Quase quatro e eu não dormi. Quase quatro, e ele dorme, e isso finalmente me faz feliz. Quase quatro, e chove como se não houvesse amanhã. Quase quatro, e...
Quase quatro, e estou completa. Quase quatro, e ele é a paz que eu sempre quis. Quase QUATRO DA MANHÃ, e eu estou sem sono, elucubrando sobre todos os carinhos que ele me fez na vigília. Sobre o amor que temos um pelo outro, absoluto, tranquilo, completo, intenso.
São quatro da manhã, e não consigo me lembrar de ter sido mais feliz. De ter achado o homem certo, de ter tido tanta paz quanto tenho hoje. São quatro da manhã, e são 174 dias entre céu e mar, entre tropeços (poucos, espero) e acertos, entre eu e ele.
São quase quatro, e eu vou tentar dormir, acompanhá-lo, acordar com ele, como sempre faço, e fazer com que ele seja o mais feliz possível.
É o mínimo. Diante de tamanha alegria que ele me deu, fazê-lo feliz é o mínimo que eu posso esperar de mim.
sábado, abril 30, 2011
segunda-feira, abril 11, 2011
Uma verdade inconveniente
Os dias não andam suaves.
Esta alma tem um suporte material falho, que depende de química para funcionar. Não, não droguitas ilícitas. Preciso de remédios que reequilibrem minha desarrumada química cerebral.
Calha que desde 14 de maio do ano passado, quando minha caixa de (muitos!!!) remédios sumiu no dia da mudança (ela reapareceu, sim, que a bagunça é grande mas não sacaneia, né?) e eu me dei alta do tratamento. Sim, formada que sou na Universidade Daniela, habilitação Assuntos Médicos Aleatórios, me dei ao luxo de abandonar o tratamento.
Por quê?, pergunta o garboso leitor (e como tem gente garbosa lendo isso aqui!). Senta aí que eu te conto. Por mais de três anos entrei e saí de consultórios, recebi os mais variados diagnósticos, e mais variados ainda remédios. Já fui cobaia de psiquiatra fofo e maluco, já tomei tanto remédio de uma vez só que ficava slow (em português, lesada). Já ouvi médico especialista dizer que era pra ter força, para aprender a ver o azul do céu. De verdade, se me perdoa o palavreado, ENFIA SEU CÉU AZUL NO CU!
Até os lactobacilos vivos do Yakult sabem que depressão é incapacitante, e que se vontade de melhorar fosse moeda, o paciente tinha um cofrinho cheio. Um MÉDICO dizer que você tem que ter força, sabendo que não passa pela esfera do mero desejar? Azul do céu, quando só enxergo em escalas de cinza? Psiquiatria é o quê? ciência ou esoterismo?
Bom, quase um ano depois, eis que eu realmente estou no limite da não-medicação. Preciso. Voltei a ter medo de gente, de telefone, de redes sociais; voltei a mergulhar nas séries americanas, a ler descontroladamente, a ter medo de ouvir meus próprios pensamentos. Mais do que isso, entretanto, é a absoluta incapacidade de desenrolar as coisas da vida privada. Se rola um trabalho, a persona produtora resolve tudo, consegue coisas e atos em prazos inacreditáveis, sorri, dá cambalhota, manda flores ao delegado e beija o português da padaria. Quando a porta que separa meu mundo profissional do pessoal se fecha, eu não consigo sequer pedir pizza por telefone. Só pela internet, para não falar com ninguém. Fato.
Então, caros Leitores, se eu sumi da vida virtual, com certeza o mundo aqui fora me vê menos ainda. Vamos, vamos ver o que diz aa nova medicação. E uma prece por esta alma — pastiche de Perséfone — que tanto precisa de forças para os seis meses lá em cima.
********
Johnny, a barata mais linda da Baratolândia, no dia que quiser uma partida de War, vinho frisante para fazer cosquinhas no nariz e risadas de alegria, escale minha parede (eu recomendo o elevador... :) e se apresente!
Esta alma tem um suporte material falho, que depende de química para funcionar. Não, não droguitas ilícitas. Preciso de remédios que reequilibrem minha desarrumada química cerebral.
Calha que desde 14 de maio do ano passado, quando minha caixa de (muitos!!!) remédios sumiu no dia da mudança (ela reapareceu, sim, que a bagunça é grande mas não sacaneia, né?) e eu me dei alta do tratamento. Sim, formada que sou na Universidade Daniela, habilitação Assuntos Médicos Aleatórios, me dei ao luxo de abandonar o tratamento.
Por quê?, pergunta o garboso leitor (e como tem gente garbosa lendo isso aqui!). Senta aí que eu te conto. Por mais de três anos entrei e saí de consultórios, recebi os mais variados diagnósticos, e mais variados ainda remédios. Já fui cobaia de psiquiatra fofo e maluco, já tomei tanto remédio de uma vez só que ficava slow (em português, lesada). Já ouvi médico especialista dizer que era pra ter força, para aprender a ver o azul do céu. De verdade, se me perdoa o palavreado, ENFIA SEU CÉU AZUL NO CU!
Até os lactobacilos vivos do Yakult sabem que depressão é incapacitante, e que se vontade de melhorar fosse moeda, o paciente tinha um cofrinho cheio. Um MÉDICO dizer que você tem que ter força, sabendo que não passa pela esfera do mero desejar? Azul do céu, quando só enxergo em escalas de cinza? Psiquiatria é o quê? ciência ou esoterismo?
Bom, quase um ano depois, eis que eu realmente estou no limite da não-medicação. Preciso. Voltei a ter medo de gente, de telefone, de redes sociais; voltei a mergulhar nas séries americanas, a ler descontroladamente, a ter medo de ouvir meus próprios pensamentos. Mais do que isso, entretanto, é a absoluta incapacidade de desenrolar as coisas da vida privada. Se rola um trabalho, a persona produtora resolve tudo, consegue coisas e atos em prazos inacreditáveis, sorri, dá cambalhota, manda flores ao delegado e beija o português da padaria. Quando a porta que separa meu mundo profissional do pessoal se fecha, eu não consigo sequer pedir pizza por telefone. Só pela internet, para não falar com ninguém. Fato.
Então, caros Leitores, se eu sumi da vida virtual, com certeza o mundo aqui fora me vê menos ainda. Vamos, vamos ver o que diz aa nova medicação. E uma prece por esta alma — pastiche de Perséfone — que tanto precisa de forças para os seis meses lá em cima.
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Johnny, a barata mais linda da Baratolândia, no dia que quiser uma partida de War, vinho frisante para fazer cosquinhas no nariz e risadas de alegria, escale minha parede (eu recomendo o elevador... :) e se apresente!
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