sexta-feira, maio 31, 2002



Relutei, mas tenho que dividir isso com vcs! Hj vou falar das minhas insurreições intestinais.. Que jogue a primeira pedra aquele que nunca, em momento algum na vida, teve prisão de ventre. Pois bem, eu tenho. Minha irmã tem. Bom.
Bom? Bom pq não foi vc que passou o feriado às voltas com supositórios glicerinados!!! Bom pq não foi no seu, né?
Como tomo muitos remédios, não queria nada para o problema intestinal que tivesse q passar pelo estômago. Mais uns dias, e uns comprimidos de qualquer coisa, e não vão nem precisar me embalsamar quando eu morrer, tamanha a quantidade de porqueiras que circulam pelo meu organismo.
Num ato heróico, pedi ao meu pai que trouxesse os tais torpedinhos de glicerina. Ele trouxe, coloquei na geladeira e fui entoar mantras pra tomar coragem. Voltei na cozinha, peguei a embalagem, apontei o dedo pra ela e fiz as honras da casa:

— Pai, esse é seu genro.

Se ele ia ser tão íntimo meu, tinha que ao menos conhecer a família...

Dignidade acima de tudo. Minha confiança ia sendo minada por cada passo em direção ao banheiro. Certo, vou poupá-los dos detalhes.

Uma hora depois, e nada. Mais um supositório. Mais uma hora, mais um supositório. Na quarta hora, eu já estava olhando pra eles com ar de carinho. Eu já estava até torcendo pra continuar sem fazer efeito...
Desisti deles. Geminianas são volúveis e impacientes. Eles me prometeram coisas que não cumpriram! Qualquer relacionamento fica abalado com esse tipo de atitude!

Apelei pro tal Lactopurga, que prometia milagres! Mas a minha irmã tb resolveu que ontem era o dia dela tb. Tomou dois.
Calculei o horário, já que a lenda dizia que o efeito era em 12 horas. Como tinha compromisso para de manhã cedinho, ingeri meu fazedor de milagres à uma da manhã, e tomei um só.
Catzo... 3 e meia, meia hora depois de eu ter apagado a luz pra tentar dormir, as entranhas se contorceram.

— Se alguém ouvir anjos na janela, abram, que é pra mim!

Peguei uma reta pro banheiro... E quem eu encontro? Helga, com um sorriso rasgado no rosto, sentadinha, lendo classificados.

— Helga, pelo amor dos Deuses, sai rápido!
— Já vou!

E fiquei eu na porta, sofrendo.

Resumão rápido:
.fizemos romaria a noite inteira, Helga e eu.
.meu organismo se nega a ingerir qualquer outro remédio nos próximos 4 anos. Nem Melagrião ele aceita.
.QUE ESPÉCIE DE PESSOA LÊ CLASSIFICADOS AS 3 E MEIA DA MANHÃ???
.efeitozinho meia-boca.

Cai o pano, próximo ato.

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Ainda faltam 16 dias.







Continuo viva. Ainda não consigo confraternizar com os meus iguais, mas passei longe das lâminas nos últimos três dias.

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Espiritismo é um esporte radical. Na boa, aquela velhota que estava no Centro hj não tem idade nem preparo físico pra ficar rolando de um lado pro outro no chão, esperneando e batendo nos outros. Pré-requisito para doutrinadores: curso de segurança com diploma, defesa pessoal, incluíndo imobilização do agressor, boa forma.

Manhãzinha tumultuada no Centro. Meus obsessores, todos os 5 que saíram hj, eram carregados. Não que eu tenha melhorado de imediato, mas meu pai falou que não é assim, não, querer chegar e já sair saltitante. É um tratamento.
Engraçado eu ter que voltar pro zero pra recomeçar meu Caminho, e um Caminho que nem sei se é o meu. Já meio entediada, estourou na minha cabeça, como rolha de champanhe, uma máxima que me acompanha há tempos: "Não se pode louvar ao Superior num lugar construído pelas mãos do homem". Danou-se, né? Abstraí total, só voltei quando começou a prática mediúnica. Quem não tem uma certa familiaridade, se assusta. É uma incoerência de vozes, de entidades, de energias. É muito forte, não recomendo aos imressionáveis.

Tá, estou há minuuuuuuuutos falando sobre espiritismo, e vc nem sabia que eu era espírita, né? Ah, não tem interesse nenhum em saber? Ah, frequenta a Catedral da Fé? Damn it, eu já tinha acabado de falar mesmo... :o)

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Não, não estou bem ainda.
Não, não sei exatamente pq.
Não, não consegui entender qual a ligação entre ir ao Centro e GR me atormentar ao cair da tarde.

Cai o pano, próximo ato.

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Sim, GR me atormentou o espírito no fim da tarde. Ligou, ofendeu meu preferido do Time, estava descontrolado por causa de um ônibus que não foi fechado para o S. João. Ele tem o dom de me descontrolar totalmente. Eu já pedi a Deus 20 vezes pra me dar um sinal do pq é q eu estou aturando isso tudo. Dinheiro? Ele não me paga. A única explicação é fortalecer os laços do Time pra que a história continue em outro barco. Ou abrir novos caminhos. Ou me ensinar alguns meandros da profissão pra poder continuar crescendo.
Sei lá. Eu sei que está difícil, estou numa crise depressiva miserável, crise esta que alterno com períodos de intensa atividade. Alguém ainda duvida da bipolaridade?

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Hj quase surtei de novo. Eu quase via minha mãe pintada de círculos vermelhos e brancos, com uma plaqueta: ALVO! Não posso. Não posso descontar minhas neuroses em cima dela, por mais que ache que tenha motivos para tanto. Não posso.
Além do Centro Espírita, preciso de um psiquiatra.

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Faltam 16 dias.


quarta-feira, maio 29, 2002

Surtei. Surtei mesmo, tive crise nervosa, meu pé direito ficou imobilizado, meus dedos não se mexiam. Isso foi ontem à noite. Gritei, ofendi, sapateei, provoquei, humilhei. Não era eu.
Como veio, foi. Sentei sozinha no banheiro e fiquei lá, tremendo toda, sem entender. Tive crise de choro logo depois, fiquei quase uma hora soluçando, tremendo, pendurada no abismo da histeria. Foi muito, muito feio.
E o que eu fiz a minha família passar? Q merda de pessoa sou eu que surta e deixa a rebordosa pra família? Q merda de pessoa eu sou que consegue assustar 4 pessoas de uma vez só? Q merda de pessoa sou eu, q não aguenta com a própria vida e ao mesmo tempo não consegue explicar nem pra si mesma o q está sentindo?

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A sensação de ressaca é a pior de todas. E ressaca sem beber é pior. Só vim saber q amanhã era feriado há 20 minutos. Não muda em nada a minha vida. Vou continuar deitada na cama o dia todo. Não há uma única pessoa no mundo com quem eu queira estar hoje. Providencial, aliás: as pessoas também não têm o menor interesse em estar comigo. Vamos continuar assim, então: eu no castelinho, o mundo lá fora.

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Será que esses 17 dias não acabam? Vcs acreditam em vida depois do aniversário?

terça-feira, maio 28, 2002



O amor é a condição que ocorre no meio das oscilações, dúvidas, contradições, paradoxos, adversidades e mistérios. O amor é indecifrável para quem busca segurança, pois ele requer uma coragem do tamanho do universo.

Já sei, já sei... Está ficando repetitivo ler horóscopos do Estado, né?

Mas vcs não têm noção do quanto esse cara tem elucidado minhas crises existenciais...



Ah, vc me preferem em crise, né? Mais cínica, menos emotiva, né?

Give up!

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São dois emails pra lá e um pra cá...
Forte troca de emails com Matt, q espero não ser da Louisiana. Pq não da Louisiana? Pq lá eles não falam inglês, caramba! Tudo, absolutamente tudo, menos inglês...

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Faltam 18 dias.

segunda-feira, maio 27, 2002


Será que existe alguém
Ou algum motivo importante
Que justifique a vida
Ou pelo menos esse instante?"


Lágrimas e Chuva, habitualmente com Kid Abelha
Prefiro com Verônica Sabino

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Se tudo correr bem, junho vai ser o mês mais pobrinho desse blog. Programados, temos 19 shows. Confirmados, apenas 9. Mas vamos a lugares extermos, tipo Barreiras (acho q 950 km daqui), Itapé (500 e poucos...).
Faltando 19 dias hoje para o fim do meu inferno astral (aniversário, Daniela, aniversário), já ganhei dois presentes.

(1) Vamos virar a noite do meu aniversário tocando em Itapé, que fica a 15 km de Itabuna, onde morei por quase um ano. Ou seja: vou convencer a Aninha a ir pra lá pra passar meu aniversário comigo.

(Adendo: Aninha é uma amiga incrível que tenho em Itabuna, que segurou minha barra váaaaaaaaaaarias vezes, que tem uma frieza e uma lógica que fariam inveja a Maquiavel, mas que tem um coração miseravelmente grande.)

(2) Conversando com Samuel na sexta-feira, resmunguei que ele não ia fazer a cortesia de virar o meu aniversário comigo. Ora, já bastava estar longe de alguns amigos queridos, ainda vou ter meu Time desfalcado?? Ele disse que ia fazer então esses dois últimos shows do final de semana antes do S. João antes de fechar outros contratos, só pra virar meu aniversário comigo. Cara da porra, esse...

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Estou apaixonada pelo meu Docinho, sei que ele é meu anti homem, mas não estou com a menor vontade de desistir. Nem em mil anos eu olharia pra ele nas CNTP (Zero grau rulez!!!!), mas os tempos são outros. Eu devia ter seguido o meu Instinto, que torceu seu narizinho pra ele logo de cara. Devia ter entoado como mantra a grande bobagem que ele falou duas horas depois de ter-me conhecido. Devia ter-me lembrado que quase nos maltratamos por causa dessa besteira q ele disse.

E devia ter esquecido tudo o que ele fez, falou e foi depois...

