Eu queria saber como se sente uma pessoa sabendo que foi responsável pela morte dos sonhos da outra. Sonhos dos outros, diz uma pessoa que amei um dia, a gente segura na mão como cristal. Como é que pode, então, uma pessoa deformar a crença na humanidade de outra; como é que pode, com tanto empenho, uma pessoa destruir o delicado equilibrio mental e emocional de outra?
Como será que dorme uma pessoa que não é considerada digna de confiança, uma pessoa cuja palavra não vale mais que uma tampa de iogurte no asfalto?
Respostas primeira e última: Bem. Se sente bem e dorme bem.
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Sou mãe de um urso. A outra dos quatro dentes não pode ver um dia claro que já se assanha toda, levanta e fica me chamando no berço (a única hora em que ela me chama de mamae, sem acento, mesmo.). Virou o tempo, caiu a temperatura, choveu, ela vira pro lado, enfia a chupeta na boca e doooooooooorme a sono solto.
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Ouvir Ana Carolina não ajuda em nada.
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E depois da terapia, tudo parece maior, mas é melhor ficar sozinha, que é pra não ficar pior.
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Voltei pro regime. Tem uma calça cor-de-rosa que me espera para o próximo domingo.
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Dia de remédio é sempre melhor que os outros. Sou sempre mais ágil, mais afetiva, mais efetiva, mais centrada e mais produtiva.
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Eu queria ter porte de arma. Mas não poderia. Eu a utilizaria sem dó.
Eu queria ir embora daqui. E posso. Só não sei pra onde. Nem fazer o quê.
Eu queria voltar no tempo. Mas não posso. Não posso.
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