terça-feira, março 21, 2006

Era pra ser um miojo

Aí piquei uma salsicha de frango. Tá fraco. Me enterrei no fundo do freezer, achei brócolis e ervilhas frescas (ma non troppo!). Punhadinho. Temperinho do miojo por cima. Desbotaaaaaaaaaado que só ele. Cebola e pimentão em tirinhas, shoyu, essa gororoba por cima:

YAKISSOBA VERSÃO DANIELA!

Ficou bonzinho de tudo!

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Injustiça

Projeto de um trabalho fixo, pré do filme 1, pós do filme 2, correndo atrás de passagens para o Rio e da pequena que ganhou asas nos pés. Aí eu acordo sonhando com a hora de dormir e sou incompreendida.

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Reunião que varou a tarde, reunião produtiva, uma carona que caiu do céu, chego e a moça está acordada, em pé no berço, quarto à meia-luz. Assumo as rédeas do sono (ou da falta dele) dela, deito na minha cama para o ritual de esperar que ela durma.

A lourinha ganhou um abraço, mas continuou em pé, resmungando. Contrária a todas as minhas convicções, peguei a boneca no colo, botei na minha cama e abracei. E ali ficamos, abraçadas, eu cantando "you are my sunshine", "años" (que tipo de mãe canta "Porque el tiempo pasa, nos vamos poniendo viejos"?), "Nel tuo silenzio io mi perdo, e sono niente accanto a te". Três idiomas arranhados, e ela quietinha, agarrada na minha mão, meu braço passado por baixo da sua cabeça.

Fui baixando a voz, parei de cantar, ela ganhou mais um abraço apertado, um beijo de boa noite e cama.

Estava com muita saudade da pequeninha...

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Estou procurando um amigo chamado Joaquim Mitchel, em São Paulo. Alguém tem notícias?

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ATUALIZAÇÃO

Acho que o encontrei.

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Eu não devia pensar com carinho na idéia de terminar a porra da faculdade? Mas vamos lá: pra quê? Eu vou ficar melhor em quê portando um diploma? Os anjos cairão dos céus aos magotes para cantar à minha passagem? Serei uma pessoa pra quem as portas se abrirão como se untadas de manteiga de garrafa nas dobradiças?

Resposta: NÃO! Não vou ficar melhor, nem ganhar mais, nem o cacete a quatro. Então pra quê voltar pra um sistema que limita o pensamento ao círculo acadêmico, num renovar eterno de pensadores mortos?

Me deixe com a minha vidinha prática, adulta, sem a ilusão pré-adolescente de que um diploma em comunicação vai me alçar aos píncaros da glória. E tenho dito.

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Em dias como hoje, minha opacidade da córnea se faz evidente para mim. Bad, bad eye. No donut for you.

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Adeus.

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