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Faltam 19 dias.

domingo, maio 26, 2002


Delay... É que dormi o sábado inteiro, e passei a noite de ontem brigando com o ICQ da Verena (ela lá, eu cá). 4 horas depois da primeira tentativa (e nós no telefone)/, descobri que tinha um firewall instalado na máquina dela. Tentei descobrir qual era o firewall, não consegui, desisti. Quando eu avisei q estava jogando a toalha, um milagre aconteceu: o ICQ conseguiu se instalar!

Tudo OK? Não. Minha conexão, neste momento, se desfez, e nem um frango na encruzilhada fazia com q ela voltasse. Voltou. A luz caiu. Minha lanterninha de trabalho já estava pendurada no pescoço e foi acendida. A luz voltou. Vamos voltar pro ICQ? Agora não dá mais pq aconteceram fenômenos paranormais no quarto onde estava o computador dela. 3 batidinhas na janela (ela mora no sexto andar!!), parava. 3 batidinhas na parede (E ESSAS EU OUVI!!!), parava. Quando as 3 batidinhas vieram de dentro do armário, ela desligou o computador e saiu correndo do quarto. Mais meia hora no telefone, a luz caiu de novo. Voltou. Dormi.

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A sexta feira terminou da maneira mais saborosa: saí, ouvi boa música, tive boa companhia... Falei com Samuel no início da noite e ele me disse que ia tocar no Quereres, Pelourinho. Perguntou se eu queria ir e disse que me deixava em casa na volta. Topei de caras, mas fui desanimando ao longo da noite... Léo veio pra cá, ficamos no ICQ com Zeba e Mingau, e chovia pacas.

Lá pelas 10 e meia, larguei Léo no computador, entrei no chuveiro, me arrumei, e ganhei a rua. Ganhei mesmo!!! Saí pelo Pelourinho palmilhando as poças d'água, fingindo desviar, correndo na chuva e levantando a cabeça para receber água no rosto. Cheguei no Quereres encharcada, feliz, viva. Eles ainda não tinham começado a tocar, e consegui dar um abraço no Samuel antes. Processo, baixista da Setembro, puta banda de funk, tb toca com a Cláudia (gente, como sou ruim para sobrenomes!). Desde o "Julho em Salvador" que a gente não se via. Conversamos um pouquinho e eles foram pro palco.

Em definitivo, Samuel é O CARA na bateria. Puta Que Pariu F.C.!


(Pausa para o café: ESTOU OUVINDO JAMMIL!!!!! Tá, eu tenho o CD, gosto pra caramba dos caras, e tem Soberano, música do caralho da época em que eles se chamavam Diário Oficial e tocavam rock and roll...)


Voltando...

Gente, bateria não é um instrumento a ser tocado com delicadeza. Bateria deve ser espancada com o corpo e com a alma, com emoção, sentimento, com paixão. E ele dá isso tudo num show, seja num palco com um metro de fundo, dois de frente, seja num palco com praticável pra bateria, fresnel especial pra ele, 20 mil pessoas.

Samuel toca na banda de GR, e como passo o show inteiro no palco, tenho facilidade para acompanhar cada detalhe que as vezes o público deixa passar batido. Vejo cada segundo de entrega, sinto as variações de música pra música, degusto cada expressão de contentamento, saboreio quietinha o ar de triunfo no rosto, causado pelo prazer meio selvagem de novamente precisar contar com a destreza, a habilidade do corpo, para cumprir uma missão.

Sempre foi assim, desde a época da Kenny in Hell (Felipe, que entrou de gaiato no navio; Léo, que veio aqui sexta; Metade, baixista-cartunista; e Mel; baterista.). Mesmo na época d'Osparetto, quando não rolou show nenhum, eu ficava meio besta olhando pro Lucas solando a guitarra, pro Rick na bateria (discutindo comigo se a bateria do refrão de "Eu", do Pato Fu, era em punk ou rock. Ganhei. Ficou punk. ). Aliás, bateria, pra mim, é O instrumento.

Terminado o show, a gente conversou um pouquinho, trocamos histórias ambientadas no Quereres. Lá eu tive uma das melhores surpresas de toda a minha vida profissional. Chovia pra caralho, e eu tinha pego o maldito plantão de segunda-feira a noite, e três pautas. 2 no Teatro Castro Alves, que matei numa sentada só, e uma no tal bar, com uma banda de pop. Mais uma, pensei.

Quanto engano... A matéria, q eu tinha pretensões de concluir em meia hora e ir embora, levou dez minutos mais que o previsto. Mas eu fiquei 3 horas conversando com os meninos da banda, sentados no palco minúsculo. Terminamos a entrevista, o bate papo, e descobri que eles ainda iam pegar estrada para Feira de Santana, 100 km daqui, numa kombi (nunca confiei em kombis. Falta estabilidade naquilo ali...). Saí de lá fã, passei a frequentar todos os shows que podia, vi a Geração Nômade crescer. Lançaram o primeiro CD há pouco tempo, e tenho um tremendo orgulho deles. Como mãe tem de filho que se alfabetiza.

Bem, o fim da noite: nos perdemos em reminiscências, Samuel desceu pra carregar o carro com a bateria. Fomos deixar o roadie dele em casa, ele me deixou aqui, sem saber do presente que tinha sido pra mim ter ido ao show deles naquele dia. Acho q não agradeci direito...

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Estou tão chata esses dias, né? Posts compriiiiiiiidos, auto-referenciais, movidos pela emoção... Até eu tô sentindo falta do meu habitual cinismo...

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Faltam 20 dias!!!



sexta-feira, maio 24, 2002


Esse Oscar Quiroga é um danado...

"Este momento difícil passará como já passaram tantos outros, mas não sem deixar rastros. Para que as dificuldades não se transformem em mágoas indeléveis, aproveite-as você para melhorar sua relação com a vida."
Estado de S. Paulo, de novo.

Acreditem, o cara é coerente...

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22 dias...



Ainda guria, viciada que era em Seleções do Reader's Digest, travei contato com Edith Piaf. Era uma historieta curta que contava a história do show que ela dedicou ao grande amor da sua vida, Marcel Cerdan.
Hoje eu senti uma necessidade quase física de retomar o contato com aquela passagem da vida dela, e acabei vasculhando a Internet em busca de subsídios. O texto abaixo foi ligeiramente editado (são cinco ou seis pages com texto e fotos, na íntegra) e retirado do site Bibi Ferreira e Edith Piaf.
Tenho certeza de que não vai ter muito significado para alguns, mas a história é linda.



"Foi em New York que Piaf conheceu Marlene Dietrich, uma amizade que durou toda a sua vida, e Marcel Cerdan, o pugilista, por quem se apaixonou. Marcel era casado, tinha filhos, e isto constrangia Piaf. Mas, manchetes internacionais logo revelaram o romance da "Rainha da Música Francesa" e do "Rei do Ring".
A profissão e a paixão pela canção faziam valer seus direitos e o escândalo não alterou o crescente brilho daquela que Jean Cocteau chamava de Madame Piaf. Pelo contrário. Todo o público tinha para Edith os olhos de Marcel. Ele a achava formidável. O público achava ambos formidáveis: o gentil e soberbo campeão, arrancado pela glória do seu Marrocos natal e a alegre e comovente cantora, tirada da rua pelo milagre de sua voz incomparável.
Marcel era um homem de maneiras simples, mas, emocionalmente estável e proporcionava a Edith uma segurança que ela jamais encontrara.
A Marcel Cerdan dedicou um de seus mais belos clássicos: "L'hynne à l'amour", canção escrita em parceria com a compositora francesa Marguerite Monnot.
Apresentada pela primeira vez no Versailles, "Hino ao amor" possui algo de premonitório:


"Si un jour, la vie t'arrache à moi,
Si tu meurs, que tu sois loin de moi
Peu m'importe, si tu m'aimes,
Car moi, je mourrai aussi...."


"Se um dia, a vida te arrancar de mim,
Se morreres, se ficares longe de mim
Que me importa, se me amas,
Porque eu morrerei também."...



O infortúnio acompanhava Piaf... e na vida, aconteceu diferente do final da canção: "Deus reúne aqueles que se amam"...
Em outubro de 1949, ela estava em New York. Marcel iria encontrá-la, após um série de lutas em benefício de pugilistas inválidos.
Sozinha e saudosa, ela pediu que ele tomasse um avião, em vez de um navio que demoraria uma semana. Marcel argumentou...ela insistiu...
Esta foi a última vez que se falaram.
O avião, um Constellation, caiu nos Açores.

Edith recebeu a notícia poucas horas antes de uma apresentação, no Versailles.
Subindo ao palco, ela calou os aplausos com um gesto e repetiu para a platéia o que já dissera aos amigos: "Hoje à noite, canto para Marcel Cerdan, em sua memória, unicamente para ele".


Ao final da quinta música, Piaf desmaiou.
Os jornais do dia seguinte trouxeram de volta a dor da realidade: "Eu o matei", repetia ela...
Edith Piaf não pôde comparecer nem no dia seguinte, nem nos três dias posteriores ao palco do Versailles. Piaf nunca se recuperou dessa perda. Cerdan foi seu grande amor...
No que lhe restou de vida, Edith adotou atitudes intempestivas, por vezes radicais, que revelavam o turbilhão que lhe ia na alma.
Aos 48 anos, calou-se a cotovia da França, alguém que viveu sua vida com base na máxima "Non, je ne regrette rien"... Não me arrependo de nada...!

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Será que ela de fato não se arrependeu? Será que, como o jabuti que queria ser tartaruga, do Miguel Falabella, ela descobriu que não tinha saída?

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Vou sair pra tomar chuva, ponderar e esfriar a cabeça. O pagamento não saiu.
Sei que nós 5 somos mais fortes que eu sozinha. Mas é foda saber de cada história, de cada probblema, de cada perrengue de cada um deles... Mas a gente vai recuperar tudo no São João (eu espero!)!!!

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Ainda faltam 22 dias para o fim do meu inferno astral.



Meu Plano A acaba de dar um WO no Plano B dele.

