sábado, dezembro 02, 2006

Furto descarado

Quem sabe MESMO do tamanho do problema vai saber que pra roubar isso, precisava ser grave. Obrigada, senhora, acho que escrevemos o mesmo para o mesmo homem.

É mágoa
Já vou dizendo de antemão
Se eu encontrar com você
Tô com três pedras na mão
Eu só queria distância da nossa distância
Saí por aí procurando uma contramão
Acabei chegando na sua rua
Na dúvida qual era a sua janela
Lembrei que era pra cada um ficar na sua
Mas é que até a minha solidão tava na dela
Atirei uma pedra na sua janela
E logo correndo me arrependi
Foi o medo de te acertar
Mas era pra te acertar
E disso eu quase me esqueci
Atirei outra pedra na sua janela
Uma que não fez o menor ruído
Não quebrou, não rachou, não deu em nada
E eu pensei: talvez você tenha me esquecido
Eu só não consegui foi te acertar o coração
Porque eu já era o alvo de tanto que eu tinha sofrido
Aí nem precisava mais de pedra
Minha raiva quase transpassa a espessura do seu vidro
É mágoa
O que eu choro é água com sal
Se der um vento é maremoto
Se eu for embora não sou mais eu
Água de torneira não volta
E eu vou embora
Adeus

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Amor,

Eu sou a mais escrota das escrotas. Escrevo isso 1) porque estou num estágio sem censura e 2) porque sei que vc nem sabe que eu tenho um blog. Eu te amo, moço. Amo esse jeito meio nerd, muito apaixonado, amo seus óculos,seu amor míope, amo seus dias sem plantão, amo nossas noites de papo e carinho, nossas tardes de cumplicidade atolada de trabalho. Amo o que você é, amo o que enxerga em mim, amo o que sou quando sou com você.

Mas peço perdão. Perdão por este amor FDP que sinto pela estrelinha decadente, pelo tanto que ele interfere na nossa vida, pelas horas de mim que ele rouba (e eu deixo) de você. Pelo tempo que perco matutando se ele é o homem certo pra mim (e não é), ao invés de dedicar o pensamento a você.

Mas não dá, J. Ainda é ele que F*DE minha vida, ainda é a respiração dele que determina se vou ou não sorrir. É ele o meu amor, J. queiramos nós ou não. É ele que me faz acordar todo dia e a felicidade dele que alimenta a minha. Ainda. Desculpa, J., mas ainda é ele feliz que me faz feliz desse jeito.

Continuo sua, ligando a noite toda para dar notícias reais de uma guerra particular. Sou eu, inteira pra você, que liga nas horas mais insalubres e solitárias da madrugada do plantão; esa é a mulher que coloca o despertador para 3:33 para parecer uma hora aleatória para telefonar.

Mas foi ele que acompanhou a minha tempestade hoje. Ele que estava do meu lado quando tocou aquela música infâme "Descobri que te amo demais/Descobri em você minha paz". Foram minhas as balas que ele aparou com as mãos. E deles as balas que apanhei nos dedos. Foi nele que paguei o esporro, foi por causa dele (em parte) que meu dia azedou. E por causa dele fiquei feliz de novo.

Mas isso passa, J. É a você que vou aprender a amar dia após dias, e quando me der conta, tudo isso virou só uma canção na minha guitarra.

Mas hoje, amor, a noite não foi sua.

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Saí para resolver um problema *solução* de trabalho, 20:15 liberada, vamos ao Pelô. Nós lá. Nós, eles, cravinho, car*lho, que saudade.

Saudade. Saudade.

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Vou dizer só uma coisa:

OTÁRIA!

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Que bom que o M. está feliz! Amigo tem mais é que achar mulher bonita, compatível e ser estúpido de tão feliz!

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