quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Mau negócio

A Lourinha é um porre pra comer. De um ano pra cá, aboliu as frutas do cardápio, e é a única criança que conheço para quem é preciso mentir, dizendo que a carne é soja, e não o contrário.

Calha que a pequena ganhou de aniversário um DVD do Barney no zoológico. Cheio de ensinamentos, lições e musiquinhas educativas. Reserve.

Uma das passagens do DVD é justamente sobre a importância de comer frutas e legumes. Eles mostram o macaco, o rinoceronte, jabuti, leão, girafa, zebra, todos se deliciando com fartas porções de frutas e vegetais. Reserve.

— Minha filha, você viu que todo mundo está comendo legumes e frutas? São uma delícia!
— Mas é comida de animais, mamãe. Só os animais comem!


Ah, não! Não mesmo! Santa linha de raciocínio, Batman!

Mais um ano procurando foto de gente comendo frutas para ela se inspirar...

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Estou atrás de um curso de formação profissional, e descobri que para fazer o basicão, preciso ter seis meses de experiência no basiquinho. Eu até tenho, não comprovada em carteira. Será que se eu cuspir, cola?

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Enésima entrega de documentos do trabalho from hell. Acho que vai dar em nada, porque pela primeira vez em 11 anos, estou a um minuto de largar tudo e chutar o pau da barraca.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Definições

Para sair da borda deste despenhadeiro em que me encontro, só dois quilos de chocolate belga.

Mas agora ou vai, ou vai. Não há outra alternativa.

Vou encher o estepe e rodar mais uns quilômetros.

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Quiroga

Tudo que se perde atualmente se transformará na porta aberta pela qual sua alma atravessará, dando de cara com um mundo que permanecia em estado potencial, despercebido por causa de ter a consciência presa demais a tudo que se perdia.


Palavras da Salvação!

Confissões

Eu queria que um dia ele lesse tudo o que escrevo no outro blog. Eu adoraria que alguém me amasse da maneira como o amo, e que escrevesse tudo o que escrevo.

O.o

E isso, claro, novamente cria uma crise no meu micromundo.

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Uma pessoa que dá o perdido na outra merece algum espaço no reino dos céus? Não, né? Mas é ele, é o Kowalski, e se tomei um toco dia desses, o que há de ser dito de mim, que sabia o dia do aniversário dele, e não lembrei?



O.o

Eu sempre digo que 2008 é o ano dele. Ele diz que até o final do ano minha vida, num determinado aspecto, estará resolvida. Anyway, a partir de agora é que as coisas começarão a se desenhar na sua vida. Aguarde e confie.

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Adoro me perder em viagens de carro. Me perder com eles, e ver o chiliquinho do "meu namorado" ao volante, enquanto damos voltas e mais voltas pelo Retiro, é priceless.

o.O

Sério que estava numa casa onde, dentre todos os animais, o mais violento era um jabuti, que tocaiava as pessoas para mordê-las?

A casa do João sempre foi um hospício, sempre agregou as pessoas mais distantes da normalidade que eu conheci. A começar por ele. Agora ele ainda tem dois labradores caindo de carência, um papagaio que ainda não enlouqueceu com o som alto e de qualidade duvidosa, e dois jabutis raivosos.

Mas não é só isso. A casa do João tem o a visão de skyline quase tão linda quanto a do aeroporto, que é a mais linda de todas. Fizemos, K. e eu, fotos fantásticas do final do dia.

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Hoje eu fiz por mim mais do que fiz nos últimos... uh.. três meses?

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

E como é que faz?

Cada desejo que você pretende realizar é mais uma limitação de sua liberdade, pois significará um compromisso, uma manutenção, uma administração e todo um processo de organização. Liberte sua alma, é hora de andar mais leve por entre o céu e a terra.


Palavras de Quiroga. Graças.

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Ainda ando sob a égide de um filme que me foi generosamente emprestado. Há um mês e meio, não mais que isso, uma música do filme foi-me apresentada aos pedaços, em formato de um presente que veio em gotas.

Primeiro a letra, depois a música, e depois o clip. Letra, melodia e imagens se juntaram para dar um nó no meu microcosmo, e se te parece que é um exagero conferir tanta força a uma música, pare de ler aqui.

Ontem, depois de três dias quebrando travas, códigos e regiões, sentei para começar a ver o filme. Não consegui parar. Antes tinha a convicção de que ia me decepcionar com a história no todo, e que sairia mais apaixonada pela música, somente.

Passei com a respiração entrecortada por eventuais lágrimas uma hora e tanto do filme. Não consegui assistir com os olhos treinados que os anos de profissão me garantiram. Assisti com os olhos do coração, olhos que se deixaram embalar pela magnífica história, que se deixaram emocionar pelos tons dourados típicos de um glam movie.

