segunda-feira, maio 02, 2005

Desculpem, mas hoje eu não vou falar mal do Paulo Coelho. Num país em que a leitura de um livro por ano é para eruditos, um cara conseguir vender mais que maria-mole em porta de escola é um feito. Um puta de um feito, mesmo.

Ah, você não gosta do Paulo Coelho? Bom, ele não é a minha literatura favorita (aliás, não leio um Paulo Coelho há anos), mas respeito o autor que vende seus livros encartados em jornais, que disponibiliza sua obra de graça na internet, que faz ler o povo pouco chegado num livrinho.

E isso é o importante. Se ele não usa as mesóclises, se sua literatura é pobre, ah, isso é purismo. Importante é entrar num ônibus e ver o trocador demorando de cobrar a passagem porque está marcando a página do livro que estava lendo. Importante é dar o pontapé inicial para que se adquira o gosto pela leitura. Do Paulo Coelho para o João Ubaldo, pro Sidney Sheldon, pro Camões, pro Nabokov. Mas tirar o mérito do Paulo Coelho? Ah, não sejamos injustos!

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E já que o dia é de loas...

Puta que o pariu, o Skank redefiniu o uso das guitarras quando fez "Vamos fugir"! Mesmo nestes dias de vento frio, umidade a 100% e (lindas) nuvens, a música deixa o dia com a maior cara de sol.

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A liberdade é realmente uma calça jeans. E uma mochila verde oliva, um discman azul e um cd de MP3.

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A referência de maria-mole foi muito paulistana. Ai, que saudade de casa...

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