Ironia
Editando um material pro papai usar no Centro Espírita, e enquanto a trilha definitiva não vem, estou usando como som guia Hell, do Squirrel Nuts, tema de Family Plots, um seriado sobre uma funerária familiar.
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O sentimento mais vil, mais podre, mais rasteiro, e ACABA de me cair um raio (e que ele me parta!) pela cabeça. CIÚMES.
Estou mortificada, morrendo, mereço. Sabe quando até frio na barriga dá? Quando o sangue sobe uns 20 graus de temperatura? Quando a mão fica fria? Pois é, eu, que abomino ciúmes. Ele, que nunca me deu motivo. Eu, estúpida. Ele, um fofo. E o que eu fiz? Vasculhei o orkut dela todo (abaixei a cabeça, balancei: ai, ai... Vergonha pura, meu Deus, onde enfio a cara?), e descobri que fulaninha é até gente boa.
Confesso que há tempos não sentia tão intensamente esse ódio em estado bruto, sem filtro de linha, que altera por uns bons momentos a sua percepção de certo e errado. Porque ciúme é assim mesmo, é veneno que entra na corrente sanguínea e que ludibria a sua capacidade de civilização. Num instante você vê bombas sendo lançadas na cabeça da pobre, enquanto ela é atacada por uma horda de hienas esfaimadas, sangra até morrer e não morre. Logo depois volta aquele verniz de homo sapiens, mas a bestialidade do antes ainda está lá.
Ufa! Passei, passou, passaram. Minutos que resultaram em mais um furinho na minha bem-criada gastrite. Ele não fez nada. Eu fiz. Crime triplamente qualificado: motivo torpe, vítima sem possibilidade de defesa e ocultação de cadáver. Porque nomes, aqui, só quando o inferno congelar!
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Um cigarro, os comerciais. Vou ali me recuperar e volto.
Ah, e baixa a música do Squirrel. É boa...
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