Tenho andado mais pensativa que o normal, mais meditativa, mais reclusa. Tenho aparecido pouco, e para poucos, e isso não tem data para acabar. O advento desse filme na minha vida funcionou como finale season de série. Foi o último capítulo de uma primeira temporada turbulenta, cheia de turning points, cheia de novidades e personagens flutuantes. Como todo bom último episódio, há ganchos para a próxima temporada, há personagens que saem de vez da história, e mais um batalhão de novas contratações. E há uma trilha sonora que me faz chorar a cada vez que ouço, que bem que poderia ser o tema de abertura de "Daniela's Creek".

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Visita inesperada faz sorrir. Muito. Muito mesmo. Delícia de manhã.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Horóscopo from hell

Todos os meus horóscopos dizem que "a amiga geminiana" está com a corda toda, cheia de enrgia, entusiasmo, alegria, blablablá Wiskas Sachet. Será que não sou mais geminiana?

Estou me arrastando pela casa como o fantasma dos Natais passados, exausta full time, fazendo o básico, só manutenção de higiene e alimentação. Tenho sono absolutamente o dia inteiro, e o tempo que passo acordada jamais rivaliza com a enormidade que dispendi dormindo. Não sei nem por onde começar a resolver o problema. Talvez hoje, quando sair para dar um beijo naquela pessoa tão querida, depois devolver o DVD tão gentilmente emprestado — e copiado —, talvez após uma caipirinha num lugar bacana, sei lá. Talvez uma roupa cor-de-laranja e um gatinho novidade mudem alguma coisa.

Sei não. Não tô pondo muita fé, não, mas vamos ao mirante, Nelson.

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Pra que serve a vesícula, além de dar trabalho? Tive a mãe das crises de vesícula na última madrugada, e por dois minutos não acordei meu pai para ir à emergência do hospital São Rafael. Quem me conhece sabe que ou estou morrendo, ou continuo com meus tratamentos indígenas-ayurvédicos. Eu achei, por um minuto, que estava morrendo.

Tomei um analgésico de pós-cirúrgico (que mantenho carinhosamente escondido) e fiquei sentada na cozinha por meia hora, esperando passar. Diminuiu, olhei o relógio, 3:40. Como não tinha mais planos de uma cirurgia de emergência para aquela madrugada, voltei pra cama ainda meio curvada, e uns 20 minutos depois, já dormia de novo.

Mas dessa vez acho que não escapo. Alguém me visita no hospital, por favor?

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Email profissional fez feliz. Remetente gatinho que sonha com desenho animado.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Curious George




Acaba que deixei pra ver Grey's Anatomy depois, e fui fumar um cigarro na frente da TV. No Telecine premium, Curious George.

Esxiste alguma chance de alguém não se apaixonar por esse filme? Passei o tempo todo imaginando que a Lourinha ia se apaixonar por cada trejeito do macaquinho, cada caretinha, cada peraltice. E a trilha do Jack Johnson é sensacional. Dá até para achar JJ interessante. Mas as músicas cabem tão certinho pro filme...

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Sono, muito sono.

narcolepsia. Ou tsé tsé.

Ando meio desligada...

Odeio segunda-feira de manhã. Não, não é bem isso. Odeio acordar às seis numa segunda-feira de manhã. Não, ainda não é isso. Odeio acordar às seis da manhã e ter uma hora para deixar a Lourinha pronta e linda para sair às sete.

É isso. A culpa não é da segunda-feira. A culpa é do horário.

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Sempre volto caminhando quando deixo a Lourinha no colégio. Dá uma meia hora de caminhada, passo por três bairros para chegar no meu, sempre venho de iPod no ouvido, sempre pensando em soluções, analisando problemas.

Entre as minhas milhares de idiossincrasias, uma delas é que não consigo ponderar se não estiver fazendo outra coisa. Essa coisa bacana de deitar e pensar hoooooooooooras a fio, e sair da cama com uma solução, ah, isso é lindo, mas nunca funcionou comigo. Pensar é jogando no computador — aqueles jogos de juntar três cores e fazer bombinha —, pensar é fazendo palavras cruzadas, é caminhando.

Pois hoje peguei um fio da meada, rodei amorosamente os problemas nas mãos, olhei todos os lados, fugi e depois assumi culpas, e não concluí nada. Do jeito que a cabeça está — cheia, com problemas aparentemente insolúveis, e tempestades de raios —, era pra eu ter andado até Itapoã, ida e volta, e ainda assim não teria chegado a ponto algum.

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Um milhão e meio de coisas para fazer... e vou tomar um banho fervendo, colocar uma roupinha confortável e sentar para assistir o primeiro episódio da quarta temporada de Grey's Anatomy. Volto a ser adulta depois do meio-dia.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

High



Cause we are gonna be
Forever, you and me
You will
Always keep it flying high in the sky
Of love

Don't you think it's time you started
Doing what we always wanted
One day we're gonna get so high
Cause even the impossible
Is easy when we got each other
One day we're gonna get so high

Eu SEMPRE choro quando ouço High, do Lighthouse Family.

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Saco cheio, cansaço extremo, algum humor ácido, vontade de que ele me faça uma pergunta. Uma só. Serão 15 minutos solando, vomitando minha irritação com essa situação mambembe, com a impossibilidade de continuar assim.

Mas aí ele dá um sorriso, um abraço, me pega pela cintura, e tudo o que eu ia falar evapora. Só lembro dois dias depois. Sequelada.

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Saindo para dirigir o material em vídeo daquela banda que eu amo, de pessoas que eu amo, trabalho feito só com pessoas a quem eu amo também. Esse azedume tem hora certa para acabar.

Vou comprar duas barras de chocolate, dois litros de coca Zero, levar o iPod para fazer o roteiro (sim, eu só faço o roteiro faltando cinco minutos para gravar) e dar o meu melhor para esse material ficar lindo.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Silêncio

Silêncio na Av. Presidente Vargas...

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Eu queria vir a público pra dizer que ainda sou amiga do Kowalski, que foi um draminha, um monte de lamúrias infantis para chamar a atenção. Consegui.

Deixa esse banzé no velho oeste acabar (uh... e acaba?) que te mando um bom email em retribuição. Só quando você reaparece com sua veia ácida é que me dou conta do quanto sinto sua falta.

Beijinho!

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Muita coisa acontecendo. Volto em hora mais apropriada.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Minha pequena



Sou você

Mar sob o céu, cidade na luz
Mundo meu, canção que eu cômpus
Mudou tudo, agora é você

A minha voz que era da amplidão
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você

Minha menina, meu amor meu lugar
Antes de você chegar
era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade

Lua no mar, estrelas no chão
Aos seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você

Levanta o sol do meu coração
Já não vivo, nem morro em vão
sou mais eu, porque sou você

Minha menina, meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade

Lua no mar, estrelas no chão
Aos seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo, nem morro em vão
sou mais eu, porque sou você

(Foto: Tia Kalina)

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Minha menina, minha bailarina, que dança entre conchinhas, estrelas e raios de sol. Minha menina-luz, minha poesia mais linda, lirismo condensado em um metro de risadinhas, perguntas, abraços e cotidiano. Meu amor, meu amor maior do mundo, amor que ainda me faz chorar quando me dou conta do tamanho que tem. Infinito. Eu só descobri o infinito há três anos. 1095 dias entre céu e mar. Exatos três anos.

Eu que amo mais, minha filha. Feliz Aniversário.

domingo, fevereiro 10, 2008

Drops

Eu ouço Window in the skies e lembro dele. E não sei porquê. Acho que é a sonoridade. Sei lá. Eu amo Window in the skies.

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— Ah, Dani, invista mesmo no meu amigo, você é muito mais legal que a última. Estou dando a maior força para esse seu namoro!

"Invista? Amigo? Última? Namoro???", pensei eu. Eu não estou investindo em nenhum amigo dessa mocinha, nem investindo em ninguém, para ser bem sincera. Uma explicação, e aí eu entendi.

As pessoas acham que eu sou namorada de um amigo querido. E ainda recebi felicitações e votos de sucesso no namoro. Oi? Tudo bom? Eu NÃO sou namorada de ninguém? Tampouco dele?

O mais legal é que na hora eu pedi para uma amiga desembrulhar um pacote (oi? te dou uma metáfora?), só para eu poder rir com ele-window-in-the-skies de mais essa piada da noite baiana.

Um fato

Me impressiona uma coisa: uma música NÃO serve a dois senhores MESMO. Ela se nega.

Sótão e caixas

Still empty.

Mixtape

Ganhei um CD na volta pra casa, e desde então não ouço outra coisa. O céu por testemunha, há quase um ano procuro esse cd até pelas mais extremas vias legais (leia-se Amazon. Alguém crê?)

Não fosse esse CD importante pelo tempo em que levei procurando, para mim ele tem um valor afetivo agregado que é sem preço. Foi o que ouvimos juntos no dia em que nos conhecemos, ele e eu. Escutamos horas a fio, e depois disso, sempre que saímos, em algum momento o Ben Harper canta High Tide or Low Tide. Além de Harper & Johnson, minha mixtape ainda tem Pantera, Deep Forest, Bruce Springsteen e Chris Cornell.

Eu já havia baixado para ele quase um giga de músicas tradicionais de um país tradicional aí. Agora vou dar um toque pessoal, e além das que já estavam no planejamento, vou escolher a dedo mais algumas para retribuir a gentileza.

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Oi, hoje é domingo, e eu tinha que estar trabalhando.

Já vou! Já vou!

