quarta-feira, novembro 10, 2010

Uma eternidade...

E a gente nem repara que o tempo está passando, e o que era ferida aberta vai secando. Quando me dei conta, já tinha dado um outro cortezinho na pele, e que durou dois dias para sarar.

Sendo eventualmente madura, coisa que não sou todo dia, não se acostume, eu tive que fazer uma escolha, e paguei o preço justo por ela. Pra variar, fiz a escolha suicída, e me ferrei com o que não tinha programado. Não, esse não será um post muito claro. Mas o fato é que sim, eu optei, dei com os burros n'água, sofri três dias pela escolha malfadada, e fim.

Uma temporada no balsâmico Rio, e eis-me de volta, surpreendida pela gentileza com que a vida me trata. Elementar, meu caro Watson, que nada é convicto, já que para tanto não há tempo, sem falar das condições adversas de temperatura e pressão.

Mas a vida anda camarada, macia, de pernas entrelaçadas nas minhas, sabe? Se não tanto com o trabalho, mas com todo o resto.

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E não passa, e eu continuo falando sozinha sobre coisas que não deveria nem pensar, num idioma que ele não domina, vendo sinais onde eles não existem. Tenho diálogos com quem mais não pertence à minha vida, destilo raiva, saudade, falo da falta que me faz, reclamo do quão ruim foi... Do quão ruim foi, e foi terrível.

Terrível. Nunca me perguntem sobre aquele ano. Agridoce.

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