Eu nunca acreditei naquela falácia de "terminaram, mas ainda são bons amigos". Na cara! Foi tão lindo que ainda somos os melhores amigos. Bom... Pelo menos ele ainda é a pessoa em que mais confio nesta vida. E na próxima. Sempre.
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"Eu não vou sobreviver"
Vai sim! Estou eu sobrevivendo, sendo como foi, ainda com tanto amor e respeito, ainda companheiros... Por que não você?
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"É ruim em todos os sentidos"
É. É mesmo. Mas é menos ruim do imaginei.
Separar não é assim. Não é só o "beijonãomeliga". E a dor do antes? É a demora dos dias de camaradagem, de arrependiemnto de ambas as partes, de só lembrar a parte boa. Mas quando a triste hora do fim se faz notória, é erguer a cabeça e receber de frente. Não há outro jeito. E aí dói menos (como se fosse possível).
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"O pior é a ausência emocional"
Mentira. O pior é depois do último abraço, dos votos de "Cuida de você (porque eu não estarei para fazer isso! [N.T.])", encontrar o espaço dele desocupado. Aquele vazio FÍSICO, das coisas que antes eram vitais naquele espaço.
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"Colocar outro cara no lugar ameniza"
E quem consegue olhar pra outro cardápio com ar de cobiça? Quem, fiel que nem cachorro, consegue olhar para os lados numa caminhada inocente? Nem quero, e se quiser, não é pra agora. Não quero braços de um com a cabeça integralmente no outro. No seu seu cheiro, no seu olhar, nos seus pêlos. Nas suas pintinhas.
Meu corpo, e minha alma, ainda não são de mais ninguém. Quando eu conseguir retomá-la só pra mim, distribuo pra quem eu quiser. Mas agora?
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"Os amigos ajudam"
Nem todos, meu caro. Tive meu amigo mais antigo na minha casa cinco minutos depois do tufão, e sequei as lágrimas no momento exato em que ele entrou. Tenho alguma dignidade para não molhar mais ainda a sua camisa. E assim segui ao longo do dia: minimizando a minha pele do avesso para as duas amigas que mais amo na vida, sem deixar ver se eu estava de cama ou na cama.
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