Burrices
Minha rotina de ouvir música segue esses passos: abrir o player, abrir a lista de músicas, selecionar todas com o mouse e a tecla end, shift pressionado, apertar enter e deixar rolar.
Pois é. Há uns meses, o gênio que vos escreve aperto o delete ao invés do end, e com o shift pressionado, já viu a merda, né? TODAS as músicas deletadas direto para o limbo do HD. Sem curta permanência na lixeira-purgatório.
Através de um programa chamado Recovering-Whatever — e claro que não lembro o nome —, consegui resgatar uns 90% das músicas. A parte legal é que elas fizeram crossover. Sim, estou ouvindo ska e entra Bittersweet Simphony, para logo depois voltar para o ska. Músicas inteiras trocaram de endereço (graças aos céus tinha duas cópias de Into Thin Air, do Trickside, porque uma virou Alcione. Alcione, entendeu?).
De vez em quando descubro mais um caso de crossover nas músicas, e sabe que até ficou divertido? Vou mudar, não.
Só não me peça pra gravar um CD com as músicas que eu gosto...
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Trote
Toda profissão tem seu trote. Nós, os velhos de guerra, precisamos dos novatos principalmente para uma diversão saudável nos sets da vida.
Eu tive a felicidade de criar e ver nascer o trote do assistente de produção do filme. Chovia a cântaros, ficamos espalhados pelos beirais das casas do Carmo esperando passar. Passou, sim, mas o piso molhado estragaria toda a continuidade do filme. Uma lâmpada acendeu na cabeça. Luna, Maira e eu nos juntamos numa assembléia relâmpago, e o trote foi aprovado por unanimidade.
Luna, assistente de direção, grande e eventualmente mal-humorado, gritou pro S.:
— Corre no caminhão e pega o exaustor para secar o chão!
O set parou. Eu não sei como o S. não percebeu que o ar estava elétrico. Saiu correndo o mocinho, foi ao caminhão de equipo, pediu o tal exaustor. Se tem uma coisa com a qual sempre podemos contar é com a adesão da turma da maquinária às sacanagens que a gente inventa. ZB foi ao fundo do caminhão e pegou uma peça pesadíssima, não sei se os pés do mini jib ou da mini grua.
E lá vem S. esbaforido, depois de esperar o "exaustor de secar o chão" e carregá-lo por um bom trecho, até que alguém desse uma sonora gargalhada, puxando o coro. Finalmente ele se tocou do absurdo, e levou uma salva de palmas do set inteiro. Batizado!
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Só queria dizer que o meu trote foi há longos dez aos, e foi minha crença por mais uns dois anos.
— Fita beta que cai no chão fica com drop out.
Drop out são aqueles pulinhos que a fita dá quando é velha, com linhas que passam de alto a baixo. Bom, poucas fitas deixei cair no chão nesses dez anos. E a pessoa que passou o trote nunca teve o prazer de uma boa gargalhada quando o trote foi descoberto.
Aliás... Ela gargalhava?
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Nas incursões culinárias de ontem, queimei o dedo tão feio que ficou uma casquinha crocante. Como sou uma pessoa com quase 20 quilos a menos do que há um mês e 26 dias, estou livre de gordura trans. Foi na chapa, sem gordura, então virei um prato super saudável!
E a parte da casquinha crocante é pura verdade...
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Sonhei a noite inteira com o bruto. Sonho booooooom, daqueles que enchem de esperança. Mas passa, isso passa!
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