quarta-feira, dezembro 30, 2009

Reveillon

Aí saí com minha amiga querida para escolher uma roupa nova pro Reveillon. Ela queria verde e branco. Eu, um rosinha e branco, por motivos óbvios. Se não bastasse estar tudo pela hora da morte (oi, eu nasci na década de 70?), umas coisas feíssimas, cafoninhas...

E vai conversa, vão reminiscências, voltam lembranças, e descubro que o ano que fui mais feliz foi 2008. Formô, mano! Vou desencalhar minha miníssima branca, minha blusa vermelha trespassada, e repetir em 2010 o sucesso do ano passado.

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Repita 10 vezes:

EU NUNCA MAIS VOU COMPRAR QUATRO QUILOS DE TOMATE, MAIS UM PACK DE BRAHMA FRESH LATÃO, PARA VOLTAR A PÉ PRA CASA.

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Queria ganhar flores. Cravos. ndo bem precisada de um carinho na alma.

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Saudade do Reveillon com Cascadura.

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Borat é bem amarradinho, né?

terça-feira, dezembro 29, 2009

Delícia

Terça-feira. Praia do Buracão semi vazia, sol maneirinho, crias soltas fazendo exploração por ali. Cangas espalhadas, amigos por perto, três cervejinhas para dar a brisa, gente que eu amo do lado, não-aplausos para o pôr-do-sol.

Por que raios eu ainda penso tanto que com ele por perto eu seria infinitamente mais feliz?

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Uh... Por que minha vida sem ele é só metade?

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Assistindo Borat e Jornal Nacional. Ao mesmo tempo. Como eu gosto.

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Sim, tenho algum retardo fílmico.

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Reveillon sem filha. Lá vou eu assistir ao Faustão sozinha. Dope!

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E aí estou mais torrada ainda. Não, a marca da camiseta não deu mostras de querer se mudar.

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Cervejinha de fim de noite, esperando a novela começar para me dedicar só a Borat. E depois ao antepenúltimo livro da saga da Bicicleta Azul.

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Minha vida está voltando? É isso?

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Fósforos

Odeio acender cigarros com fósforos. Odeio.

Só que tenho uma relação crítica com isqueiros. Eu perco um por saída. Se tiver dois, é batata: volto pra casa e acendo o último cigarro do dia com fósforos. Já tive um Zippo campeão, já tive Zippos fake, já tive isqueiros bonitinhos, e nenhum esquentou lugar comigo.

Isso e guarda-chuvas. Eles sempre me perdem.

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Ele não podia dizer que me adora. Doeu.




Mas ainda é meu melhor amigo, e precisava dar a boa notícia. Foi a primeira pessoa para quem eu quis ligar (e não liguei), e uma das três que sabe das boas novas.

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Piadinha interna

Daniela: pronta pra dizer NÃO! pra geral desde 1976.

Não nasci para ser simpática. Nasci para ganhar dinheiro.

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Uma aranha habita meu computador. Duas, na verdade: Silvia e Roberta. Não sei como coexistem tão pacificamente num lugar tão exíguo, mas elas elas são quase amigas. Cada qual na sua teia, que nem sei mais onde começa uma, onde termina outra.

É patético, mas já peço que ninguém limpe o nicho do computador onde elas moram. Essa vibe meio budista que rola aqui em casa cada dia me domina mais. Nunca as vi se alimentando, mas ainda espero o dia em que a mosquinha vai cair na teia, e uma das duas vai capturar e mastigar a incauta.

Espero por esse dia ansiosa. Sei lá, quase um rito de passagem, um turning point. Venham, mosquitinhos, para eu poder ser mais feliz na minha vida.

domingo, dezembro 27, 2009

Danielices

Algum outro idiota além de mim está chorando com a matéria dos abraços grátis?





Não, né?

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É. E aí eu entalei. Chorando entalada. Duh.

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Mini Cama Elástica

Eu quero.

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Daniela, a rena do nariz vermelho (e torrado)

E aí que acordei com uma mini ressaca do choppinho com a delegação carioca recém chegada. E aí que tinha marcado com a Doce M para ir ao Farol. Sim, minhas amigas e seus programas indígenas: desta vez foi a cobertura do Desafio Ciclístico. Ah, eu tô maluco.

E como amigo é um bicho foda, lá fui eu encontrar com ela. Alguém lembra da ressaquinha? Então... Pergunta se eu lembrei de passar protetor solar. Foram hooooooooooras embaixo do sol, esperando o povo das bicicletinhas chegar, Bilu chegar com a câmera, a premiação, blá blá blá. Meio dia e meia foi a hora que um sombreiro nos viu, naquele antro de distribuição de Nova Schin.

Estrago feito. Agora estou com o focinho vermelhão, uma marca chiquérrima de camiseta, e do colo para baixo, branca que nem uma beluga.


Olá, amiguinhos!


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Uma razão para viver


Faltam 36 dias para Lost 6x01!

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Hora de dormir. Um oferecimento: Rivotril, seu amigo das longas noites!

sexta-feira, dezembro 25, 2009

RC ao vivo

Proposta: ainda não é nesta. Mas tá perto a hora de abrir o berreiro. Aguardem uivos.

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Foi difícil ver os blogs que criamos juntos, e onde ele nunca escreveu, no meu painel de administração de blogs. Estava começando a mastigar o último pedaço do sanduíche que tanto amo, e creia-me: depois disso, comer papelão teria tido o mesmo gosto.

Não apaguei, sabe-se lá porque. Talvez porque já venha apagando coisas dele demais da minha vida, em muito pouco tempo.

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Fumando um pouco menos, comendo menos ainda. Quero minha vida de volta.

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RC ao vivo

O terno da ana Carolina parece a casaca do Willy Wonka.

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Como vai você?

Vou ali derramar minhas lagriminhas e volto.

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Volto nada. Não dá.

Neurolinguística

Hoje tá foda. Tá mais foda do que qualquer um dos dias até agora. Mas amanhã quero estar melhor. Preciso. Vou estar muito melhor.

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Será que eu sou a única pessoa que chega MAIS MAGRA ao dia 26 de dezembro?

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Twitter

@bmazzeo: É o HD ou as olheiras do Rei sempre foram verde musgo?

Estou adorando a transmissão do show do Rei feita por ele. Aqui em Salvador não começou ainda, mas no Rio as tiazinhas já devem estar disputando as rosas.

Vai vendo: não termino o show sem um litro de lágrimas choradas.

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TOC



Ouço o dia inteiro. Canto o tempo todo.

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Se um cara abre a porta do meu quarto do hospital e berra HO HO HO que nem esse médico sem noção, juro, ele me garante um AVC.

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Aí eu ia tatuar amanhã. Meu tatuador viajou. Deus, qual é a sua?

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A produtora que em mim não dorme está calculando o preço desse paredão de led do Rei. E do laser. E quase chorando com essas estrelinhas de BG.

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Quem penteia RC mesmo?

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Quanto será o cachê de cada músico do RC?

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Eu tive um amigo cuja boca era EXATAMENTE igual a do RC. Óbvio que isso não é um elogio.

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"Eu te amo" é foda. Foi cantada pra mim há um bom tempo, no meio de um porre, pelo telefone. Eu era feliz, e sabia.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Mitos derrubados

Eu nunca acreditei naquela falácia de "terminaram, mas ainda são bons amigos". Na cara! Foi tão lindo que ainda somos os melhores amigos. Bom... Pelo menos ele ainda é a pessoa em que mais confio nesta vida. E na próxima. Sempre.

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"Eu não vou sobreviver"


Vai sim! Estou eu sobrevivendo, sendo como foi, ainda com tanto amor e respeito, ainda companheiros... Por que não você?

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"É ruim em todos os sentidos"

É. É mesmo. Mas é menos ruim do imaginei.
Separar não é assim. Não é só o "beijonãomeliga". E a dor do antes? É a demora dos dias de camaradagem, de arrependiemnto de ambas as partes, de só lembrar a parte boa. Mas quando a triste hora do fim se faz notória, é erguer a cabeça e receber de frente. Não há outro jeito. E aí dói menos (como se fosse possível).

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"O pior é a ausência emocional"


Mentira. O pior é depois do último abraço, dos votos de "Cuida de você (porque eu não estarei para fazer isso! [N.T.])", encontrar o espaço dele desocupado. Aquele vazio FÍSICO, das coisas que antes eram vitais naquele espaço.

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"Colocar outro cara no lugar ameniza"

E quem consegue olhar pra outro cardápio com ar de cobiça? Quem, fiel que nem cachorro, consegue olhar para os lados numa caminhada inocente? Nem quero, e se quiser, não é pra agora. Não quero braços de um com a cabeça integralmente no outro. No seu seu cheiro, no seu olhar, nos seus pêlos. Nas suas pintinhas.

Meu corpo, e minha alma, ainda não são de mais ninguém. Quando eu conseguir retomá-la só pra mim, distribuo pra quem eu quiser. Mas agora?

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"Os amigos ajudam"


Nem todos, meu caro. Tive meu amigo mais antigo na minha casa cinco minutos depois do tufão, e sequei as lágrimas no momento exato em que ele entrou. Tenho alguma dignidade para não molhar mais ainda a sua camisa. E assim segui ao longo do dia: minimizando a minha pele do avesso para as duas amigas que mais amo na vida, sem deixar ver se eu estava de cama ou na cama.

sábado, dezembro 12, 2009

Drops doloridos

Passo o dia entoando a Oração do Perdão do Seicho-no-ie. A cada vez que lembro, repito como mantra aquelas quatro frases, e isso me acalma.

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Devia ter saído de casa para alguma coisa hoje, mas passei o dia na cama, alternando entre sono e vigília, alívio e loucura.

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Havia só três pessoas com quem eu queria estar. Duas delas fora da cidade. A outra... A outra eu acho que já magoei demais ontem (update da noite: saí com uma, que voltou, e me salvou. A outra continuou me salvando à distância. A terceira... Bem, pedi desculpas verdadeiras, e acho que está tudo bem).

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Mais uma vez me sinto à beira da tão adiada cirurgia da vesícula. Doeu, doeu muito hoje, e não quero mais dores eletivas. Agora só as de emergência. Nota mental: procurar o médico querido segunda-feira pra resolver isso. Deve ser simples.

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Outra nota mental: ver mais as pessoas que amo. Karina, Ana, Marcela, Luana... Ver mais, ser mais feliz.

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Mais uma providência: comprar um dicionário de presente de natal. Circular os verbetes começados em "S". Desenhar, se necessário.

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E ser mais feliz. Sempre. Manter a felicidade que eu adquiri nos últimos exatos 12 meses.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Descompensada

Acho que as noits sem sono fazem isso comigo. Talvez a falta de dinheiro. Talvez um pequeno pecadilho que cometi no meu tratamento. Na verdade, tudo isso é balela. Sabe D*us porque ando tão fora dos meus padrões, tão insana, tão longe do meu centro.

Sinto frio nesse calor subsaariano. Choro litros lendo um livro meia boca (ok, ok, mentira: é porque o livro é um sucesso das listas do NYT, e eu tenho um pouquinho de nojo da unanimidade. É um PUTA livro, um divisor de águas). Durmo coberta com edredon, sou um dos dois humanos com o comportamento mais próximo do Pinball. Sem perguntas.

