domingo, outubro 15, 2006

"Fui ao Flamengo e lembrei de você"

Estou sentindo o frio da água da psicnia na pele. O cheiro do cloro pairando no ar. Se olhar direto janela afora, vejo o céu tão azul, como o foi naquele dia, como serão os azuis do céu daqui pra frente. O amargo da boca é só o da cerveja gelada, a pequena corre de um lado pro outro, e volta e meia sinto aquela mão de longos dedos passando pelas minhas costas, pelo meu rosto, pelo meu cabelo. Meu combustível, o que me move pra frente, o que garante meus sorrisos.

Enquanto ouço Jorge AindaBen, me sinto ser puxada para um chuveiro frio, um beijo embaixo d'água, um abraço. Mesmo que eu viva cercada de frases e crenças pouco otimistas, neste exato momento eu não lembro de nenhuma delas. É só felicidade, é só o homem que eu amo e que me ama de um jeito tão louco, tão desesperado. Somos só nós, o chuveiro da piscina, o azul tão azul do céu.

Eu sei que estão chegando dias tão especiais quanto aquele, que outros amores virão, mais fortes, mais matadores. Mas eu tenho isso comigo: cada homem que passou pela minha vida e deixou um saldo positivo, merece ser lembrado como homem especial. Não fiquei amiga de todos, mas cada um deles ainda me causa frio na barriga, e alguns ainda me deixam os olhos marejados. Eu sei que com ele vai ser assim. Em qualquer tempo, ele vai ser sempre aquela história tão arrevezada, tão linda, tão intensa, que colocou minha vida de pernas pro ar, que me fez olhar pra mim de uma maneira muito mais favorável. Ele sempre vai ser o futuro que não pôde ser, sempre será aquela efsher, que não deu certo porque nosso tempo não era o mesmo, por causa de todos os problemas concretos. E por que não?, ele vai ser sempre um tipo de amor que vai ficar.

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Não tenho mais uma pasta chamada "After All". Foram todas as músicas para a vala comum, agora.

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Que tipo de pessoa passa FRENETICAMENTE a escova de cabelo no teclado porque viu poeira entre as teclas?

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Tirei a câmera da embalagem, limpei todinha com a escovinha própria, tirei lente, passei papel especial, mexi no canhão, foco perfeito, ajustadíssimo. Coloquei as baterias e... NADA!

Meu coração se partiu. Minha câmera querida, que me acompanha há tantos anos... Rezar para ela estar só com as baterias descarregadas, porque se quebrou... Bom, eu não sei de onde vou tirar dinheiro, mas que ela vai pra autorizada, vai...

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FIGHT!

Há dias venho fantasiando uma conversa que tem tudo para terminar em nariz quebrados e sangue. Mesmo. Uma briga feia, cheia de impropérios, acusações, risadas debochadas na cara e texto pronto. Em algumas versões, tem um copo de bebida virada na cara, e depois... chego a sentir a delicia que deve ser espatifar aquele queixinho bizarro nos nós dos meus dedos. Quase ouço o estalido do nariz quebrando contra a palma da minha mão.

Eu às vezes tenho medo de mim mesma.

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