Um cigarro, raios numa terra onde eles não acontecem; sono perdido em algum lugar. Um sonho que dissolveu na chuva que misericordiosamente cai: não me lembro de uma vírgula dele.
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Acordei agora, e sinto nos ombros a dor de quem carrega um mundo de responsabilidades. Atlas emocional. Sísifo contemporânea, preciso de um relaxamente muscular para poder continuar a empurrar ladeira acima a pedra das decisões a serem tomadas. Tanto esforço para, resignadamente, ter a certeza de que quando chegar no topo da montanha, a pedra-decisão vai rola moro abaixo. As questões se renovam e novamente empurro novas decisões pra cima.
Também como Sísifo, não me queixo. Saber que estamos todos condenados a empurrar pedras-decisões/sofrimentos/soluções morro acima por toda a etenidade faz com que a tarefa seja feita sem a falsa esperança de que um dia a pedra toque o cume e por lá fique.
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Vocês estão atinando para o relógio? No meu são 4:18 da matina,e o Felipe acaba de ligar:
— Quer sair comigo agora?
Cai o pano, próximo Athos (Rá!)
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Ah, a resposta?
— Claro que sim! em 20 minutos eu estou pronta!
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Deus quer, Dani faz.
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