terça-feira, janeiro 13, 2004

Na colônia japonesa

A mãe da Mina fala mais japônes do que português. Chegamos cabreiros, japoneses são mais austeros que os ocidentais... Bom, estamos sentados na mesa da cozinha, acompanhando o diálogo entre mãe e filha. Não entender não é nada. O bacana é ter o Cau de tradutor simultânea.

— Ih, alguém vai tomar uma surra!
— Ela falou alguma coisa sobre relógio...


Ela estava explicando o caminho para a estrada...

Arrematando: ele pegou uma caixa de remédio, e fez a tradução:

— Ingerir de 12 em 12 horas.

Era:

— Tratamento iniciado em 12 de dezembro.

***

Os ideogramas escritos na caixa, ao lado da data, e o Cau traduzindo:

— Casinha, cachorrinho, arvorezinha...

Era a indicação para administrar o remédio:

— Tomar antes de dormir.

***

A última na colônia:

— Se eu puxar uma perninha nessa casa, colocar uma vírgula nessa caixinha, uma chaminé nessa fábrica, muda o modo de uso?

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