Can U hear me?
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Mayday! Mayday!
Quando enfim caiu minha ficha de manhã sobre "misturar as coisas", a garganta fechou e os olhos marejaram. Olhei para o relógio, oito e meia. K. já está no ferry boat.
Liguei a primeira, a ligação não se completou. Na segunda, a rede estava com defeito. Pânico. Na terceira, tocou, e graças!, ela atendeu.
Não lembro o que disse entre lágrimas. Não lembro mesmo. Sei que chorei, chorei muito, mais uma vez. Mais do que na hora, doeu hoje, com todos os seus meandros, volteios e rebuscados. Me senti — e ainda me sinto um pouco — miserável.
Desliguei, ainda chorei mais um pouco, e finalmente o dia começou a fazer algum sentido para mim. Ela chegou, me ouviu, concordou com algumas coisas e discordou de outras. Devagar, o mundo voltou a rodar. Ela empurra minha vida pra frente.
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"Só liguei para desejar feliz dia primeiro. Eu sei que já fiz isso hoje, mas nunca é demais reforçar".
Ele é uma graça.
O.o
"Adorei. E se quiser ligar para desejar feliz dia dois, feliz dia três, eu vou gostar também".
Eu sou uma fofa. Ou pelo menos tento.
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Alguma coisa faltou ser dita esta noite. Não sei quem as diriam, mas faltaram palavras.
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