quinta-feira, outubro 06, 2011

Alteração de email

Amigos e parceiros,

Depois de anos de intensa relação, estou encerrando a minha conta de email do superig. Por favor, apaguem o dhenning@superig.com.br e inclua o danihenning@gmail.com

Um grande abraço,

Dani Henning
Produção Salvador
71 8896 8576
71 91080628


domingo, maio 22, 2011

A banda mais bonita da cidade

Coisa na vida que eu detesto: crítica destrutiva. Ponto.

Ok, não gostou; ok, não concorda. Dois caminhos, pois: ou sustenta INTELIGENTEMENTE o porque não gostou, e sugere uma ou outra mudança, ou cala a boca, clica no Xzinho lá em cima, e vamos que vamos.

A questão é que cheguei há pouco no universo da A Banda Mais Bonita da Cidade (Ctrl+C, Crtl+V). O tanto de bobagem que ouvi foi de matar de vergonha alheia. Os piores adjetivos estão aplicados ao clipe. Minha opinão sobre a banda? Daqui a pouco, calma. O buraco é mais embaixo.

Chamar a banda de retardada vai acrescentar o quê na vida do criticante? Além da satisfação em ser sádico, ganha-se o quê? Postei um comentário no Facebook, e a Grazi rebateu com a própria opinião. Em tempo algum desabonou a banda. Desabonou, sim, a própria experiência, a fruição, etapa esta que se refere a ela com a música. Não gostou, pontuou, e deu um show de elegância em não criar adjetivos grosseiros sobre a banda.

Odeio crítica que só destrói. Atrás de qualquer clipe que a gente vê na internet existe um objetivo. Mais forte que isso, por mais piegas que possa parecer, existe um sonho. Sonho de dar certo, de ser aceito, de chegar lá, de pertencer. Lidar com as expectativas dos outros é, provavelmente, umas das mais delicadas instâncias do relacionamento interpessoal. Não tem nada de bom pra dizer, fecha a matraca e vai ler um livro.

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Levei alguns dias para entender o fenômeno A Banda Mais Bonita da Cidade. Mesmo. Três dias longe do Twitter, idem para Facebook, e quando eu cheguei, já era fato consumado. Confesso, prezado Único Leitor deste antro de teias de aranhas, que à primeira vista, a banda tinha tudo para me fazer detestá-la. Todos os coleguinhas ripongas tinham adorado, e isso era suficiente para alimentar meu preconceito (sim, eu TENHO preconceito. Apedreje agora.).

E assim NÃO se realizou a expectativa. Adorei. Adorei mesmo. Não tem explicação. A letra é um grude sem fim, uma repetição hipnótica, num crescendo (que provavelmente explica), tão obsedante que... ah, sei lá o quê. Fato é que há duas horas carreguei a música no youtube (feito histórico, porque minha internet é à lenha), e a cada três milimetros que o cursor avança, avançam três metros da minha admiração.

Meu termômetro pessoal se responde numa pergunta: "Eu teria no meu iPod?".

Hoje, exatamnte uma da manhã, a resposta é clara.

Sim.

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E entenda que a minha revolta com a crítica destrutiva não foi porque apaixonei pela música (e fiz um esforço doido para ODIAR). Podia ser Silvano Salles, como aliás, sempre foi lapidado. Podia ser Beto Botho (a culpa é dele, Sr. Namorado, que me apresentou!!). Quem quer que fosse, quem quer que seja, não DESTRUA.

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E se você, como eu, esteve alheio à vida online nos últimos dias, tá aqui o clip:



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E como eu e Brenda fofocamos no Facebook, plano-sequência nos arrebata.

sábado, abril 30, 2011

Quatro

Quase quatro e eu não dormi. Quase quatro, e ele dorme, e isso finalmente me faz feliz. Quase quatro, e chove como se não houvesse amanhã. Quase quatro, e...

Quase quatro, e estou completa. Quase quatro, e ele é a paz que eu sempre quis. Quase QUATRO DA MANHÃ, e eu estou sem sono, elucubrando sobre todos os carinhos que ele me fez na vigília. Sobre o amor que temos um pelo outro, absoluto, tranquilo, completo, intenso.

