Sabe o dia do Saco Cheio? hoje.
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Tive o pior pesadelo da última década. E da próxima também. Em linhas gerais, uma amiga que não mais figura na minha lista telefônica estava na mesma festa que eu, se matou na piscina, mas antes disso matou a Helena numa jaula dentro da água. Ainda colocou um bilhete dizendo "Para Daniela". Eu não falava, não andava e não conseguia sair da festa.
Eu acordei achando que tinha sonhado a noite inteira, sem respirar, taquicárdica. E eram só duas da manhã. Por outro lado, a mocinha dos quatro dentes estava inquieta, dormiu mal e pouco, e se virou a noite inteira. Olheiras podem ser vistas por toda parte desta casa, hoje.
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Hoje eu acordei com uma vontade danada
De bater na porta do vizinho e desejar que ele se foda,
De descarregar uma 765 no português da padaria.
Ligeira modificação em Zeca Baleiro
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Nem vem morno, que eu estou ebulindo.
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E ao final de tudo, descubro que sou violenta, que dou um murro na cara do primeiro incauto que pisar no meu calo. E juro, senti tanto ódio na madrugada — pós nightmare —, que ainda agora estou meio enjoada.
Diz a lenda que este é o período do perdão verdadeiro, de agora até 31 de março. De novo, só daqui a 5.000 anos. Perdoar o caralho, eu quero é que o puteiro pegue fogo para eu ver as amigas caindo pelas janelas.
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Ótimo. Primeiro dia útil do ano (mentira, o ano só fica útil mesmo depois do carnaval), aniversário do papai, e eu consegui quebrar o miolo do dente pré-molar. E dói. E dói muito.
Bom. Assim eu posso cutucar alguma coisa que vai doer mais do que a dor da alma.
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Minha irmã caçula chegou, minha filha engatinha correndo até a porta, meu cachorro late e minha mãe reclama que o Couting Crows está cantando muito alto. E eu queria ter porte de arma, ou desprendimento e colhão suficiente para tocar o foda-se no mundo, porque o meu nome não é Raimundo.
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