segunda-feira, outubro 30, 2006

Um post no Preto, pobre e suburbano, que normalmente me faz rir, fez com que meus circuitos de preservação se ativassem.

Um trecho foi determinante:

Em uma hora estamos aqui, em outra hora podemos não estar. Posso nem voltar a postar.


E eu me lembro que o Fervil postou, dias antes de morrer, alguma coisa como precisar fazer mais coisas que lhe dessem prazer, orque a vida era curta e coisinhas do tipo. Estou novamente às vesperas de uma viagem com a Trombadinha (se nada mais acontecer, pé de pato, mangalô, três vezes!) para a Cidade Maravilhosa, e recém-descobri mais uma fobia: avião.

Eu sou bem rodada voada. Não tanto quanto gostaria, mais do que a maioria dos meus amigos, já que minha família mora toda espalhada brasilzão afora, e é de boa educação visitá-los de quando em quando. É a minha terceira viagem pro Rio este ano. Adoro avião.

E por que, Senhor, por que a idéia de ficar confinada num espaço ínfimo, com paredes arredondadas e teto baixo (estremeci) me causa tanto desconforto? Será que a minha recente experiência num tubo de ressonância magnética tem alguma culpa? Será que esse monte de acidentes aéreos me impressionaram?

Mais fundo, Daniela, mais fundo. Será que essa vida insatisfatória que estou levando me deixa apavorada com a possibilidade de morrer hoje, e não ter feito nada de realmente expressivo? Será que é o medo de não ter feito tudo o que estava ao meu alcance para melhorar essa mediocridade em que chafurdo?

Whatever. Fato é que pela primeira vez eu gostaria muito de tomar um porre, um Dormonid ou ambos para embarcar.

Mas e quem ia segurar a Lourinha-comissária de bordo?

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Vou começar a última etapa pré-faca.

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Dia esquisito. Alguém mais está sentindo essa segunda-feira funcionando numa rotação abaixo do nomal?

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