O presente que eu queria dar não foi dessa vez, meu amor. Grana, tempo, problemas, e mais uma vez não pude cumprir a minha palavra. Era pra ter desembarcado no Rio ontem, era para ter sido meu o primeiro abraço de feliz aniversário.
Egoísta que sou, queria mesmo era matar as saudades que eu sinto, queria ficar abraçada, queria deitar a cabeça no colo, queria rir dos desvarios que há tanto não ouço. Queria que você me dissesse de novo que ninguém me merece, que Fulano é um mané, que Sicrano é um idiota. Queria ver você comprando as minhas brigas de novo, mesmo sem saber que na verdade a errada era eu.
Queria ter de volta os seus pitizinhos de ciúme de mim, queria ouvir novamente o seu orgulho em dizer que sou sua produtora... por menos que tenha cuidado do seu bem estar nos últimos tempos. Sinto falta do seu mau humor eventual, do seu aquarianismo, da sua sensibilidade, da sua cumplicidade. Não se fazem Felipes todos os dias, e os exemplares genéricos vêm faltando sempre alguma coisinha. Falta sua seriedade mesclada com sua risada. Falta a minha criatividade quando junta da sua, cavalos sem freio, repentistas de piadas non sense. Falta quem jogue uma cabeça de alho no molho de tomate feito a quatro mãos. Falto eu, que não sou eu sem você. Sou um rabisco, um rascunho, versão trial. Falta você.
Repensa a vida, não bate o martelo. Está faltando um pedaço da gente. Você é uma das minhas definições de amor.
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