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Eu não sei o que realmente quero da vida.
Essa dificuldade de conseguir amar vai acabar me transformando na solteira mais velha do mundo. Eu quis, de verdade, poucos homens na vida. E nenhum deles foi meu. O único que amei de verdade cometeu a descortesia de morrer. Os outros? Ah, ainda vivem, cada um na sua, e seguem felizes (?) assim.
Será que a gente só tem direito de amar uma vez na vida?

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(...)

"Duas mudas de roupa
e os cigarros a me acompanhar
Nem penso na saudade

Boto as rodas no asfalto
E o sol lá do alto
Queimando a minha cara
Se eu parar vai ser pra tocar
Ou pra dar um tempo,
Respirar bem fundo, relaxar"


Rodas no asfalto, Fábio Magalhães/Ricardo Alves


Não sei tocar, mas minhas rodas vão pro asfalto. Tenho um mês, e não me perguntem pq, para ordenar a cabeça. Caso ele não esteja comigo no intensivão, vou ficar emocionalmente arrebentada. Mas minha razão, que a vida inteira prevaleceu, e não vai me faltar agora, vai agradecer.

Ele é meu anti homem.
(Daniela, e o post do amor incondicional?)
A gente não combina
(não tentei ainda)
Será que a gente vai conseguir conversar por todo o tempo do relacionamento?
(Fala demais e age de menos)
Eu vou conseguir conviver com a culpa da separação?
(problema é seu. Se tem que ser, vai ser! E se for um reencontro, planejado pelos anjos, e vc estiver cheia de pudores?)

Crise, seu nome é Daniela.

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"Meu coração é uma máquina de escrever
No papel da solidão

(...)

Mas há palavras em meu coração
Letras e sons
Brinquedos e diversões
Que passem as paixões
Que fiquem as canções
Nos poemas, nos batimentos
Das teclas da máquina de escrever
Meu coração é uma máquina de escrever
Ilusões
Meu coração é uma máquina de escrever
É só vc bater
pra entrar na minha história"


Máquina de Escrever, cantada pelo Pedro Luís.

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Ainda faltam 22 dias.




Ah, Samuel, baterista do caralho (categoria Brian Nolan!!!) não esqueceu a mensagem pro celular dele ontem. Terminados os assuntos sérios, ele mudou o tom:

— Er... Dani, eu recebi a mensagem ontem no celular! Poxa, obrigadão!
— Promessa é dívida, e além do mais, é bobo, bobo fazer isso...
— Mas bateu direitinho!
— Claro, não podia ser de outro jeito!




Diga...

Ah, 1) o conteúdo da mensagem? 2) o que era tão bobo fazer? 3) o que bateu direitinho? 4) e que outro jeito é esse?

1. signo solar e ascendente
2. o mapa astral dele
3. as características do signo combinadas com o ascendente
4. nenhum. Não tinha outro jeito dele ser...

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Ainda faltam 22 dias.

A Mari comentou o post abaixo, e a pergunta me lembrou de tanta coisa que a resposta acabou virando post... Brigada pelo gancho, Maaaaaari!:o)

Amor irrestrito é aquele que sabe perdoar as falhas do objeto amado, e o mais importante, convive bem com elas. Não é ignorar os erros, coisa que a paixão sempre faz. É saber que esses erros existem e aceitar que o objeto de amor os têm. É não condicionar o amor à melhoria de qualquer item da personalidade, do vestuario, dos hábitos, das crenças, de nada. É amar pelo prazer de amar, seja amigo, namorado, pai, mãe, cachorrinho... É amar de olho fechado.

Eu passei boa parte da minha vida condicionando o meu amor a um tipo físico, a um certo nível intelectual, a um determinado padrão de comportamento. Perdi muito tempo tentando mudar um, dar um jeitinho no outro, aparar as arestas de um terceiro... Quem, ainal, sou eu, pra determinar qual é o certo? Quantas oportunidades eu perdi de encontrar um cara maravilhoso pra ser meu namorado, um amigo "pau-pra-toda-obra"? E tudo pq o homem em questão ou o candidato a amigo não preenchiam aqueles pré-requisitos que eu mesma havia estabelecido...

Há uns dois anos eu tinha uma colega de trabalho, Aleqüisandra (assim mesmo, com trema e tudo!), por quem eu nutria a mais forte antipatia. Ela pisou na bola comigo na primeira vez em que trabalhamos juntas, e quase joga todo o meu trabalho janela abaixo. Foi um erro grave, sim, mas eu superdimensionei. Resultado? Eu só via defeitos nela. Todos eles, os que ela tinha e os que ela não tinha.

Ela morava numa cidade distante 200 km de onde eu morava (Ela em Jequié e eu em Itabuna), e nossos acertos eram feitos por telefone, uma ou duas vezes por semana. Eu não tolerava nem a voz dela, as conversas eram um suplício. Comuniquei ao meu chefe o acontecido, disse que a nossa convivência (QUE NÃO EXISTIA!!) estava numa situação precária e pedi a cabeça dela. Vcs não têm noção do quanto me envergonho disso hoje, dessa postura arrogante, imatura (Entendeu, Mari, quando eu disse que esse blog era um exercício de auto-flagelo? Já imaginou o que é pra uma geminiana com ascendente em escorpião admitir que sim, foi arrogante, que sim, errou?).

Marcelo, meu gerente, pediu pra que eu desse mais um prazo para que ela se reabilitasse. Topei, totalmente descrente da redenção.
Numa conversa de botequim, na mesma noite, eu comentei com uma amiga que ia fazer um esforço enorme para gostar DE VERDADE da Aleqüisandra para queimar o karma todo nesta vida. Já imaginou ter q encontrar com ela na próxima encarnação? Meio na brincadeira, eu comecei a entoar "Eu tenho a capacidade do amor irrestrito, e como tal, amo todas as pessoas como elas são" em ritmo de mantra.

A mentira (?) repetida mil vezes vira verdade. Somado a isso, passei a viajar duas vezes por semana para Jequié, e nossa convivência realmente passou a existir. Comecei a descobrir que a Aleqüi era uma batalhadora, que tinha saído lá do interior do Rio Grande do Norte por causa de um sonho, o de dar certo. Me flagrei rindo das piadinhas dela, passei a ver que o que eu rotulava de puxa-saquismo era o esforço dela em agradar, não por eu ser uma pessoa que dentro da empresa tinha um cargo superior, e sim pq eu era eu. Só por isso.

Me dei conta de que eu realmente tinha aprendido uma parte da lição do amor irrestrito quando ela esteve em Itabuna para a reunião semanal e eu, pela primeira vez, a convidei pra o ritual de todas as segundas-feiras: a cerveja gelada no Bar do Senado com todos os representantes de todas as cidades onde tinhamos uma filial da empresa. E eu REALMENTE queria q ela ficasse. E mais: fofocamos como duas comadres velhas a noite toda, descobrimos mais afinidades, descobri mais dos bons valores dela. Ficou tarde, e acabei convidando ela e o irmão (que tinha vindo junto, já q a estrada entre as cidades era péssima, e Aleqüi, além de assumidamente barbeira, tinha um carro que estava estertorando) para dormir na minha casa.

MEU APARTAMENTO, meu sacrossanto refúgio, meu Castelo de Caras, onde só iam aqueles a quem eu realmente amava. Naquela hora eu descobri que realmente tinha conseguido amar aquela porrinha baixinha com todos os defeitos e qualidades que ela tinha. Só então conversamos sobre o incidente do primeiro trabalho, mas dessa vez eu não tinha como intenção servir a cabeça dela numa salva de prata. Eu queria que ela entendesse que aquele tipo de procedimento faria com que o sonho dela de crescer na vida fosse atrasado. Meu desejo de que ela mudasse não era egoísta, não era pra que eu pudesse me beneficiar profissionalmente de uma possível melhora dela. Queria que ela avaliasse a necessidade de alterar o modus operandi para que as coisas ficassem mais fáceis para ela mesma. E se ela não concordasse com o meu ponto de vista, a mim caberia apenas respeitar a decisão final. Mas não deixar de amar por causa de uma discordância.

A conversa funcionou, ela ponderou, seu trabalho passou a ser mais reconhecido, e eu, por outro lado, aprendi muito de estratégias de mercado com ela. Continuamos amigas.

Quando todas as bases da Bahia foram desativadas, ela foi a única funcionária da nossa região (que abrangia 10 subregiões, cada subregião com 10, 15 funcionários fixos e uns 80 prestadores de serviço) a ser reaproveitada em outro estado. Foi requisitada pela base da Paraíba, considerada base-modelo, e já viajou promovida. Ela participou do último ritual das segundas-feiras, dormiu lá em casa de novo e foi embora na terça.

A vida acaba fazendo jogo de empurra, e acabamos perdendo o contato. Mas podia ter sido pior. Eu podia ter perdido uma amiga que fofocava sobre "como fulaninho é bonitinho, né?", que dirigia (e aquele era um caso sem salvação...) mal pra caramba, que guardava o meu salgadinho preferido do meu boteco preferido em Jequié, e que sim, fazia suas cagadas, pisou na bola, bagunçou meu coreto uma dúzia de vezes. Podia nunca ter tido a amiga a quem amei irrestritamente.

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E pq a exigência do amor irrestrito tem sido recorrente?
Não sei. Talvez não tenha aprendido a lição direito, talvez eu tenha que tornar mais abrangente o meu conceito de irrestrito. Talvez seja essa a minha missão, de fato. Talvez eu tenha esquecido da história da Aleqüi, e por causa disso, venha repetindo os mesmos erros.
Fato é que tenho me encontrado, principalmente de um ano pra cá, em situações onde amar sem um único traço de egoísmo teria me poupado de mais da metade dos meus impasses. E em momento algum eu tentei entoar "Eu tenho a capacidade do amor irrestrito, e como tal, amo todas as pessoas como elas são" mil vezes até virar verdade de novo.

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Aprender a receber o amor irrestrito talvez seja a parte mais difícil da lição. Jones me deu amor irrestrito quando eu menos esperei; Lívia, uma amiga das mais queridas, me ama de olhos fechados, assim como Regina, Denise e tantos outros que me vêem errando e acertando todos os dias e mesmo assim dedicam um amor enorme. E eu ainda não aprendi a demonstrar o quanto essas pessoas significam pra mim...

