Odeio segunda-feira de manhã. Não, não é bem isso. Odeio acordar às seis numa segunda-feira de manhã. Não, ainda não é isso. Odeio acordar às seis da manhã e ter uma hora para deixar a Lourinha pronta e linda para sair às sete.
É isso. A culpa não é da segunda-feira. A culpa é do horário.
********
Sempre volto caminhando quando deixo a Lourinha no colégio. Dá uma meia hora de caminhada, passo por três bairros para chegar no meu, sempre venho de iPod no ouvido, sempre pensando em soluções, analisando problemas.
Entre as minhas milhares de idiossincrasias, uma delas é que não consigo ponderar se não estiver fazendo outra coisa. Essa coisa bacana de deitar e pensar hoooooooooooras a fio, e sair da cama com uma solução, ah, isso é lindo, mas nunca funcionou comigo. Pensar é jogando no computador — aqueles jogos de juntar três cores e fazer bombinha —, pensar é fazendo palavras cruzadas, é caminhando.
Pois hoje peguei um fio da meada, rodei amorosamente os problemas nas mãos, olhei todos os lados, fugi e depois assumi culpas, e não concluí nada. Do jeito que a cabeça está — cheia, com problemas aparentemente insolúveis, e tempestades de raios —, era pra eu ter andado até Itapoã, ida e volta, e ainda assim não teria chegado a ponto algum.
********
Um milhão e meio de coisas para fazer... e vou tomar um banho fervendo, colocar uma roupinha confortável e sentar para assistir o primeiro episódio da quarta temporada de Grey's Anatomy. Volto a ser adulta depois do meio-dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário