Noite alone in the dark, saí da produtora para uma cerveja. Sozinha mesmo, Fiel Leitor. Sem perguntas.
Irish pub, e meus deuses, se o Jack Daniels era o meu pastor, minha verdade agora se chama Jamieson, um scotch irlandês que ainda não tive o prazer de provar. Hoje a noite, na primeira dose, vou dançar jigs. Sobe, Scarlett O'Hara, que este corpo não é seu.
Boa conversa, um convite para jogar sinuca, uma recusa, planos, fofocas, lágrimas, Jack Daniels (ou esse bourbon muda de nome ou eu troco de marca!). Perto da hora de ir embora, conta paga, entra pelo bar um GT de Marinha. Armada Equatoriana, que eu já tinha visto pela tarde, indo pro trabalho. Sentada no balcão estava, lá continuei. Nunca vou deixar uma cambada de marmanjos me intimidar.
Pergunta: por que toda cantada começa com as minhas tatuagens? É impressionante como todas as cantadas que eu recebo são por causa do Olho de Thundera tatuado no ombro. Umas até funcionam, são bem articuladas. Outras... Bem, fato é que conversamos por mais um bom tempo, eu servindo de tradutora para eles. Gentis, os moços, sem atrevimentos (nossa, vovó falou através de mim), sem aquela coisa Neanderthal de puxar cabelo, nem o velho "vem cá, minha nega, que eu pago sua bebida".
Passei mais uns 40 minutos com os oficiais, falando sobre a vida, o universo e tudo o mais. Coloque ia mochila nas costas, apertei a mão de todos eles, dei um abraço na minha amiga que administra o bar, e cai nas sombras da noite.
Concluo que:
1::: Existe vida depois dele. Mesmo que o "depois dele" ainda não tenha chegado.
2::: Eu realmente sou mais eu.
3::: Eu me diverti sozinha mais da metade da vida. Não vai ser agora que vou deixar de lado esses prazeres.
4:::
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Isso posto, vou ali cuidar da minha vida, porque já estava mais do que na hora.
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