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E eu juro que se os preços não fossem tão proibitivos, apertava MUITO os cintos (parando de comprar arroz e feijão, claro, porque não tenho mais de onde tirar dinheiro) e ia passar uns dez dias balâmicos no Rio com a Lourinha. Eu, ela, aqueles primos queridos, aquela prima que D*us mandou, aqueles pequenos da nova geração. Chopp três vezes por dia, caminhadas longas (vixi, sonhei essa noite que andava do posto 6 ao posto 2! Peguei um ônibus lá pelas tantas, perdi o ponto quatro vezes, e que eu me lembre, não cheguei a lugar algum. Mas também não tenho idéia de para onde estava indo), Saara.

Mas a lição do ano para mim foi que não é realmente possível ter tudo o que se quer. Ou foi o contrário?

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Merda

Orkut. Facebook. MSN. Blog. Fotolog.

Tá bom?

Ok, vamos lá: @danielahenning

Bunda!

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Colocando a casa em ordem do jeito menos ortodoxo possível.

Tenho medo de mim, mas sabe que algumas resoluções funcionam?

terça-feira, dezembro 01, 2009

Wendy

Tudo tem o seu tempo certo
O correto é saber viver


Cascadura

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... pra cujos shows vou voltar, onde serei vista com frequência...

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É cedo


Ela me disse
"eu não sei mais
O que eu sinto por você
Vamos dar um tempo
Um dia a gente se vê".

Dilema atroz.

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Acabou o filme. E a consciência, meu Deus, por que veio junto com o fim?

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Segura, Berenice, nós vamos bater.

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CENSURADO

Natimorto. Mas o carro...

domingo, novembro 08, 2009

Esquilo dramático

Que tipo de cretina ainda ri de chorar com isso?



Eu, né?

Big fish

Já falei que sempre choro quando acaba o filme? Quando sobem os créditos? Sempre, sempre. Passo a película inteira incólume, mas os créditos...

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Que olho, viu? Editei tudo abaixo, tirei o pessoal, e vamos lá, porque, diria meu amigo mais querido que a vida, BONDE ANDA É PRA FRENTE!

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U cannot quite me so quickly...

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Ladeira abaixo é quando você acha fascinante, a mulher mais linda e charmosa do mundo, um travesti da vizinhança.

Sim, hetero ainda.

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Estão no orkut as fotos do Futura. Sensacionais. Saudade da porra.

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Três chopps no Santo Antônio, e tudo bem.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Não fui eu quem disse

Estou cada dia mais insuportável sem dormir.

Medo do 30o. dia de insônia.

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Alegre-se: sabe a fábula do Grinch, Natal e tudo o mais? Este ano será real.

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204 dias na ilha quadrada

Estourei o braço operando uma câmera. NUNCA me diverti tanto.

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ODEIO humanos.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Semana do saco cheio

Caríssimo Leitor, onde você estava no último feriado? Praia, surfando? Descansando a cabeça, com um bom filminho no DVD, pipocas e pernas queridas entrelaçadas nas suas? Brincando com seus filhos, feliz pelos três dias de descanso?

Pois é. Eu não fiz nada disso. A praia me encontrou de calça jeans, o filminho no DVD não existiu, e minha filha tinha ido para o final de semana com o pai. Tive 5 dias de trabalho pesado, não de descanso.

Hoje é quarta-feira. Estou trabalhando no filme, mas para esta manhã, só precisava dar um telefonema depois das dez. Do job novo, nenhuma novidade, nem confirmação. Estou cansada. Alguém pode, pela graça celestial, me dizer POR QUE RAIOS EU TINHA DEZ LIGAÇÕES NO MEU CELULAR ANTES DAS NOVE DA MANHÃ???

Existe alguma lei que me proíba de dormir das oito às dez da manhã, depois de mandar Mini Me pro colégio, e depois de passar mais da metade da noite insône? E por que depois do telefonema (infrutífero, como os que se seguiram), eu não podia voltar pra cama e ler calmamente o que não li na última semana e meia?

Eu sou freelance, que em português quer dizer desocupada que trabalho em horários pouco ortodoxos, mas que durmo em outros menos usuais ainda.

Por que não desliguei o celular? ora, caro Leitor, vamos lá:

1. tenho uma filha pequena fora de casa. Já ouviu falar em acidente (toc, toc, toc)?
2. o telefone é meu, desligo se eu quiser!
3. tenho pais não exatamente na flor da idade. Já ouviu falar em acidente (toc, toc, toc)?
4. estava esperando resposta de um job (que não veio).


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E as dores de cabeça voltaram com tudo hoje.

terça-feira, novembro 03, 2009

Pifando

Parece samba de uma nota só, mas vamos à real: estou realmente exausta. Não, D*us, não é queixa.

A impressão que tenho é a de que NUNCA consigo dormir o suficiente para descansar, estou sempre devendo a mim quatro, cinco, seis horas de sono. Estou irritada, espinhenta parecendo um ouriço, azeda, sem paciência para a existência dos humanos, doida pra me enfiar na cama e dormir 48 dias.

Como dinheiro não tem sido exatamente o maior frequentador desta casa, mas voltará a ser em breve, sem chance de dizer não para trabalho algum. E que pudesse negar: os próximos são com pessoas muito, muito queridas.

E agora, logo depois da Mini Me dormir, morro de vontade de seguir o rumo do meu quarto, ligar a traquitana recém instalada — transformando um computador, uma TV e um aparelho de som num puta home theater —, e colocar um filme qualquer para dormir nos primeiros quinze minutos. Bom, nesse momento do devaneio eu desfaço o sorriso e volto pra Terra: tenho trabalho às pencas me esperando no computador.

Suspiro.

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Quem, além de mim, esquece que o elemento é um traficante conhecido e vai, cheia de candura, pedir uma entrevista para a TV?

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A produtora que veio do Rio me deu um monte de bombons da Amazônia no último dia da equipe em Salvador. Foi de uma delicadeza tão imensa, que estou até com pena de comê-los. Gosto de ficar olhando, e sempre lembrar que ainda existe gentileza no mundo.

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Montei uma mini estante de livros hoje. Tinha uma tábua de um metro e sessenta, e papai tinha um punhado de livros com encadernamento de luxo, mas que nem os livreiros de sebo queriam receber como doação. Como a Ilíada não está nos meus planos de leitura num futuro próximo, juntei sete tomos de cada lado, apoiei a tábua, e voilà: eis uma estante fresquinha para minha pilha de livros que ficava sambando por aí.


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E vou pra cama, viu, ficar rolando de um lado pro aoutro até conseguir dormir. Eu não contei? Além do cansaço extremo, estou com a maior insônia dos últimos anos.

Outro suspiro.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Medo

Quem, pelas barbas do camarão, quem assina as lacerações e hematomas cênicos da Bárbara Paz na novela? Zé do Caixão? Stevie Wonder?

Helena faz melhor, do alto dos quase cinco anos...

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Aliás, quem ESCALOU a Bárbara Paz mesmo?

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Mudança de medicação, e lá se vai uma semana inteira de sono zero, dor dez, e humor alternando entre Dr. Jekill e Mr. Hyde.

Sono zero está me matando aos bocadinhos. Três, quatro da manhã, e eu não fechei os olhos ainda. Aí faço esforço e durmo. Dez para as cinco da manhã vem Mini Me, feliz da vida como só uma criança pode ser antes das nove e meia da manhã, abre a cortina e diz:

— Olha, mamãe, já é de dia!


Midepila. Não sei como não virei pó até hoje, como vampira. Só uma genitora insône sabe o que é funcionar no automático. Bom, em dias razoáveis, eu volto pra cama às sete, e durmo até dez, enfim embalada — Sr. Namorado está viajando a trabalho, então Mini Me passa a ser a única a ser despachada porta afora.

E alguém já viu produtora ter um "dia razoável"? Estou em DOIS jobs, misturando tudo, elenco, locações e roteiros, e amanhã chega a equipe de um deles. Alguém aí está adivinhando quantas horas de sono terei por dia, levando em conta que às sete e quinze da manhã estarei na rua, gravando?

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Alguma coisa no remédio novo potencializou todas as dores físicas que eu já tinha. Resulta que pareço uma velha andando, graças ao joelho quase inútil, ao pé repetidas vezes torcido, e ganhei uma dor de cabeça de proporções hercúleas. Incapacitante.

Fora que, por ordens médicas, bebi mais água nos últimos sete dias do que ao longo dos últimos cinco anos. O organismo ainda não sabe bem o que é, mas aposto que o pulmão grita pro fígado, la embaixo:

— Corre, bicha, que a louca tá jogando aquela coisa gelada de novo na gente!


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Para Losties

O que a Sun Kwon está fazendo em Viver a Vida?

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Pânico de quem fez a progressiva da Aline Moraes. Parece alguma coisa feita com henê.

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O personagem do Thiago Lacerda não consegue lembrar de UM ÚNICO nome das pessoas ao redor.

— Essa é a Luciana, essa é a... uh...
— Não! Ela é a Luciana e eu sou a Helena.


Lá pra frente:

— Parabéns, donaaaaaaaa... uh... Tereza!

É algum programa de inclusão social dos deficientes mentais?

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Sim, estou vendo a novela enquanto trabalho e blogo.

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"Quando o carteiro chegou, o o meu nome gritou com a carta na mão..."


Eu só queria que o email tao aguardado chegasse, pois embora não consiga dormir, estou quase pifando de cansaço. Quero um banho pelando, pijama confortável e Need for Speed no mega home-armengue-theater do meu quarto. E dois Toragesic sublinguais para dentro, que cansei de sentir dor.

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Beijonãomeliga, tsá?

terça-feira, outubro 20, 2009

To never forget

Gosto de cravos de todas as cores, de chocolate quente, de dias cinzas e um eventual céu azul. Gosto de andar ouvindo música alta, de lojas de 1,99, de cheiro de limão e de cachorros. Gosto de Coca Zero, de risadas altas sem esperar, de autores irlandeses, de Doritos Sweet Chilli. Gosto de viagens de final de semana, de cheiro de maresia, de séries de TV, de filmes de sangue e explosões.

Gosto de algumas outras coisas, eu acho, mas hoje, do jeito que as coisas estão, só lembrar dessas já foi muito difícil.

segunda-feira, outubro 19, 2009

My way (?)

Pendurada no telefone, esperando ser atendida, ouvindo My Way em modo midi.

Sinatra está se revirando no túmulo na velocidade 6 do Créu.

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Dia de muito, véspera de porra nanhuma.

Sou a campeã mundial da prática de nadismo. Faço nada deitada, no computador, lendo, tomando café espresso (com S, pelamor!) em horários estapafúrdios, passeando pelo supermercado (passeando mesmo: vejo detidamente todas marcas de xampu, comparo preços e marcas de caixas de fósforo, calculo o preço de cada ml de condicionador para saber qual o mais barato.), cochilando, vendo Lost... Tenho uma infinidade de pequenas atividades para acompanhar o nadismo.

Só que não sou afeita do far niente (non dolce). Detesto, na verdade, ter hooooooras para preencher com futilidades, com leituras infrutíferas (sim, Danielle Steel eu terminei hoje, e vou engatar em Seinfeld, viu, Moço?) e sonecas suarentas (Salvador está subsaariana). Prefiro estar embaixo do sol com a minha mochila-assistente-de-produção, minhas camisetas sem manga, um bom maço de papéis com autorizações de locações, um rádio na mão, dois celulares pendurados no pescoço, e sempre JU-RAN-DO que de hoje não passo.

