sábado, junho 10, 2006

Os efeitos da nova vida (ou "a falta que ele fazia")

Picumã frontal aparado, monocelhas voaram*. Agora falta pintar os longos, e mais uma vez a crise: louro, ruivo ou preto?


*Franja aparada, sobrancelhas feitas.

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Estou ouvindo Nilo Amaro e seus Cantores.

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Vamos estabelecer uma coisa: eu acredito em astrologia. Claro que não em horóscopo de jornal, embora leia todos com fervor e crença, sempre me caem às mãos. Acho que as pessoas nascem todas num determinado período, praticamente impossível que elas não tenham uma coleção de caracterísitcas semelhantes entre elas.

Sempre tive cert receio de pessoas do signo de Virgem. São perfeccionistas demais para a minha alma geminiana, são ranhetas demais para a minha liberdade. Não dá pra trabalhar com um virginiano, porque o nosso melhor nunca será o melhor pra ele. Aliás, nem o melhor de um virginiano é suficiente para ele.

Têm surgido uma infinidade de virginianos na minha vida. Não, o dono do meu passe até a próxima semana não é virgo. É touro com ascendente em gêmeos, já regido pelos ares geminianos há anos. Mas os outros que aparecem, virgem.

Gente, eu não consigo administrar os virginianos. Eu sempre sofro, me apaixono (nunca de maneira irreversível, que eu tenho juízo), mas eles são sempre tão... tão... antissépticos!

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Eu fui criada dntro de um caixote de livros prensados na década de 50. Ganhei os livros da tia Léa, irmã da vovó, que se desfez da biblioteca quando saiu da casa no Corcovado para Copacabana. Causava estranheza que, aos 7 anos de idade, eu soubesse o que era "chinó", e ainda usasse palavras como "diabrete", "códea", "claudicar".

Bom, calha que entre Rumpetiltskim, Arapusca — a Rainha Negra, La Fontaine, escolhi Condessa de Segur para ser meu primeiro livro. Tinha umas 300 páginas, era chamado "O Bom Diabrete", e como sinto falta deste livro!

Hoje eu procurei para comprar pra Helena. Achi uma coleção no Submarino, da trilogia "Os Desastres de Sofia", que já começa errado porque a linguagem foi toda modernizada. Queria que a Helena lesse no português rigoroso que eu li, com todas aquelas palavras que faziam o meu cérebro funcionar.

Não sei se comprarei. No fundo, sou uma purista, apegada ao passado.

Em tempo: achei uns livros num sebo português. Acho que a solução para a Helena ler Condessa de Segur com rigor gramatical será nos mudarmos para Portugal! E vamos combinar: na atual ituação, nada seria mais adequado...

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Ah, chinó é peruca!

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