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O mundo dá umas voltas estranhas, e as mesmas pessoas acabam voltando em algum momento. Encontrei um cara que irrita o meu santo sobremaneira. Bonito, sim, corpinho em cima, mas desde os primórdios, quando nos conhecemos, não vou com a cara dele. Não sou a maior entusiasta do caráter dele, do comportamento, da existência dele pela Terra.

O problema é que ele nunca tira os olhos de cima de mim. Ontem ele desfilou pela minha frente umas duzentas vezes, e pela visão periférica — porque nem acuso saber que ele vive, ignoro totalmente — vi que em todas as vezes ele passa com os olhos colados em mim.

Numa entrega de um prêmio qualquer, há uns dois anos, estava com um então dono do meu passe, também colega de trabalho, e foi difícil explicar para o namorado que não, nunca tive nada com o belzebu.

— E por que ele não para de olhar pra você? Onde a gente vai, um minuto depois ele está perto, te encarando.

— Pergunta pra ele, pô! A gente nem se cumprimenta, a gente não se tolera, não inventa moda!


Tenho medo que esse tanto olhar seja ele rogando praga. Uma vez eu roguei uma praga tão boa, mas tão boa pra ele, que quase que ele não volta vivo da missão. Depois disso, passei a tomar muito cuidado com as coisas que eu desejo.

Como pôneis, por exemplo.

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Ganhou quem apostou — vide posts abaixo — que a ciranda de um para esquecer o outro não tinha acabado. Esquecer, esquecer mesmo, não esqueci. Não se esquece nada que aconteceu com toda aquela intensidade — e dane-se se foi importante e intenso só pra mim. Eu vivo bem sozinha com os meus sentimentos. Mas foi bacana essa quebra da rotina. Mesmo que por esse eu também não deva me apaixonar.

Mas quem quer uma paixão a essas alturas do campeonato?

Nonsense

Oi, eu sou D., tenho 31 anos, e queria dizer que o mundo perdeu totalmente o sentido. TO-TAL-MEN-TE!

Me ouviu? Opinou? AJUDOU PRA CARALHO??? Deixou que eu tomasse a última cerveja? Me deu colo?

Depois as pessoas se apaixonam... coisa que nem está nos meus planos, claro... mas vai que acontece?

sábado, fevereiro 09, 2008

Um ano

Um ano de gastroplastia. 45 quilos a menos. Uma vida inteira mudada. Mesma Daniela, versão Diva.

Recuperação

Tirando todos os duzentos benefícios de uma semana estranha, bem pensada, com boas surpresas, hoje descobri o duocentésimo-primeiro: desencanei.

Pois é. Embora tenha pensado muito em ligar, em convidar para o Cascadura de hoje, não fiz, e não o fiz de caso pensado. Se nos encontrarmos, amém. Se ficarmos juntos, ok também. Se não, me diverti horrores num show sensacional, ri muito com as minhas amigas queridas, e tá tudo certo.

O que cansei, e viva a meditação, é de ficar brigando para não me apaixonar. Melhor cair fora, jogar a oferenda para Yemanjá, e ficar esperando coisa melhor aparecer. Cansei muito, muito mesmo, desses caras neuróticos e/ou ou mal resolvidos e/ou resolvidos demais. Quero gente normal, sabe, gente que não venha cheio de ranço das vidas passadas.

E como ando um show de sinceridade, no caso de um dia ser perguntada sobre isso, vou na lata e digo mesmo.

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Follow the White Rabbit

É quase uma justiça divina.

Um para esquecer o outro.
Tempos depois, o outro para jogar uma pá de cal no um.

Alguém aposta alguma coisa que essa ciranda não acabou?

Quase a corrida em circulos de Alice no País das Maravilhas...

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Então calha que eu amo demais uma banda chamada Streetlight Manifesto. Desta bandinha, minha música favorita de todos os tempos se chama A Better Place, a Better Time, cujo refrão é isso:

And when you wake up
Everything is gonna be fine
I guarantee that you wake in a better place
In a better time


Reserve essa explicação.

Então calha que eu amo um site chamado Exploding Dog. É um artista que recebe frases de pessoas, e dá a própria interpretação, sempre através de desenhos tão toscos que são lindos. Algumas coisas são de uma singeleza absurda, de uma pungência que dói, outras são divertidas, e assim caminha a humanidade.

Reserve essa explicação também.

Volta e meia eu passo nesse site para ver o que há de novo, para fazer uma ronda das últimas duas, três semanas em que não o vi. Pois acabei de abrir o endereço, e logo na primeira página me deparo com isso:



Não é o desenho mais bonito, as cores estão fortes demais para mim... Mas a frase que deu origem ao desenho é:

And when you wake up
Everything is gonna be fine


Só o refrão da minha música preferida, da minha banda favorita!

Adoro esses presentinhos randômicos!