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Monka!!!

Monka, você me lê!!! Agora tenho três leitores! Que saudade, meu amigo! Há alguns meses achei que tinha te visto no Salvador Shopping à distância, mas como você e seus irmãos são os pioneiros do clone humano, fiquei sem graça de ir lá cutucar...

Volte sempre, me dê notícias, meu email é dhenning [at] superig.com.br. Beijão!

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Como a vida é pouco convencional, temos, Sr. Namorado e eu, uma reunião de trabalho às sete da noite. Até lá, J*sus me abraça, tenho que inventar alguma coisa pra fazer que não envolva comida. Thanx, God, estou com o peso na marca, mas nesse ritmo de mastigação, vou pra obesidade mórbida em dois meses.

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E porque tenho debilidade mental, matei um naco de brigadeirão há uns 15 minutos, mesmo tendo absoluta certeza de que hoje não me cairia bem. dito e certo: enjoada e sonolenta. Blé.

sábado, outubro 03, 2009

A day in the life

Acordar as cinco da matina. Fazer a parte técnica de uma equipe de TV (sim, faço luz; sim, faço câmera; não, não faço áudio — isso dona Ana faz magistralmente. Eu sou surda.), almoçar no natureba, trabalhar no outro "emprego", cuidar de filha, de namorado, de casa. Voar pra editar — e fazer o milagre de enfiar 51 depoimentos em 7 minutos de material finalizado —, caminhar pra casa e lá chegar às 10 e meia da noite. Misto quente: ativar; checar email pra ver o preview do material editado, assiste de novo. Cama, e cadê o sono? Ler, ler, ler, ler até ficar vesga, e ler mais um pouco, e finalmente começar a fechar os olhos... para pensar em bobagens, coisas sérias que me incomodam, repensar a vida inteira, lembrar do IPTU atrasado.

E juro, juro mesmo: tem gente que me pergunta porque eu me canso.

Por isso não posso ter porte de arma...

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E sim, depois desses dias de insônias, eu resolvi que a primeira manhã em que eu podia acordar mais tarde seria gasta... fazendo nada.

A boa notícia é que o que eu teria que decupar hoje pode esperar até segunda de manhã.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Drops

A lição de hoje que tia Dani oferece é:

"Mantenha seu inimigo na lista do Orkut."


Só assim a gente sabe que o Cão Danado está longe o suficiente.

domingo, setembro 27, 2009

Definições

Desgosto: quando sua filha de quase 5 anos choraminga numa quinta-feira de madrugada, lá pelas seis e meia da matina, porque quer torcer pro Bahia.

— Minha filha, todo mundo da família da gente torce pro Flamengo.
— Mas eu nasci na Bahia, mãe. Deixa eu ser baiana, deixa.


Nota mental: levar essa menina ao maracanã ONTEM.

Suspiro.

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Alegria: quando a cria loura se planta na frente da TV para ver as exibições de skate na Mega Rampa.

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Terror: quando a mesma personagem senta quietinha no sofá, dividindo os fones de ouvido com a filha da babá, e a ciosa mãe que vos fala descobre que o som que a mantém tão absorta é um pagode.

P-A-G-O-D-E.

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Desempregada, e cada dia mais decepcionada com o mau-caratismo das pessoas.

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Manchete no Terra


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Contra crise, britânicos põem rins à venda para pagar dívidas

Grandes coisas. A brasileira aqui já está tentando vender um dos rins faz tempo. E um pedaço do fígado também.

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Queria muito montar uma loja de doces artesanais, feitos por mim na paz do meu sacrossanto lar, sem ter que sair e me misturar com os escrotos dessa corrida de sapo onde me meti.

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Durval, parabéns!

sábado, agosto 29, 2009

Alegrias no ponto

Uma senhorita sacudia tanto o braço para chamar o ônibus que por um minuto pensei que ela ia voando, e não de coletivo...

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E enfim saiu o chopp-café com dona Lua. Ela, quase minha sócia agora; ela, divertida, bonita, inteligente. Ah, por que demoramos tanto?

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Adoro a empresa onde trabalho, tenho alguma afinidade com a função que venho desempenhando, gosto demais das pessoas de lá, dos donos da empresa à minha coordenadora, passando pelos colegas de todas as áreas. Mas vou te dizer: ninguém tira da minha veia a paixão por uma emissora de TV! Sexta-feira fui quebrar um galho pra Doce M na emissora que nos tem recebido — e com tanta gentileza —, e há tempos não era tão feliz. Fiz trabalho de estagiário, coisa que não fazia desde os idos de 1999, mas ainda assim, correr pelos corredores carregando fitas, operar ilha de edição, ir do CEDOC pra switch, fazer lista de imagens de cobertura, respirar aquele ar meio embolorado que toda emissora de TV tem... Ah, isso é que me fez viva de novo...

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Moço, aquele sofá luxo puro vai estar vago no feriado?

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Tenho uma babá. Helena pega a ponga, porque não adianta: a babá é minha. Caiu do céu, é de uma paciência ímpar, cuida de mim como eu acho que mereço, e ainda cozinha bem demais.

Não, não engordei um grama. Agosto foi um mês dramático: assalto com direito a coronhada no rosto, vida profissional tensa, vida pessoal enrolada. Finalmente, com a proximidade de setembro, a caminhada vai se colocando nos trilhos, a vida volta pros eixos, e falta só uma semana e meia pro salário. E nisso, só emagreci, fiquei quase um fiapo, ou Squalidus (você não lê a turma do Mickey?).

E aí me mandam uma filha de D*us, que cuida da minha filha com todo o carinho, cuida de mim, das minhas roupas, da minha casa, do meu amor, e se nada mais funcionou neste mês, ela foi o bálsamo para minhas feridinhas aparentes.

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Com quanto tempo de trabalho eu posso pedir férias? Hã? Hã?

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Quem sequestrou o Belchior foi o Gopal, para ficar com o bigode dele.

quinta-feira, julho 23, 2009

Lost (personalíssimo)

É bobagem. Claro que é.

Bom. Ontem eu comecei a assitir Lost, outro vício. Bleleza, todo mundo tem seus apegos. Pra quem perdeu um parente no Air France 447, não é bem assim.

Longe, primo da mamãe, há anos morando fora... Mas parente, e sangue, meus caros, sangue a gente não nega. Somos poucos, os Leite, os Henning, somos pouquíssimos. A notícia veio no corredor de casa, pela mamãe:

— Dani, o L** estava no võo do Air France.

E o mundo se fragmentou, qual os quadros dele. Artista plástico de talento ímpar, com uma visão de skyline tão similar à minha que só se explica pela ancestralidade. Eu, fotógrafa bissexta e cega; ele, artista; separados por uma enorme geração, e ainda assim dividindo o mesmo gosto estético. Nós, e nossos horizontes no chão, um um mundo de céu pela frente. Nós, e o apego pelo vermelho.

Foi ligeiramente chocante vistiar a casa da sua mãe meses antes, e ver que as referências artísticas foram preservadas, passando uma geração inteira. Tinhamos o mesmo apuro, o mesmo detalhismo... |O horizonte... O vermelho...

Enfim... Me apçaixonei por Lost hoje, e isso há de render um ou dois posts no futuro. Mas hoje... Hoje, o misto de desejo de que você estivesse na ilha de Lost (estou na primeira temporada, sem spoilers, please), e que você realmente fosse um dos 50 corpos identificados. Como foi.

Não sei se já foi enterrado (na Alemanha, justo, justíssimo), mas whatever... A ilha de Lost não seria suficiente para a sua genialidade.

Que bom você foi achado.

domingo, julho 19, 2009

Ic!

Vinho, cerveja, frio, fome e saudade.

Não esperem muita coerência de mim, hoje.

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Vinho me deixa pensativa. Cerveja dá sono. Vou dormir pensando, então...

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Dia de silêncio. Silêncio na casa, na cabeça, no telefone. Só voltei a me comunicar com os outros humanos lá pelo fim da tarde, quando Doce M. ligou. A Pequena foi passar a tarde com o pai, o Grande foi passar a semana com a mãe... e eu? eu fiquei dormindo o que não dormi a semana inteira, o que tinha de déficit d sono.

Ainda estou com saldo de horas acordada, e tenho que gastá-las em 15 dias, pra mais ou pra menos. Depois disso, espero em D*us, serão 4 meses morando em aeroportos, acordando um dia numa capital e indo dormir em outra. Toda semana, por 16 semanas — eu acho que chega a 20, 24, mas é um chute meu.

Creio que quando atingir a milha 20.000, já vou estar me sentindo Tom Hanks em O Terminal. Vou estar de saco muito cheio de barrinhas de cereais, sucos minute maid, despressurização da cabine e coisinhas que o valham.

Mas eu queria tanto, tanto dormir mais do que tenho feito...

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Quase três semanas sem lentes de contato. Se por um lado é um pesadelo, pelo outro, é uma benção.

Benção?! "A moça tem, somados, 24 graus de miopia, e ainda acha uma benção?". Sim. Minhas lentes estavam mais obtusas do que tia Noca. Arranhadas, proteínadas, defasadas. Fiz uma desagradável bateria de exames (soprar no olho ainda é usado. É uma máqina, mas vocês acreditam nisso? É medieval!), achei as lentes novas e vamos lá.

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Dia sem a Lourinha significa que não vou almoçar. São quase 11 da noite e ainda não pensei direito no que vou almoçar. Hoje. mesmo.

O de amanhã, então, é uma incógnita. Vou deixar pra o amanhecer, quando estiver meio tonta de sono, e tiver menos de uma hora pra tomar banho, me arrumar, fazer almoço e sair.

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Daniela vai poder inaugurar o sobretudo vermelho em breve. Felicidade.

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E sigo em falta com amigos queridos, novos e antigos. Se muito, falei rapidamente com alguns poucos nas últimas semanas, ou troquei um email rápido com um ou dois. Desculpas ao Moço, à Luana, à Ká, Carol... Sou isso mesmo, povo, meio desleixo e muito de paixão.

domingo, junho 28, 2009

Danielices

Que tipo de idiota chora litros no capítulo final de Grey's Anatomy?

Cadê?

D*us sabe o quanto tem sido impossível sentar, abrir o blogger e escrever. Não que a vida esteja pendurada em um dos dois extremos da vida: felicidade intensa ou tristeza profunda. Não. Nem um nem outro.

Também não estou vivendo em demasia, tampouco deixando o mundo correr lá fora sem mim. Não estou trabalhando como uma louca, não estou saindo desesperadamente, não estou viajando em missões estapafúrdias. Nada disso.

Na verdade, eu não sei. É como se eu estivesse vazia. Como se cada palavra que coloco aqui fosse fazer falta aqui dentro. Como se eu arrancasse a fórceps cada frase. Como se cada sentença fosse me condenar.

Então eu sumi. Não venho aqui, não vou ao fotolog, nem ao orkut, nem a lugar nenhum. Aliás, mesmo das pessoas daqui de fora eu sumi.

Estou em suspenso. Estou esperando que essa entresafra vá embora, e que eu tenha coragem para voltar a alimentar meu blog com palavras, meu fotolog com fotos, meu orkut com a minha presença.

