segunda-feira, abril 05, 2010

Moving fucking on!

Por alguns dias, nesses meses de trovão, considerei serissimamente, pela primeira vez tão seriamente, a possibilidade de sair do país. Tenho umas boas chances numa empresa que não uma, não duas vezes, já acenou com uma temporada fazendo o que mais amo, e ganhando dignamente para isso.

Finalmente trouxa à baila a conversa, beeeeeeeem como quem não quer nada. E a luz foi feita: sem a Lourinha, não vou a lugar nenhum. Nem à esquina. Diante da pergunt sobre ficar uns dois meses sem mim, ela foi taxativa no seu não. Então me repeti a mesma pergunta.

Jamais, em tempo algum, vou conseguir deixar minha filha aqui no Brasil, ou na Bahia, ou na casa da minha mãe, que seja. Ela é quem vem correndo no meio da Isa TKM para dizer que me ama, que faz me faz carinho enquanto dorme, e são as bochechas dela, as sobrancelhas dela que afago, enquanto ela franze a testa num sonho só dela.

O cacete! Vai melhorar aqui, e vai melhorar com ela por perto. Como é que achei que sem amuleto eu ia a algum lugar?

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Eu acho engraçadas algumas coisas. A vida inteira eu só e somente me cerquei de gente de caráter. No trabalho isso sempre foi mais gritante ainda, porque NUNCA trouxe nem mantive ninguém em cujo caráter não fosse possivel confiar. Nunca. As pessoas que vieram do profissional para o pessoal, todas elas, são de boa índole, de boa formação, não passam rasteiras em ninguém.

Talvez isso exlique porque tem tanta gente com quem não trabalho, e porque tem outras tantas para quem nunca digo não de jeito nenhum. Mas será que explica o porque tenho me afinado tão pouco com as pessoas num passado recente?

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Comi um sanduíche, o estômago deu piti, enjoei, um horror. Ué: pão, quijo, presunto, molho de tomate, fogo. Suco-frozen de tangerina. O que tinha de diferente?

Um sorriso de canto de boca: os duzentos quilos de rocambole de chocolate e o naco de pudim de leite que devorei enquanto o fogo trabalhava no inocente sanduíche.

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Ainda vou voltar no São Francisco. É meio como a Chapada Diamantina: a vida fica outra depois de uma viagem até lá.

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"Vamos fugir deste lugar, baby? Vamos fugir?"



Pra onde quer que você vá, que você me carregue!

Minha Nossa Senhora de Guadalupe, ninguém entende que a minha necessidade de Rio de Janeiro é física???

Um comentário:

Unknown disse...

Sem grana. Poucos clientes. Proposta de acordo. Converso com a outra parte desassistida. Meu cliente recua. Como continuar torcendo pela vitória do oponente? Acho que não nasci pra isso! Ainda tento equilibrar a pequena probabilidade de manter a linha do profissional com a minha antiquada visão do mundo.

A vida acabou de me provar que pode ser bem curta e imprevisível! Numa simples ida a cachoeira a vida do meu primo e de sua "namorida" mudaram pra sempre. Sem volta.

Vale engolir o fel?