quarta-feira, novembro 05, 2003

Eu tava triste, tristinha...

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Prozac por telefone? Rá, coisas de Daniela...

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Ela tinha um sol guardado na gaveta. O sol era dela, só dela, e nunca que ela lembrava de onde ele tinha aparecido. Ela se lembra de um dia abrir a gaveta e dar com ele ali. Natural como achar uma traça.

Era um sol quentinho, e quantas vezes ela teve o seu verão particular só de chegar perto do solzinho? Solzinho e sozinha, eles não faziam um par lindo?

Um dia ela se apaixonou. Ela já não era mais sozinha. O solzinho enciumou. E apagou. Explodiu. Virou supernova de repente e sumiu.

Quando ela abriu a gaveta novamente, só encontrou restos de um meteoro ainda fumegando. E apaixonada que estava, esqueceu que tivera um sol certa feita. Natural como achar uma traça, e espaná-la, ela varreu para longe os restos de um amor. Ela nunca soube de onde tinha vindo aquele meteoro.

O solzinho, coitado, morreu para nada.

Ela viveu feliz pra sempre.

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