segunda-feira, abril 27, 2009

Be double again

É

.Voltar a beber Skol sem queixas, só sorrisos
.Passar a noite de sábado fazendo palavras cruzadas, calados os dois, e nunca ter dividido maior intimidade
.Passar a noite brigando com ele, que se descobre todo, enquanto eu o espero dormir para cobri-lo de novo.
.Mais ou menos acordar com ele cobrindo minhas costas, geladinhas
.Acordar e perguntar o que ele quer de café da manhã. E ir fazer, sorrindo.
.Pensar a cada 7 minutos que foi a melhor coisa que se podia fazer. Sorrir mais um pouco.
.Ponderar seriamente sobre mudar de município
.Fazer planos para uma rave em 6 de junho, só porque ELE quer ir.
.Esperá-lo chegar as quatro da manhã, conversar até as sete, ouvir uma dúzia de coisas legais e dormir sorrindo.
.Olhar detidamente para isso tudo e pensar: "Só vale tanto porque é com ele".

Eternamente até enquanto durar.

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Lua, te ligo amanhã!

Velório

Não, prezado desafeto, ainda não é o meu. Velório é o curta do Reinofy, roteiro lindo que há anos conheço, e que enfim vi numa tela gigante de cinema.

Longos planos, nenhum diálogo, fotografia primorosa, roteiro... bom, sou suspeita, e isso não é uma crítica (TKS, God). É uma declaração de amor a um script bem formatado, bem rodado, bem dirigido, é uma ode ao cinema baianao, ao meu amigo querido e talentoso.

Velório é um soco no estômago. É uma poesia coberta de imagens, imagens simples e poderosas. É a tradução do que todo mundo eventualmente pensa sobre a vastidão — e a pequenez — da própria vida. Depois dos créditos encerrados (já falei que sou viciada em créditos de filme?), luzes acesas, e eu continuava estuporada, sentada ali, vendo a turba pensante subindo lentamente pelas escadas, em forma de onda humana.

Pense comigo, prezado Leitor: no seu caixão, o que não cabe?

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Dentro de dez dias eu vou montr uma barraca de mingau (TDP) na frente de casa, com turbante, vários sabores, e a Lourinha do lado, de quebra, tirando a sorte no realejo.

Dinheiro vai ter que vir de algum lugar.

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Peggy Sue, seu passado a espera

E teve o Nando, o Luna, a Lala, a Déa, a Lilia, o Amadeu, Arnold, Saulo, Reinofy. Teve As Menininhas, não mais tão menininhas, lindas, lindas demais. Passado sanfonado, grudado no presente, fole que não se desdobra, e 12 anos da minha voltaram.

Voltaram fortes, nítidos, filme em película, velho que custa a morrer. Foi mágico, e ao mesmo tempo agridoce. Depois do filme, me fizeram ver mais uma vez que, embora algumas coisas morram rápido — sem perguntas, ainda estou sob a égide da perda —, outras sobrevivem a furacões, terremotos, crises financeiras, e ao tempo.

Algumas coisas sobrevivem ao tempo. Agridoce.

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Em linhas gerais, a vida vai bem, alguns momentos gloriosos, outros que só servem para marcar o ritmo da espera, outros que pontuam a felicidade — Essa ainda meio escassa.

Estou em ritmo de reconstrução. Recontrução de tudo: de vida, de relacionamento, de profissão, de relação com filha, com pais, com aprendizes, mestres e amigos. Mais que isso, estou reconstruindo as pontos que me ligam ao mundo, estou fazendo novos acessos da minha alma para a humanidade.

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E O Moço completou a Maratona de Zurich!!!!! Orgulhosa como mãe de filho recém-alfabetizado!

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Nando, sabe que também ando bebendo suas palavras lá no seu blog??