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Mari, vc me fez chegar perto de chorar...
Assim não vale...

:o)

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Tá, post chato, excessivamente pessoal, cheio de auto-referências.
É nessa parte do filme que eu tenho q pedir desculpas, né?
Então tá, desculpa...

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Faltam 22 dias.



quinta-feira, maio 23, 2002


"Ainda que haja milhares de perguntas sem resposta, será necessário seguir em frente assim mesmo. Oscilar entre as dúvidas é desconfortável, mas nessa condição se exercita a capacidade de amar sem restrições."

Horóscopo para gêmeos do Estado de S. Paulo de hoje.


Pela recorrência, o amor irrestrito deve ser minha missão de vida.

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Faltam 23 dias.

quarta-feira, maio 22, 2002

Evoquei todos eles. Santos, orixás, mentores... Bati palma, saudei minha orixá e peguei o telefone. Assim começou a mais sincera conversa entre GR e mim. E olha que eu não cheguei nem na metade da prosa... Nem dos desaforos. Fato é q consegui fazer com o q GR me localizasse no meio desse banzé todo (Onde está Wally? E a Dani?), consegui falar dos problemas e possíveis soluções...
Resumir o papo seria técnico e chato, pq versou sobre aspectos relativos somente à rotina de trabalho e suas particularidades. Vou preservar meus 11 Leitores disso...

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Aliás, que post chato, esse...

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Vou me forçar a dormir. Se não der certo, em uma hora estou de volta.

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Paz de espírito, essa desconhecida...

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Ainda faltam 24 dias.

Deus deve conhecer bem o burrinho que Tem aqui em baixo, pra jogar tanta carga assim em cima do meu lombo...

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Ainda faltam 24 dias. A propósito, não sei se comemoro o fim do inferno astral ou meu aniversário.
Votem, organismos, votem...

Sono. Muito sono.
Eu nunca mais tinha experimentado uma noite inteira em claro. O coração batia contra o colchão, e eu ouvi cada batida. Foi difícil.

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Depois do grande evento agregatício da noite de ontem, rumamos Samuel, Márcio Telmo e eu pro Labirinto do Minotauro. Quer dizer, Shopping Iguatemi. Do início? Reunião? Vamos lá...

Consegui marcar uma reunião com todos os músicos e GR ontem. Foram todos e no horário. E eu achando que milagres não aconteciam mais.

(Ouvindo Chopin. Noturno, Opus 15 em fá maior. Escondam as lâminas!!!)

Foi uma repetição da conversa no show de sexta. Um discurso lindo, pouca ação, nada de dinheiro. Terminada a reunião, cada um pro seu lado.
Como conseqüência de uma conjunção planetária que só acontece de 15 em 15 anos, peguei uma carona com os meninos até o Iguatemi e acabamos no Nacif. Duas cocas e um chopp na mesa. Confidências. Lendas. Cumplicidade. Um kibe. Acho q saímos mais fortes como amigos. Gosto daqueles caras.
Fui dormir na casa do Emerson, amigo há mais de dez anos, a essência da praticidade masculina. O mundo está caindo, e depois de me ouvir falar meia hora sobre angústias, problemas, inquietações e limites emocionais, ele só me diz: " Relaxa! Potência não quebra. Potência no máximo trinca".
Emerson mora com um amigo gatinho, o Jones. Ele foi quem me recebeu, e — engraçado como são as coisas — foi quem me deu o que eu mais precisava ontem: carinho, atenção, cuidado, preocupação. Ouviu tudo, sentou no chão comigo, opinou, confortou. Homem do caralho, aquele... Emerson chegou com mais problemas do que eu, descarregou tudo, tomou banho e enfim conseguimos, nós três, manter um diálogo civilizado.
Tomei um banho frio, daquele que tem mais cara de pajelança do que de banho mesmo ("Saí, espírito ruim, saiam, maus fluidos, deixe entrar as energias de Tupã!"), estiquei na cama, esperei aquela entidade Lady Zu terminar seu número, Bel Kutner, que está cada mais Dina Sfat, fazer a propaganda do seu espetáculo, para enfim receber o psiquiatra com nome de sacanagem (Olavo Pinto).
Seu Pinto ia explicar os Transtornos da Bipolaridade, ou Psicose Maníaco-Depressiva. Ou simplesmente eu.
Eu não sei pq ainda conto com o bom senso do Jô Soares. Eles falaram de tudo, menos de PMD. O máximo que consegui ordenhar da entrevista foi que o portador de Transtorno da Bipolaridade passa da depressão para a atividade intensa. Eu, todinha. E que são necessários mais de seis meses para caracterizar uma patologia. Eu só constatei o que já era um fato: sou PMD patológica.

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Bom, seis e meia da matina, sem dormir por um segundo, peguei um ônibus que levou uma hora pra chegar em casa. Jones ainda me levou um comprimido de Valeriana na cama, disse que era pra eu ficar bem, me deu um abraço e foi trabalhar. Homem do caralho, aquele...

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Quartas-feiras são dias em que me sinto forte. Dia da minha orixá, dia de exibir o vermelho na roupa e na alma, de sacudir o punhal em direção dos céus e evocar as tempestades, domar os raios. Dia de mostrar uma outra faceta da Daniela. Que venham os touros, o Boi Namorador e o Cavalo Preto Doido...

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Conheço meus inimigos, conheço suas armas, sei (?) como me defender. Estou meio Jorge da Capadócia, meio Yansã hoje. Descobri quem vai ser minha fonte de problemas, que a mulher que vai me dar dor de cabeça não é quem eu estava pensando. E descobri que não sei se tenho vontde, estrutura, amor suficiente para lidar com uma situação que envolve drogas, traição, amores clandestinos, forças.

Ei, isso pode ser o enredo de uma novela!!!

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Passei a ver o "Plano B" de outra maneira. Como homem. Como o homem admirável que é. Verena, a culpa é sua.

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Faltam 24 dias.

terça-feira, maio 21, 2002


Ah, o jantar?

Divertido, previsível.
Não comi. Me nego a pagar 25 reais para comer uma fatia de carne de 2a. e uma montanha de maionese com palmitos. Assei uma pizza em casa mesmo.
E descobri que nem gosto mais dele. Uh... se a gente não tivesse se abraçado no carro estaria mais convicta disso. Mas ele foi MUITO sacana comigo.


E eu com ele.

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Faltam 25 dias

segunda-feira, maio 20, 2002

Não podia inventar mais nada...

Fiz um teste bizarro sobre qual partícula fundamental (?) eu era. Como o link tá quebrado,e aimagem não entrou, não deu pra postar, mas o resultado dizia, entre outras coisas, que eu era um fóton, que era apressadinha, com luz própria e que não tinha massa.

Não tenho massa? Rá! Parei de acreditar nesses testes (HÃ?)

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Gente, Jesus, me chicoteia!

Acreditem, isso existe!

E o link para comments é :
Desce o chicote, fariseu!

A internet, essa misteriosa...

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Sim, o fim de semana.
Tragédia grega, com alegria e tristeza.

Resumão:

.os caras não iam tocar se não tivesse pagamento dos atrasados.
.eu não ia produzir se não tivesse pagamento dos atrasados.
.eles tocaram.
.eu produzi.
.foi um show do caralho (nunca vi Samuel tratar a bateria daquele jeito).
.o meu mui estimado pagante sumiu sem pagar a van.
.o cara da van disse que ia largar o serviço no meio por falta de pagamento.
.eu desci da van e disse que ele não era homem, com o dedo em riste.
.Chagas e João Paulo jogaram panos quentes.
.paguei o serviço completo da van.
.chorei duas horas seguidas, novidade na minha carreira (quem me conhece sabe que sou durona...).
.pedi demissão.
.acho q voltei hj.
.Acioly não chegou no horário (e quem estava ligando naquelas alturas?)

Bem, resumão mesmo. Ouvi coisas maravilhosas, me senti "fazendo parte", fui abraçada, elogiada. O resto doeu pra caralho? doeu, mas a parte boa compensou a ruim. Não vou voltar (se) morrendo de amores pelo meu mui estimado pagante (que Deus assim queira!), vou voltar pra juntar uma grana e montar uma histórias com a banda. É uma galera que faz guig, mas que tem espírito de equipe. Se eles decidirem ficar, eu fico. Caso contrário, vou fazer meu freela de roteirista mesmo e esperar que caia outra guig como essa, com músicos do mesmo naipe, do céu.

Só do céu, mesmo...

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Faltam 26 dias.


Eu ia escrever ontem. Foi mais difícil do que eu imaginei. Preferi deixar para escrever quando não doesse tanto mais rever tudo.
Valeu a pena. O jogo hj mudou todo. Eu faço parte de um time. Eu, Samuel, Márcio Telmo, Chagas, Agamenon. Nós somos um time, e como time somos fortes.

Vou jantar com um falecido e volto.

sexta-feira, maio 17, 2002

Meu estômago acaba de pedir demissão...
Diz q sobreviver à base de couve flor e só, no almoço, tudo bem. Mas essa descarga initerrupta de ácido gástrico nele é q não dá pra aguentar...

— Tudo tem um limite, Daniela!
— Mas...
— Não tem mas! Vc me alimenta mal, quando alimenta; tem uma vida péssima, desregrada; um emprego que te deixa histérica de terça a sábado, se estressa nos outros dias... E NUNCA ME PAGOU O ADICIONAL POR PERICULOSIDADE!
— Mas vc sabia que era assim quando aceitou o emprego!
— Nananinanão! Vc ia ser juíza, trabalhar três vezes por semana e levar uma vida mais saudável! Lembra da garrafa inteira de conhaque vagabundo, que vc entornou só pra esquecer de um cara mais pilantra que o conhaque?
— Vc não pode usar nossos segredos contra mim!
— Ah, não? Nós nos encontramos nos tribunais!


