terça-feira, setembro 17, 2002

Sobrevivi.

Não dormi de sexta pra sábado, nem de sábado pra domingo. A viagem durou doze horas para ir, mais doze pra voltar. A cidade era tão seca que tinha medo de futucar o nariz e acabar com uma hemorragia. O show foi feito num caminhão (estava demorando, eu sabia que mais dia, menos dia, isso ainda ia acontecer.), muita desorganização, muito problema. Os músicos tocaram cada um de uma maneira diferente, com exceção do John, que passou a ser o sub do Samuel na bateria, e foi MARAVILHOSO, e do Márcio Telmo, que nunca vi errando um nada, que é sempre impecável. Um banzé. Mas sobrevivi.

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Nunca imaginei que fosse tão fácil pegar um hábito. Nunca imagineir que fosse ser tão difícil dormir sem ruído algum, sem nenhum barulho de respiração do lado, sem sentir uma textura macia de pele bem à mão, pra hora em que eu precisasse da minha dose, de hora em hora. Minha dose dele. Não podia imaginar que sem ele até a minha cama seria tão desconfortável. Não podia calcular que o ar sem o perfume da pele dele, com um traço do sabonete que ele usa, seria mais seco, mais difícil de respirar do que o ar de Caculé.
Custei a conciliar o sono ontem.

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