terça-feira, dezembro 22, 2009

Mitos derrubados

Eu nunca acreditei naquela falácia de "terminaram, mas ainda são bons amigos". Na cara! Foi tão lindo que ainda somos os melhores amigos. Bom... Pelo menos ele ainda é a pessoa em que mais confio nesta vida. E na próxima. Sempre.

**

"Eu não vou sobreviver"


Vai sim! Estou eu sobrevivendo, sendo como foi, ainda com tanto amor e respeito, ainda companheiros... Por que não você?

**

"É ruim em todos os sentidos"

É. É mesmo. Mas é menos ruim do imaginei.
Separar não é assim. Não é só o "beijonãomeliga". E a dor do antes? É a demora dos dias de camaradagem, de arrependiemnto de ambas as partes, de só lembrar a parte boa. Mas quando a triste hora do fim se faz notória, é erguer a cabeça e receber de frente. Não há outro jeito. E aí dói menos (como se fosse possível).

**

"O pior é a ausência emocional"


Mentira. O pior é depois do último abraço, dos votos de "Cuida de você (porque eu não estarei para fazer isso! [N.T.])", encontrar o espaço dele desocupado. Aquele vazio FÍSICO, das coisas que antes eram vitais naquele espaço.

**

"Colocar outro cara no lugar ameniza"

E quem consegue olhar pra outro cardápio com ar de cobiça? Quem, fiel que nem cachorro, consegue olhar para os lados numa caminhada inocente? Nem quero, e se quiser, não é pra agora. Não quero braços de um com a cabeça integralmente no outro. No seu seu cheiro, no seu olhar, nos seus pêlos. Nas suas pintinhas.

Meu corpo, e minha alma, ainda não são de mais ninguém. Quando eu conseguir retomá-la só pra mim, distribuo pra quem eu quiser. Mas agora?

**

"Os amigos ajudam"


Nem todos, meu caro. Tive meu amigo mais antigo na minha casa cinco minutos depois do tufão, e sequei as lágrimas no momento exato em que ele entrou. Tenho alguma dignidade para não molhar mais ainda a sua camisa. E assim segui ao longo do dia: minimizando a minha pele do avesso para as duas amigas que mais amo na vida, sem deixar ver se eu estava de cama ou na cama.

Nenhum comentário: