Na colônia japonesa
A mãe da Mina fala mais japônes do que português. Chegamos cabreiros, japoneses são mais austeros que os ocidentais... Bom, estamos sentados na mesa da cozinha, acompanhando o diálogo entre mãe e filha. Não entender não é nada. O bacana é ter o Cau de tradutor simultânea.
— Ih, alguém vai tomar uma surra!
— Ela falou alguma coisa sobre relógio...
Ela estava explicando o caminho para a estrada...
Arrematando: ele pegou uma caixa de remédio, e fez a tradução:
— Ingerir de 12 em 12 horas.
Era:
— Tratamento iniciado em 12 de dezembro.
***
Os ideogramas escritos na caixa, ao lado da data, e o Cau traduzindo:
— Casinha, cachorrinho, arvorezinha...
Era a indicação para administrar o remédio:
— Tomar antes de dormir.
***
A última na colônia:
— Se eu puxar uma perninha nessa casa, colocar uma vírgula nessa caixinha, uma chaminé nessa fábrica, muda o modo de uso?
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