segunda-feira, junho 20, 2005

"Ela me disse
Eu não sei mais o que eu sinto por você
Vamos dar um tempo
Um dia a gente se vê"


Ainda é cedo, com a Marina

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As pessoas têm carmas que são indiscutíveis, infugíveis, pessoais e intransferíveis. Eu tenho um. Bom, na verdade eu tenho vários, mas é um que me move. Tem um determinado nome, cuja inicial eu misteriosamente não carrego na mão, que me persegue. Persegue, e quando resolvo ceder, some. Nunca fiquei com nenhum portador deste nome. Mas sim, foram homens imprtantíssimos na minha vida.

Minha história é pontilhada por desencontros que ardem de desejo, mas que o tempo e/ou a distância acabam por consumir mais rápido do que a intenção de consumar. Esses carregantes do nome-carma surgem na minha vida do nada, e sou capaz de me lembrar do instante exato em que pus os olhos sobre cada um deles. Aquela festa do jornal no. 1 de Salvador, e lá estava um deles, que depois viria a ser meu companheiro de novas jornadas, meu sucinto e singelo cavaleiro. Aquele outro, louro como o primeiro, sentado um tantinho na minha frente, encarando o monitor, que virou para olhar e guardou meus olhos por mais segundos do que a boa educação convencionou.

E vamos, de carma em carma, amontoando gente na lista de Orkut (esses, por acaso, não estão), no MSN (esse estranho) e na vida. Vou eu, de homônimo em homônimo, tentando entender porque nada com eles funcionou.

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Isso eu escrevi em 28 de março de 2004. Mudam-se o circo, mas fica a palhaçada

Você não merece um grama do meu amor. Você é relapso, no seu mundo só existem você e os seus problemas. Não há espaço para uma conversa que não seja umbiguista. Eu cansei do seu egoísmo. Você nunca me deixou falar sobre as minhas razões. Você nunca soube o quanto doeu engolir calada tudo o que eu sentia, esperando uma brecha na sua vida para mendigar sua atenção. Ficava sentada, abanando o rabo, ciscando migalhas que caíam no chão, resto que ninguém quis.

Eu fiquei com a sua pior parte. O egoísta, o que nunca podia, "Faz silêncio um minuto pra eu atender ao telefone". Eu nunca tive o cara que todo mundo tem, que se desdobra pra ajudar um amigo. Eu sempre tive que me sujeitar à variação da sua maré. Era a sua lua que regia a minha vida. Eu sabia, e sei, de tanta coisa sobre você, coisas que nem os seus amigos mais próximos sabiam. Eu te conheço tão bem, sei o que te incomoda, o que te deixa puto, sei como são suas crises de mau humor e raiva.

Só que tudo na vida tem um limite, meu amor. Não é um rompimento, porque amor a gente não apaga nunca. É um basta. Nunca mais a idiota vai estar de plantão para você. Nunca mais me deixar magoar porque o telefone não tocou, porque a farra foi boa e eu, excluída dela. Você agora volta para a vala comum. Porque só as poucas pessoas especiais da minha vida me fazem de besta. Mas que aproveitem bem, porque um dia, sem o menor indício de tempestade, eu enfureço, esfrio, tiro a estrelinha dourada da frente do nome.

E é muito melhor não me enfrentar. Eu sou má. Sou ruim. E você bem sabe...


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Amor se quebra. E catar estilhaços é chato.

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