doçura tão grande. Nossas filhas são colegas de sala na escola, nos encontramos algumas vezes nas festas, e ela não sabe o quanto a acho divina.



o.O

A Lourinha já viu o espetáculo (durante a semana das crianças do colégio), e dele não pára de falar há dois dias. Até a toalha na cabeça para secar os cachinhos tão louros, até isso é motivo para ela evocar uma Chapeuzinho Vermelho — mesmo sendo verde a toalha, ela se acha a tal.

Mas vou eu, acompanhada da Pequena, num final de semana próximo. Ela vai ficar feliz demais em rever o Lobo.

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LastFm

Por favor, ignorem o fato de que hoje não ouvi nada mais que Man of the Hour, do Eddie Vedder.

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O Flautista de Hamelim

Levei a Lourinha para um lanche noturno com a família do pai. Voltamos tarde, caminhando, eu com a cabeça já imersa em todas as culpas e crises existenciais do mundo.

E foi assim, entre uma passada e outra no árido terreno dos questionamentos, que eu ouvi o violino. Tão lindo, procurei o rádio, o som do carro, o sabe-Deus-o-que de onde vinha a música.

O som vinha da Residência Universitária da UFBa. Juro, foi a coisa mais insólita do meu dia insólito. No escuro, porque a casa é muito mal iluminada por fora, o estudante tocava o violino, numa coreografia que parecia acompanhar a delicadeza de cada nota.

Paramos, a Loura e eu.

— Está ouvindo, minha filha?
— A música, mamãe, que música linda!


E ficamos as duas ali, paradas no meio da avenida 7 de Setembro, com as cabeças voltadas para o som das cordas como girassóis olhando para o sol. É idiota, mas isso me deu uma sacudida. Música clássica, de uma peça que eu conhecia — e não me peçam nomes —, ali, já tarde da noite, executada por estudante que se vestia como se Woodstock tivesse acabado duas horas antes.

Já bem melhor, e sabendo que o espetáculo ainda duraria mais uns cinco preciosos minutos, apanhei a mão da Lourinha e continuei o caminho. Para casa uma ova: fomos tomar um sorvete fora do programa, e curtir a companhia uma da outra.

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Ainda sobre ele

Ele tem um nome que sempre foi doce aos meus ouvidos. Sempre. Acho que foi o nome do meu primeiro namoradinho de infância, e depois disso, nunc mais conheci homem algum com esse nome. Até ele.

E agora, onde quer que eu vá, o que quer que eu veja ou faça, tem sempre um senhor com o mesmo nome açucarado do Ffulano.

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Aposentadoria NOW!!!

Profissão infeliz essa que escolhi, que faz com que eu tenha um dia miserável, e por motivos diversos, uma noite tão ruim quanto!

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