quinta-feira, junho 20, 2002



Saldo de aniversário passado na estrada, viagem psycho:

.mancha roxa bizarra no braço (meu namorado Mexicano me espancou. Ou pelo menos friccionou o local da pancada)
.paquera da outra banda (sanfoneiro. Novidade, né?)
.pitizinho de ciúmes por causa de uma lambada mal dançada
.super fotos rulez
.ser filmada arrombando um cadeado da bomba de óleo diesel de um posto de Itabuna
.ter o meu espaço físico invadido por dedos e mãos (e entenda como quiser. Eu só estou falando de linguagem corporal)
.massagem nas costas de dois dos meus queridinhos, Chagas e Samuel
.acordar com cafuné e ficar de mãos dadas com um dos meus preferidos
.deitar com a cabeça na mão de um dos meus preferidos
.dois pneus furados
.atenção e cuidados com o meu braço arrebentado de dois dos meus preferidos
.7 horas de atraso

Consegui o que queria. Derrubei o show de sábado para que Márcio Telmo e Samuel pudessem viajar conosco domingo. Eu ainda tenho direito de escolher com quem vou passar meu aniversário, né?

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Itapé. Lugares de encantos escondidos. Tão escondidos que eu até agora não achei. Lugarzinho estranho. O palco foi construído em cima de tabiques, e não dava pra três pessoas da banda ficarem em pé no meio do camarim. Afundava. O espaço de backstage era de 60 cm, sem proteção nenhuma, e ainda puseram uma caixa no meio do caminho, o que reduzia esse espaço para míseros 20 cm para transitar carregando instrumentos, cases, congas. Eram os 60 cm e uma queda para o infinito (ou o chão, o que chegasse primeiro). Produção é um esporta radical, tb.

A maldita escada, responsável pela minha oitava tatuagem, é um capítulo à parte. Pensa numa escada de beliche. Pensou? Inclina a bichinha em um grau, apenas. Pronto. Para imaginar os degraus, olhe para os dedões do pé. Logo abaixo, há o ponto onde podemos flexionar os dedos para cima e para baixo. Pronto. Fique na ponta dos pés e terá o espaço exato da área de cada degrau. Show, hein?

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Eu achei que tinha desapaixonado do meu Docinho. Porra nenhuma. Bastou meia dúzia de horas juntos pra descobrir que não tinha esquecido dele. Merda.
Pontos a ponderar:

.eu sei que ali vai ser problema
.não consigo fazer planos em que ele esteja incluso
.não quero a desaprovação do meu namorado Mexicano
.estou meio tombada por outros dois: meu namorado Mexicano e o meu ex Marido (new!)
.mas só ele é capaz de fazer com que eu bagunce todo o coreto de todo mundo..

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Sempre que estou paquerando algum cara, penso em termos de investimento. O Rô, por exemplo, já me fez gastar milhares de reais com ingressos de shows em que ele estaria (e que eu não tinha nenhuma intenção de ir), com rolos de filme para a câmera... O Daniel me custou dinheiro de váaaaaaaarios táxis, alguma bebida, a paixão por um cara chamado Vanderley Andrade ("Eu vou roubar, eu vou roubar, eu vou roubar, meu bem, o seu coração...").
Quanto mais velha eu fico, maior o investimento nos carinhas. Na época do Fernandes, por exemplo, só gastei sola de sapato. Meu Docinho, em contrapartida, já me custou o investimento de 200 reais, uma noite num hotel bacaninha em Itabuna, um táxi, váaaarias águas minerais, 2 chopps, duas cocas, um drink de tequila e um pacote de biscoito.
Acho que o último, antes de eu achar o "pau dourado" com que vou me casar, vai me custar um apartamento, um carro, um lear jet, dois hamburgers, uma toalha de crochê e duas jujubas.

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Viagem amanhã de novo. Super turnê de 5 dias. Deus, acho q vou precisar de vc de novo nessa! Me dê saúde, paz, serenidade e amor irrestrito para aturar meu mui estimado patrão por cinco loooooongos dias...

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10º dia do antidepressivo e tudo bem. Ainda não estou lambendo as bochechas dos cachorros...

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