São quatro da manhã, e não consigo me lembrar de ter sido mais feliz. De ter achado o homem certo, de ter tido tanta paz quanto tenho hoje. São quatro da manhã, e são 174 dias entre céu e mar, entre tropeços (poucos, espero) e acertos, entre eu e ele.

São quase quatro, e eu vou tentar dormir, acompanhá-lo, acordar com ele, como sempre faço, e fazer com que ele seja o mais feliz possível.

É o mínimo. Diante de tamanha alegria que ele me deu, fazê-lo feliz é o mínimo que eu posso esperar de mim.

segunda-feira, abril 11, 2011

Uma verdade inconveniente

Os dias não andam suaves.

Esta alma tem um suporte material falho, que depende de química para funcionar. Não, não droguitas ilícitas. Preciso de remédios que reequilibrem minha desarrumada química cerebral.

Calha que desde 14 de maio do ano passado, quando minha caixa de (muitos!!!) remédios sumiu no dia da mudança (ela reapareceu, sim, que a bagunça é grande mas não sacaneia, né?) e eu me dei alta do tratamento. Sim, formada que sou na Universidade Daniela, habilitação Assuntos Médicos Aleatórios, me dei ao luxo de abandonar o tratamento.

Por quê?, pergunta o garboso leitor (e como tem gente garbosa lendo isso aqui!). Senta aí que eu te conto. Por mais de três anos entrei e saí de consultórios, recebi os mais variados diagnósticos, e mais variados ainda remédios. Já fui cobaia de psiquiatra fofo e maluco, já tomei tanto remédio de uma vez só que ficava slow (em português, lesada). Já ouvi médico especialista dizer que era pra ter força, para aprender a ver o azul do céu. De verdade, se me perdoa o palavreado, ENFIA SEU CÉU AZUL NO CU!

Até os lactobacilos vivos do Yakult sabem que depressão é incapacitante, e que se vontade de melhorar fosse moeda, o paciente tinha um cofrinho cheio. Um MÉDICO dizer que você tem que ter força, sabendo que não passa pela esfera do mero desejar? Azul do céu, quando só enxergo em escalas de cinza? Psiquiatria é o quê? ciência ou esoterismo?

Bom, quase um ano depois, eis que eu realmente estou no limite da não-medicação. Preciso. Voltei a ter medo de gente, de telefone, de redes sociais; voltei a mergulhar nas séries americanas, a ler descontroladamente, a ter medo de ouvir meus próprios pensamentos. Mais do que isso, entretanto, é a absoluta incapacidade de desenrolar as coisas da vida privada. Se rola um trabalho, a persona produtora resolve tudo, consegue coisas e atos em prazos inacreditáveis, sorri, dá cambalhota, manda flores ao delegado e beija o português da padaria. Quando a porta que separa meu mundo profissional do pessoal se fecha, eu não consigo sequer pedir pizza por telefone. Só pela internet, para não falar com ninguém. Fato.

Então, caros Leitores, se eu sumi da vida virtual, com certeza o mundo aqui fora me vê menos ainda. Vamos, vamos ver o que diz aa nova medicação. E uma prece por esta alma — pastiche de Perséfone — que tanto precisa de forças para os seis meses lá em cima.

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Johnny, a barata mais linda da Baratolândia, no dia que quiser uma partida de War, vinho frisante para fazer cosquinhas no nariz e risadas de alegria, escale minha parede (eu recomendo o elevador... :) e se apresente!

segunda-feira, março 21, 2011

Segundo andar

Segundo andar, frente. Morar num apartamento tão perto do chão tem lá suas particularidades, e não estou falando da alegria de ouvir o barulho da chuva batendo no chão, coisa impossível para quem mora no décimo andar, por exemplo. A proximidade com a rua me fez ver a quantidade de gente maluca que circula pelo mundo, ou mais especificamente, pela minha rua.

1) O cara do gás. O palco é seu sonho maior, e o ensaio pode ser enquanto dá gritinhos ensaiados para anunciar a chegada do seu produto. "Olha oooooooooooo gaaaaaaaaaaaaaix! Au!". Em tom crescente. Juro.

