sexta-feira, maio 07, 2004

Peggy Sue, seu passado a espera

TV ligada. Esperando por ele (o "Ele" que voltou, no segundo tópico do post) . Que ACABOU DE CHEGAR! Puts, transmissão de pensamento!

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Há sete anos (SETE ANOS??? Gente, isso foi ontem!) que eu reconheço sua voz onde quer que ele esteja. Há sete anos eu sinto a mesma coisa sempre que a gente se encontra: uma mistura boa de agonia com frio no estômago com felicidade com um raro não-saber o que fazer com as mãos. Uma vontade de fazer o tempo parar, ou voltar para trás, e reencontrá-lo naquele mesmo gramado do Farol da Barra, com a mesma camisa pólo azul, as mesmas quilométricas pernas, o mesmo sapato de camurça bege.

E com o tempo parado, caminhar até ele, e ficar abraçada até achar que resgatei tudo o que esses anos de afastamente me tiraram. Ficar abraçada até ele acreditar que desta vez é pra valer. Que não tem pedra nem pó no caminho. Ficar abraçada até ele acreditar que ele está onde eu quero estar. E que eu ia estar feliz mesmo que fosse na fronteira de Omsk Setentrional com Vladivostok Meridional — e sem chuveiro quente.

Sete anos. E ainda tenho o convite do aniversário de 30 anos dele. Com a poesia. Ele, que faz aniversário dentro de alguns dias. E que mais uma vez vai estar sozinho.

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Porque eu não acredito em meras coincidências.

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