Pq?
Só pq a van só foi fechada agora de manhã (POR MIM!), pq eu tive q avisar músico por músico do horário do show e ser perguntada por cada um a respeito do cachê sem que GR tenha me dado uma certeza, pq estou sentada neste computador desde uma da tarde planilhando Rotina, Mapa de Apanha, Agenda Oficial. Ah, tb pq não me avisaram que a outra banda ia levar bateria, pq eu não sei que porras o Samuel, baterista, deve levar de pessoal, pq vamos fechar o show, pq liguei duas vezes pro meu Docinho e ele só foi doce comigo no segundo telefonema. Tá, ele estava no meio da equipe de trabalho na primeira vez. mas ele nem me chamou de Dani...

(chuif)

Sim, e só por causa disso meu estômago quer ir embora?

(berra uma voz raivosa lá de dentro)

— Não esquece de dizer que vc só conseguiu avisar o Márcio Telmo do horário do show há 15 minutos, que ainda não sabe se o Acioly, saxofonista e elemento principal da abertura do show, vai terminar o outro show a tempo de chegar para a abertura desse! Humpf, jornalista só publica o que quer...

Tá dito, Sr. Estômago, tá dito...

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Quer dizer, então, que o Mexicano vai tentar me conquistar? E que quando acabar na minha cabeça, na dele ainda não vai ter terminado? E que o meu Docinho me vê como uma mulher que ele quer pra vida dele, mas sabe que vai ter problemas com isso? E que meu Docinho vai ter forças pra brigar por mim pq me ama? E que o Mexicano vai deixar a mulher por minha causa?
E QUE O MEU DOCINHO VAI CHUTAR O PLANO A POR MIM?

Noites de tarot podem ser rulez...

Mas...
.Se o meu Docinho admitir que me ama, vai dar a maior merda.
.Se o Mexicano admitir que me ama, vai dar merda.
.A mulher do meu Docinho vai armar um barraco.
.A mulher do Mexicano não vai armar um barraco.
.Algumas fofocas sobre a minha vida pessoal vão atingir meu ambiente profissional.
.Como????
.Isso vai ser péssimo.
.Mas não vai acontecer se eu me decidir pelo Mexicano.
.Vou ser muito feliz com o meu Docinho. Mas vou ter MUITOS problemas antes.
.Vou ser muito feliz com o Mexicano. Mas vou ter problemas antes. Não MUITOS.

Tá, a essas alturas vc deve estar pensando pq estou na dúvida. Se o Mexicano vai ser tão vantajoso quanto o meu Docinho, pq é que não fico com ele?


Pq não consigo tirar o idiota do meu Docinho da cabeça! Pq mesmo sabendo que é errado, eu quero? Pq eu acho que tenho força pra brigar por ele, pq mesmo sendo ele TOTALMENTE o oposto dos homens que me atraem? Pq porras eu gosto dele (Mas não amo?)?


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Ainda faltam 29 dias.

Reunião de produção. Se alguém pronunciar essas palavras na minha frente nos próximos 4 dias (sab, dom, seg, ter. 4 mesmo..) vai ter a dentição abalada em definitivo...
O meu (em teoria) pagante não apareceu. Detalhe: a reunião era NA CASA DELE! Nunca, em 25 anos e exatos onze meses estive tão perto da apoplexia fulminante do que quando o porteiro me disse:

— Seu GR saiu!
— Hein?
— Tem mais de meia hora...

Meu pai, um herói q me conduz pra essas roubadas, já tinha partido a milhão. Acionei a tecla 2, e muito maduramente sugeri:

— PAIÊEEEEEEEE, VOLTA PRA ME BUSCAAAAAAAAAR!!!

Santo homem, aquele. Voltou.

Desliguei do papai, e acionei o outro produtor, Ricardo.

(ouça no volume máximo. É, aos berros, mesmo...)

— Eu sou uma profissional, não sou nenhuma guria recém saída da escola brincando de produtora! Eu tenho anos no mercado, não aprendi a trabalhar ontem, não! Eu não admito ser tratada dessa maneira, isso é anti profissional (isso tem hífen?)! As pessoas acham q minha pouca idade (acreditem, já ouvi isso!) significa irresponsabilidade, mas quem me conhece sabe que sou mais competente e responsável q a maioria dos outros produtores! Eu só tenho cara de idiotinha, MAS EU NÃO SOU!!

Escândalo feito, pedi ao Rick que comunicasse a causa e a conseqüência ao meu (espero em Deus!) pagante, e pedisse uma solução. Disse q se o tal não me ligasse, ele q se transformasse numa van para levar músicos, q negociasse com a produção (de merda) do evento, que fizesse o diabo, pq eu não ia.
Ricardo ligou, conversou com pai dele (do GR) e disse q se o dito cujo não ligasse até meia noite de ontem ou o meio dia de hj (hj pra mim ainda é quinta), q ele procurasse uma nova equipe de produção e roadie, pq sairíamos ele, João Paulo (irmão-roadie dele) e eu.
GR ligou de manhã cedinho pra mim, pediu desculpas... Ainda bem que não tenho porte de arma. Nessa parte do roteiro é q a mocinha plantaria uma azeitona quente na testa do bandido, sopraria o cano fumegante e caminharia em direção ao pôr-do-sol, rumo ao final feliz com seu Torrãozinho de Açúcar.
Orçamento enxuto, não previ uma arma e uma bala. O cavalo já tinha, o Torrãozinho de Açúcar tb. O bandido vaselinou tanto a mocinha q entrou. Isso posto (hã?), fugiu a galope no seu pangaré q toma remédio para não fazer cocô em público (JURO!!!), e a mocinha ficou esperando o roteirista entregar o final.

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Seis horas jogando tarot. Jogando, não, convencendo o tarot de que o homem ideal pra mim é o Torrãozinho de Açúcar. Passei mal o dia inteiro. O corpo não agüentou a porrada desta vez, e arriou...Dores horrendas no estômago, braço esquerdo quase imobilizado, esse último um clássico do Mundo Maravilhoso do Limite Emocional da Dani.
Resolvi dar um pulo na casa da Verena e levei meu tarot. Cheguei agorinha, depois de horas jogando tarot e fazendo perguntas pro tarot dela.
Conclusão? Estou tão cansada q não sei se fico com o Torrãozinho de Açúcar, com o ator de novela mexicana ou com o irmão dela. Pouco elucidativo, né, mas todo esforço foi compensado quando bateu onda com a 10a. vareta de Ananda acesa. Tá, vamos lá: Ananda é um incenso fortíssimo à base de cânfora. Passei a ver todos os mistérios do mundo com clareza... Mas esqueci tudinho quando a lombra passou...

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Lombra? Did I say lombra? I wanna see the light!!!!!!!

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A culpa é toda do meu primeiro dia de inferno astral!!!!!!

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Faltam 29 dias.




quarta-feira, maio 15, 2002


Jejum prolongado mata? Bem, se esse blog sofrer uma interrupção repentina, a resposta é sim.

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Chutei o pau da barraca, arrumei meus alfarrábios e fui à praia. Tarde psicodélica, com Verena. A conversa foi do druídismo ao Freud, passando pelo gostosinho de cavanhaque e sunga preta, que ficou imitando Johnny Bravo a tarde inteira, e terminando nas crises existenciais desta que vos escreve (juro, foi pouquinho. A Verena tinha crises mais existenciais que as minhas..).
No pôr-do-sol, a turma do lado aplaudiu, tal e qual nos remotos anos 90 no posto 9. Quase me entusiasmo e acompanho, mas meu anjo da guarda segurou minhas mãos a tempo. Ufa... Cheguei em casa com a lua no céu, tomei um banho e fiquei no dilema deitar um pouquinho ou não.
Sono não tem sido meu top of mind. Problemas demais, depressão maior ainda, tudo de noite parece pior. Tenho duas rodelas pretas embaixo dos olhos, podia até fazer par romântico com Benício del Toro (o quê? Irmã?? Ah, não, assim eu não quero!). Espírito de porco do jeitinho que sou, ia acabar ferrando no sono, acordando só amanhã.

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Qual o problema de dormir até amanhã? Super acontecimento na minha night de quarta-feira!

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Reunião de produção, essa estranha entidade que faz meu coração disparar. Finalmente consegui MARCAR um evento agregatício para hoje, ao soar da 21ª badalada do relógio, na casa do nosso mui estimado pagador (hã?). É claro que nem por um doce (Danieeeeeeela, isso é produto da sua imaginação...) eu estarei lá no horário. Uma coisa que aprendi é que NINGUÉM consegue ser pontual nesse meio. E vamos rezar ao Todo-Poderoso, presente em todas as coisas, para que as pessoas não terminem o happening se maltratando...

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Tenho a séria impressão de que nunca mais vou conseguir amar de novo.
Não as minhas famosas paixonites, que ardem respeitando o princípio da catálise (quanto mais rápida a reação chega ao ápice, mais rápido ela termina).
Amor, amor mesmo, que respeita individualidades, que nos permite amar até os defeitos, que quer o bem para o outro, que é cúmplice, que não comporta ciúme, que deixa nossa vida de cabeça pra baixo no espaço de seis horas, e mesmo assim o fim do dia (e o início da transformação) nos pegam com um sorriso satisfeito.
Não me sinto mais habilitada a viver minha vida dessa maneira. Secou, perdi o jeito, não acredito mais, não sei.

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Vou deixar pra ler Miguel Falabella na volta. Quero estar sozinha para me debulhar em lágrimas. Ou pelo menos tentar.

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"Sentimentos tão poderosos que só poderiam ter vindo de Deus levaram aos atos mais fortemente condenados pela Sua palavra."
Judith Rossner, extraído do livro "Emmeline".






"So, for once in my life,
LET ME GET WHAT I WANT!!!
Lord knows it will be the first time
"

The Smiths

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Sim, e o que exatamente eu quero?
(a) Medicina 2003
(b) Teatro mudando sua vida
(c) Dee's Italian Guide
(d) Vivendo entre Koalas
(e) Um realejo, um mico e a sorte de todo mundo dentro da minha caixinha (Ok, Mrs. God...)