2) A doida do radinho. Ela é limpinha, não é mendiga, anda com um radinho de pilha colado na orelha e narra tudo o que ouve. É doida, doida, doida. Mansinha de tudo, mas ainda assim, doida. O rádio é sempre novinho, sinal de que alguém cuida dela com algum desvelo. Bacana é ser atualizada no noticiário pela maluquete da rua.

3) A mendiga que tem medo de escuro. Mendiga mesmo, doidinha, vive falando sozinha, e eu vivo apurando as orelhas para saber o que há de novo, Scooby. Numa dessas vezes em que puxei papo é que ela disse que não ia "lá em cima" (parte mais alta da ladeira), porque tinha medo de escuro. Meu coração apertou. De que trevas essa criatura foge, na verdade? Morro de pena.

4) O brother do Chow Chow. Que eu saiba, ele não tem camisa. Carequíssimo, mal encarado, anda muitas vezes por dia com um Chow Chow e um outro cachorro que, cofesso, foi obliterado pela fofurice do cão da língua roxa. Ardo de vontade de fazer amizade com os caninos, mas acho que o dono morde.

5) Nelson. Last but not least. Nelson é o porteiro-show da manhã do meu prédio. Não passa uma alma pela rua que não grite para ele uma saudação, que não dê um bom dia entusiasmado, que não sacuda as cuecas de alegria por ver o Nelson na guarita. Não, ele não está nem perto de ser simpático, pelo menos não comigo. Por outro lado, tem velhinha que traz biscoitos para ele, que manda sopa (DE MANHÃ), que dá presentinhos. Não, Nelson não é o porteiro "Colírio do Mês". Nelson é um mito. Nelson é pop, um ídolo. Um ícone.

E tirando as pessoas, ainda tenho uma coleção de baratas que escalam a parede para a minha casa, baratas de todas as espécies, grandes, pequenas, cascudas, francesas. Todas nojentas, fadadas a morrer com jatos de... perfume!

É. Minha lata de veneno acabou.

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Tentando voltar, mon ami, tentando voltar. Valeu o puxão de orelhas, vamos ver se engrena.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Como eu, ignorem os acentos. Postar do celular eh, antes de tudo, um
movimento de desespero.

Volta pra terapia nao e facil. Estou aos pulinhos, tensa, agoniada,
dando chiliques, e pq nao?, ansiosa pelo reencontro com a persona que
soh tem me dado trabalho. O hiato de quase oito meses fez um trabalho
paralelo de auto conhecimento, e agora eh hora de elaborar isso tudo
no diva metaforico.

Agora, porem, soh a angustia e a vontade sem fim de chorar.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Promessas de reveillon

Prometo ser menos geniosa, desde que o mundo pare de me provocar. Prometo ir mais à praia, por mais que me custe nas primeiras vezes. Prometo andar mais, reclamar menos, pelo menos para os outros ouvirem. Prometo tentar mais que resistir, conseguir mais que desistir.

Prometo temer menos, mas não ao ponto da irresponsabilidade. Aliás, prometo ter mais responsabilidade. Prometo tentar manter minha casa arrumada, comida na geladeira e água no filtro. Prometo algumas realizações, alguns entraves, muitos sorrisos, inúmeras gargalhadas. Prometo rir mais comigo do que de mim.

Prometo tentar me cuidar mais, preservar mais meus limites, tentar não ultrapassar a fina linha que divide o "pode" do "não pode". Prometo mais respeito por mim. Isso eu prometo de olho fechado, e não só a tentativa. Prometo um vestido novo, florido, para alentar minha alma quando ela estiver cinza. Prometo tentar ser menos cinza.

Prometo que ninguém mais vai me aviltar com a minha permissão. Prometo cuidar bem dos humanos que me fazem feliz. Prometo só manter perto de mim gente decente, que vai tentar, e que vem tentando desde sempre, tanto quanto eu, ser melhor a cada dia.

Isso posto, feliz ano novo NOVO pra você, Fiel Leitor.