terça-feira, dezembro 24, 2002

O cachorro marrom persegue as bolhas de sabão pela casa.

Trinta, quarenta bolhas de sabão, e ela continua correndo atrás de cada remessa como se fossem novidade. Persegue os sonhos como se eles não fosse explodir logo à frente, sempre, sempre.

As bolhas-sonhos têm vida curta. Voam e se chocam contra a parede. Voam e simplesmente explodem no ar. Voam, vão ficando rarefeitas, perdendo o colorido, até que somem. Como os sonhos.

Nana parece não saber disso. Cada bolha é única; em cada bolha, um encanto. Algumas ela consegue abocanhar, outras se perdem na distância, explodem, e mesmo assim ela não se deixa abater. A sabedoria canídea lhe assegura que outras bolhas virão, e que serão perseguidas com o mesmo entusiasmo dispensado às primeiras.

E pensar que a única manifestação de espírito natalino deste Grinch que vos fala veio de um daschund que nunca desiste das bolhas de sonho-sabão...

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Meus pais devem estar esperando a visita de alienígenas pra jantar hoje à noite. Comida demais, dá pra alimentar a Fonte Nova em dia de Ba-Vi...

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Creme vienense carregado no whisky, lago dentro da lavanderia, pochete biológica... Hein? Uma conversa telefônica com a minha irmã de alma, far away, so, so close... Feliz Natal, irmã, tomara que você não tenha embebedado a família com as ameixas etílicas!

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Verdade seja dita...

Preste atenção. Se fosse a Kelly Key a cantora, todo mundo falaria mal:

"Já sei namorar/ já sei beijar de língua... Eu sou de ninguém/ Eu sou de todo mundo... E todo mundo é meu também".

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