terça-feira, fevereiro 02, 2010

Supermercado

Depois de andar o suficiente para dar a volta no mundo, uma parada para filar bóia na mamãe, e já que o iPod apareceu, por que não ir ao supermercado?

Flanei até lá, e no que entro no estacionamento, começa a tocar isso aqui:



E o pior: eu sabia a letra. E ouvi duas vezes, amarradaça.

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Rol da diversão noturna

6 polpas de fruta
100 gramas de queijo, 100 gramas de presunto
4 latas de cerveja

Uh! Uma farrista!

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Desocupada


Antes de entrar no estacionamento, vi o carro do papai estacionado fora. Ao sair, a humana que vos fala arriou mochila, sacolas, revirou todos os bolso, até achar a nota fiscal das compras. Catei tudo de novo, e me dei ao trabalho de colocar o cupom no limpador de parabrisas dele.

Ligou agora, rindo, porque minha mãe não consegue guardar segredos.

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Depois de resolver os problemas-PROBLEMAS, lá vou eu pros problemas-solução, ou seja, matar saudades dos amigos da produtora querida. Em estando lá, assisti ao filme pronto e finalizado.

Camila e o Espelho
é uma obra da qual tenho muito orgulho de fazer parte. Foi um perrengue fazer, tanto do ponto de vista pessoal como do viés de produção. Foi sacrificado fazer, meu coração estava esturricado, a responsabilidade de cuidar dos filhos adolescentes de outras pessoas me deixava em pânico, e estar navegando à deriva, sem um porto para onde voltar, foi pior que tudo.

No final, as crianças foram as melhores (com exceção de um ou outro comportamento, claro), não estava tão à deriva quanto imaginei, e a bóia de salvação veio em forma de um tremendo colega de trabalho e sua dose de Dreher.

O lançamento é depois do carnaval, soube hoje, Mas mais uma vez me emocionei com o trabalho finalizado nesta produtora. É mágico. Sempre foi mágico trabalhar com eles.

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(clique para ampliar. Vale a pena)


E deles, também, Miúda e o Guarda-chuva, que quase me faz chorar em cena aberta, hoje. Já tinha me emocionado com a delicadeza dos traços no email de divulgação, mas hoje eu assisti ao desenho completo.

Miúda tem uma flor carnívora, que seguidamente toma a forma de um coração. Tive a impressão, em alguns momentos, que a planta encantava Miúda, como num jogo de hipnose. Mais adiante, achei que o jogo era o contrário, e que Miúda tinha o poder nas mãos. Sei lá.

A planta carnívora foi presente de um amor que passou, e come as formigas que Miúda amorosamente recolhe no banco onde se senta. Eles jantam na mesma mesa. A planta-ele faz beicinho quando um pedido não é atendido. Eu quase choro. Ele diz que gosta dela, e se a essas alturas você ainda não percebeu seu formato, um coração vai-se delinear, formado pelos lábios-cabeça da planta.

Lindo, lindo de doer!

Parabéns a Paula Lice e Victor Cayres, que pensaram Miúda; a Igor Souza, que deu corpo a ela; a Jorge, Amadeu e João por terem dado à luz Miúda.

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Outro rol

A nova geladeira velha daqui de casa;
Os shorts Hering;
A bata(argh) branca que ganhei;
O microondas em cima da mesa;
O pé de alho e as jibóias nos vasos;
O desenho feito para ele;
Nova foto no mural que ele prendeu na frente da cozinha.

Coisas que aconteceram, e que ele ainda não viu, ou não sabe. Nem saberá.

I'm moving on.

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Remédio novo rox!

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Update: entrevista do Victor Cayres. Quase choro só de ouví-lo descrever o filme.

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