Obrigada.
Obrigada por ouvir esta canção comigo — another time, another place —, e embora fluente num idioma que eu por ora não domino, não pôde — ou quis — decodificar aquilo que eu queria ouvir. Obrigada, porque "would I lie tou you?" responderia as perguntas certas — sobre você —, mas continuei ainda a indagar sobre os peixes, o universo, e tudo o mais. E você nunca respondeu.
Obrigada por nunca responder à pergunta-chave da música. Obrigada pelo ar de obviedade sarcastica quando tentei descobrir mais acerca do refrão que por anos me atormentou.
Obrigada por me ver no inferno, e lavar as mãos por isso. Obrigada por ter me deixado purgar sozinha esse carma que é meu, somente meu. Obrigada por me permitir mais tempo para absorver aquilo que só eu poderia sentir. Obrigada pelo dia de hoje, e por tudo o que ele me devolveu.
Obrigada pelas flores brancas, amarelas e rosa, que você me proporciou indiretamente. Pela grama aparada, que me deu a falsa sensação de reequilibrio
E por último, mas não menos importante, obrigada pelas lágrimas que lavaram cada palavra escrita aqui. Obrigada pela suavidade que eu tive ao fim do dia, embaixo daquele azul que costumava ser só meu no Rio; por me deixar macerar cada minuto a música, e ainda assim molhar as letras com um choro que é de alívio. De cura.
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Pé na estrada de novo, para um lugar pertiiiiiiiiinho e refrescaaaaaante. Doze horas de ida, doze de volta. Lá vou eu pra longe da Lourinha febril (e assintomática), lá vou eu pra longe dele.
Encomendei um sonífero, porque não sou filhote de corno para ir acordada, morrendo de saudade e de preocupação. Volto semana que vem.
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Eu não sou vingativa. Sou é adepta da lei do retorno.
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