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Alguém tem mais alguma sugestão?





Mais serena, não menos triste. Mais ponderada, mais humana. Triste ainda, mas aplicando a teoria da responsabilidade nas decisões. A caminho de mais feliz.

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"Let the rebels begin
Let the fire get started
We're dancing for the restless and the broken-hearted
Let the rebels begin
Let the fire get started
We're dancing for the desperate and the broken-hearted"


Tonight is What it Means to be Young

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Aqueles olhos cravados nos meus pelo aquário...
Meu anti-homem. Tudo o que não quero pra mim.
E o coração dispara, o imbecil.
Pára de ver o que não existe, Dee.
Mas de onde vem essa voz irritante que insiste em dizer que não é coisa da sua cabeça?
Isso não é real, entendeu? ENTENDEU? Nem aqueles olhos cravados nos meus pelo aquário.

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Quando era pequena, ficava na cozinha com a minha irmã brincando de programa culinário. A gente sempre fazia a mesma gororoba, o Miojo que adorávamos. A câmera ficava posicionada na frente do fogão, e nunca deixamos de explicar aos nossos telespectadores a maneira correta de fazer a comida.
Era uma dupla boa, Algas e eu. Nunca perdemos o horário dos comerciais, nunca erramos a deixa. Tudo funcionava em sincronia. Nosso público nunca se queixou.

Deu saudade, Algas. Só isso. Os dias eram mais divertidos. A vida era um pouquinho mais tolerante com a gente, né?


terça-feira, maio 14, 2002

Tem reunião, não tem reunião. Tem reunião, não tem reunião.

SE TIVER REUNIÃO, EU NÃO VOU!

Isso foi ontem à noite, depois de um impasse mexicano. Não consigo falar com GR, os músicos me ligam pra confirmar ensaio, para pedir notícias de cachê... Que porra, informação é a minha matéria prima. Se eu falhar nisso, não tenho função absolutamente nenhuma, é melhor fazer Direito e ser sócia do Guilherme daqui a uns poucos anos. E fazer o que sempre planejei pra minha vida: seis da tarde fecho o escritório, junto uns bons amigos, daqueles que chegaram com a gente até ali, coloco Collin Hay cantando "Into my Life", abro um whisky e jogo a tampa pela janela.

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Pimentinha é um bar que só abre às segundas feiras. Pra entrar, vc recebe um descarrego com folhas de arruda e benzedura. O bar, mesmo, é um "cacete-armado", expresão baiana das que mais gosto, que significa armegue. Tudo desparelhado, um monte de coisas penduradas nas paredes, uma privada com uma escultura de um cocô que quase merece ser chamado de doutor, tamanha imponência. Putz, o Pimentinha é um estudo sociológico.
E deu certo. Esse show de "excentricidades" fez com que fosse um bar badalado. Outro item que fez com que ele se tornasse o sucesso que é é o fato de abrir segunda feira, dia que a galera (músicos, produtores, estrelinhas), que voltou de shows no final de semana, tem para curtir realmente.
Fui parar lá, ontem. Precisava respirar o mesmo ar de pessoas de sucesso, de bem com a vida, sem encheção de saco. Queria ver gente que usa pink com verde cana e funciona (tá, eu fiz funcionar, ficou tudo na minha vida. Quebrei com o preto, claro!)
Recomendo? Não sei ainda.
1. Fui com Lucas, Anne e Maynard (Lucas foi meu guitarrista n'Osparetto, Anne veio na leva e Maynard é um amigo dele pra cuja cama pulei depois de uma dispensada que levei de um falecido aí. Claro que broxei, não deu (dei) em nada, mas ficamos amigos.). Papo mais cabeça do que com as paquitas amigas do Lucas. Então já desviou um pouco a atenção do ambiente.
2. Música ao vivo. Voz e violão. Predicado pra uns, defeito pra outros. Quer me ver doente é me fazer ouvir aquelas mesmas musiquetas de bar: Dia Branco, Lilás, Se, Oceano... Valei-me, Nossa Senhora das Produtoras! Lá pelas tantas (não antes de duas da matina) eles começaram a atualizar um pouco o repertório. Tocaram alguma coisa do Barão Vermelho (eu acho), algumas coisas da fase hype dos Paralamas do Sucesso... E ficou melhor quando os músicos presentes fizeram uma quase jam, improvisando vocais, baterias e percussões nas mesas e cadeiras. Mas durou pouco.
3. Uma arara me encarando. Viva. Mais uma das minhas muitas particularidades é que tenho pavor de qualquer coisa q tenha bico, penas e asas. Ela ficava pendurada na parede do banheiro, e nas três vezes que fui ao reservado, fiquei dividida entre mirar o vaso sanitário (façanha que qualquer mulher sabe ser um exercício de contorcionismo) e encarar a arara, com medo de que ela se jogasse em cima de mim, me mordesse, me arranhasse, me furasse os olhos, emaranhasse no meu cabelo... Ganhou a arara.
4. As pessoas tem mania de tentar extorquir as outras. 4 whiskies de 5ª , 3 pepsis light, 4 couverts artísticos (2 reais cada): 34 reais. E cadê a conta discriminada? A conclusão da história é que o garçom tem o número 34 como de sorte e cuspiu na gente pra ver se colava.
Fora isso, o cadápio que ele nos deu tinha preços menores que os cobrados pelo bar na realidade. E ele ainda foi ligeiramente estúpido. Se foda, depois de muito discutir, pagamos a conta com o preço do nosso cardápio. Total (com 10%): 29 reais.

Mas o Pimentinha é bacana. Vou tentar semana que vem de novo. Outra mesa, outro garçom, longe da arara, mais tarde, pra pegar a galera descoladinha fazendo uma jam mais atualizada.


segunda-feira, maio 13, 2002


Nada de reuniões, nada de atividade, nada de novidade.
Se essa for uma amostra do que vão ser as minhas férias, eu estou jurando ser Josephina no ultimo dia delas...

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Não teve o show de sexta. Entrou água na mesa de som do PA, e ficou só o som de monitor. Não ia fazer muita diferença mesmo, já que o publico pagante não deve ter passado de dez pessoas.
Vamos ver a próxima sexta.

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Cachê, esse misterioso...

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Pudim de Leite

2 latas de leite condensado
400ml de leite
4 ovos


Bata tudo no liquidificador pqgue uma forma forrada com açucar queimado e coloque o creme. Cozinhe em banho-maria (tampe bem p/ não entrar água)

Cozinhe em banho-maria (tampe bem p/ não entrar água)!!! Isso não é metaforicamente GENIAL?????????

Banho maria e entrar água rules!!!!!!


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Será que alguém me entende??




Descobri como se ganha o campeonato do Nordeste.

O meu primeiro dia de férias começa com a minha empregada narrando o domingo dela.

"Fui jogar futebol contra o time do Cheirinho, fiz o "Gol Mamãe" pro meu cachorrinho. Acabou o jogo, umas cervejinhas, uns vinhozinhos, umas calabrezas. Depois fui dançar pagode na frente da casa de uma colega, que colocou a TV virada pra rua. Foi só alegria. Quando meu Baêa (torcedor do Esporte Clube Bahia NÃO consegue falar o nome do time!) ganhou, a gente gritava e comia sarapatel, caruru e vatapá!

Ou seja: ritos tribais ainda fazem um time fodido ser campeão da Copa do Nordeste! O tal do Robgol (?) jurava que era handbol, aparando bola com a mão...
Esperem ano que vem. Vou jogar futebol na manhã da decisão do título, fazer um "Gol Mamãe" pra Naninha (e ela que não esteja lá pra ver!), dançar pagode na frente da casa do Zeba com a televisão virada pra baixo (o idiota mora no sexto andar. E é Bahia!) e quando o Vitória ganhar eu vou comer sarapatel, caruru e vatapá.
Ah, não, comida de santo não! Pagode, futebol... ainda vale o sacrifício. Mas sarapatel, blá-blá-blá, isso não!

sexta-feira, maio 10, 2002

Chupado de um blog genial: Surra de Pao Mole

Estou de luto: ontem pela manhã, um caminhão da Yakult tombou na BR116, enquanto ia de São Lourenço do Sul (RS) até Blumenau (SC).
Milhões de lactobacillus vivos morreram...


Humor diametralmente oposto... Feliz? Não, mas destilando adrenalina.

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Fui realmente reprovada em Tele 2.
Engraçado. Eu trabalho com TV desde a época do Repórter Esso. Será que eu realmente preciso fazer Telejornalismo 2 quatro vezes? Só pq abandonei a matéria nas últimas duas vezes em que peguei? E tive algumas faltas ao longo de um semestre conturbado?

"(...) estranhamente calma, sossegada, como o passo daquele jabuti que Stella Miranda me deu na estréia de “South American way” e que foi encontrado no fundo da piscina, dormindo o sono eterno da tartaruga que ele imaginou ser. Não sei o que pode ter acontecido. Talvez ele tenha desejado olhar sua imagem na água, numa crise de referência ou num descarado ataque de narcisismo quelônio, não sei.

(...)

— Ou talvez tenha entendido que havia uma vida fora dos muros, a que ele nunca teria acesso (...)
— Ele deve ter entendido que não tinha saída."



Boa saída, Carmen (q era o seu nome, apesar de jabuti macho.)... Vc achou a saída, vc achou a solução.
Solução Hemingway. Mas vc entendeu que não tinha saída, né?


MF, jornal O Globo, 09 de maio.


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Miguel, hj tem mais gente chorando seu jabuti.

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E o q é q eu faço com a vida q eu SEI q tem atrás dos meus muros? Será que eu vou entender que não há saída? E se entender? Big Blue enfim? Reproduzir o digno final Mayol, idêntico ao do Carmen (gozado, né, artigo masculino precedendo um nome feminino!)? Ou continuar na minha vida quelônia, e inevitavelmente me descobrir jabota, não tartaruga? E assim continuar a apostar corridas em círculos?

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"Mas eu disse que essa história não tinha final feliz"
Murilo Benício, num personagem qualquer, antiiiiiigo.