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Desculpem se estou azeda, mal-humorada, sem fair play, sem bossa nem graça. Viver não é simples, e eu tenho tido uma boa dose dessa premissa. Não é ruim, mas dizer que é um mar de rosas é um exagero criminoso.

sábado, abril 18, 2009

50 mil

Visitante número 50.000, identifique-se!

É uma honra tê-lo aqui!

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Que tipo de pessoa de 32-quase-33 urra de alegria quando encontra um site com todos os episódios da Turma do Pato Bill para baixar?

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Catzo!


"Por favor, sugira um remédio que me faça parar de tremer de alegria como um lunático, quando recebo e leio suas cartas... Você me faz uma dádiva tal como nunca sequer sonhei encontrar nesta vida."

Franz Kafka

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Como eu sou repetitiva...


Publicado aqui em 18 de novembro de 2003

Briga, briga comigo e me deixa. E volta pra casa, ruminando dores de amores, enquanto eu saio do trabalho e vou ao encontro dos meus. Me deixa, anda, e fica até essa hora tardia pensando que podia estar comigo! E onde se enfiou essa garota? Me deixa mesmo, e admita, na quinta volta pelo quarteirão, que me ama, e que não adianta brigar consigo mesmo. Admita que me ama, pelo menos pra você mesmo!

Assuma seu amor por mim, assuma que te assusto, aceite que tem medo de me perder. Aceita, homem, a mulher que eu sou. E continua a me amar assim: desafio, carência, paixão, independência e humor. Me ama. Desse jeito torto mesmo. Mas me ama.

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Para registro

Primeiro dia de casaco na minha casa! Ê!

Na boa... Na casa da minha mãe deve estar nevando.

terça-feira, abril 14, 2009

Ser solteira é...

.Beber Bavária porque gosta
.Esticar as pernas na cama
.Ponderar se a TV nova vai mesmo pro quarto
.Comprar a camisa do Flamengo no Rio e inaugurar na final da Taça Rio (com todo o sotoque carioca que a terra lá me renovou)
.Morrer de saudade a cada exatos 7 minutos, e ainda assim achar que é a coisa certa
.Reapaixonar por quem já existiu uma paixão, comparar, e saber que nada é tão bom quanto aquele a quem amamos
.Fazer planos para o feriado de 1o. de maio, pesquisar preço de passagens para um luga inóspito, e descobrir que o dinheiro dá
.Ponderar seriamente sobre mudar de cidade e estado
.Pensar nisso tudo e no final dizer: "Vale uma bosta sem ele"

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Al, a anã vem amanhã.

Ecos da viagem

*Aviso que se você for susceptível a humor negro, vá lá em cima no x e clique.

.No ponto, esperando pra ir ao jardim Botânico. Para um ônibus e desce, sustentado por um hippie vendedor de brincos, um deficiente sem as pernas. Se ajeita no skate que trazia embaixo do braço, e pergunta pra gente qual o caminho para a praia. Completamente fanho.

Comento com a minha irmã depois:

— Al, que merda, né? O cara além de aleijado é fanho...
— Fanho??? Eu achei que ele fosse argentino!


O que é pior? Fanho ou argentinho?

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O pior é a sem noção aqui conversando com a cria loura, ainda no ponto:

— Mãe, por que ele perdeu as pernas?

Ato contínuo, sem pensar, porque eu sou desarrazoada, mesmo:

— Porque não guardou no lugar certo.

Vergonha, meu D*us, vergonha.

corta para

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No dia seguinte, Zoológico. Havia uma pomba no meio do caminho, no meio do caminho havia uma pomba. Vem minha irmã, cheia de alegria, correndo para fazer o bicho voar.

A pomba deu dois passinhos cambaios e tombou de lado. Aleijada da perna E da asa.

— Helga, passando o corre no aleijão?


corta para

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Tia e sobrinha voltaram domingo, mamãe segunda foi pra São Paulo e eu cheguei hoje. Acompanhei mamãe ao aeroporto, tomamos um café, ela embarcou e rumei para o ponto de ônibus, para voltar pra casa.

