quarta-feira, março 03, 2004

Eu tinha tanto para dizer.

Tenho medo de chorar. Tenho medo de me expor. Tenho medo de perder. Tenho medo de não servir. Tenho medo de deixar escapar que essou insegura, e com isso colocar a nau a pique. Queria saber para onde vai o meu barco. Queria contar que se dúvidas houve, foram dissolvidas nos abraços e gestos de carinho da feliz desordem. Queria poder falar exatamente o que eu sinto. Queria ter certeza de que não pode estar errado. Não está.

Odeio medir palavras, escolher vocábulos que acompanhem a sutileza do vento que entra discreto pelas janelas. Tenho medo de a minha intensidade assustar. Tenho medo que a reação de catalise se aplique aos sentimentos. Quebro minhas regras, abro precedentes que nunca existiram para ninguém. Tomo atitudes que nunca existiram no "Pequeno Dicionário Daniela de Regras e Aplicações". Tudo isso sob a égide da confiança. Não a confiança em mim. A confiança nele. Tudo isso porque talvez eu não me lembre de outro tempo em que eu tenha ficado mais feliz em arrancar um sorriso, em ver uma expressão de satisfação, em dar prazer. For the first time, dar prazer é mais importante do que receber.

Tenho medo dessa situação absolutamente minha desconhecida, não sei onde vou parar, não sei como proceder.

Gostar, infelizmente, não vem com manual de instrução.

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