Enquanto isso, peço desculpas a quem aqui chega e não me encontra. É quase como convidar um amigo para visitar sua casa e sair, deixando a visita só com as sombras dos móveis, a poeira que se acumula pelos cantos, as cortinas cerradas.

sábado, junho 06, 2009

"Seu guarda, eu não sou vagabundo..."

Meio mundo tem Tico e Teco como neurônios residentes. Eu tenho Bruno e M*arrone, que vivem dormindo na praça, pensando nela (os neurônios pensam nela, não eu).

Calha que hoje, citando os supra referidos para Sr. Namorado, a cabeça sacudiu, e do nada comecei a cantar a música mais famosa da dupla. Bruno e M*arrone, que passam a vida a cochilar no assento único da desoladora paisagem árida que é o meu cérebro, acordaram, e passam agora o tempo a explicar para um guarda imaginário (eu não tenho três neurônios) que não são vagabundos, nem deliquentes, são só dois caras carentes.

E eu? Eu funciono como caixa de som para eles, e cantarolo que nem doida "Seu guarda, eu não sou blá blá blá".

Suspiro.

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Sr. Namorado acaba de sair para o Aurora (Eew, nojinho!), filha dorme tão pesado que se entrar o Olodum no quarto ela não acorda. E eu? Eu estou com uma garrafa de um litro de Coca Zero no congelador, um maço e meio de cigarros, tempo livre, 10 episódios de Ally McBeal no pc, barriguinha cheia e Dj Tiësto no Utube.

Sério: alguém pode pedir mais para ser feliz?

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Amo!



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Oi, eu sou Daniela, dentro de exatos dez dias faço 33 anos, deveria estar trabalhando neste exato momento, mas estou aqui, no Tube, me divertindo.

/culpa

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Então, aniversário. Ao contrário da geral, eu adoro fazer aniversário. Conto pra todo mundo, do trocador do ônibus ao chefe, passando pela moça do carrinho de café e vizinhos.

O estranho da história é que há trocentos anos eu não faço festa. Muitos, muitos anos mesmo. Nem me lembro da última. Sempre me reúno com pouquíssimos numa mesa de bar, tomo cerveja, rio, olho com um orgulho do tamanho do mundo para os meus amigos, e penso que é uma proeza reunir pessoas tão diversas no meu entorno.

E aí ontem surgiu a idéia de fazer festa. Festão mesmo, zilhares de convidados, comida, bebida, música. Pensei na casa de eventos do meu amigo-querido-companhia-do-almoço-de-ontem. Pensei na minha casinha. Casa da minha mãe. Casa da mãe Joana.

Aí pensei também que o salário só sai quatro dias depois da data festiva — e não, não vou te emprestar dinheiro. Aí pensei que trabalho no dia seguinte. Não só eu, aliás, mas o mundo. Nem quero chegar na produtora com cara de quem passou a noite dentro de uma betoneira funcionando, nem desejo isso para os meus.

Resultado?Mantendo a tradição secular, vou me reunir numa mesa pequena no dia 16 de junho, tomar cerveja e rir com os meus, e mais uma vez morrer de orgulho das pessoas que conquistei ao longo dos anos.

Quer ir? Deixa recado que eu dou o endereço.

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O vídeo é lindo, e a música gruda na cabeça.



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Estou falante, hoje, né? É a Coca Zero...

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Hum, sinto cheiro de tatuagem nova no ar... Ah, dia do salário que não chega...

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"Somos o que há de melhor..."

Ressucitei Engenheiros do H*awaii na minha vida. Porra de UTube

segunda-feira, junho 01, 2009

Poliglota

.Intermediário em INGLÊS
.Básico em ESPANHOL
.Leitura de FRANCÊS
.Fluente em BALEIÊS

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Pergunte a Lourinha se não vim falando em baleiês todo o caminho do mercado para casa.

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Patético é tropeçar e cair na rua. Você imagina então o que é tropeçar e cair num mendigo?

Não, ainda não, mas foi por pouco. Parei quase com o pé em cima dele, o fedido meu vizinho. Nove da manhã e o bonito ainda dormia?

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Um recado particular

Moça, vi seu "mayday", e não pude responder porque no momento exato eu tentava manter a cabeça fora da linha d'água. Devo ficar afastada dos bons botecos do ramo por algum tempo também, o que nos torna excelentes parceiras de Coca Cola.

Sim, continuo afogando, mas amanhã, para o melhor ou para o pior, saio de dentro d'água.

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De qualquer maneira, eu desejo, com toda a franqueza, que o Tsuru bata as asas e leve felicidade para os que estiverem perto.

quinta-feira, maio 28, 2009

Trabalhando

Falando muito francamente, eu MORRO de medo do Access 2007. Pronto.

Agora tenho que arranjar outro método para montar o banco de dados.

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Estou exausta. Emocionalmente exausta, fisicamente esfalfada, sem vida social, sem ver meus amigos, sem nada. Tenho sono o dia inteiro, e quando enfim deito à noite, a sensação é de que as seis horas de sono que me aguardam são apenas 1/4 do que eu precisaria para minimamente começar a me recuperar.

Mas não é queixa. Estou trabalhando, coisa que verdadeiramente adoro, vou colocar a vida em ordem e fim. Dormir? Ah, quando morrer.

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Ana Maria B*raga brigou com o figurinista. Só pode. Mágoa de caboclo é a única coisa que explica essa calça positivamente horrenda.

quinta-feira, maio 21, 2009

"Todos querem algo, sangue ou não sei quê..."

"Todos querem algo, sangue ou não sei quê..."

Isso é viver de produção. Todo mundo quer alguma coisa. Roteiros, comida, ferramentas, fitas, paz. Sangue ou não sei quê.

Hoje eu queria uma praia de areias branquinhas, água azul, um coqueiro, uma chaise longue, 23 graus embaixo do sol, drinks tropicais, variados, coloridos e fortes, e uma musiquinha mexicana de fundo, bem baixinha silêncio absoluto.

Fazer cinema é muito chato, é a arte de aborrecer as pessoas. Amo, absolutamente amo fazer televisão, amo a dinâmica, o processo, a celeridade. Amo a correria, as longas horas de trabalho initerrupto, os almoços em pé (ou no chão da praça, qual mendiga).

Mas cinema? Cinema são horas de ensaio, de repetições, de preparo da luz, do cenário. É boletim de continuidade, de áudio, de câmera. É burocracia pura.

Bom, talvez essa seja a visão de quem é cria do frenesi da TV. De quem ainda não descobriu a poesia da realização em 35 mm. De quem prefere ver filmes em casa, enroscada np edredon, e não num cinema lotado de gente comendo pipoca, fazendo ruídos desagradáveis de mastigação, e gritando nas partes erradas.

Sei lá. Gosto da equipe, mas viva a televisão, viu?

terça-feira, maio 05, 2009

De volta, e outras coisas

De volta à produção de Náufragos, que tive que deixar de lado em fevereiro, por motivo de força maior. De volta à mais querida equipe de trabalho, ao roteiro que adoro, ao lugar de onde eu nunca quero sair.

Não, não propriamente o cinema, e que me desculpem os puristas, acho até meio porre de fazer. Eu nunca deveria ter saído era dos sets de gravação e filmagem. Nunca, em tempo algum. Meu lugar é atrás das câmeras, dos fresnéis, dos kinos. Meu lugar é mofando enquanto repete-se a mesma cena duzentas vezes; meu lugar é escondida atrás da luz-mosquitinho da câmera. É rindo em silêncio para não vazar no áudio. É parando trânsito, é atrasando trens, é trabalhando 15, 16, 18 horas por dia, e ainda sorrir disso.

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Por que essa declaração de amor toda?

Porque tive um dia de cão, estou com a labirintite atacada, porque sabendo disso tudo, fiz a gentileza de assistir a Grey's Anatomy. Claro que não ia terminar bem, claro que chorei aos haustos, anotei pedaço do texto num envelope roto, tudo para poder discutir com minha terapeuta amanhã.

No meio disso tudo, dona Pequena resolve gripar, e eu perco o sono e choro, sei que quase desespero, e sei bem porquê. Aí, insône, com todas as decisões do mundo tomadas, volto para o computador. E quem está no MSN? Luna, que me faz gargalhar, que levanta minha bola, que me joga pra cima. Luna, o assistente de direção de Náufragos, protagonista de meia dúzia de boas histórias minhas ao longo de... uh... 11 anos, acho, e que comemorou de verdade a minha volta à equipe.

No final, descendo da montanha-russa que foi meu dia — que é a minha vida —, ainda rindo de uma confissão que ele me obrigou a fazer, resgato do fundo da bolsa o mesmo envelope amassado com o texto recém copiado. No verso dele, rabisco o trecho do diálogo-confissão que ainda ecoa na minha mente — e cujo resultado se reflete no meio sorriso que ainda carrego.

E não é que o mundo tomou cores mais suaves?

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Só quando chove é que o mundo lá fora e o mundo aqui dentro se igualam. Só quando chove é que as coisas voltam a fazer sentido. E eu fico mais feliz.

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Na verdade, eu vim pra sala para preparar um email para a Doce M., a quem vou encontrar dentro de menos de 12 horas. Se a conversa com o Luna foi o arremate para a minha noite, o que acendeu a luzinha lá no fim do túnel foi um livro de cabeceira, aberto aleatoriamente por mim, na hora mais louca de escuridão.

Evangelho segundo o Espiritismo.

Daí veio o conselho que eu tanto precisei hoje.

PERDOA.

E era isso que eu queria dividir com ela.

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Tão zureta de labirintite, que se largada for na esquina de casa, sento, estendo a mão e vivo da mendicância, até que alguém me mostre o caminho para o meu prédio.

segunda-feira, maio 04, 2009

Idol

Só eu não tinha visto a Susan Boyle ainda?

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Estou fumando que nem uma caipora, trancafiada em casa (embora tenha conseguido fazer uma desastrada aventura ao Póstudo ontem. Meses para me recuperar...), meio abandonada pela minha Lourinha, que tem pedido reiteradamente para ir para a casa do pai. Sua vontade é soberana, mas e a saudade da mãe, fica aonde?

Em falando nela, desisti do projeto "Realejo". A fantasia de mico ia sair muito cara, e vamos lá: quem ia acreditar na sorte tirada por uma macaca albina com franjas?

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Alguém quer comprar um rim?

segunda-feira, abril 27, 2009

Be double again

É

.Voltar a beber Skol sem queixas, só sorrisos
.Passar a noite de sábado fazendo palavras cruzadas, calados os dois, e nunca ter dividido maior intimidade
.Passar a noite brigando com ele, que se descobre todo, enquanto eu o espero dormir para cobri-lo de novo.
.Mais ou menos acordar com ele cobrindo minhas costas, geladinhas
.Acordar e perguntar o que ele quer de café da manhã. E ir fazer, sorrindo.
.Pensar a cada 7 minutos que foi a melhor coisa que se podia fazer. Sorrir mais um pouco.
.Ponderar seriamente sobre mudar de município
.Fazer planos para uma rave em 6 de junho, só porque ELE quer ir.
.Esperá-lo chegar as quatro da manhã, conversar até as sete, ouvir uma dúzia de coisas legais e dormir sorrindo.
.Olhar detidamente para isso tudo e pensar: "Só vale tanto porque é com ele".

Eternamente até enquanto durar.

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Lua, te ligo amanhã!

Velório

Não, prezado desafeto, ainda não é o meu. Velório é o curta do Reinofy, roteiro lindo que há anos conheço, e que enfim vi numa tela gigante de cinema.

Longos planos, nenhum diálogo, fotografia primorosa, roteiro... bom, sou suspeita, e isso não é uma crítica (TKS, God). É uma declaração de amor a um script bem formatado, bem rodado, bem dirigido, é uma ode ao cinema baianao, ao meu amigo querido e talentoso.

Velório é um soco no estômago. É uma poesia coberta de imagens, imagens simples e poderosas. É a tradução do que todo mundo eventualmente pensa sobre a vastidão — e a pequenez — da própria vida. Depois dos créditos encerrados (já falei que sou viciada em créditos de filme?), luzes acesas, e eu continuava estuporada, sentada ali, vendo a turba pensante subindo lentamente pelas escadas, em forma de onda humana.

Pense comigo, prezado Leitor: no seu caixão, o que não cabe?

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Dentro de dez dias eu vou montr uma barraca de mingau (TDP) na frente de casa, com turbante, vários sabores, e a Lourinha do lado, de quebra, tirando a sorte no realejo.

Dinheiro vai ter que vir de algum lugar.

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Peggy Sue, seu passado a espera

E teve o Nando, o Luna, a Lala, a Déa, a Lilia, o Amadeu, Arnold, Saulo, Reinofy. Teve As Menininhas, não mais tão menininhas, lindas, lindas demais. Passado sanfonado, grudado no presente, fole que não se desdobra, e 12 anos da minha voltaram.

Voltaram fortes, nítidos, filme em película, velho que custa a morrer. Foi mágico, e ao mesmo tempo agridoce. Depois do filme, me fizeram ver mais uma vez que, embora algumas coisas morram rápido — sem perguntas, ainda estou sob a égide da perda —, outras sobrevivem a furacões, terremotos, crises financeiras, e ao tempo.

Algumas coisas sobrevivem ao tempo. Agridoce.

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Em linhas gerais, a vida vai bem, alguns momentos gloriosos, outros que só servem para marcar o ritmo da espera, outros que pontuam a felicidade — Essa ainda meio escassa.

Estou em ritmo de reconstrução. Recontrução de tudo: de vida, de relacionamento, de profissão, de relação com filha, com pais, com aprendizes, mestres e amigos. Mais que isso, estou reconstruindo as pontos que me ligam ao mundo, estou fazendo novos acessos da minha alma para a humanidade.

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E O Moço completou a Maratona de Zurich!!!!! Orgulhosa como mãe de filho recém-alfabetizado!

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Nando, sabe que também ando bebendo suas palavras lá no seu blog??

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Desculpem se estou azeda, mal-humorada, sem fair play, sem bossa nem graça. Viver não é simples, e eu tenho tido uma boa dose dessa premissa. Não é ruim, mas dizer que é um mar de rosas é um exagero criminoso.

sábado, abril 18, 2009

50 mil

Visitante número 50.000, identifique-se!

É uma honra tê-lo aqui!

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Que tipo de pessoa de 32-quase-33 urra de alegria quando encontra um site com todos os episódios da Turma do Pato Bill para baixar?

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Catzo!


"Por favor, sugira um remédio que me faça parar de tremer de alegria como um lunático, quando recebo e leio suas cartas... Você me faz uma dádiva tal como nunca sequer sonhei encontrar nesta vida."

Franz Kafka

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Como eu sou repetitiva...


Publicado aqui em 18 de novembro de 2003

Briga, briga comigo e me deixa. E volta pra casa, ruminando dores de amores, enquanto eu saio do trabalho e vou ao encontro dos meus. Me deixa, anda, e fica até essa hora tardia pensando que podia estar comigo! E onde se enfiou essa garota? Me deixa mesmo, e admita, na quinta volta pelo quarteirão, que me ama, e que não adianta brigar consigo mesmo. Admita que me ama, pelo menos pra você mesmo!

Assuma seu amor por mim, assuma que te assusto, aceite que tem medo de me perder. Aceita, homem, a mulher que eu sou. E continua a me amar assim: desafio, carência, paixão, independência e humor. Me ama. Desse jeito torto mesmo. Mas me ama.

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Para registro

Primeiro dia de casaco na minha casa! Ê!

Na boa... Na casa da minha mãe deve estar nevando.

terça-feira, abril 14, 2009

Ser solteira é...

.Beber Bavária porque gosta
.Esticar as pernas na cama
.Ponderar se a TV nova vai mesmo pro quarto
.Comprar a camisa do Flamengo no Rio e inaugurar na final da Taça Rio (com todo o sotoque carioca que a terra lá me renovou)
.Morrer de saudade a cada exatos 7 minutos, e ainda assim achar que é a coisa certa
.Reapaixonar por quem já existiu uma paixão, comparar, e saber que nada é tão bom quanto aquele a quem amamos
.Fazer planos para o feriado de 1o. de maio, pesquisar preço de passagens para um luga inóspito, e descobrir que o dinheiro dá
.Ponderar seriamente sobre mudar de cidade e estado
.Pensar nisso tudo e no final dizer: "Vale uma bosta sem ele"

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Al, a anã vem amanhã.

Ecos da viagem

*Aviso que se você for susceptível a humor negro, vá lá em cima no x e clique.

.No ponto, esperando pra ir ao jardim Botânico. Para um ônibus e desce, sustentado por um hippie vendedor de brincos, um deficiente sem as pernas. Se ajeita no skate que trazia embaixo do braço, e pergunta pra gente qual o caminho para a praia. Completamente fanho.

Comento com a minha irmã depois:

— Al, que merda, né? O cara além de aleijado é fanho...
— Fanho??? Eu achei que ele fosse argentino!


O que é pior? Fanho ou argentinho?

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O pior é a sem noção aqui conversando com a cria loura, ainda no ponto:

— Mãe, por que ele perdeu as pernas?

Ato contínuo, sem pensar, porque eu sou desarrazoada, mesmo:

— Porque não guardou no lugar certo.

Vergonha, meu D*us, vergonha.

corta para

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No dia seguinte, Zoológico. Havia uma pomba no meio do caminho, no meio do caminho havia uma pomba. Vem minha irmã, cheia de alegria, correndo para fazer o bicho voar.

A pomba deu dois passinhos cambaios e tombou de lado. Aleijada da perna E da asa.

— Helga, passando o corre no aleijão?


corta para

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Tia e sobrinha voltaram domingo, mamãe segunda foi pra São Paulo e eu cheguei hoje. Acompanhei mamãe ao aeroporto, tomamos um café, ela embarcou e rumei para o ponto de ônibus, para voltar pra casa.

Começa a tocar no player "You are my first, my last, my everything", do Barry White. Para os adictos, a música do banheiro de Ally McBeal. A música que todos dançam no banheiro. A música que EU dancei no ponto, no meio de todo mundo.

Vergonha, meu D*us!

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E foram dias encharcados de chopp e carinho, afetos e pizzas, primos e abraços. Foram dias de cura, dias de afagos, saudades indo embora, laços estreitados. Dias de finalmente pertencer, de voltar ao lugar que tanto me é caro, de encontrar pessoas que eu amo, e que faço questão de ver a cada temporada no Rio. Dias de achar um pouco de paz sob o olhar atento do Cristo, que lá do alto do corcovado, em tempo algum me perdeu de vista.

domingo, abril 05, 2009

Silêncio na Avenida Presidente Vargas...

Mais uma noite de insônia, mais uma noite tentando fazer com que a mente pare um pouco, que os fantasmas parem de gritar, que o silêncio enfim se instaure dentro da minha alma.

Era só iso o que eu pedia. Mas os fantasmas gritam, a cabeça não para. O silêncio veio de onde nunca devia ter vindo: de dentro do peito.

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E aí tenho sonhos com um ex-namorado me convidando para uma festa na Rocinha, deixando para mim vultuosas quantias enroladas num bilhete; uma declaração de amor meio arrevesada e uma passagem de ponte aérea (?) parao Rio.

Ah, o Rio... Já falei que faltam só dois dias?

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Labirintite em estado bruto, fim do documentário-xodó, Rio e meu amigo querido lá... Fim de uma era, e engraçado como as coisas se repetem na minha vida. Parece que nunca saio do vórtice se não der um pulo enorme para cair em outro... vórtice temporal.

E cade força para pular?

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Odeio ir dormir quando ospassarinhos já estão cantando. Cheira a fracasso, sabe?

quinta-feira, abril 02, 2009

joão...

...

Você me emociona.

Obrigada por existir.

Tom Cruise, filmes, passado...

Por muito tempo, Jerry Maguire foi uma rferência pra mim. tanto tempo, que acabei esquecendo o porquê. A Grande Virada, mas por que me inspirou tanto? Sabe D*us, mas ainda hoje me atrai o nickname de Jenny Maguire. Subconsicente rocks.

Hoje, entorpecida pela realidade em estado bruto, terminei de ver Vanilla Sky. Soco na boca do estômago. "Eu quero viver a realidade", e a realidade não incluia aquela mocinha linda. Não incluia o amor.

Altura? Realidade. Corpo ao vento. Oitavo andar. Isso tem voltado numa frequencia vertiginosa pra mim, numa sucessão de ir e vir que incomoda. Perda. Dor. Nós.

O quanto se perde numa queda em busca da realidade? Quantas familias são destroçadas num impulso que o corpo dá, espaço afora? Quantas vidas fenecem, e levam tantos anos para se reerguerem?

Não foi um dia fácil. Foi um dia de me deparar com a finitude das coisas, inclusive do projeto-xodó, que deu origem à série. Foi dia de voltar atrás vida afora, não só quatro meses, mas dezesseis anos. Dia sanfonado, passado que se encontrou caprichosamente com presente, e que enfim, ambos, me encontraram tão frágil como fui nos dois tempos. Quatro meses, dezesseis anos.

Esse foi um dia de resgatar contas antigas, não-prescritas. Morte não prescreve. Amor também não. Foi um dia de querere morrer, e ao mesmo tempo de querer colocar a cabeça pra fora da maré e dizer "Gente, eu sobrevivi!!! Me salvem, olha eu aqui!", e sair corajosamente singrando o mar, mesmo que aos solavancos.

Porque eu não desisti de ser feliz.

É minha meta, doa a quem doer.

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Há anos não tinha tanto orgulho de produzir e dirigir um material quanto tive com este de hoje.

terça-feira, março 31, 2009

Devagar

Devagar eu vou retomando o ritmo da minha vida. Devagar reestabeleço laços, mando mensagens para amigos, respondo, rio eventualmente com eles. Rir tem sido difícil. O rosto está enferrujado, parece que range quando movimento os músculos da bochecha. Mas é preciso.

Devagar volto a pisar no chão, saindo do sonho de alice, voltando do País das Maravilhas e aterrisando em solo real. Realidade é o que vivo agora, não o período de sonhos que tive nos últimos tempos.

Devagar faço a assimilação, e mais devagar ainda, quase parando, me convenço de que tudo tinha que ser assim mesmo. Certo, certo, vamos preservar a verdade: ainda está longe desse dia chegar. Mas me esforço.

Devagar eu marco o reencontro comigo mesma, não com o monstro que em mim habitou por um breve período. A Daniela de verdade não comete os crimes que eu cometi, nem contra si mesma, nem contra outrem. E eu me declaro culpada.

