quinta-feira, janeiro 08, 2004

Copiado do blog do Léo. Leiam inteiro e fiquem putos, como eu fiquei!



Segunda-feira, Janeiro 05, 2004

OS ÚLTIMOS DIAS


Estive fora do ar. Em todos os sentidos. No dia primeiro do ano sai só pra comer uns caranguejos na praia. Estava cansado e não tinha ânimo pra muita coisa. O Reveillon foi ótimo mas cansativo. cantei com a Blitz um pouquinho. Foi ótimo. No dia seguinte queria comer e voltar para o hotel. E assim se sucedeu. Dormi cedo e acordei cedo no dia 2. Não sei a razão mas enquanto estive em Fortaleza acordei muito mais cedo que o habitual.
No dia 2 acordei me sentindo mal mas mesmo assim sai. fui ao mercado central. Chegando lá a coisa piorou e tive que voltar às pressas para o hotel, o que é meio impossível pois o hotel fica afastado da cidade. No caminho vomitei umas 3 vezes. Chegando ao hotel a coisa piorou e chegou uma hora em que pensei que fosse morrer. Estirei toda a musculatura abdominal de tanto vomitar e estava zonzo, com a pressão muito alta, febre etc. Pedi uma ambulância. ia demorar. Um casal de amigos, Sérgio e Geni, foram ao hotel me buscar e me levaram ao hospital. Fiquei lá até agora há pouco. Saí pra o aeroporto. Passei três dias lá. No segundo já estava bom da gastroenterite mas aí fiquei mal por causa de uma gripe daquelas. cuspindo sangue, febre alta, o corpo todo dolorido e dificuldade de respirar.
Cheguei ao aeroporto com uma carta do médico dizendo o que eu tinha tido, os cuidados que precisava etc. Mostrei ao pessoal da Varig no intuito de que me desse o tratamento de praxe que é dado aos que viajam doentes. E não é que na hora do avião decolar chamam o meu nome algumas vezes no alto-falante do avião? Imaginei que fosse me mudar para um assento mais confortável. Não, queriam me tirar do avião pois o idiota do piloto não sabe a diferença entre infecção e contagioso. com isso ele resolveu que eu não podia estar no avião. Porque tinha tido uma infecção alimentar e que já estava tratada. E olha que eu ainda fui de lenço sobre a boca para não espalhar a gripe para os outros passageiros.
Com essa confusão o vôo atrasou e todos os 120 passageiros começaram a me culpar. Um imbecil de um aeromoço me explicou que o médico tinha dito que eu estava apto a deixar o hospital e voltar para casa mas não determinava o veículo que eu deveria usar!!!!! Na cabeça do imbecil da varig o médico tinha que dizer ¿o paciente pode voltar para casa de moto, bicicleta, carro , avião e helicóptero, mas barco não¿. Dá pra acreditar?
A infelicidade do piloto da Varig, a quem pretendo processar por constrangimento entre outras coisas, chama-se Bacari. Comandante Baleiro.
Veio o cara da Varig que embarca os passageiros, um da terra, e disse que o avião já estava atrasado e que ele não ia prejudicar 120 pessoas por minha causa. Ao que eu indaguei: e se eu digo que a minha doença não é e nem nunca foi contagiosa, aliás isso não consta do relatório médico, porque é que eu obrigatoriamente tenho que estar mentindo? Disseram que as regras não eram da Varig mas da Anvisa. E eu lá, com um febrão e querendo meter um murro na cara do imbecil do aeromoço. Detalhe: ninguém foi educado ou simpático. Arrogância o tempo todo. como seu eu fosse um terrorista e estivesse a fim de contaminar o vôo. E a aeromoça, quando indaguei que aquela carta era para me darem melhores cuidados e não para piorar o tratamento: mas o senhor tem entender que o senhor está colocando em risco a saúde de todos os nossos passageiros. Era loura. Mas os outros eram morenos e tão burros quanto ela. O que hão muda nada.
Chegou a moça da Anvisa. Leu o papel e exclamou: o que está escrito aqui não diz de modo nenhum que ele não pode embarcar! É um absurdo, claro que ele pode viajar. Aí todos desarmaram e mandaram ela para a cabine do piloto. Isso durou mais uns dez minutos. O Comandante Baleiro, que já tinha sido grosseiro dizendo a mim ¿o que é que você entende de vigilância sanitária? E se negado a dar mais atenção a mim, batendo a porta da cabine na minha cara, teve muito argumento para tentar convencer a médica da Anvisa de que ele sabia ler um laudo melhor que ela. Não conseguiu. Sendo assim teria que me deixar voar. Achou mais uma desculpa: disse que o tal cpap, o aparelho que uso para dormir, não podia estar embarcado na cabine. Mais um pouco de sensatez da moça da vigilância sanitária fez com que o boçal entendesse que ele era só um boçal autoritário e preconceituoso. E como tal, simplesmente tocou o barco e ninguém, mas ninguém, me pediu desculpas pelo transtorno. Foram super gente-finas, na visão deles, e quebraram o meu galho mas é só dessa vez.
Que vergonha de ser brasileiro nestas horas.
vou processar esses filhos da puta. Deixa passar a minha febre.

posted by LEO JAIME 1:26 PM

2 comentários:

Anônimo disse...

O Léo Jaime está sofrendo um processo por dano moral por ter chamado de boçal e filho da puta o comandante do avião. O comandante do avião tem testemunhas de que a situação não foi bem assim e o Leo Jaime tá enrolado agora.
Mais de 100.000 pessoas viram as ofensas proferidas ao Comandante da varig através da internet e a Polícia efetuou Boletim de Ocorrência pelo crime de chingar o piloto pela internet.... e seu blog está replicando isso?

Daniela Henning disse...

Prezado anônimo,
Eu divulguei o texto na íntegra, e até que saiba de mais detalhes além deste que vc me passa agora, ele vai ficar. O fato de ter sido Xingado (com X, por favor, e não aprovo, mas entendo que um homem debilitado acaba cometendo pecadilhos) não tira do comandante o comportamento do que eu julgo deplorável.
E na boa? Eu pelo menos tenho estofo para dar a cara a tapa e assinar o que escrevo e apoio. Experimente um pouco de hombridade e assine o nominho que mamãe levou nove meses para escolher.
Mui atenciosamente.