Acabo por repetir os erros de sempre. Não, não são esses braços que quero em torno de mim, e parece que o que vai me restar para o próximo inverno é isso. Não é esse rosto que quero colado ao meu, e nem de longe é esse o cheiro que me atormenta.
Não é no fundo desses olhos que quero me enxergar: quero a calidez castanha ao invés do metálico verde que me contempla agora. Essas mãos que me seguram agora em nada lembram as mãos que esquentam o trecho exato em que tocam a minha pele. Esse sorriso é lindo, mas não tem o timbre que me faz rir junto. A voz de agora não tem aquela entonação quase ímpar, que me devolve aos dias de mais sol.
Não é com ele que me preocupo a cada volta, não é com ele que sonho todas as noites. Mas é ele que me faz sofrer menos, é ele que torna as minhas dores mais distantes. Ele não me magoa, talvez porque não seja ele a quem eu quero de verdade.
Mais uma escolha? Entre deixar doer para ser absolutamente feliz depois — ou durante — e continuar no limbo de anestesia?
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Só me acordem sexta-feira, para viajar. Oh, droga, quarta tem externa. Bom, dormir até quarta já ajuda.
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No pain, no gain...
Mas o preço tem sido alto.
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