Devagar, muito devagar, volto a fazer planos de viajar, de mudar de carreira, de enfiar a Lourinha embaixo do braço e mudar de estado. sei lá, voltar pra São Paulo, tentar o Rio (e ser indecentemente feliz até o fim da vida), ou o tocantins... Sei lá.

Devagar eu olho no espelho e tento reconhecer a estranha que me olha de lá. Devagar eu retorno para a terapia, me encharco de remédios, na esperança de um dia achar o caminho que tem meu nome na placa.

Eu não desisto de ser feliz.

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Alguém podia fazer uma rápida prece por mim? sabe como é... quando uma merda vem, ela não vem sozinha, e minha cota estourou...

terça-feira, março 24, 2009

Great news (for the good or the bad)

E então eu tenho uma garrafa de prosecco há tempos. Estava guardada para o dia em que eu alugasse meu apartamento. Aluguei, e se a realidade era saborosíssima, isso só foi se desvendando dia após dia. Não abri a bebida.

Aí fui deixando, deixando, e tive uma mega oportunidade em janeiro. Um convite esperadíssimo. Aceitei, mas as condições não eram exatamente as esperadas. Deixei para abrir o prosecco no início de março, quando outra grande notícia me esperava. Claro que, em sendo comigo, nada funciona no tempo esperado. Adiei mais três semanas. Era pra ser ontem o grande dia. O prosecco está gelado. Não foi, deixei pra hoje. Passei o dia comendo que nem uma desesperada (e obrigada, D*us, porque a balança não passa de 62,255 kg), numa ansiedade campeã, para redundar em nada.

Amanhã cedo subo o prosecco para o congelador. Para o bem ou para o mal, de quarta-feira essa garrafa não passa.

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Nesse calor do Senegal, não fazia muito sentido tomar um capuccino pelando. Pra mim fez.

Desenvolvi, nos últimos dois anos, intolerância à lactose. Eu, que a vida inteira fui um bezerrão, viciada química em leite. Não me venha com leite de soja, porque soja não é mamífero, logo, não dá leite (bom, não serve como argumento, porque a cabra é mamífera e eu não chego nem perto do seu leite. Leite = vaca, e fim.).

Paralelo a isso, o paladar enlouqueceu, e nas poucas vezes em que insisti em leite de caixinha, senti gosto de barba de vaca. Só que ainda amo leite, mesmo com o enjoo brutal que me dá. De quando em quando, invisto numa embalagem de 200 ml de Toddynho, e passo enjoada as três horas seguintes.

Sacou a moral da história? Emborquei um capuccino para ficar enjoada enão pensar em comida por um tempo. Murphy, o legislador, ocupa o apartamento ao lado do meu, e calha que hoje não tive enjoo. Não, não estou pensando em comida, mas estou suando que nem cuscuzeira, e feliz porque o leite não fez das suas.

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A cabeça está a milhão, as contas estão atrasadas (só e somente porque "Daniela, a Procrastinadora" anda fazendo suas aparições), estou numa insônia terrível, e meu sonífero preferido, umas latas de cerveja, estão fora do meu cardápio desde sabe-se-lá-quando.

Sério: preciso de dias extras de terapia e uma calibrada na dosagem do remédio.

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Repita comigo: "Quem respeita o tempo, atravessa o oceano de jangada".

Cento e cinquenta vezes.

quarta-feira, março 11, 2009

Dia livre para compras

Documentário do Sebrae. Festival de Verão, filmes do MinC, empresa de carnaval. Desde dezembro venho vivendo na correria, e nos últimos 50 dias não me lembro de um final de semana de folga. Folga, folga mesmo, de não me preocupar, de não ter que ir na empresa, de nada.

Então fez-se a mágica. Ganhei 15 dias de vadiagem malemolente. Na volta a gente vê como fica.

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Ironia é quando a música do despertador começa assim:

"Dane-se a hora, se é cedo ou se é tarde..."


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E depois da tempestade, enfim a vida vai-se ajeitando. Puxa um bocadinho de lá, cede um pouquinho de cá, e assim a toalha da mesa vai ficando arrumadinha.

Estou de férias, tentando manter minha filha sob controle, tendo dias de diva no salão, dormindo muito e aproveitando as pequenas-grandes delicadezas do meu namorado.

Por isso ando sumida. Porque a vida enfim tomou um trilho confortável, sem solavancos. Até quando?

Sabe D*us, mas vou curtir até lá.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Nada

Nada, nada do que eu faça, nada do que eu veja, pense ou eventualmente acredite, diminui essa dor que me assola. Nada.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Era a primeira vez que via um morto jogar bola...

João Wainer. Só o nome é poesia. Ele escreve como poucos, e olha que leio muitos. Fotografa como eu gostaria de fotografar. Vive a vida que eu viveria, se não fosse... Bom, se não fosse Daniela.

Não deve ser fácil ser João Wainer, neto da Danuza e do Samuel, poeta da periferia, assim como não é fácil se Daniela Henning. Mas ser João Wainer deve ser motivo de honra e orgulho. Ele se coloca num ponto intermediário entre o leitor/espectador e a cena. As suas fotos do protesto dos motoboys são dignas de prêmio.

O que me derruba, e já enviei o link para metade das poucas pessoas que habitam esse anecúmeno coração, é O Camisa Cinco.

Sentei na calçada e lembrei daquele camisa 5 correndo atrás da bola. Não o conhecia, não sabia seu nome, porque estava preso nem a quantos anos foi condenado. Não quis saber. Sabia apenas que aprontou alguma e foi punido. Aquele volante raçudo era bom de bola e peça importante no time, tanto que esperaram o campeonato acabar pra manda-lo embora pro inferno.


Choro, choro, e não só pelo raçudo camisa cinco, mas choro pelo João, que bifurcou pelo outro lado na mesma encruzilhada que eu, que segui pelo outro — e jamais isso seria uma crítica: é uma admissão da MINHA falha. Preparando o material do projeto de formtura, que seria sobre fotojornalismo, me deparei por dias a fio com um trecho de sabe-D*us-quem, que dizia algo mais ou menos assim, sobre fotografia de guerra: "Me emociono, mas não posso chorar, porque as lágrimas impedem que eu faça o foco adequado".

Não sei quantas vezes o João perdeu o foco, e penso que muitas, mas ele tem colhões. Ele tem a rara capacidade de associar sua visão crítica com as fotos objetivas (e existe objetividade quando um humano é quem documenta os fatos?). Pra mim, ele é o olho que norteia, que acerta o prumo, que me devolve a realidade quando tudo começa a ficar pollyanament rosa. É o chacoalhão que eu preciso para aterrar. O prazer agridoce das minhas madrugadas.

Corrente das 3 mentiras

Desafio do Moço, link ao lado, tenho que dizer aqui 9 coisas sobre mim, das quais 3 sejam mentiras:

.Eu entrevistei Almo*dovar no carnaval da Bahia
.Eu fui grávida a um leprosário
.Eu ensinei G*al C*osta a cantar errado o Hino do Bomfim
.Eu acertei a lata no primeiro tiro que dei na vida.
.Eu chamei um PM da Choque para a briga
.Eu andei na prancha de caixões de um carro funerário
.Eu ganhei corrida de galope a cavalo
.Eu fiz desmaiar um ladrão que tentou me assaltar
.Eu quebrei dedo surfando

Era pra recomendar a nove pessoas, mas como o Moço quebrou as regras, quebro também: recomendo ao leitor possuidor de um blog que diga nove itens sobre si mesmo, e que me avise aqui nos comments.

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Não há dinheiro no mundo que pague o desrespeito.

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Acendi um incenso, conversei com meus protetores, com minhas santas, com D*us, com o Universo. Força, preciso de muita força par aguentar esta maré que me afoga, para suportar a dor que me envolve, para continuar a caminhar com paz e serenidade.

Está muito, muito difícil.

domingo, fevereiro 22, 2009

Terapia de compras

Eu moro sozinha com a minha filha, sustento a nós duas até que bem. Mas não é fácil, já que freelance não tem rotina financeira: dia tem, dia não tem — principalmente eu, que não trabalho com gente notoriamente mau caráter. Não dá pra grandes luxos. roupas vem de brechós, promoções, bancas de supermercado (e quem foi gordo sabe da alegria de comprar roupa em bancões de mercado). Sapatos... Ai, meu D*us, estou bem desfalcada, mas ainda assim feliz com meus pisantes.

Aí vamos nós. Não estou feliz. Não, na verdade, estou bem triste. Tudo, tudo se atropela na minha cabeça: vida pessoal, vida profissional, tudo, absolutamente tudo está embaralhado. Aí, na primeira folga que tive em semanas, dormi que nem cobra que comeu o boi. Acordei, dormi, acordei de novo, e dormi vezes sem conta. Saudade bateu fundo, e pelo menos uma já estava para se resolver: a Lourinha chegou!

Vamos ver trios, vai a maãe explicar o que são blimps, leds, publicidade, mostrar logomarcas. Sim, eu sou sem noção. Mas o que me ardia por dentro era o impulso de comprar.

— Mercado, filha?

Vamos, vamos!

Saldo: um pack de latões de Skol, um de coca Zero, salsichas, queijo parmesão ralado, molho pronto pra strogonoff, batata palha e um pacote de Doritos (porque o outro comprei pra ele há três dias, e tendo sua energia, um abraço, a mim não pertence mais).

Resultdo: o mesmo vazio, a mesma sensação de não pertencer, ainda uma angústia que não encontra palavras para andar de braços dados.

Mas passa. Agora, vai passar. Não vou me reduzir a pó, não vou me abaixar demais, não vou nada. Conheço o meu valor como profissional, como mulher de alguém, como pessoa, e nada do que sou me autoriza a voltar atrás das decisões tomadas — por mim e por outrem.

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Dando tudo certo, em quinze dias estou na terra do Moço para o seu aniversário, e em 30, no Rio.

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E Vanessa da Matta insiste em canta "Nossa Canção".

Não há mais "nosssa" canção, minha nega. Há as minhas. E já não te bastam?

Pra mim, quase acabou (o carnaval... o carnaval)

São 03:40 da manhã, acordei agora, abri uma lata de cerveja, e a Vanessa da Matta diz que essa é a nossa canção, e que vai cantá-la seja onde for, para nunca esquecer o nosso amor.

É, nega, vai ficar rouca.

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Sim, ACORDEI agora. Depois de começar a trabalhar lá pelas quatro (da manhã, claro), não parei mais. Sob o sol (e o céu) que nos protege, passei o dia assando, subindo e descendo de carro de apoio, gritando com fornecedor malemolente, brigando com gente abusada, guiando os Buscapé por Beverly Hills (leia-se conduzindo pela cidade motoristas caipiras para fazer o curso de direção de trio no Quartel dos Aflitos).

Botei o bloco na rua (literalmente), e vim em casa tomar um banho. Ia encontrar o bloco lá pelo Espanhol, terminar o percurso em cima do carro de apoio, e voltar para pegar Yves Larock e depois Camarote Andante. É, domingo é folga.

Quem disse que eu consegui? Só consegui ouvir os dois "boa-noite" do Jornal Nacional: início e fim. Apaguei, acordei no final, tomei banho meio trôpega e capotei. Aí acordei com um silêncio... Um vazio... Faltavam tantas coisas, dentro e fora de mim, mas cá fora faltavam gritos e/ou barulho de ônibus.