Começa a tocar no player "You are my first, my last, my everything", do Barry White. Para os adictos, a música do banheiro de Ally McBeal. A música que todos dançam no banheiro. A música que EU dancei no ponto, no meio de todo mundo.

Vergonha, meu D*us!

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E foram dias encharcados de chopp e carinho, afetos e pizzas, primos e abraços. Foram dias de cura, dias de afagos, saudades indo embora, laços estreitados. Dias de finalmente pertencer, de voltar ao lugar que tanto me é caro, de encontrar pessoas que eu amo, e que faço questão de ver a cada temporada no Rio. Dias de achar um pouco de paz sob o olhar atento do Cristo, que lá do alto do corcovado, em tempo algum me perdeu de vista.

domingo, abril 05, 2009

Silêncio na Avenida Presidente Vargas...

Mais uma noite de insônia, mais uma noite tentando fazer com que a mente pare um pouco, que os fantasmas parem de gritar, que o silêncio enfim se instaure dentro da minha alma.

Era só iso o que eu pedia. Mas os fantasmas gritam, a cabeça não para. O silêncio veio de onde nunca devia ter vindo: de dentro do peito.

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E aí tenho sonhos com um ex-namorado me convidando para uma festa na Rocinha, deixando para mim vultuosas quantias enroladas num bilhete; uma declaração de amor meio arrevesada e uma passagem de ponte aérea (?) parao Rio.

Ah, o Rio... Já falei que faltam só dois dias?

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Labirintite em estado bruto, fim do documentário-xodó, Rio e meu amigo querido lá... Fim de uma era, e engraçado como as coisas se repetem na minha vida. Parece que nunca saio do vórtice se não der um pulo enorme para cair em outro... vórtice temporal.

E cade força para pular?

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Odeio ir dormir quando ospassarinhos já estão cantando. Cheira a fracasso, sabe?

quinta-feira, abril 02, 2009

joão...

...

Você me emociona.

Obrigada por existir.

Tom Cruise, filmes, passado...

Por muito tempo, Jerry Maguire foi uma rferência pra mim. tanto tempo, que acabei esquecendo o porquê. A Grande Virada, mas por que me inspirou tanto? Sabe D*us, mas ainda hoje me atrai o nickname de Jenny Maguire. Subconsicente rocks.

Hoje, entorpecida pela realidade em estado bruto, terminei de ver Vanilla Sky. Soco na boca do estômago. "Eu quero viver a realidade", e a realidade não incluia aquela mocinha linda. Não incluia o amor.

Altura? Realidade. Corpo ao vento. Oitavo andar. Isso tem voltado numa frequencia vertiginosa pra mim, numa sucessão de ir e vir que incomoda. Perda. Dor. Nós.

O quanto se perde numa queda em busca da realidade? Quantas familias são destroçadas num impulso que o corpo dá, espaço afora? Quantas vidas fenecem, e levam tantos anos para se reerguerem?

Não foi um dia fácil. Foi um dia de me deparar com a finitude das coisas, inclusive do projeto-xodó, que deu origem à série. Foi dia de voltar atrás vida afora, não só quatro meses, mas dezesseis anos. Dia sanfonado, passado que se encontrou caprichosamente com presente, e que enfim, ambos, me encontraram tão frágil como fui nos dois tempos. Quatro meses, dezesseis anos.

Esse foi um dia de resgatar contas antigas, não-prescritas. Morte não prescreve. Amor também não. Foi um dia de querere morrer, e ao mesmo tempo de querer colocar a cabeça pra fora da maré e dizer "Gente, eu sobrevivi!!! Me salvem, olha eu aqui!", e sair corajosamente singrando o mar, mesmo que aos solavancos.

Porque eu não desisti de ser feliz.

É minha meta, doa a quem doer.

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Há anos não tinha tanto orgulho de produzir e dirigir um material quanto tive com este de hoje.