(Entra BG: "Vivia a te buscar, pq pensando em ti corria contra o tempo/Eu descartava os dias em que não te vi, como de um filme, ação que não valeu...)

ALGUÉM se lembra disso?


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Quem (?) esperava um pouco mais do meu pragmatismo, esqueça. Tarde pra avisar, né? E se está de saco cheio do Falabella, desista. Sou absolutamente apaixonada por ele, por seus textos, pela sua produção cultural. E leio a coluna dele TODA semana, nunca uma única vez.

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Não me pergunte razões. Não sei, não sei e não sei.

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Amanhã vou procurar um psiquiatra. De novo.
Quero minha sanidade de volta. Ou pelo menos a paz de espírito.

quarta-feira, maio 08, 2002


Eu ainda não consegui chorar.
E preciso.
Senão enlouqueço.
E estou perto.
Muito perto.

Consegui algumas conclusões.
1. Eu amo sim a minha mãe, por mais merda que ela faça.
2. Eu amo sim o meu pai, por mais merda que ele faça.
3. Só não vou conseguir conviver com eles.

Chegar a este trinômio me fez voltar do inferno no qual estava vivendo há dois, três dias. A idéia era mudar pra uma fazenda, criar ovelhas e nunca mais ver um ser humano. Certo, ia durar três dias. Mas eu queria esquecer que um dia fui gerada, que um dia carreguei um nome de família. Ainda não ando me orgulhando deles, mas são meus e gosto deles assim mesmo.
Se vale a teoria espírita, eu escolhi a família antes de reencarnar, sabendo das onças que eu ia criar. Não é assim q funciona? Pois é, quem pariu Mateus, que balance o berço.
Deus, faz com que eu mantenha a serenidade. E que perdoar faça parte do perfil default da Daniela, modelo 76.

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Milagre!!!
A morte tinha hora e local marcados: 08:00 (05:00 GMT). quarta-feira, 08 de maio. Sala 6 da FACOM.
Executor: Prof. Doutor Wilson da Silva Gomes
Causa Mortis: Prova de Ética

Pergunta única: É a norma ética racional? E universal é a norma etica?

Deus, fico devendo mais essa!
500 textos para estudar. Estudei só a metade de um. E mal. Fiz anotações de 2 ou 3 itens. Sublinhei a mesma quantidade. E foi exatamente isso que foi cobrado! E o que me salvou de tudo, tudo mesmo, foi ter lembrado dele, WG, conversando com Benjamim, outro professor, e afirmando que era kantiano. Melancólico, mas ainda assim kantiano.
Pq me salvou?
Pq o item 3 começa assim:
"Os filososfos aristotélicos-kantianos defendem a racionalidade das normas morais..."
No resto de todos os outros 19 itens ele detona o racional aplicado às normas morais. Vc acaba acreditando q a resposta é não, a norma não é racional. Mas sendo ele kantiano, e sabendo que os kantianos defendem a racionalidade, a resposta era sim!!!!

Tá, parece complicado, né? De fato é, mas e daí?
Testes... Daniela, vc quer ficar igual à Mel da novela, é? Viciada, sendo carregada pelos enfermeiros?

Zeba, será que é mal de geminiano dar dois resultados? E o pior é que tirei a teima: respondi todas as perguntas de um modo que eu JAMAIS responderia. Deu um elemento só...





Want To Know Which Element You Are?

You are Water!


Stuck between the sky and the ground, you lack
the sudden impulse that Air has but are unable to root yourself down like Earth. Though you have troubles
finishing projects, people can depend on you for the most part (even if it means pulling a few all-nighters).
On the plus side, you are extremely adaptable and thus can adjust to any situation. Sure, you might not like
it, but it doesn't weigh you down.

Best Match: Fire, just enough 'oomph' to keep your interest.

Worst Match: Spirit, you'll be out the door before they make up their minds.





Streea
wasted a bunch of time making this test.








Want To Know Which Element You Are?

You are Air!


Flighty and spontaneous, nothing can hold you
down. Your thoughts, emotions, actions are all done with little concern except to experience and move on.
What is this stress that others talk about? You'll have none of that. You also put the other elements to
shame with the passion you can hold (although brief) for anything. Downfall is you don't think out things
and it can get you into some trouble. Your emotions are also wild, so you're prone to fly off the handle.


Best Match: Water, they're the only ones who can stand your nature and keep you out of trouble;
Spirit, they'll listen and take little offense to your wild emotions.

Worst Match: Fire, nothing like two rams fighting over the same female...





Streea
wasted a bunch of time making this test.






Naquela noite, voltei para casa e não consegui dormir. No restaurante, alguém pedira arroz de pequi e o aroma do fruto brincou pelo ar e foi buscar a gargalhada de Thelma Reston, que era minha vizinha, naquele prédio em Copacabana, onde a vida começou a ficar veloz demais. Thelma é de Goiás e, de vez em quando, havia o cheiro característico do pequi avançando pelo prédio. Foi ali, eu lembro bem, que aprendi a esconder todo e qualquer adeus nos armários da casa. Simplesmente fui enfiando as mágoas lá no fundo, jogando coisas por cima, preparando a cama dos gatos, pois havia gatos por todo o lado.

Na época, eu tinha um gato chamado Faraó, que andava sempre a meu lado, acompanhando a minha vida cigana. Um belo dia, Faraó se cansou e, a seu modo, participou sua intenção de partir. Foi uma separação triste, mas de comum acordo. Ele foi morar numa fazenda em Cataguases, onde viveu feliz, acreditando ser um leopardo. Morreu nas patas de uma vaca assustada, depois de uma vida de grandes aventuras. Mas lembro muito de sua cara larga e seus olhos amarelos na penumbra do quarto, olhando para os mistérios da noite e, às vezes, parece que escuto seu ronronar aos pés da cama.

Na verdade, aquela noite que já vai se transformando no dia, na janela do escritório, é só um preâmbulo para dizer que você tem razão. Tudo o que é eterno não admite possibilidades.



Ele. Sempre ele. Miguel Falabella, q tem o dom de me fazer ficar pendurada em duas lágrimas, com o corpo pendendo num abismo.
As lágrimas não caem. Nem eu.



Elogios. Eu os adoro. E estou aprendendo a receber.
Começou depois do show, quando os músicos da banda vieram me cumprimentar e me elogiar pelo excelente trabalho que eu tinha feito. Pô, foi meu primeiro show, gente!!! Alguém sabe o que é ser elogiada por músicos velhos de estrada, q tocam com trocentas bandas e conhecem 15 mil produtores?
Hj teve ensaio e reunião pra definir o próximo show (sexta). Do lado de fora, na dispersão, ele me chamou e ao Ricardo, e disse que tinha gostado muito do meu trabalho, q eu era uma profissional, e que era disso q ele vinha sentindo alta. Q eu sou discreta e ao mesmo tempo antenada, q não deixo passar um detalhe, que mantenho a serenidade no camarim, na hora em que eles mais precisam.
Ouvir isso tudo NO PRIMEIRO SHOW??????
Tenho muito q agradecer aos deuses hj...

terça-feira, maio 07, 2002



Quem? quem vai pra aula de Assessoria?
Eu? Pra ouvir aqueles organismos comentando do REDECOM, evento do qual NÃO participei?
Vou ficar em casa, me programando eternamente para estudar para Ética amanhã.

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Nunca durma com os olhos abertos.
É, não sei que raios que fiz, se fiquei pensando demais na vida, se posicionei o olho mal... Não sei. Fato é que quando consegui dormir, os olhos permaneceram abertos. Tenho certeza!!! Arderam muito, quando, meia hora depois, por volta das 5 da matina, eu acordei para tirar os pés do travesseiro e lá acondicionar a cabeça.
Louca? Claro que não, vc me respeite!!

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As aventuras da Daniela pelo sertão baiano estão quase prontas. É que estava usando a máquina desdentada do quarto, e as teclas f blá-blá-blá. Vc conhece a ladainha.

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Alguém tem uma fazenda no centro da Austrália pra me vender? 160 de frente, 250 de lateral. Km, não hectares, claro! Compro com as ovelhas. Condição sine qua non: SEM GALINHAS!!!
Aliás, nem galinhas (tem galinhas na Austrália? Me cheira a uma coisa tãaaaaaaao tupiniquim...) , nem cacatuas, embora o nome seja lindo, nem porra nenhum que tenha bicos, asas e penas. Fobia, né?
Tratar com Zeba, meu procurador, já que foi ele que inventou de ir pra Austrália. E já que eu voltei à clausura (Ué, e saí quando?).
Café da manhã, estooooooooooooou indoooooooooo!

segunda-feira, maio 06, 2002



Hoje, em Salvador, só dirige quem tem carteira de arrais-amador pra cima.
Não dou uma hora pro rio (?) da avenida Centenário subir...


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No segundo capítulo "Conhecendo Daniela", você verá:

. Eu, produtora do Guiga Reis
. A viagem para uma cidade cujo nome não me recordo
. A esfiha (imperdível!)
. O que mais houver (e houve muito, muito mais!!)

Só que antes eu vou descongelar no chuveiro. Sim, eu devo ser a paulistana mais fajuta do mundo, mas meu pobre corpo passou por tantas variações climáticas no último final de semana que hj, quando caiu um pouco a temperatura, foi suficiente para que eu me tornasse um experimento vivo da criogenia.

Eu já volto!

sexta-feira, maio 03, 2002


Por que é que eu faço isso comigo, Deus? Por quê?


Vc eh Dexter Holland, original, inteligente, nao sabe que eh punk, mas eh.


Que PUNK rocker Você É?



Vcs entenderam minha angústia, né?

Será que tem um serviço de apoio aos viciados em testes idiotas?


Estou lendo um blog chamado Bloguete que fala de sexo com muita tranquilidade. Sempre me divirto muito, mas hj o q me fez gargalhar foi o comentário do Carioca 28, figurinha fácil nos comments de Blogs q leio...
A discussão do blog era sobre pentelhos, depilados ou não, em formato de que... Saca só o texto do cara

Cabelos. Uns reclamam que não os têm na cabeça. Outros reclamam que os tem em outros lugares. Reclamações à parte, se cabelo fosse valioso, não nascia no sovaco, no saco e na porta do cu. Cabelo é mais ou menos como air-bag de Fiat. Não tem funcionalidade nenhuma, mas quem tem quer ostentar.

