sábado, fevereiro 06, 2010

The fallacy of epiphany

Sabe quando você está em casa, na paz do seu santo lar, quando de repente cai uma bomba na cabeça?

A bomba é ligada a um problema atualíssimo, e é quase quase uma revelação. Não trouxe a solução, mas o fato de uma memória vir espontaneamente à tona, 17 anos depois, me deu um gelo no estômago, uma vertigem tão grande...

Eu venho repetindo padrões desde que me entendo por gente. Um determinado tipo de homem, quando acontece na minha vida, segue o mesmo protocolo: primeiro ignoro (pelo tempo que for: o último ignorei por 15 segundos), depois me apaixono, me apaixono mais, vivo uma série de padrões recorrentes no relacionamento, e aí o caminho bifurca.

Bifurca, quer dizer... Invariavelmente eles morrem. O que deu origem à série morreu de verdade. Os outros morreram metaforicamente. Mesmo. Há 10 minutos estou avaliando meus relacionamentos passados, e nunca, em tempo algum, sobreviveu o tipo do homem sobre o qual estou falando. É um conjunto de características físicas, pouquíssimas emocionais, mas que me fazem erradicar a existência deles na Terra.

Com todos os outros, mantive uma relação sólida, sadia, amistosa. Meus melhores amigos (sem revival algum) são meus ex-namorados. Já com os tais que seguem o mesmo padrão, nunca mais mantive contato algum. Um deles, inclusive, encontrei num posto de gasolina, anos depois dele ter fenecido numa metáfora. De boyzinho marrento, classe média alta, à "loss prevention", classe média baixíssima. O outro eu só lembro quando vejo nosso amigo em comum; o precursor morreu de verdade, e o último da série... Bom, não me permito nem falar sobre ele.

Óbvio que isso tudo quer dizer nada, pelo menos por ora. Mas segunda-feira trarei a questão à luz de gente hablitada, estudiosa, e que finalmente vai começar a clarear o por que desses padrões ocorrerem de tempos em tempos (ora, até o Cometa Halley tem uma explicação plausível!), e como fazer para não morrer de medo de topar com um homem louro, de olhos castanhosverdes, cheio de si.

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Você pode não ter percebido, mas isso foi um exercício de vomição.

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