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Cheguei até cedo da saída com as meninas, e não tinha errada: fui direto pro outro blog, onde despejei meu coração encaipirinhado. Ontem, no bar que não nos diz respeito — e por que o Balcão demora tanto para reabrir, céus? —, finalmente caiu minha ficha sobre afetos, sobre gostares, negações, sobre quem é mesmo o dono de quem.

O resultado disso virou um texto lindíssimo, apaixonado, uma puta declaração de amor — e de fuga. Porque posso ser apaixonada. Mas idiota? JAMAIS!

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Kowalski,

Se você ainda lê isso aqui — mentira, eu sei que lê, vejo seu IP com alguma freqüência —, queria dizer que não sou mais sua amiga. Mesmo. Odeio ser tão sumariamente ignorada nos meus emails.

Ass.: Kowalski

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Óculos

Eu queria que fosse bem depois, que fosse lá pelos oito anos, sete como eu. eu queria que fosse nunca. De um jeito ou de outro, a própria preocupação escondia um conhecimento que ultrapassava o próprio saber. Está doendo em mim, pela incompetência genética.

Minha pequena de menos de três anos é astigmata, e precisa de óculos full time.

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Eu não vou cometer o mesmo erro duas vezes. Ou divido muto bem as gaveta, e deixo essa paixãozinha trancada no fundo da última, ou pego minhas bonecas e não brinco mais.

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Escrevi isso em APR/07. As coisas são cíclicas. O inferno é mesmo a repetição.

Inferno é sentir dor e não saber aonde. É sentir que perdeu mas não saber o quê. É SABER que voluntariamente colocou um ponto final. É perder a fé em si mesma. É não conseguir chorar para deixar escapar a pressão que vai por dentro. É olhar pra trás e ver que nada valeu a pena. Nada. Absolutamente nada.

Ou como num conto do Stephen King, "inferno é a repetição".


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E mais isso, do mesmo mês.

Mas foi a constatação também de que não se apagam certas coisas que estão tatuadas na pele. Eu sei que está lá, deixa cicatriz, e quem chegar a me conhecer, vai acabar vendo o monstro deformado e incapaz que se esconde por baixo da minha cabeleira fauve, dos meus adesivos de cartoon, do meu excesso de simpatia e cor-de-rosa.

É quase uma resignação.


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Primeiro ouvi The Origin of Love como desesperada. Aí dei brecha para ouvir essa e logo em seguida, Wicked Little Town. As duas versões. Aí passei para o Glauber. Feita para mim bombou uma hora inteira.

Agora estou grudada em Cake, e deles não largo...

Eu preciso parar de colocar minhas carências em cima de músicas. Quem me conhece um tico, sabe o que significa cada uma dessas músicas na minha vida.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

A better place, a better time

Adoro quando abro um álbum no modo randômico, e a primeira música que vem é a minha favorita do disco inteiro.

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Preciso puxar extrato da conta e finalmente fazer um orçamento. Depois do rombo das lentes de contato, óculos e o mais uma comprinha, vou ter que vender pedaços do fígado para reequilibrar as contas.

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Baixando discografia do Cake. Ah, não era sem tempo, vamos combinar.

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Saudade de um certo moço que agora tem pasta no meu computador...

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Fazendo contas eu descobri uma pista do porque nunca consegui construir um patrimônio: meus olhos, e seus cuidados e acessórios, são mais caros que um amante francês viciado em champagne de primeira e banho com Perrier.

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Mais um filme da série ">Casa de Cinema de Porto Alegre": Sal de Prata, do sensacional Carlos Gerbase.

Além de ser um filme a ser comprado, tem um site fabuloso com detalhes para newbies e nem tanto. Vamos chover no molhado de novo?

1)Bruno Garcia atuando
2)Carlos Gerbase na direção
3)Realizado pela Casa de Cinema de Porto Alegre

Tinha chance de dar errado?

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Cake

B-Sides and Rarities. Guardem esse nome. É um dos grandes CDs que já ouvi na vida inteira.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Telefone é arte do cão

E aí eu estava transferindo umas músicas do pen drive para o computador, e falando ao telefone, como sempre. E aí, o que se segue deve ter acontecido, porque não me lembro do processo.

Transferia umas músicas para a minha pasta chamada My Albuns, que compreende... opa, meus álbuns, mesmo. Discos que eu não misturo com a geral, que não entram no random. Calha que eram as porras das músicas tradicionais que baixei para ele.

Ainda sob efeito do telefone, abri uma pasta com o nome dele, e taquei as músicas lá. E não é que agora há pouco, quando fui enfim abrir meu álbum do Brown, trilha sonora do documentário — e quantos anos levei para achar essa trilha, gente, e como é linda, como é linda demais! —, quase grito quando me deparo com uma pastinha batizada de (nome do rapazinho)?