Entretanto, cabelo em locais indevidos podem ser uma tragédia para as pessoas. Lembro bem de um personagem de uma minissérie baseada em um livro de um grande autor de que não me lembro o nome.- Nem do autor, nem do livro, nem da minissérie e muito menos do personagem. Na história, uma mulher tinha um buço de impor respeito a Salvador Dali e por isso, as pessoas achavam ela meio esquisitona.

Na minha concepção tosca, disse o Senhor no momento da concepção:

- Crie-se cabelo na buça!
- Hein?! - Retrucou timidamente o feto meio surdo.
- Na buça!
- Aaaaahhh, sim.

E uma vasta cabeleira se criou sobre os lábios da futura mulher e todos os sacanas e fabricantes de água oxigenada, gilettes e pinças se regozijaram e cairam na pele da pobre adolescente.

Sinal dos tempos. Luis gonzaga, cantava que a diferença que da mulher o homem tinha era o cabelo no peito e um queixo cabeludo que a mulher não tinha. Globalização, Neo-liberalismo e revolução sexual, pronto! Só falta o queixo cabeludo. Felizmente, os homens terão sempre sua utilidade garantida enquanto mantiverem o lobby da fabricação de potes de azeitona.

Cabelos de cabo a rabo, principalmente rabo. Mulher não pode ter cabelo nas pernas. Tem que ter penugem e mesmo assim, só o suficiente para arrepiar e nos dar pretexto prá passar as mãos nas coxas delas. Ou então o sufuciente para dar uma temperada ao passar da lingua. A pepeca tem que ser moicana, embora qualquer penteado prá frentex é interessante. A única restrição é que não pode parecer com o cabelo do Bob Marley. Vale lembrar que cabelos e sensibilidade são inversamente proporcionais. No Mamilo, nunca experimentei, mas deve incomodar. A patroa as vezes inventa de brincar com os meus e dói prá cacete.

Na cabeça, vale tudo seja a cabeça dela, seja nas minhas. Se forem vermelhos - os cabelos - é perdição total. Sou completamente tarado por ruivas, principalmente aquelas enferrujadas e cheias de pintinhas. Mas o cabelo que realmente é hipnotizante é aquele que leva do umbigo eternamente abaixo até os pentelhos propriamente ditos. Isto mesmo, aqueles que adornam as barriguinhas e se perdem por trás dos botões dos shortinhos jeans.

Prá terminar, já que falei de cabelos de cabo a rabo, cabelos no rabo. Só no meu. Mesmo porque eu não me levaria a sério se um dia me visse depilando o roscofó. Se um dia eu precisasse disso a titulo de salvar minha vida, ou seria com anestesia geral ou seria tirar as medidas do esquife. Já o fiofó da companheira, liso, careca como o kojak e impoluto, prá que eu não fique com Cuelhos presos aos dentes.

Por falar nisso, uma "GRANDE AMIGA" minha uma vez contou que ficou com um pentelho meu preso no seu aparelho ortodôntico. sorte ter notado isso em sua averiguação antes de ir ajustar o método de tortura odontologica. Imagina uma jovem senhora sentada na cadeira do dentista e ele puxa um pentelho do meio do aparelho dela com a pinça.?!?

Por hora é só. Desculpem os que esperavam mais, mas esta semana foi de matar. Mas só prá encerrar, já imaginaram o Enéas chupando alguém? Duro não é a barba dele entrando no rabo da dona, mas os óculos arreganhando as pernas. Diga-se de passagem, a mulher do Enéas deve ser a única que diz que vai colar um velcro para caracterizar uma relação heterossexual.

Abraços a todos e um ótimo FDS
O Carioca 28


Eu não casava contra um cara desses?


Toda sexta feira eu me questiono a respeito da validade de me levantar, olhar no espelho, tomar banho, olhar no espelho de novo, procurar uma roupa no meu ármario (que está todo espalhado na cama de baixo do beliche. Pensemos assim: sempre quis um closet...), entrar nela, comemorar que a saia já está tão folgada que posso levar alguém comigo dentro dela, tomar café da manhã, pentear o cabelo, brigar para abrir a porta (defeito, claro.) (Na porta, claro.), brigar para fechar a porta, esperar 40 minutos por um ônibus ( posso caminhar até a praia e pegar váaaaaaarios lá, mas acho desforo ver aquele povo vagabundando e eu toda enfatiotada no ponto de ônibus), caminhar pelo matagal do campus de Ondina por bem uns 10 minutos, subir dois andares enoooooormes de escada e me dirigir à sala de aula.
Pq me questiono?

PQ NUNCA TIVE UMA AULA DE TELEJORNALISMO II QUE FOSSE PRODUTIVA!!!

A FACOM deve ser a única faculdade do mundo onde vc pode pegar a matéria 2 antes de pegar a 1. Essa aberração acaba fazendo com que os idiotinhas do 2o. semetre façam essa matéria conosco, dinossauros que querem mais é sair logo da faculdade. Pode parecer esnobismo, e é, mas eu tenho mais tempo de trabalho com TV que a minha antiga professora de Tele 1. Tele 2 é uma versão piorada da primeira disciplina. E a professora tem que ensinar rudimentos para os guris.]
Eu gasto dois reais de ônibus (é, minha irmã nem fez a caridade cristã de ir me buscar hoje!!) por nada. E ainda descobri que estou na lista de prova final pq não tinha equipamento disponível para fazer a terceira matéria, já que os merdinhas resolveram fazer, cada um, 300 documentários para o telejornal experimental.

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Ingestão de 58 comprimidos de alguma coisa. Esse foi o diagnóstico dos médicos que atenderam o Matt no hospital. Como foi a polícia que socorreu, o caso foi pra Côrte e ele foi mandado compulsoriamente para um hospital psiquiátrico. Já está consciente, e tem liberdade para conversar com a mãe e o irmão por telefone na hora em que quiser. Ainda não está conformado de estar internado, mas a previsão do médico que o acompanha é de que hj ele já esteja apto a começar o tratamento uma ala onde tenham menos malucos.
58 comprimidos. A reação de todo mundo é perguntar se foram comprimidos de Melhoral Infantil. Raciocine comigo: 58 comprimidos de QUALQUER COISA matam. Até de Alcachofra composta ou cartilagem de tubarão em pó. Matam, caramba.

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Um amigo de Recife ligou pro meu celular hoje e deixou gravadas na minha caixa de mensagem 4 das músicas que mais gosto do filme Imensidão Azul. É difícil de achar palavras adequadas para agradecer tamanha gentileza, tamanha generosidade. É um desprendimento maior do que consigo pensar.

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Estou na Super Máquina da mamãe. Ela está dormindo. Juro, juro que não coloquei sonífero nenhum no café dela...
(sorriso candido)

Juro...

quinta-feira, maio 02, 2002

Estou na minha sessão diária de auto flagelo. Ouvindo Billie Myers, na torturante versão acústica. E digitando com este teclado capenga (mais uma dessas e eu vou presa! Quanta descortesia com deficientes...). Estamos combinados (sobe, Danuza Leão!) assim: se faltar um f, um p ou um b nas palavras, vc pega sua canetinha nanquim, pra não descombinar, e completa. Certo?

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Acho q mais nada pra hj... Só Matt que tentou se matar, e a gente não sabe se sobreviveu... Em tempo: Matt é um amigo, primo da Verena Patalógika, que mora nos USA. Vou ligar pra ela de novo daqui a pouco pra tentar notícias. Se eles não conseguirem falar com a mãe do Matt, eu vou pra lá pra falar por telefone com o padrasto dele, q não entende patavinas de português...
É duro fazer a própria imprensa. E dizem q jornalista fica feliz com notícia ruim...

Humpf!



Meu teclado está fanho! Com todo o perdão aos portadores dessa deficiencia, eu odeio ter que esmurrar as letras F, P e B para escrever. Lóooooooogico que tem a outra máquina, mas ela é guardada por um cérberus hi-tech... É a Super Máquina (duh...) da minha mãe, permitida somente até as 16:00 em dias úteis e hora nenhuma em finais de semana e feriados. Como diria Pollo, um forte conhecido da comunidade rock and roll: "Stuffs*"...

*Para que tanto F?

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Uma semana sem sair de casa, amanhã tenho que enfrentar os dragões lá de fora... Aqui no castelinho tava tão melhor...

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Austrália, forte amigo Zeba, foi um projeto que acalentei por anos a fio... Cangurus carentes, koalas carentes, váaaaaaaaaaaaaarios homens de Marlboro (não são os próprios?) carentes... Mas agora?
A Itália se descortina aos meus pés, se apresenta cada dia mais bela...
Tá, discurso fudido, né?

Se acabar a paixão pelo Paolo, Austrália 2003, Um Projeto de Vida...


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Mingau, um amigo lindo, que tem lindos olhos azuis, e nunca atualiza o próprio blog, esqueceu os sapatos na casa do Bruno, um outro amigo nosso. Sua mãe (a do Mingau) está achando que ele vendeu os sapatos para comprar maconha...

Cai o pano, próximo ato.

quarta-feira, maio 01, 2002

"Um sexagenário americano está tentando criar o seguro contra desaparecimento de pessoas em aeroportos. (...) O tal americano está processando a American Airlines porque sua mulher desapareceu na escala de um vôo no aeroporto de Dallas. Faz quatro meses. Ninguém sabe onde a mulher — uma septuagenária — foi parar. A história é bem trágica. Ela sofre de Mal de Alzheimer. Ele anda em cadeira de rodas. Na tal escala, ao transferirem-se de um terminal para outro do aeroporto, acompanhados pelo pessoal da companhia aérea, a velha desapareceu. Como uma mala. Como um roubo de carro em estatística de Garotinho. Simplesmente desapareceu. "

Chupado da coluna do Artur Xexéo