Cheguei a cogitar entrar na roupinha mais linda e sair para flanar com o vento. Aí fui ver a programação dos trios, e a essas alturas, só se eu tivesse um helicóptero pegaria a última música de Nikima. Então... cerveja, né?

Tenho duas latinhas, uns cigarros, insônia e tempo livre. Nem me lembro da última vez em que não precisei ajustar o despertador. Por um dia, que seja, vou ser dona do meu tempo.

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Eu tenho muita sorte de ter os parceiros de trabalho que tenho. Talvez os de todo dia, mas com certeza, os que que chegaram no momento da crise técnica, quando a vaca caminhava a passos largos para o brejo, é que apareceram os melhores.

São pessoas que, independendo do que virá em março, serão queridas para sempre. Na necessidade é que a gente mede caráter, e "fala que eu te escuto", que tanto ouvi hoje, resume muito bem a minha relação com os meninos.

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Bateu sono. Meu player de mp3 tem vida próproa e já me deu várias broncas e terminou com Conselho:

Deixe de lado esse baixo astral
Erga a cabeça enfrente o mal
Que agindo assim será vital para o seu coração
É que em cada experiência se aprende uma lição
Eu já sofri por amar assim
Me dediquei mas foi tudo em vão

Pra que se lamentar
Se em sua vida pode encontrar
Quem te ame com toda força e ardor



Alguém dá mais?

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Carnaval

Eu sei, eu sei, Beanes... Mas...

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Alguém tem um carro de apoio vistoriado pra me emprestar? Devolvo depois de amanhã.

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Nos anos anteriores, fiz força pra não ver nenhum abadá. Este ano, estou virando cabeça pra ver todos, e só confirmar que o nosso vai ganhar prêmios esse ano.

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Primeiro carnaval na casa nova, que é na boca do circuito Barra-Ondina. Alguma coisa me diz que vou morrer de saudade do barulho dos ônibus...

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Hermética

Às vezes eu acho que eu — e a Doce M., vamos combinar — sou a única que tenho a mente criminosa.

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Uma lata de cerveja, amendoim japonês, minha casa e cigarros. Ah, se não fosse carnaval...

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Projeto "Clínica Velhinho Feliz" 2009: Fisioterapia na cabeça!

Que merda de profissão é essa que nos obriga a ficar longe dos que mais amamos nos dias em que eles precisam? Que merda de profissão é essa em que o meu amor fica doente, e eu ainda tenho que ter cabeça para grama sintética, bomba d'água, plotagem, quando o pensamento é todo nele, nas suas pintinhas das costas, na sua febre, no seu cheiro? Que merda de profissão é essa, que me obriga a torrar embaixo do sol, num local insalubre, quando tudo o que eu queria era estar como enfermeira dele? Que merda de profissão é essa que faz minha filha sair chorando de casa, enquanto rumo ao parque onde estou concentrada, quase me fazendo chorar — eu já sensível, confusa, cansada, com lágrimas fáceis e calafrios? Que merda de profissão é essa que nos obriga a trabalhar todas as vezes em que os outros estão se divertindo? Que merda de profissão é essa que transforma colegas de trabalho em pessoas mais íntimas do que nossa própria família?

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Sobre não ter idéia da troca que fez...

Alguém se lembra do programa do Silvio Santos, o Domingo no Parque?

— Você quer trocar um avião por um cadarço q a vaca lambeu?
— Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!


Eu acabo de trocar 6 par leds (???) e 6 calhas brut (???) por 2 atomic 3 mil (???).

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Eu ia participar de uma promoção para ganhar quatro dias de viagem marítima. Raramente eu me empolgo para participar de promoções na hora, ou tenho criatividade para aquele momento.

Desta vez eu tive. Fiz o textinho bonitinho, engraçadinho, pronto para ganhar. Aí resolvi ler o regulamento.

1. A viagem começa e termina em SP, e a promoção não paga as nossas passagens (claro que o administrador do meu passe ia, vou fazer o que sozinha numa viagem romântica?).
Bom, isso não mata. Emagrece (porque eu tiraria do dinheiro do feijão, mas e daí?), mas não mata.

2. Viagem começa numa quinta, termina num domingo.
Massa, mal comecei a trabalhar, nem sei meu destino, e já peço folga para a vadiagem malemolente (/jacaré banguela)

3. O cruzeiro é animado pelo pai e pelo tio da W*anessa Camargo.

Fechei a janela da promoção. Tudo na vida tem um limite.

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Adrenalina comendo no centro. Hoje começa o carnaval pra mim. Timbabeats. Amanhã sai bloco. Sexta e sábado sai bloco. Terça sai bloco. Quarta sai bloco.

Quinta sai meu enterro.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Ai, ai, Daniela...

Me perdoem, meus três leitores fiéis: fiz um post todo engraçadinho no trabalho (no dia em que mais resolvi pepinos, uma prova de que trabalhar sob pressão é a minha praia), mas esqueci o pen drive no Lentium I que com tão boa vontade me atende. Amanhã eu posto.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Humor bombando!!!

Minhas previsões do horóscopo diziam que hoje eu seria notabilizada pela segurança profissional, e que algumas decisões me seriam empurradas com base nessa mulher segura que o mundo estaria enxergando.

Rapaz, eu vou beijar Alexei! As notícias se atropelam na minha porta, e consequentemente o humor melhorou horrores, a disposição atingiu níveis anfetamínicos, e quero é mais trabalho!

Humor moderado

Não estou mais cuspindo marimbodo, nem possída pela ira titânica, nem tão stressada. Almocei com a minha Lourinha, e isso diminuiu deveras a escala de irritação.

Prevejo melhorias substanciais até o final do dia, e uma cerveja mega gelada ao nascer da lua, neste que aparentemente é meu último dia de alguma paz antes de 02 de março.

E se telefonema inesperado faz feliz, cerveja gelada faz mais ainda.

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Sobre CapCom

A melhor coisa que eu fiz foi não ir. Nunca vi tantos espíritos dos Natais passados no mesmo lugar!

Mas eu queria tanto, tanto ter ido, mas tanto...

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Mulher é um bicho idiota, viu?

Mau humor

Perguntas idiotas, pessoas frustrantes, situaçõe-limite, promessas não cumpridas. Sono, saudade, irritação, mágoa, stress, raiva. A cara cheia de espinhas. Sapatos machucando os pés.

Jogue por cima de tudo a maior vontade de fumar nunca antes vista.

Alguém aí vai dizer olá para a minha manhã?

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Eu não sou a única que disca 10 dígitos e insiste, achando que é telefone — e no meu caso, eu estava ligando para um RG, e puta da vida porque ele não completava a ligação.

Diferença: eu descubro sozinha e não atrapalho ninguém.

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Até o meu amado toque de celular, um incidentalzinho com cara mexicana, está-me irritando.

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A parte boa é que é aniversário da minha Lourinha, e que vou levá-la pra um restaurante japonês para o almoço, e vou enchê-la de beijos, e voltar para o trabalho flanando, para receber somente boas notícias pela tarde.

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Sim, é só mau humor, mesmo, porque o trabalho está andando, e se a vida pessoal anda enrolada, telefonema inesperado faz feliz.

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Vibe Twitter

Se continuar nessa larica, vou na padaria comprar um Toddynho. Fico enjoada três horas e passo mais quatro sem querer pensar em comida.

domingo, fevereiro 08, 2009

Só assim pra rir...

1) Tem um violão no sol, e EU NÃO VOU TIRAR
2) Mesmo no sol, Helena estava doidinha aprendendo a tocar...

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Vingança? Não, claro! É só troco.

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No Festival, nos deram uma sala enorme, linda, iluminada, com sofás brancos, mesas, um espetáculo. Uma hora depois, descobriram que aquela não era a nossa sala, e nos encaminharam para a nossa real cafua.

Bom, digamos que saímos de um triplex para um kitinete. "Mais confortável seria se nos pusessem num elevador...", pensei eu.

Elevador!

Fui no Gettyimages, procurei uma imagem de botão pra chamar o elevador, imprimi, recortei e colei na parede da frente da sala, do lado de fora.

Claro que ninguém nem percebeu a piada, mas eu me diverti horrores no processo, e pra que melhor que uma private joke?

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Porque metade de mim é o grito, mas a outra metade é o silêncio.

Drummond


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UPDATE

Sorte de hoje: Tentar e errar, mas não desistir de tentar

Só pra reforçar o meu mantra de hoje.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Minha alma



Minha alma
06-02-2009

As vezes eu falo com a vida,
As vezes é ela quem diz:
"Qual a paz que eu não quero conservar
Pra tentar ser feliz?"

Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo!
Mas não me deixe sentar na poltrona
No dia de domingo!

É pela paz que eu não quero seguir admitindo...

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Amor,

Se alguém me dissesse que aquela viagem ia me trazer um amor tão grande, eu riria e diria que essas coisas não acontecem pra mim. Aconteceu.

Se por um lado não tem sido fácil, por outro me dá uma alegria tão sem tamanho, uma vontade crescente de fazer o melhor pra mim e pra você, uma certeza enorme de que o que o meu mundo é melhor contigo. Você é o porto para onde volta o meu barco para o descanso.

Fugir pra te encontrar no meio da festa da domingo foi a paz que eu precisava. O abraço que você me deu está gravado na pele como tatuagem, e mais uma vez tive a prova da escolha acertada que fiz.

Pelas minhas contas, hoje faz 24 anos que estamos juntos. Quero mais milênios com você, quero nesta e nas próximas vidas. Quero crescer com você do meu lado, quero te ver caminhando, quero te fazer feliz. Sua felicidade alimenta a minha.

Não tem sido fácil realmente, mas isso só torna mais especial o que estamos construindo. E assim tem que ser, passo a passo, todo dia, com os pés na realidade.

Sou sua. Só sua.

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Originalmente publicado no fotolog. Mas é hoje, e são 24 anos, e... e é o meu amor.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Hein?

Três produções e uma grande possibilidade, tudo correndo em paralelo. Vida pessoal. namorado, amigos, casa, mãe, pai, filha. Farrinhas nos intervalos.

Estou exausta, e em algum momento vou acabar mandando as senhoras do teste de elenco para o Festival de Verão. Sim, estou no meio de uma tempestade de atrizes idosas, atrizes jovens, palco principal do Festival de Verão, e uma grande possibilidade. Vou misturar tudo.

Calha que o assistente de direção de dois dos projetos é meu amigo de priscas eras, e a gente tem uma cumplicidade que ultrapassa o racional. Ele me entende, é meu amigo, meu cúmplice, meu companheiro de gazetas, e um puta profissional. Passei o dia na TV do Festival, mas com a cabeça no filme. Lá pelas muito tantas, liga o AD pra me dizer que estava liberado, e que ia pegar a câmera e me apanhar.

Bati palmas, voei, avisei namorado que já tinha mudado de "emprego", e caímos em campo. Primeira entrevista, Campo Grande, vamos nós. Estaciona carro, ri, ri, "ai, como estou cansada", ri mais um pouco, caminha. No caminho para a casa de uma atriz que amo (escritora tão competente quanto), deu um branco.

— Caralho, onde eu estou?

Foi sincero. Foi verdadeiro. Foi profundo. Mas foi engraçado também. Eu não sabia nada. Não sabia onde estava geograficamente, não sabia em que trabalho estava, não sabia nada. Não sabia nem quem era eu. O AD quase se curvou de tanto rir.

