domingo, maio 18, 2008

Diálogo

Estou realmente encantada com essa novidade de leitores dando feedback. Mesmo. A Karina, lá do sul, a Ane, que pelo "guria" também é lá das terras temperadas, frias, civilizadas... < /inveja>

É bom ver o que pensam os 17 leitores do blog, o que acham, por onde caminham. Embora seja um blog extremamente umbiguista, é bom saber que alguém chega, lê, NÃO FECHA NO XZINHO LÁ DE CIMA, e volta. E volta de novo, e um dia comenta.

Obrigada, gente. Obrigada pelos comentários, por ler, por voltar.

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Recebi o extrato bancário do mês de abril, e como sei que a situação financeira não está das piores (leia-se "há dinheiro pra pagar as contas mínimas"), abri. Antes de continuar, eu queria dizer que tenho síndrome de avestruz: escondo a cabeça diante do perigo, para ver se passa sem me atingir. Sábio, muito sábio. Uma das coisas que faço é não abrir ou puxar o extrato bancário quando sei que a coisa tá preta, ou quando sei que enfiei o pé na jaca financeira. Só o faço quando estou no maior mau humor do mundo, quando estou resolvendo problemas que não envolvam dinheiro (mas que envolvam muita adrenalina), ou quando estou MUITO puta. Sim, é mais um pra lista de TOC.

Mas chegou o extrato, enfiei a correspondência no meio do caderno de trabalho, e abri no caminho para a TV. "Hum, esse eu sei o que é. Ih, não sabia que o restaurante inominável tinha esse nome tão feio. E esse? Ah, lembrei."

E aí fez-se silêncio na minha cabeça. Lembrei porque foi o dia em que sai com o Certo na Hora Errada. Foi o restaurante onde tomamos o último drink da noite. Parece melodramático, mas senti o chão fugir dos pés. Tá, tá, durou meio segundo, mas tive uma sensação de vazio muito grande. Para mim era uma página viradíssima, uma situação deliciosa que virou folha do calendário, foto na parede, memória boa.

Quando me deparei com aquela lembrança impressa em papel reciclado (é, meu banco é ecologicamente correto), eu aterrisei novamente com os pés na lama. Merda, por que as coisas são tão difíceis para mim? Por que não dá para ser mais tranquilo, por que não pode aparecer um cara como ele na hora certa? Por que o cara certo não se apaixona?

Ainda estou com o extrato dentro do material de trabalho. Via de regra, ele estaria no lixo, aos pedaços. Não consegui. Alguma coisa não respondida e não resolvida em mim manteve a integridade daquele papel. Deixa lá, como prova táctil da minha incompetência.

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Por outro lado...


Há uns 17 anos sou louca por ele. Louca pelo seu trabalho, louca pelos personagens, pela trajetória profissional, sempre o achei lindo, sempre quis trabalhar com ele.

Enfim, o dia chegou, e por mais que ele tenha surtos criativos por demais delirantes, estou absolutmante encantada em trabalhar com ele. É um doce, é competente, é gentilíssimo, é engraçado, não é estrelinha, é bom demais.

A cada vez que toca o telefone, eu gelo; quando chega email dele, eu tremo, por que sei que mais uma grande novidade ele vai inventar. Mas apesar do tempo escasso para fazer as coisas funcionarem, apesar de todas as alterações de última hora, é sempre engraçadíssimo ver o que veio da cabeça dele desta vez. o clima é bom o suficiente para isso.

Termina terça, quiçá quarta, mas já estou com saudades por antecedência. Quem me conhece sabe que é difícil sentir saudade antes do fim de um trabalho.

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Daniela, a haole

Pela primeira vez estou planejando uma viagem com antecedência. Abri o São Google, e estou procurando os lugares onde quero ir, as lojas, bairros, atrações. Serão só dois dias livres para a bagaceira, e ou otimizo, ou me dano.

Pior não é isso. Pior vai ser desembarcar com mapinhas impressos do Google Maps. Ah, eu já fui mais legal, de chegar numa cidade e dominar o sistema de Metrô, de saber rodar pelos lugares como local.

Anyway, vou com a mala vazia, e sabe D*us quanto vou pagar de excesso na volta.

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A propósito, estou MORRENDO DE MEDO de não querer voltar de lá. Mesmo. Estou travada de pavor com a possibilidade do meu coração ficar pendurado nas luminárias, de congelar os pés por lá e nunca mais voltar. Olhando as fotos agora, meus olhos encheram d'água, num misto de saudade sem explicação, de familiaridade, de pertencer ao que não pertence a ninguém.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Dani,

Que bom que tu gostas das visitas ao seu blog. Nem sempre dá para comentar, mas sempre que puder vou tentar enviar um comment.
Ah! Eu sou do Sul sim, mais precisamente de Curitiba, mas moro em Belo Horizonte há cerca de 3 anos, uma cidade que já mora no meu coração.
Vc falou em inveja...inveja temos nós, sulistas, desse paraíso que vocês, baianos, vivem! :)
Desculpe-me pela curiosidade, mas vc vem falando de uma viagem, mas não disse o destinó. É segredo ou pode contar para uma das suas leitoras mais assíduas? :)

Um grande abraço pra ti, guria!

Ane.

Karina disse...

Gentem,me senti até importante sendo citada no blog, hehehe...

Acho q o sentido dos blogs é este, uma comunicação casual, livre de pretensões e tensões...

e eu adoro eu humor ironico sarcastico q mostra o verdadeiro ser humano...

pq gente perfeitinha é um porre...

pode ter certeza q continuarei acessando, vc esta nos meus favoritos...

tudo de bom Dani...