Por isso eu acho que o processo foi esse. Porque eu não me lembro de como é que ele passou a ter uma pasta no meu computador. Juro. A única pessoa que tem é o Lu, e é uma pasta que ele administra, que tem documentos dele que nunca abri, e jamais abrirei. É dele. Mas pasta do outro moço? Tem um limite...

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Adicta

Oi, tudo bom? Cascadura no Tom do Sabor dia 9? É isso? É isso mesmo? E eu estou confirmada? Hã? Minha comemoração pessoal? É? E possivelmente recém-tatuada? Confirma?

CONFIRMA, PORRA!

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Dias de carnaval servem para tirar o atraso dos filmes pouco — ou nada — edificantes (mas divertidos e bem realizados).

Houve uma vez dois verões, do salve, salve, meu mestre, Jorge Furtado. Muitíssimo bem realizado, despretencioso, delicioso de ver, com umas linhas de diálogo que volta e meia ficam grudadas no fundo da cabeça. Mesmo que eu não conhecesse a filmografia do Furtado, eu reconheceria a linha narrativa, a estética e a linguagem na primeira cena.

Tropa de Elite, sim, com muito atraso. Momento nerd: um filme que tem Daniel Rezende como montador tinha chance de dar errado? Sério? Mas enfim, é um PUTA FILME, e não entendo porque os meus coleguinhas dinossauros da cineba se recusam a dar ao Padilha os louros merecidos.

É um tremendo trabalho, é bem realizado, tem diálogos que evoluem, um preparo de elenco que vai além dos chutes, murros e sacos plásticos. E quando falo de elenco primoroso, não estou me referindo somente ao Wagner. Estou falando do André Ramiro (André Matias), que cresce e amadurece de maneira vertiginosa ao longo do filme, e da participação mínima — e desperdiçada, e sempre sensacional —, quase de sorrisos, do Thogun (Cabo Tião), velho conhecido dos seis episódios de "Filhos do Carnaval".

Sobre o Milhem Cortaz (Capitão Fábio), sorry, periferia: ele é sempre um dos meus favoritos em qualquer coisa que faça — além de meu fetiche há anos. É um filme TREMENDAMENTE bem montado, mas para mim, é a única oservação que segue a linha "chover no molhado". Daniel Rezendo, né? O cara é MESTRE. Só isso.

O.o

Fã do cara? De onde você tirou isso?

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Não sei... mas acho que vou pra pista ver Fatboy Slim hoje.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Então...

Então eu adoro quando o horóscopo dele diz "desça do salto". Porque acho que só assim a gente vai dar certo. Só se ele deixar essas convicções idiotas de lado. Ando com uma preguiça tão grande dessas verdades absolutas que ele carrega como um fardo pela vida afora, dessas definições definitivas.

Ando tão mais interessada em gente flexível, em gente que sabe ver, ouvir, entender e se modificar. Gente que sabe ceder, entende? Ando tão mais interessada em gente que me dê um pedacinho das próprias fraquezas, dos próprios temores, umas duas gotas das próprias lágrimas. Ando tão de saco cheio de gente perfeitinha.

Porque gente perfeitinha me dá nos nervos, e me obriga a mostrar meu lado perfeitinho também. E enche o saco estar sempre impecável, em cima dos saltos altos, maquiadinha, de vestidinho bacana. Não dá pra planejar uma saída de botequim, com shortinho e havaianas (lindíssimas, da Hollywood, mas oi, tudo bom? Ainda são havaianas), para uma cerveja honesta e um acarajé metafórico. Não dá para ligar chorando, não dá para ligar feliz da vida. Não dá nada.

Eu não sou assim. Eu sou de lágrimas (pelo menos tenho sido com uma ou duas pessoas especiais), sou de gargalhadas, sou de ira titânica, de perdões irrevogáveis. Não poder dividir isso com quem, em teoria, está conosco, é ocultar a parte mais importante de mim mesma. E se eu não puder ir inteira, nem vou.

Eu TAMBÉM sou a Barbie Executiva. Também sou os saltos altos, a conversa séria, os contratos fechados, sou tudo isso. Mas sou a mini-saia, sandália rasteira; sou o tênis velho e o short, sou longas tardes preguiçosas de domingo, sem glamour ou máscaras.

Então... "desça do salto" é o recado ideal para ele. Desça e deixe-me descer.

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Todo mundo devia fazer isso

Alguém tinha que ir comprar pão para o café da manhã de amanhã. Coloquei os fones no ouvido, coloquei brincos e rumei para o mundo.

Eu moro no epicentro do Carnaval. Na coluna vertebral. Ninguém entra, ninguém sai. Trios sobem e descem. Pessoas sobem e descem, meio insanas.

Lá fui eu, feliz demais, caminhando pelo caos, com minha trilha sonora pessoal, sem medo, sem ser importunada pelas duzentas piadinhas com a minha tatuagem do Thundercats — e nem me sinto tão importunada assim... —, cercada pela minha bolha sonora.