— Dani, o que você precisa saber é que está em "Náufragos" — o roteiro que está sendo trabalhado agora.

E assim, nafragada, fui fazer a entrevista, apaixonada pela atriz, doida pelas histórias que ela escreve, e um tantinho mais feliz. Não, ainda não sabia quem eu era, mas "Náufragos" já era suficiente.

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E amanhã, no ingrato horário das 8:15 da manhã, estou na TV de novo, para sair para uma reunião no Parque de Exposições. Sério: Jesus acordava a essa hora pra pregar?

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O Festival me consome. São cinco dias servindo aquele grande senhor, o Palco Principal. São cinco dias de até duas horas de sono, de voos estranhos, de bandas chegando em três, quatro horários diferentes. São dias briga com a INFRA*ERO, de cumplicidade com a turma de Sauípe e do Club Med, de reflexões nas hors cinzentas de aeroporto.

Eu sempre volto diferente desses dias de imersão no show bizz...

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E tudo o que eu queria amanhã era ir ao salão, fazer as unhas, ler revista Caras de novembro e ficar enroscada.

Suspiro.

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Protegida de toda a inveja... Não há melhor visão do que ele dormindo no meu sofá, torrado de sol, fazendo bico (ai, ai, ele dorme fazendo bico...), tranquilo, enquanto faço o último email de recomendações e instruções antes de sumir uma semana dos filmes.

Paz é isso. Paz é dentro de mim, e ainda cá dentro, o sentimento de gratidão que não se esvai. Me perguntaram, pouco antes do reveillon, quais seriam os meus pedidos de Ano Novo. Uma breve ponderação, um sorriso, e saiu na tampa:

— Eu não tenho o que pedir. Eu tenho é que agradecer tudo o que tenho.

É isso. Felicidade é isso. É não ter mais o que pedir.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Sorry, periferia, mas...

O que há de melhor que passar o dia correndo de um lado pro outro, revendo amigo querido, almoçando no quilo honesto perto de casa, trabalhando em dois projetos deliciosos, para no fim disso tudo chegar em casa, colocar cria pra dormir, abrir uma cerveja cu de foca e fumar um cigarro, ouvindo tão-somente o silêncio (metafórico, porque minha rua...)?

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Lua, recebi seu email, e calha que estou no meio de uma bem vindíssima avalanche de trabalho. Cerveja ligeiramente adiada, mas eu te escrevo com calma quando estiver menos tonta (sim, no segundo gole de cerveja, eu fico zureta. Depois passa, e então piora de vez.).

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Olha que eu bem passei o resto da tarde numa melancolia assustadora, sem ânimo, sem nada. Um gole de cerveja, dois roteiros pra decupar, um cigarro... ah, que diferença!

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Então minha casa precisava de flores. Depois que me mudei, descobri uma insuspeitíssima paixão por plantas, e desde então, tenho incrementado minha coleção.

Do supermercado, hoje vieram uma begônia ainda por florar e uma outra cujo nome não me lembro Planta da Fortuna. Mas de lá já vieram margaridinhas (in memoriam) e um vaso de calandivas.

Tivemos uma chuvinha aqui, outra acolá, e achei que minha turma verde sentia falta das intempéries. Levei todo mundo para a varanda. Aí foi a perdição.

. A recém-nascida jabuticabeira brotou ali, e segue firme e forte.
. A mudinha de tangerina resolveu sobreviver. Está com duas folhas verdes.
. A espada de Santa Bárbara, blasé, ignora a mudança, e continua linda, cheia de folhas.
. A pitanga deu o ar da graça, e caminha a passos largos em direção ao sol.
. A árvore da felicidade foi repatriada. Cruzou os galhos, bateu as raízes e disse que daquela terra não levava nem o pó. Está na sala de novo, melindrada.

Mas quem me preocupa é a calandiva. E essa da foto não é a minha, viu?



Esta senhorita enlouqueceu. Aqui dentro de casa andava murcha, já amarelando a florada, quase uma setentona, no crepúsculo da sua vida. Aí mudou-se pra varanda. E pirou.

De um dia pro outro, danou a criar brotos, brotinhos lindos, verdes, muitos, muitos mesmo. Florou de novo. Mal a florada terminou, já tinha mais uma boa quantidade de novos brotinhos. Isso, por cima da florada amarela, morta, vieram as novas.

A calandiva despirocou de vez. Penso nela como uma piriguete do reino vegetal, ainda com crise de identidade. Flora, morre, flora de novo, e não sei de onde tira forças. Exuberante. Tenho a impressão de que já a vi acenando para os carros na rua. Feliz.

Ou isso acaba, ou ela vai acabar dando jacas. Ou jenipapos, sabe-se lá. Ela, pobrezinha, não sabe mais quem é.

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Falta trazer minha samambaia da casa da mamãe, porque ela está com saudades de mim, e minguando, a querida.

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A segunda cerveja está quente que dói. Se jogar um saquinho de chá, está adequado. mas é a segunda, né...

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Agora estou no ponto de voltar a trabalhar.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Esclerose múltipla

Então, Lua, li agora! Oba, chopp? Ouvi falar em chopp?? Como estou doida de labirintite hoje (faltam 4 horas pro remédio se fazer eficaz), não acho nem a porrada o seu email aqui. Respondo em post aberto.

Chopp no final de semana? Você ainda ganhha de bônus diversas oportunidades de gritar com m'enfant terrible, quando ela parar de colher flores caídas e passar para as plantas. Sim, ela é terrível.

Meu email é dhenning@superig.com.br. Mande seu telefone pelo meu email, e te ligo pra gente combinar o evento agregatício de choppinho, risadas e identificações.

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E não me fale de perfumes. Amo, amo mais que amo... Sei lá, comida mexicana! Nem brinque com a possibilidade, que eu vou passar pra sempre pisando em ovos para ir ao mercado. Mas cheirosíssima, ah, isso sim.

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Cansei de brincar de cabo de guerra. Ela ganhou.

Y a mucha honra!!!

Você sabe que vai ladeira abaixo quando o LastFm te apresenta Maria la del barrio, da Thalia, como uma das suas preferidas, você abre um sorriso, levanta a cabeça como uma cigana enlouquecida, e quase uiva "Y a mucha honra, Maria la del barrio soy".

E sabe que seu mau humor vai ladeira abaixo também quando a música desenrola e você vai se sentindo cada vez melhor.

O mesmo acontece com La Copa de la vida, com Rick Martin

Vergonha, gente, vergonha demais!

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O pior não é isso: o pior é começar a imaginar qual o ponto de corte dos metaizinhos cafonas da música para trocar o toque de celular.

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Sim, tentei. Sim, saí. Sim, cuspi marimbondo, mas antes de tudo me diverti. Sim, eu ia pro Ronda Jazz no Balcão. Não, não fui. A febre voltou, a labirintite nunca foi, e morri de medo de mais uma vez desmaiar lá.

Eu não preciso de ninguém. Mesmo. Exceção aberta para a minha filha, que me salvou, e para a minha terapeuta, idem, idem. Mas do resto?

Não. Preciso. De. Niguém.

Amo meus (poucos) amigos, mas se falharem comigo, dói, mas eu continuo lá, em pé, detonando. Se me dão mais do que estou acostumada a receber, em algum momento vou pisar os pés na realidade. Dói pra caalho, dói mesmo, arranca pedaço, deixa deformada, às vezes para sempre. Mas eu sobrevivo. E o pior, clareia minha cabeça para todo o resto de pequenas gentilezas que são ofertadas, para um dia, inevitavelmente, tirarem de mim.

Falta de fé na humanidade? Sim, é mesmo. E disso acho que nunca vou me curar. Eu aprendi a viver assim, e até que me provem que existem outros idiotas no mundo como eu (como eu leia-se aquele(a) que se desdobra SEMPRE em carinhos, gentilezas, compreensão, e que nunca toma de volta, ou deixa de ofertar), vou continuar a cair fora na hora exata em que preciso começar a me defender. Inimigos reais ou imaginários, tanto faz. Brigando contra eles eu não fico, e acabou.

Amo os meus amigos, amo o meu namorado, amo as pessoas com quem escolhi conviver. Mas deletar da vida é tão, tão fácil, que chega a assustar.

A conta eu pago depois.

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Minha redenção da Thalia (tá, tá, do Rick Martin também) veio em forma de Bloodhound Gang, a mesma F.U.C.K. que me fez feliz há quase exatamente um ano, mo estacionamento da TV, enquanto esperava a resposta do então donatário da minha capitania sobre sair ou não, under the same sky.

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Ainda sobre donatarias, capitães e coisas que o valham, e ainda sobre Gigante:

TENHO MEDO DO RANDOM DO LASTFM!

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De casaco de novo. Ou isso acaba por bem, ou acaba por mal.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Emmeline

"Sentimentos tão poderosos que só poderiam ter vindo de Deus levaram aos atos mais fortemente condenados pela Sua palavra."

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Desatualizada


Que azar o da Cindy Lauper vir ao Brasil na mesma temporada da Madonna. Quer ver: quem aí sabia que ela tinha feito alguns shows aqui? Hã? Hã?

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Sempre soube o significado da palavra "imbróglio", mas sempre achei que era muito esnobismo usar só a grafia em italiano, a única que conhecia. E não é que não existe uma versão tipo "imbrólio" — ou, Jesus, acende a luz, "imbrólho" — em português?

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Oi, eu tenho uma confissão: na loucura pós-febril (e de dona recente de um celular que valha o trabalho), baixei n jogos para o telefone. Instalei alguns. Um deles, instalei sabendo o que era, e joguei feliz da vida: Gemmquest by Paris Hilton.

Pa-ris Hil-ton.

AAAAAAAAAAH, alguém me segura, que estou pra cortar os pulsos???????

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Ex-amor aparentemente mudou de emissora. Não o vejo no jornal habitual há algum tempo, e creio ter ouvido sua inconfundível voz em outro canal.

E ex-padrinho de namoro (é, eu já fui adolescente), guitarrista bombadinho no rock nacional, está gordo que nem leitão.

Pela atenção, obrigada.

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Gripe, gripe muito feia. Segundo a tradição familiar, gripe que dá fome é de ordem emocional. Dou um doce pra quem adivinhar a minha segunda mais intensa atividade do dia.

É, comer. A primeira foi sofrer na cama, com um febrão que deve ter batido na casa dos 40. Sobre a questão de (des)ordem emocional, sim, — suspiro —, estou acompanhando um perrengue enorme e grave. Não, não respinga muito em mim. Mentira: estou afundada nisso até o nariz, mas repito: o problema não é meu.

Estou visivelmente melhor, depois de cinco dias de cama, delírios sonolentos, febre alta e absoluta incapacidade de reter alimentos no corpo (gastroplastia tem dessas coisas). Hoje tirei o atraso e mastiguei tudo o que não me coube nos últimos acontecimentos. Enfim, pelo menos 4 dos cinco quilos que perdi devem ter voltado hoje.

E meu corpo sabe que está bom quando vê uma garrafinha de prosecco na mão de uma modelo famosa e a boca saliva como cão hidrófobo. E quando, a partir daí, sonho com vinhos frizantes, proseccos, vinhos brancos, cigarros e uma noite sambando.

Noite sambando? A febre voltou!

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Não me perguntem sobre o início do post. Ele começou a ser escrito no dia 2 de janeiro, e na época aquela citação fazia sentido.






Mentira: ainda faz.