terça-feira, janeiro 17, 2006
Primeira febre da oncinha de quatro dentes, e mesmo pelando, com o olhar esgazeado de quem já viu dias melhores, ela continua em pé, marchando sala afora.
Agora brinca de dar a volta na cadeira de alimentação, e tudo oq ue eu queria era que ela continuasse no meu colo mais um pouquinho até a febre baixar. Mas ela não quer, não somos mais indissociáveis e eu tenho que respeitar. E lá vai ela, toda cor-de-rosa por causa da temperatura alta (e não me pergunte quanto: já tentou colocar termômetro numa minhoca?), saracoteando pelos sofás.
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E quem já viu uma criança doente comer o prato inteiro com a mesma fome de dias melhores?
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E amanhã as coisas começam a se definir, aluns prazos, quereres e porquês. Vou odiar fazer isso, mas não quero nem correr o risco.
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Deus,
Recebi seu recado, mas mudaram o livro de criptografia e não consigo decodificar. Não precisaríamos rever nossos métodos de comunicação? Esse negócio de sinalzinho pra cá, sinalzinho pra lá, curinga achado no chão... Ah, Deus, em tempos de comunicação instantânea?
Aguardo prosseguimento da mensagem.
Beijos da sua
Daniela
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Eu não queria sair de casa pra nada, hoje.
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