Só me dei conta do quanto era feliz quando percebi que tinha o privilégio de estar ouvindo Marky Ramone no meio da Ladeira da Barra, enquanto todo mundo ouvia um pagodezinho de quinta. E quando a Winehouse desandou a dizer que não ia para a rehab, eu achei que caminhava pelas nuvens. Cheguei no meu prédio ouvindo a melhor do Bloodhound Gang, e não dava para ter sorriso maior. Por mim, faria isso todo dia.

Hum... Ainda tem a terça-feira de carnaval...

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Make it work!

E não é que esses dias sabáticos me blindaram para um monte de coisas? Me deram a possibilidade — aproveitada — de tocar um foda-se enorme em um monte de coisas que estavam apodrecendo aqui.

Tenho andado tão resoluta em alguns assuntos, tão serena em relação ao futuro de algumas relações, tão determinada a fazer alguns projetos darem certo. Só espero que o mundo lá embaixo me permita continuar com a mente quieta, a espinha ereta e o coração (quase) tranquilo.

domingo, fevereiro 03, 2008

Vamos fugir?

Tudo o que eu quis hoje foi passar a tarde com ele, só lendo, deitada, cochilando, fazendo algum ruído "ping", para ouvir alguma resposta "pong", só para sabê-lo acordado. Pernas entrelaçadas, ou algum centímetro de pele minha encostada na pele dele. Uma tarde como eu já descrevi para ele, em algum momento da última vida.

Só isso.

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Eu fiz isso no Festival...

Em pouco mais de meia hora, vou pegar o iPod, colocar algum dinheiro no bolso, e sair para tomar um sorvete. A idéia é essa, mesmo: atacar o Carnaval de frente. Fiz isso no Festival de Verão: colocava os fones no ouvido, e enquanto o mundo acabava com shows bizarros — passagens de som eu sempre gostei de ouvir. Adoro aquela cacofonia, aqueles testes, adoro a movimentação de gente amiga em cima do palco, de olhar para o lado e ver afinação de câmera... -, eu ouvia meu amado Cake, Mighty Migthy Bosstones, Streetligth Manifesto, tudo em altíssimo volume.

Era legal ver a cara das pessoas por quem eu passava, quase dançando onde não havia ritmo para tanto, fios do fone pendurados, player no cós da saia. Deve ser difícil para as pessoas entenderem o que uma pessoa está fazendo dentro da área de shows ouvindo outra coisa que não os sons programados para o dia.

Mas sério: NX Zero? Chiclete? Aviões do Forró? Uma salva de palmas para as minhas bandinhas fora do mainstream (total, diga-se de passagem).

Mãe é bicho idiota

Tem uma hora que a Lourinha saiu para passar o dia com o pai... e eu estou há 30 minutos sofrendo de saudades, olhando para a bonqueinha bailarina que ela deixou em cima da minha cama.

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Não li horóscopos ainda. Para quem me conhece bem, sabe que isso é um foda-se tão grande...

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Conforme o combinado, continuo no meu carnaval de exílio auto-imposto, estudando um pouco, lendo muito, vendo MUITOS desenhos animados, tentando trabalhar um pouco, ouvindo muita música velha...

O raio do machucado coça demais (sim, eu tenho um raio de um machucado), o curativo incomoda, efeitos da cicatrização. O coração não coça, mas cicatriza no mesmo ritmo lento, ora aberto, ora já com a casquinha da ferida.

Contrariando as expectativas, entretanto, há alguma chance de eu ir ao show dos Mizeravçao hoje, no mesmo Rio Vermelho de sempre. Em algum momento da vida eu cogitei comprar meu apartamento lá. Não dá. Nunca mais vou ter vida profissional, afetiva ou familiar se morar no RV.

Mas enfim, falta-me apenas uma boa companhia, que não se mande nem me mande. e que esteja single, porque segurar vela alheia não está MESMO nos meus planos hoje.

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Sonhei com o amigo gato e gentleman de novo. Não, dessa vez não foi nada de comprometedor. Só pedia desculpas por ter feito cara de blasé por ele não saber cr*ckear o Photoshop. Além disso, passei o resto da noite não só ensinando a pir*tear o programa, como ainda ensinei a usar.

Sim, mesmo sem intenção, eu olhei mesmo com o que ele classifica como "arzinho arrogante". Foi sem querer, juro. Acho que foi uma ordem subconsciente para pedir desculpas. Farei isso hoje, em algum momento.

Vale lembrar que foi minha primeira noite de sono sem dor em quase uma semana. Então, realmente não respondo pelos sonhos.

sábado, fevereiro 02, 2008

Just in time

Happy Birthday, Bittersweet Clown.

