Podcast escrito (Ou uma puta confusão mental)
Bem, estou aqui... peraí, deixa eu colocar um som.
Uh... é Chingón, e por mais que eu goste da banda, não é o que eu queria ouvir.
Estou confusa. Óbvio que isso se deve ao estado de absoluta exaustão que esta que vos fala (escreve) se encontra. (Finja que está ouvindo Flavor of the weak enquanto eu estou falando. Nãaaaaaaaaaaao, não tem nada a ver... Mentira, tem sim.
And he's got pictures on the wall
Of all the girls he's loved before
And she knows all his favorite songs
Her boyfriend, he don't know anything about her)
Estou confusa, e não pelos motivos que eu imaginaria que seriam os justos.
Vamos aos primórdios, mas volto a repetir: esta não é a razão para tamanha confusão. Voltemos um pouco nos anos, e cheguemos a 2002. Morri e vivi umas três vezes de paixão pelo Fera. Foi estúpido, recíproco, proibido, louco e intenso. Passei meses sofrendo e me proibindo de ligar, mesmo sabendo que ele também queria ficar comigo, fosse qual fosse o tempo disponível pra nós. Mesmo sabendo que obrigatoriamente voltariamos a nos encontrar.
(Tenho um winamp do demo: Like a Stone, Audioslave
In your house
I long to be
Room by room patiently
I´ll wait for you there
Like a stone
I´ll wait for you there
Alone, alone)
Morri pela última vez, vivi a derradeira, e assim continuei. Sobrevivi ao amor, à paixão, e sim, voltamos a nos encontrar. Sim, voltamos aos revivals, desta vez sem aquela paixão juscelínica, de viver cinquenta anos em cinco mesesdiashoras. E sim, me envolvi de novo, com dia e hora certa pra acabar. E acabou, pelo menos nesta curta temporada.
Mas a questão toda é que ele me trata como se eu fosse a única mulher do mundo, como se ele tivesse esperado por mim pra ser feliz. Ele diz que sou linda, que adora ficar comigo, me olha como seu eu fosse a flor mais delicada de um jardim de cactos. Me faz carinho, ameaça me beijar na frente de todo mundo, me tira de onde estou para fumar com ele sob o céu que nos protege.
Não, não estou apaixonada, mas a pergunta é: porque eu não sou tratada assim all the fuckin' time? Por que é que o único homem que me trata como eu realmente mereço ser tratada é um forbidden guy? É isso, amiga linda que está viajando (e que roubou todos os meus kits de café da manhã na quarta, e que saberá de quem eu estou falando), é isso que me atrai nele como homem, e me faz ceder a cada novo encontro: é a possibilidade de ser bem tratada, de ser especial pelo menos por aqueles dois, três, cinco dias.
E assim o fui. Mas este foi todo um preambulo para o cerne da questão: será que aos olhos dos outros eu realmente mereço ser tratada como lixo?
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Estou cansada, o cabo do celular chegou, não funciona, não estou com vontade de resolver problemas agora, estou chorando em final de capítulo de Grey's Anatomy (e não ria). Amanhã eu certamente vou fazer uma das coisas mais difíceis da minha vida, e segunda-feira eu certamente vou fazer A coisa mais difícil da qual me lembro. Odeio terminar trabalhos, odeio me separar das equipes com quem estive "casada" por tantas horas, por tantos dias. Qualquer convivência obrigatória de mais de 12 horas diárias vira casamento.
Estou atolada em problemas há semanas, e estou brincando de Pollyana pelo mesmo tempo. Em algum momento eu vou precisar parar para pensar, parar para sentir o impacto das coisas que se avolumam dia após dia. Por mais que eu brinque (e ele sabe que eu brinco sobre esse assunto), estou perfeitamente desconfortável, e só não fiz disso o meu drama porque ainda não meditei seriamente sobre o tema.
O Winamp me odeia: estou eu escrevendo sobre um problema, e toca a música que deu início ao problema. E acredite: é o tema do Rei Leão.
Time to go. Time to sleep. Time to forget.
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Em tempo: alguém me lembra de contar a saga da "Produtora contra o Monstro do Mal da Casa Proibida"?
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