quinta-feira, maio 21, 2009

"Todos querem algo, sangue ou não sei quê..."

"Todos querem algo, sangue ou não sei quê..."

Isso é viver de produção. Todo mundo quer alguma coisa. Roteiros, comida, ferramentas, fitas, paz. Sangue ou não sei quê.

Hoje eu queria uma praia de areias branquinhas, água azul, um coqueiro, uma chaise longue, 23 graus embaixo do sol, drinks tropicais, variados, coloridos e fortes, e uma musiquinha mexicana de fundo, bem baixinha silêncio absoluto.

Fazer cinema é muito chato, é a arte de aborrecer as pessoas. Amo, absolutamente amo fazer televisão, amo a dinâmica, o processo, a celeridade. Amo a correria, as longas horas de trabalho initerrupto, os almoços em pé (ou no chão da praça, qual mendiga).

Mas cinema? Cinema são horas de ensaio, de repetições, de preparo da luz, do cenário. É boletim de continuidade, de áudio, de câmera. É burocracia pura.

Bom, talvez essa seja a visão de quem é cria do frenesi da TV. De quem ainda não descobriu a poesia da realização em 35 mm. De quem prefere ver filmes em casa, enroscada np edredon, e não num cinema lotado de gente comendo pipoca, fazendo ruídos desagradáveis de mastigação, e gritando nas partes erradas.

Sei lá. Gosto da equipe, mas viva a televisão, viu?

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