Telesp

Leitor do link Telesp, que andou lendo vários arquivos, e que deve estar online aqui e agora, por favor, pelo menos me dá uma dica de quem é. Sou geminiana, estou ardendo em curiosidade.

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Jurando que não vou a lugar algum enquanto existir um trio elétrico a menos de dois quilômetros de mim, me flagrei deitada na cama, controle remoto na mão, Lourinha atenta, falando "ele é bobo, mamãe", e eu, às gargalhadas.

O programa? Extreme Telecatch, ou coisa que o valha. O pior da luta fake. A Loura ria tanto, mas tanto, que eu não me dei conta que, mesmo falso, aquilo é violência gratuita. Quando percebi o conteúdo inadequado, desliguei rapidinho e reboquei a infante pro banho.

Mas eu queria dizer que ela adora "House, MD". Minha pequena...

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Aquele amigo gato e gentleman fez umas observações bacanas sobre o conteúdo dos Trapalhões. Era muita pornografia velada, muitas menções à bebidas, muita sugestão de nudez, muita malandragem. E o que aconteceu conosco? Somos todos uns libidinosos, beberrões, malandros adeptos da Lei de Gerson?

Não exatamente. Somos apenas normais, nós, os oitenteiros. Tenho pena da minha filha, que vai ser poupada e protegida de um bom conteúdo inapropriado, só porque "não é bom para as crianças". Eu cresci com Ted Boy Marino, Sargento Pincel, Spectreman, Ultraseven, tudo com uma boa dose de pancadaria, sangue falso, monstros japoneses mal feitos.

O máximo de briga que ela vê é a Pucca caindo de beijo em cima do Garu. E isso quando dorme mais tarde, porque senão, tudo pára em "Hi-5" e "Wow Wow Wubzy"

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Agora estou ouvindo Glauber como se não houvesse amanhã.

Mau humor

Só eu odeio pessoas que chama o próprio blog de "meu cantinho"?

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Interação medicamentosa. Sim, ingeri todos os remédios para dor que havia em casa, mais o antinflamatório (dúvidas sempre quanto aos hífens. Sim, sou humana), o antibiótico, a pomada cicatrizante, a pomada para a bactéria. Terminei o coquetel químico com 50 (oi, eu disse cinquenta mesmo) gotas de um poderoso analgésico para pós-cirúrgico. Eu, essa sílfide magra — IMC 22.4 —, mas também quase a anta da Arca de Noé, tomando a dosagem para elefante baby.

Deu merda, né? Quase apaguei no Rio Vermelho, no meio do show da Cascadura Tive enjôo, fiquei fora do ar, vários pequenos episódios de blackouts... Uma delícia, principalmente porque levei mais tempo para chegar em casa de volta do show do que no show propriamente dito.

O saldo? Não resolvi nada do que gostaria de ter resolvido (sim, eu resolvo coisas em shows), não vi quem eu queria ter visto, vi alguns que não achei que fosse ver, e claro, vi umas poucas pessoas que eu realmente queria ver e abraçar.

Comecei o processo de saída do Cascadura assim que começou a tocar Gigante, e só por mera questão afetiva. Sei lá, vai que não dá sorte NÃO ouvir Gigante no show. O fato é que antes da música acabar, já tinha abraçado as quatro pessoas que eu queria, e já estava batendo asas para cair fora.

Só saio de casa de novo quinta-feira. A trabalho.

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Há mais de um mês (um mês e dois dias hoje), prometi para ele um combinado (rá) de músicas tradicionais de um determiando país. Baixei, copiei para a minha máquina, e por absoluta falta de tempo, não gravei. Os dias passaram, alguma tolerância minha também, e calha que quarta-feira ele me perguntou pelas tais músicas. jurando que ainda existiam, prometi gravar num CD para entregar num dia qualquer no pós-carnaval (é, ando mesmo nessa vibe do seja-lá-o-dia-que-for).

Mas cadê as porras das músicas? Tenho pra mim que nun dia mais azedo — e tive tantos que não sei precisar qual —, eu dei foi o delete nos trocentos arquivos das canções tradicionais. Resultado: estou baixando TUDO de novo pelo Emule, só para fazer uma gentileza que COM CERTEZA ele não merece.

Mas nunca, em tempo algum, vou deixar os silêncios e a falta de cortesia alheia pautar as minhas normas de conduta.

Mesmo que gentileza não gere gentileza, eu faço a minha parte.

O.O

A única diferença é que eu ia gravar umas outras coisinhas junto, umas coisinhas que eu ouço, que eu adoro, e que tinha certeza de que ele ia gostar também. Só que músicas são as coisas que mais me expõe. São os veículos que mais me desnudam.

Agora? Gravar minha alma numa mídia descartável, entregar num envelopinho? De jeito nenhum! Ele que fique com as músicas chatas dele (essas tradicionais, porque temos um gosto miseravelmente parecido para música).